Pregnant escrita por Esthellar


Capítulo 1
Teste de Gravidez


Notas iniciais do capítulo

Mudei a história um pouco, porque de primeira fiz na pressa. Aproveitem-na.



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Eu o encarei Natsu, com ódio.

Eu estava com um pequeno aparelho comprado em uma farmácia qualquer, com um "+" em uma pequena tela que já estava perdendo sua bateria. Segurava tremendo, querendo chorar a qualquer instante.

Sim, eu estava grávida de Natsu Dragneel.

Eu já estava farta de tanto beber suco, e correr pelo bairro pra mostrar o teste de gravidez para um infeliz que bebia em um bar, com a vida sem um futuro bom, enquanto uma mulher acabava de descobrir que estava grávida, e ele era o pai do bebê.

Ele somente arregalou os olhos, e me abraçou com felicidade, e eu somente o empurrei com força.

–Você está feliz?- Falei brava –Claro, você vai ter uma criança! Quem é o pai Luce? – Ele me pergunta destacando o "Luce", com a voz rouca de sempre. Somente caminhei até ele, que estava caído no chão, e lhe dei um tapa.

–É você Natsu! VOCÊ! – Eu falava brava a ele, que só ficou intacto me encarando com seus olhos arregalados.

–L-lucy... – Ele fala gaguejando, um com uma voz meio morta. Eu somente me viro para o lado oposto dele.

–Tchau.

Eu fui embora do bar imundo que Natsu estava, com um grupinho de amigos. Saí correndo de lá. Não olhava para trás. Não queria ver. Não queria pensar naquilo. Eu, Lucy Heartfilia, estava grávida de Natsu Dragneel, um assaltante de um bairro qualquer.

Cheguei em casa chorando, chorando muito.

Minha mãe me viu, e me perguntou o que foi que aconteceu. E eu falei. Rapidamente e sem dor. Eu falei que eu saí escondida dela para ir para um bairro pobre, sem vida, visitar um ladrão e transar com ele, que usou uma camisinha. Uma camisinha falsa. Somente para eu ficar grávida e ele acabar com minha vida. Minha mãe somente caiu no chão aos prantos, se decepcionando totalmente com a filha que sempre foi obediente.

Eu fui e ainda sou obediente, e sempre serei. Só que se eu não me apaixonasse por Natsu, isso não teria acontecido.

Agora me deu uma vontade de morrer naquele momento. Eu fiz minha mãe chorar. A mulher que jurou nunca ia chorar desde que sua mãe morreu, chorou novamente após trinta anos, simplesmente porque a sua filha ficou grávida de uma pessoa suja, pobre, e não de uma pessoa que lhe daria um bom futuro.

Somente subi as escadas sem pressa. Estava exausta, e queria fugir um pouco da realidade. Eu queria morrer ao mesmo tempo, mas não conseguia fazer aquilo. Simplesmente porque não era só eu que ia morrer. Iria ser uma criança, muito pequena, que ainda nem saiu de dentro de sua mãe. Mas eu realmente queria morrer.

Sem sentir dor, sem sentir nada. Parecia ser ótimo se olharmos por esse ponto. Mas é só um detalhe.

Eu tinha que cuidar de um bebê. Eu acho que nessa situação, não teria dinheiro suficiente para poder cuidar de uma criança tão pequena. Decidi que ia pegar um pouco do dinheiro da família, e trabalhar em algum lugar, criando do bebê com o meu suor. Ouvi a janela ser aberta, e me virei rapidamente para ver quem era. Era uma pessoa bastante familiar. Cabelo rosa, corpo musculoso, um olhar sexy, usando uma camisa social branca suja, com uma calça jeans preta rasgada. Já o admirei tanto que era entediante falar sobre sua beleza.

Era Natsu.

–Saia daqui imediatamente, Dragneel. – Falo rápida e fria, sem sentimento algum na voz. Ele somente entrou no quarto deus pequenos passos até mim, e selou nossos lábios. Ele me beijou. Um beijo de álcool misturado com cigarro, e um gostinho fraco de pasta de dente. Um beijo terrível, que eu não sentia faz pouco tempo. Não demorou e eu afastei-o para longe de mim.

–Se não sair daqui eu ligo para a polícia. - Falo fria, e ele só se aproxima de mim.

–Ligue. - Ele fala sem expressão alguma.

Me assustei. Sempre que falava isso Natsu saía imediatamente, mas agora ele mandou eu ligar. Era estranho. Ele estava estranho. Ele parecia que ia morrer a qualquer instante por causa de sua voz. E ele falou.

–Eu fiz um crime e eu não gostei do que fiz. Ligue, Luce, ligue. - Novamente ele falou para mim com a voz ficando cada vez mais fraca.

–Não irei ligar. - Falo séria para ele, que se assustou

–Porque?- Ele fala assustado

–Porque eu não consigo ficar sem você. - Eu falo, e ele sorri.

–Então...- Ele se ajoelhou, e pareceu pegar algo no bolso. Pegou uma caixinha vermelha, e a abriu e tinha um anel de noivado dentro.- Quer casar comigo?

–Não me diga que você roubou esse anel. - Eu falo e ele faz uma careta.

–Juro pelo o meu cachecol que não.

–Então eu aceito. - Falo sorrindo, e ele coloca o anel em meu dedo, e dá um beijo em minha mão.

Ele somente sorriu, e me beijou.

10 anos depois.

Magnólia, 2008.

–Mama!- Uma garota de cabelo laranja meio rosa corria pela casa procurando sua mãe, e ao seu lado havia um cara de cabelo rosa, procurando junto com ela. Eles corriam pela enorme casa, procurando de baixo do sofá, no vaso de flores, na cozinha, em qualquer tipo de lugar. -Naru, tem certeza que sua mãe não saiu?- O cara de cabelo rosa pergunta, e ela somente solta um "Sim" agitado. Ele sorri, e ele lhe dá uma ideia. Eles dois abrem a porta de um quarto pequeno que tinha na casa, e Lucy estava lá, escrevendo alguma coisa em um caderno grosso. Ela se vira por causa do barulho da porta, e sorri.

–Querem lanchar?- Ela pergunta sorrindo

–Sim! - Eles falam animados, e descem as escadas juntos.


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