–Aquela francesa metida a salvadora do mundo o quê? - Blair gritou lendo a bomba da Gossip Girl.

–Eu acredito que o nome dela é Eva.

Blair reconheceu a voz na hora. A profunda e irritante voz de Georgina Sparks, saindo do elevador e se dirigindo a ela.

–Soube que vai ser mamãe, parabéns! Sabe... Nossos filhinhos brincando juntos não seria lindo? - Georgina comentou, enfatizando na palavra "lindo".

–O que você está fazendo aqui? Só porque estava no meu casamento não quer dizer que eu goste de você. - Blair respondeu com desdenho.

–Calminha, Blair. Estresse faz mal para o bebê. - Sorriu ela, acariciando uma barriga imaginária.

–Sinceramente, Georgina? Não estou com humor para aguentar você, então diga logo o que quer e vá embora.

–Só achei que deveria ver uma coisinha antes de eu mandar para Gossip Girl...

Georgina sorriu, pegando algo dentro de sua bolsa. Blair questionou-se curiosa o que seria, até ver o Iphone dela saindo de dentro. G. procurou as fotos até chegar em uma específica e então virou a tela para Blair.

–Não... Isso não... Georgina, me diga que isso não é o que estou pensando. - Blair implorou, sentindo-se como se pudesse desabar naquele exato momento.

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–Não! Pelo amor de Deus, não! - Eva exclamou.

Chuck soltou todo o ar que havia segurado durante aqueles segundos. Suspirou aliviado. Mas então, outros milhões de pensamentos passaram por sua cabeça. A maioria deles, obviamente, eram relacionados a o que Blair pensaria sobre isso.

–Nathaniel... tem algo que gostaria de me contar? - Chuck questionou Nate.

Nate fez sua típica cara de confuso, até entender o que Chuck havia pensado.

–O quê? Não! Mas você devia ouvir o que Eva tem a dizer.

Chuck suspirou e sentou-se ao lado de Nate, que o ofereceu uma bebida, mas ele negou. Se nem uma bebida Chuck queria, era porque a situação realmente era séria.

Eva cochichou algo no ouvido do pequeno garoto, e ele correu para o quarto de Nate. Ela virou para os dois, agora séria, e então falou:

–Chuck... Eu realmente sinto muito por ter vindo aqui desse jeito mas... Eu estou em perigo.

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–Eu não quero falar sobre isso agora, Dan. - Serena respondeu, assim que Dan saiu do elevador.

–Mas eu... - Dan começou, mas foi impedido pela figura de Lily descendo as escadas.

Serena revirou os olhos. Voltar para casa da mãe dela não foi uma boa ideia, ela sabia disso. Mas com Chuck e Blair morando na mesma casa, seria impossível para ela morar lá. Então, moraria com sua mãe por um tempo.

–Serena... Talvez você e Dan devessem ir conversar no seu quarto. Estou esperando visitas. - Disse Lily, antes de subir novamente.

–Provavelmente é um candidato a sexto marido. - Disse Serena, rolando os olhos e puxando Dan consigo para seu quarto.

Os dois encararam-se por alguns instantes, até que Dan decidiu quebrar o silêncio.

–Olha, Serena, eu...

–Não, Dan! - Exclamou Serena, a raiva começou a consumi-la. - Você sumiu por dias e quando eu finalmente consigo falar com você, Georgina Sparks atende o telefone! Você por acaso ainda quer estar nesse relacionamento? Ou apenas está comigo porque a Blair não está mais disponível?

As palavras de Serena eram como facas afiadas. Dan demorou alguns segundos para se recuperar delas, e então respondeu:

–Não é isso e você sabe, Serena.

A voz de Dan era calma, o que só irritava Serena ainda mais.

–Então se não é isso e você não vai me contar o que é, acho que pode ir embora.

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Eva contara toda a história para eles. Sobre como alguns meses após voltar para Paris, ela encontrou um cara maravilhoso, eles casaram e tiveram um filho. Mas então sua vida virou um pesadelo quando ele descobriu sobre Chuck e imaginou que o filho poderia ser dele. Ele começou a bater nela, e frequentemente no filho também. Os dois fugiram na primeira oportunidade que tiveram, mas gastaram todo o dinheiro que tinham na fuga. Agora ela precisava da ajuda de Chuck para se esconder do marido.

–Eu... Meu Deus, Eva! - Nate exclamou, chocado.

–E por quê você não foi a polícia? - Chuck questionou.

–Eu tive medo. - Confessou Eva. - Ele é muito influente com a polícia de lá, não resolveria nada. A única pessoa que eu imaginei que me ajudaria seria você.

Chuck balançou. Ele devia a Eva, sabia disso. Ela salvara sua vida uma vez, e agora era sua vez de salvar a dela. Mas e se sua volta atrapalhasse sua relação com Blair? As coisas haviam melhorado, claro. Mas não o suficiente para aguentar isso.

–Tudo bem. - Declarou Chuck. - Você e seu filho podem ficar no Empire, e eu vou contratar um investigador e tentar resolver isso.

–Obrigada, Chuck. - Eva sorriu, e abraçou-o. - Sabia que me ajudaria.

Chuck abraçou-a, sentindo-se desconfortável. No mesmo momento Blair entrou e viu a cena.

–Eu não acredito... - Começou Blair, virando as costas para eles pronta para ir embora.

–Blair? Blair espere! - Chuck soltou-se do abraço de Eva e correu para Blair.

Ele gentilmente segurou sua mão. Fazendo Blair, por apenas um segundo, sentir como se nada mais no mundo importasse.

A realidade bateu em seu rosto quando lembrou-se do por quê estava lá. Ela estava irada com Chuck, por trocar um tempo com ela por um tempo com... Eva. Blair respirou fundo, lembrando a si mesma de manter a calma. Não por ela, nem por Chuck, mas pelo bebê.

–Tudo bem, Bass. Você tem uma chance. - Rendeu-se Blair.

Chuck abriu a boca para falar, mas uma voz veio antes:

–Blair, não é nada do que você...

A voz de Eva. Aquela voz irritara Blair desde a primeira vez que ela ouviu. Talvez fosse apenas por ser irritante, mas uma parte de Blair sabia que era porque Chuck já havia estado com ela, e havia tido sentimentos por ela que só tivera com a própria Blair. Isso, querendo ou não, deixava Blair com um ciume imenso.

–Ninguém te ensinou que você só deve falar quando falarem com você? - Blair retrucou. - Vamos, Chuck, eu não tenho o dia todo.

–Por que eu não te levo para casa e nós conversamos no caminho? - Sugeriu Chuck, prevendo que se Blair ficasse apenas mais meio minuto ali, brigaria muito feio com Eva.

Blair deu de ombros, concordando.

Os dois estavam, mais uma vez, sozinhos na grande limousine de Chuck. Os minutos ainda escorregando, cada vez mais lentos. Blair percebera que o caminho que eles estavam fazendo era diferente, e estava levando mais tempo para chegarem.

–Chuck, onde estamos indo? - Questionou-o.

–Surpresa.

–Tudo bem, faça seu mistério... Mas só me diga uma coisa, o que foi aquilo com a Eva?

Os olhos de Blair demonstravam um ciume imenso, mas apenas uma pessoa conseguia saber disso. Chuck conhecia aquele olhar há anos, e sabia que ele nunca mudaria. Era uma parte do que tornava Blair Waldorf sua Blair Waldorf.

–Ela precisava de ajuda. Prometo que não é nada além disso. - Chuck assegurou-a, mas sabia que Blair não iria acreditar assim tão fácil. - Te conto a história mais tarde, mas agora...

Eles haviam chego em frente a uma grande casa. Blair olhou para Chuck confusa. O motorista abriu a porta para eles, Chuck segurou a mão de Blair, e levou-a para dentro da casa.

Tudo era lindo, claro que Blair iria mudar algumas coisas na decoração, mas parecia exatamente com tudo que ela havia sonhado. Ela não deixou de sorrir, e olhar para Chuck que estava com a mesma expressão.

Chuck segurou-a pela cintura e beijou seus lábios suavemente. No fim do beijo, sussurrou:

–Bem vinda á nossa casa.

–É só uma pena que não podemos estrear o quarto hoje. - Blair disse maliciosamente entre outro beijo.

"As vezes, é possível acabar o dia mais feliz do que nunca. Mas algumas vezes, você é apenas deixado sozinho no escuro, com nada mais do que sua própria dor.

XOXO, Gossip Girl."