You Got Me Forever escrita por LS Valentini


Capítulo 20
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Resolvi postar esse capítulo antes, já que vcs pediram! Ah, esse também é um pouco maior.



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JD: Anda logo Adam! - eu quase gritei - minha filha precisa de mim.

AR: Eu também... - ele disse baixinho, mas eu ouvi.

P.O.V Adam

Eu estava com medo da Jo. A cada semáforo que ficava vermelho ela me olhava com o jeito de: “dá um jeito, ou eu acabo com você”. O problema era que NY parecia ter o dobro de carros.

Ela estava nervosa, não parava de colocar e tirar cada anel dos dedos, um por um. Aquilo me deixava nervoso. Mas para não contrariá-la, comecei a falar:

AR: A Ellie deve estar bem. Não deve ter sido nada demais.

JD: É claro que é algo importante! Ela forte, não ligaria se fosse urgente!

AR: Se acalma.

JD: Se você falar isso de novo...

Adorava quando ela ficava nervosa, irritada e mal humorada de uma só vez.

AR: Você é uma ótima mãe, sabia?

Não me respondeu nada. Será que eu tinha falado algo ruim para aquele momento? Ai como sou bobo.

JD: Obrigada... Agora dirige isso como se o Mac estivesse atrás de nós com muita raiva!

Essa era a Jo que eu conheço.

AR: Você está diferente, não só por causa da Ellie.

JD: Bom, vamos dizer que é e não é por causa dela.

P.O.V Mac

Todos os relatórios estavam preenchidos, e não havia nenhum homicídio até aquele momento. Stella apareceu na porta.

Estava inquieta, não parava de se mexer. Nem seus olhos a obedeciam mais.

SB: Com licença, posso entrar?

MT: Claro.

Nós dois estávamos separados pela mesa.

SB: Mac, eu acho que as coisas aqui em NY estão boas, e sabe, vocês todos aqui são ótimos, incríveis profissionais e...

O que ela estava tentando me dizer? Desviava do assunto com as próprias palavras.

MT: Pode falar. Você nunca precisou fazer isso pra me contar algo.

SB: Eu vou voltar pra Nova Orleans, vou ser mais útil lá.

MT: Você é extremamente importante aqui. Preciso de você aqui em NY. Todos precisamos de você.

Quando dei por mim, já tinha falado a mais pura verdade.

SB: A propósito, aposto que a Christine precisa de pelo menos um telefonema seu. Seja mais presente na vida do seu filho.

Ela pegou meu celular sobre a mesa e quase o jogou na minha cara.

SB: Eu vou voltar em uma semana. Prefiro que não comunique a ninguém. Vou ficar para o seu casamento.

MT: Como antes? Sem ao menos me contar uma palavra sobre sua escolha?

SB: O mundo é feito de escolhas. Eu já fiz as minhas.

P.O.V Jo

Finalmente aquele carro estacionou na escola. Ellie estava na porta de entrada.

JD: O que está fazendo aqui?

ED: Você demorou um pouco, e eu telefonei pro papai. Ele está lá dentro, conversando.

“Papai”. Russ nem sequer se preocupou com ela, e era óbvio que não ia, eu a adotei logo após o divórcio.

JD: Mas, o que você tem?

ED: Dor de cabeça, só isso. Ela estava diferente comigo. Não olhava nos meus olhos enquanto falava, e olhava para o lado direito o tempo todo. Ai tinha coisa.

JD: O que está acontecendo?

ED: Ok. Eu só vou te contar porque nunca escondi um segredo de você.

JD: Estou preocupada. Conta.

Nos sentamos na escadaria e ela começou a falar:

ED: Sabe alguma coisa sobre a minha mãe biológica nos últimos tempos?

Eu só achava que o Russ tinha alguma coisa a ver com essa história.

JD: Ok, eu descobri que ela está em liberdade.

ED: Papai disse que ela quer me ver. Estamos indo até lá. Quer vir também?

Era como se o chão tivesse desabado. Como assim ver a mãe biológica? Depois daquela tentativa frustrante de ir vê-la escondida, agora Ellie queria que eu fosse com ela?

JD: Filha...

ED: Se não quiser ir, eu entendo. Mas, por ela eu iria. Ninguém ia ferir os sentimentos da minha filha.

P.O.V Mac

De certa forma, Stella estava certa, eu não estava dando a mínima para meu filho. Resolvi telefonar.

CW: Mac? Que bom que ligou!

MT: Mesmo? Por quê?

