Three Words Eight Letters escrita por Blair Waldorf Bass


Capítulo 4
Capítulo 4 - Not So Lonely




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Nate encarou-a, espantado, enquanto ela aproximava-se dele. Eva sentou-se e manteu aquele silêncio por alguns segundos, abrindo e fechando a boca pensando no que dizer.

–Nate, sinto muito por aparecer aqui assim... - Desculpou-se ela, encolhendo-se.

–Ei... o que foi? - Nate, compreensivo como sempre, questionou-a colocando a mão em seu ombro.

Eva contorceu-se. Não pelo toque de Nate, mas pela dor que ainda sentia nos ombros. Ele, gentil, retirou rapidamente sua mão.

–Eu estou com problemas. - Admitiu ela, sentindo-se tirando um peso das costas ao finalmente contar. - Problemas em que só Chuck pode me ajudar...

Nate sentiu-se gelar. Blair não iria ficar nem um pouco feliz de saber da volta de Eva, ainda mais com Jenny de volta também. Engoliu em seco, tentando manter a postura. Sério, ele disse:

–Olhe, eu sei que precisa dele, mas Chuck está em uma situação muito complicada com a Blair e... Não sei se é a melhor hora para pedir ajuda a ele.

Ele tentou colocar da forma mais gentil que pode. Nate Archibald nunca poderia ser considerado uma pessoa má. Na verdade, Nate era uma das melhores pessoas no Upper East Side. Você precisava de ajuda, e lá estava Nate Archibald. Simples assim. Talvez fosse por isso que as pessoas sempre o procuravam, sabiam que ele ajudaria.

–Eu sei disso, e não o procuraria se não fosse muito importante...

Antes que Eva pudesse completar sua sentença, o barulho do elevador ecoou nas paredes fazendo os dois olharem quem vinha.

Eles se surpreenderam ao ver um pequeno e magrelo garotinho que parecia não ter mais de 4 anos se aproximando deles.

Mamãe!– O menino exclamou, agarrando-se a saia de Eva.

Blair e Chuck já estavam na casa de Blair. Eles estavam ficando lá enquanto não compravam um apartamento. Na verdade, Chuck ainda não havia contado para Blair sobre a surpresa, e imaginou que esperar as novidades daquele dia passarem antes de contar era a melhor coisa a se fazer.

Os dois deitaram na cama, abraçados. Era só um dia presa na cama, não atrapalharia a coleção, Blair lembrava a si mesma. E você tem Chuck. Sempre terá.

–Você acha que conseguimos fazer isso? - Blair sussurrou ao ouvido de Chuck.

Chuck estava quase caindo no sono, de modo que a pergunta de Blair o pegou desprevenido. Mesmo assim, ele sorriu e acariciou seus cabelos.

–Nós somos Chuck e Blair, Blair e Chuck. Conseguimos fazer qualquer coisa. - Ele sussurrou para ela, fazendo-a estremecer.

–Você está certo. Não tenho motivo para me preocupar com nada. - Blair sorriu, virando-se para beijar Chuck.

Eles sorriam entre os beijos, lembrando-se da primeira vez em que estiveram juntos. Parecia tudo mais fácil naquela época. Simples, leve, mas era imaturo demais.

Apesar da aparência calma de Blair, ela ainda estava com medo por dentro. Na verdade, Blair Waldorf estava totalmente perdendo o controle. Embora ela se apoiasse em Chuck, não era como se ele estivesse tão firme também.

Após alguns minutos, os dois caíram rapidamente no sono, ainda entrelaçados.

Serena estava deitada no sofá, agarrada ao notebook como se sua vida dependesse disso. Ela atualizava Gossip Girl a cada minuto, esperando que saísse uma nova bomba sobre Dan. E, para sua felicidade e desespero, finalmente uma bomba sobre ele apareceu.

"Lonely Boy flagrado nas ruas do Brooklyn não tão solitário. Mas não era nossa querida S sua companhia, mas sim Georgina Sparks. Talvez você devesse pedir uns conselhos sobre como segurar o seu homem para Blair."

Serena respirou fundo. Não falava com Dan há dois dias, e como eles estavam apenas começando o namoro ela queria dar espaço a ele. Mas, de qualquer forma, ela não aguentava mais isso. Decidiu ligar para ele.

–Dan? - Disse ela assim que ele atendeu.

–Oi, Serena. - Georgina.

–Georgina? Olha, não me importa por que está atendendo o celular do Dan, mas por favor passe para ele.

Antes que Georgina respondesse, Serena ouviu uma pequena discussão e então Dan pegou o telefone.

–Serena, sinto muito por isso... - Desculpou-se ele.

–Dan! Eu não te vejo há dois dias! O que você está fazendo? E com a Georgina?

–Não é o que você está pensando, posso assegurar. - Dan respondeu com um tom calmo.

Nunca é o que eu penso. Nunca. Serena queria dizer, mas não queria criar mais brigas naquele momento. Respirou fundo, e segurou um suspiro.

–O que é então? - Questionou.

–Eu não posso falar. Ainda. - Dan declarou.

Georgina e ele haviam concordado em manter segredo sobre o que faziam. Qualquer um poderia ser Gossip Girl, por isso ninguém era confiável. Nem mesmo Serena.

–Ah, certo. Então tudo bem Dan, se divirta com a Georgina. - Serena disse, sarcástica, antes de desligar.

Ela jogou o celular com toda força na cama e então jogou-se enterrando a cabeça no travesseiro. Serena confiava em Dan, sabia que sim. Mas era Georgina em quem ela não confiava.

S. pegou o celular novamente, passou os contatos até encontrar o número de Blair e então ligou. Blair demorou um pouco mais do que o acostumado para atender.

–Serena? - Sussurrou Blair ao atender.

–Oi, Blair. Eu queria conversar com você então pensei em passar ai e...

Não!– Blair disse em uma espécie de sussurro alto.

–O que foi, B? E por que está sussurrando? - Questionou Serena.

–Sussurrando? O quê? Não... Está tudo bem. - Assegurou Blair, falando menos sussurrado.

–Blair. Me conta. - Pressionou ela.

Elas ficaram em silêncio por alguns segundos. Serena precisava de Blair, mas sabia que não podia estressá-la.

–Blair! - Serena pressionou outra vez.

–Tudo bem! Chuck está dormindo então eu só... Aproveitei e trouxe alguns vestidos da minha coleção para terminar. - Blair admitiu, soando como se fosse a coisa mais normal do mundo.

–Blair! Você deveria estar na cama agora. Se Chuck descobrir ele...

Blair se sentiu preocupada por um segundo, mas o sentimento passou tão rápido quanto chegou. Se recompôs e respondeu:

–Ele não vai. Não se preocupe. - Ela assegurou.

–B... - Serena começou.

–Mas e você? - Blair perguntou, tentando mudar o assunto. - Como vão as coisas com o Humphrey?

–Era sobre isso que eu queria falar. Mas... Olha, amanha nós podemos sair juntas e conversar sobre isso?

Serena precisava falar com alguém naquele exato momento. Mas Blair não deveria nem sair da cama, quando mais se preocupar com os problemas dela. Então ela decidiu que a melhor coisa a fazer era poupar a melhor amiga de seus problemas, ao menos por um dia.

–Claro. - Blair sorriu. - Ah... Dorota chegou com os vestidos. Tenho que ir!

Chuck virou-se na cama com o braço estendido, pronto para colocá-lo em volta da cintura de Blair, mas para sua surpresa sua mão tocou apenas lençóis vazios.

Ele tocou algumas outras partes da cama, certificando-se de que Blair não estava mesmo lá. Um terror percorreu seu corpo, e ele levantou rapidamente.
Blair não estava no banheiro, nem no quarto que costumava ser da Serena.
Aflito, Chuck desceu as escadas correndo. Deu de cara com Blair, sentada no sofá dando ordens á Dorota.

Chuck.– Blair disse, chocada ao ouvir seus passos em direção á ela.

–Blair... Você devia estar na cama. - Chuck, pacientemente, falou.

–Eu sei disso... - Declarou. - Mas não aguento. Não aguento ficar um dia inteiro sem fazer nada sabendo que minha mãe chega em uma semana para ver meus vestidos e eles estão uma bagunça!

Chuck sorriu. Ele gostava de ver Blair daquele jeito, insistindo por algo que queria. Esse foi um dos motivos pelo qual ele se apaixonou por ela, e ela mostrava isso a ele todos os dias.

–Você é Blair Waldorf, lembra? - Chuck pacientemente questionou, sentando-se ao lado dela. - Você pode fazer qualquer coisa. Vai conseguir arrumá-los antes que sua mãe chegue, e ela vai amá-los.

–Acha mesmo? - Perguntou Blair, olhando-o com uma expressão de dúvida.

–Acho. - Respondeu-lhe ele. - Olha, Blair... Toda essa tensão faz mal para você. E para o bebê. Então, por favor, volte para cama. Apenas hoje.

–Chuck...

Blair não disse, mas seus olhos imploravam para Chuck que a deixasse continuar trabalhando nos vestidos.

–Se não fizer isso por você, faça pelo bebê. Por mim. - Implorou.

Blair suspirou. Detestava o quanto Chuck tinha razão nessa situação. Mas a visão dele assim... Carinhoso, atencioso e preocupado, a fazia perceber que não poderia ter alguém melhor para ser pai de seu filho.

–Tudo bem! - Rendeu-se Blair. - Vou voltar para cama...

–Na verdade, tenho outra ideia... - Chuck declarou, um sorriso traiçoeiro pairava em sua boca.

O sorriso logo desapareceu, ao receber uma mensagem de Nate. Desapontado, ele suspirou.

–Blair, eu... Sinto muito. Aconteceu algo com Nate e eu tenho que ir ajudá-lo. - Lamentou Chuck.

–Está tudo bem?

–Sim. Volto em algumas horas.

Os dois beijaram-se rapidamente e Chuck saiu, deixando Blair livre para continuar seu trabalho.

–Dorota, traga aquele tecido na mesinha. - Mandou ela.

–Mas o Senhor Chuck disse que... - Começou Dorota, aflita.

–Eu sei que o Senhor Chuck disse, mas ele não está aqui, está?

Chuck demorou cerca de 15 minutos para chegar ao Empire. No caminho, releu a mensagem de Nate tentando entender por quê era tão importante que ele fosse logo para casa.

Ao subir, deu de cara com Nate sentando no sofá, bebendo metade de um copo de whisky, como de costume.

–Nathaniel... Espero que seja mesmo algo urgente. - Chuck disse, sentando-se ao lado de Nate.

–É, sim.

Aquela voz... Chuck conhecia-a muito bem. Eva.

–Eva? O que você...

–Faço aqui? - Questionou Eva. - Eu preciso da sua ajuda.

Antes que Chuck perguntasse no quê, um garoto saiu de trás de Eva.

–Não me diga que... - Chuck começou, mas estava assustado demais para continuar.

"Essa é uma que nem mesmo eu esperava: Eva está de volta. Primeiro Jenny, depois Eva. Que tal chamarmos Raina e Vanessa para se juntar a pequena festa de ex's do Chuck?"


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