CW: Eu vou comprar meu vestido ainda hoje. Queria que você fosse comigo.

MT: Dizem que dá má sorte, e eu não tenho gosto pra roupas. Você sabe disso.

CW: Ok. Por que ligou?

MT: Pra ver se você está bem.

P.O.V Narrador

As ruas estavam totalmente cobertas pelo início das chuvas de verão. Todos ficaram “confinados” no NYPD até que os pingos amenizassem.

P.O.V Stella

A tarde estava fria, mas dava pra suportar com um bom copo de café e meu computador. Mais uma mensagem havia chegado.

RA: “Chego a NY em algumas horas!”

SB: “Ótimo”.

Conversamos até anoitecer. Ai eu fui pra casa.

P.O.V Lucy

Mamãe e papai me deixaram ficar na sala do tio Mac naquele dia. Mas, por que será que adultos acham que nós, crianças, gostamos de desenhar o tempo todo? Fala sério! Eu já tinha 7 anos.

LM: Tio Mac?

MT: Diz- ele não tirava os olhos do computador.

LM: Tem alguma coisa interessante pra fazer por aqui?

MT: Infelizmente não... Não para crianças.

LM: Tem lápis de cor aqui, pelo MENOS?

MT: Não.

Já estava sentindo saudades da escola.Mas, por que não explorar aquilo tudo?

P.O.V Alam

NY era realmente uma bela cidade. Mas confesso que fiquei meio perdido no início. Mas, encontrei um taxi em pouco tempo.

Eu estava cansado, uma viagem de 8 horas não era nada agradável. Porém, eu precisava vê-la nem eu fosse por um segundo. E lá estava o NYPD, um prédio gigantesco, e eu teria que a esperar aparecer porque eu não tinha autorização para “vasculhar” o andar específico.

P.O.V Jo

Não consegui dormir a noite toda. Aquela história de conhecer a verdadeira mãe da Ellie me deixava apavorada. E eu ficava cada vez mais preocupada por elas se darem bem. Algumas lágrimas “fugiram” e eu as sequei rapidamente, mas meus olhos ardiam.

LM: Tudo bem tia Jo?

Levei um susto. Mas era a mini-Lindsay (Desculpa Danny).

JD: O que está fazendo aqui tampinha?

LM: Bom, eu estava na sala do tio Mac, mas é chato ficar lá e desenhar com caneta. Aí resolvi dar uma voltinha.

JD: Não faça isso de novo, aqui é um lugar perigoso.

LM: Só não vou fazer isso, se prometer me contar o que está acontecendo com você.

Ela realmente se parecia com a Lindsay nesse quesito, mas nas bagunças era o Danny em pessoa.

JD: Coisa de adulto.

Esperei que ela compreendesse e foi o que realmente aconteceu.

LM: Sabe a namorada do tio Mac?

JD: Christine?

LM: Não! A tia Stella.

E como falar pra uma criança que eles não estavam juntos. Ainda.

JD: Eles são amigos. A tia Christine é a namorada dele.

LM: Não gostei. - ela emburrou - Nem ligo, vou fazer aqueles dois ficarem juntos, como minha mãe disse.

É, acho que a Lucy tinha ouvido conversas demais. E a parte boa era que ela era a mais nova “recruta”.

JD: Como vai fazer isso?

LM: Bem...

Ela foi até o outro lado da mesa.

LM: Quando eu não quero falar com alguém, minha mamãe me faz falar com essa pessoa. Entendeu?

JD: Mais ou menos.

LM: Qual é o problema dos adultos? Eu vou ter que pensar em tudo por aqui?... Está bem, eu conto - ela se dirigiu até a porta - Coloque os dois juntos em algum lugar, mas eles não podem sair até conversarem como se deve.

E foi embora aquele meio-metro de gente.

P.O.V Stella

Atraso era o que me definia naquele momento. Iriam me matar. Quando eu ia e entrar no prédio do NYPD, esbarrei em alguém.

SB: Desculpa!

Algumas folhas de papel caíram no chão. Fui imediatamente pegá-las, antes que fossem levadas pelo vento.

SB: Mil desculpas, eu não te vi... Bons desenhos.

XX: Tudo bem, também não a vi.

Em meio aos desenhos, achei uma foto familiar.

SB: E essa aqui?- peguei a folha e mostrei junto ao meu rosto.

XX: Stella? Ai meu Deus, não te reconheci.

SB: Você é o Alam? Ron Alam?


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando!