Safe and Sound escrita por Aline Martins


Capítulo 34
Capítulo 34 - Gale, Peeta, Annie, Haymitch e Enzzo.


Notas iniciais do capítulo

SOCORROOOO QUE CAPÍTULO É ESSE?

Pessoal, vocês vão ficar com o coração na mão porque a primeira temporada tá acabaaaando! UEAUHEHUEAHAEU
Mas ainda não é o último não viu?
Espero que gostem, eu não vou me prolongar muito!

SÓ QUERO FALAR DA MINHA NOVA FIC UHUUUL.
ACESSA LÁ GENTE: http://fanfiction.com.br/historia/481219/Locked_Out_Of_Heaven/
Universo Alternativo com direito a Everllark s2



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/468357/chapter/34

LEIAM AS NOTAS INICIAIS, É IMPORTANTE!

.

.

2 SEMANAS DEPOIS.

Gale.

O dia amanhecera incrivelmente nublado, assim como a tormenta de seus sentimentos. Gale estava tão confuso como nunca havia estado antes. Johanna lhe fazia uma falta inabalável e ele nunca pensou que pudesse se sentir assim de novo, sem ser por Katniss, sua vida havia virado de cabeça para baixo assim que chegara a cidade 12.

Sua mãe estava preocupada, pois somente via ele se levantando, comendo e dormindo. Isso quando não estava trabalhando buscando achar um perímetro confiável para encontrar a casa do maldito Enzzo Snow.

A raiva que Gale sentia daquela pessoa era inestimável, mesmo sem conhecê-lo. Só de compreender que sua dor atual possuía nome e sobrenome já fazia seu coração ferver e a fúria apossar seu sangue com pesar e consternação.

Não existiria paz enquanto Enzzo estivesse vivo, não haveria tranquilidade enquanto essa ameaça permanecer.

A vontade que o moreno tinha, era se desvencilhar de tudo o que Paylor havia dito para ele e simplesmente assassina-lo assim que seus olhos se encontrassem, mas Gale fez uma promessa, uma promessa que não poderia deixar de cumprir. Ele era um soldado, um major que tinha como obrigação seguir a única vontade de seu supervisor. Se a presidente Paylor quisesse assim, dessa forma ele deveria fazer.

– Filho? – bateu Hazelle na porta preocupada.

– Mãe, eu estou bem. – mentiu.

– Gale, eu fiz umas torradas com manteiga. Trouxe leite e chá para você. Abra a porta.

Gale ponderou um momento, ele não gostaria que sua mãe o visse assim. Ele havia trocado o dia pela noite justamente para ela não vê-lo em seu estado depressivo. Seu cabelo estava bagunçado, a barba rala já não era feita há uma semana, suas roupas estavam sujas e seus dedos machados de caneta por tantas vezes que circulou o mapa em busca de Johanna.

O major sabia, se ele não a encontrasse, enlouqueceria.

– Mãe, eu não estou com fome. – disse ele tentando a fazer ir embora.

– Se você não quiser abrir a porta para sua mãe, tudo bem. – disse chorosa. – Vou deixar as torradinhas aqui fora e o leite e chá também. Abra quando tiver fome. Eu amo você, meu filho.

Aquelas palavras pairaram em seu coração o fazendo doer mais do que o normal. Sua mãe, a única pessoa que ele deveria proteger de todas as mágoas estava sofrendo junto a sua depressão. Ela estava tão atordoada que provavelmente afundava-se como um navio sem salvação. Gale sentia sua culpa pesar fortemente em suas costas. Antes que pudesse protestar contra sua ação, abriu a morta.

– Mãe. – disse em lágrimas, não parecendo um homem adulto, mas sim uma criança assustada. – Me perdoa mãe.

– Filho, - suas lágrimas caiam densamente. – meu amor, o que está havendo com você? Eu estou preocupada, não te vejo, não consigo me comunicar com você. Eu não aguento ver você dessa forma, é tão dolorido.

– Mãe, eu não consigo encontrar o padrão no mapa. – disse a abraçando mais forte. – Eu nunca vou achar a Johanna.

– Meu amor, você precisa sair um pouco desse escritório, precisa dar uma volta. Sua cabeça está a muito tempo nisso, pode ser que isso esteja bloqueando seu cérebro de conseguir as respostas que você tanto procura.

– Mas é complicado, eu nunca havia feito algo assim. Os computadores não conseguiram achar o padrão e eu acabei desistindo de utiliza-los, então, optei por usar meus dotes em matemática. Só que é muito acima do meu conhecimento.

– Já tentou falar com Beetee? – ela perguntou.

Como ele não havia pensado nisso? Beetee com certeza encontraria a solução para os seus problemas! Sua mãe tinha razão, afinal. A resposta mais idiota estava estampada em seu rosto sofrido e ele não conseguia ver.

– Mãe, você é um gênio! – ele disse ficando animado pela primeira vez em semanas.

Gale beijou o topo da testa de sua mãe repletas de rugas de expressão e adentrou ao quarto novamente pegando seu celular.

– Beetee? – falou nervosamente.

– Sim. – disse desconfiado.

– Sou eu! Gale! – disse animado. – Por favor, cara. Você precisa me ajudar.

– Acalme-se. O que houve? – perguntou intrigado.

Gale contou para ele todos os acontecimentos da semana. Algumas coisas ele sabia como o sequestro de Johanna, mas outras ele ainda não havia tido notícias. Até porque ele trabalha no setor militar mas afastado do trabalho de campo, somente se envolvia com estratégias e tecnologia.

– Mas que tipo de padrão você está utilizando?

– Matemáticos. – disse simplesmente. – Mas não consigo encontrar nada.

– Você pode me mandar os arquivos pelo computador? Tira uma foto pelo seu celular e me envia, eu não vou demorar mais do que duas horas pra te dar a resposta.

– Nossa, eu estou a duas semanas nisso! – Gale falou chateado.

– Claro que sim, e demoraria um ano se fosse preciso, Gale. Acontece que eu tenho computadores que já captam padrões de ruas, cidades, bairros. Isso facilita em cem por cento qualquer investigação. Se você tivesse me ligado antes, já teríamos isso resolvido. – bufou.

– Meu Deus, Beetee. Eu estou devendo essa pra você. Agora mesmo te mando os arquivos.

Ele desligou o telefone e prontamente tirou foto dos arquivos mais importantes, mandou em anexo o mapa mais detalhado que tinha da Cidade 12 que Haymitch havia disponibilizado. Enviou também todos os endereços com ruas e os números das respectivas casas. Afirmou no e-mail que Johanna havia sido específica com o número da casa e sua cor, isso de alguma forma deveria ajuda-lo.

Esperou ansiosamente pela resposta e viu a confirmação de que Beetee já estava com o e-mail em mãos, o que lhe restava era esperar.

Agora estava tudo se encaminhando e em poucas horas ele já estaria com o endereço da casa onde Johanna está sendo mantida em cativeiro. A Paylor poderia autorizar o exercito a ajuda-lo na captura do suspeito e da refém e tudo finalmente entraria nos eixos.

Gale saiu do escritório em que tanto se mantinha escondido e resolveu tomar um banho, para tirar aquelas roupas suadas e imundas, fazer a barba e limpar suas mãos sujas de tinta.

O chuveiro estava quente e seus músculos relaxaram com o toque intenso da água sobre seu corpo dolorido. Gale olhou para o chão e pode ver alguma sujeira ir embora. Sua depressão ir embora. Agora ele tinha um motivo para acreditar que a vida seria melhor, um motivo para acreditar que ele poderia salvar alguém. Salvar a doce Johanna.

Sua mãe já havia percebido sua felicidade iminente e separou algumas roupas para ele em cima da cama. Gale encaminhou-se para o quarto e colocou uma calça jeans, cinto e uma camiseta gola V preta. Calçou seus chinelos pretos e desceu as escadas.

Viu de primeira uma Posy entretida com suas bonecas, falando sozinha e rindo a toa. A doce inocência de sua irmã era a coisa mais deliciosa de se apreciar. Ela com certeza era a razão de dias melhores, a felicidade pura e plena de sua vida. Ele jamais saberia o que fazer se não tivesse conseguido salvar sua família.

Pensou em Katniss, em Peeta, em Annie, em Johanna, em Haymitch, em Effie. Pessoas que já não tinham mais ninguém a quem se apoiar. Ele sabia o quanto aquilo deveria ser sofrido mas ele nunca compreenderia tanto quanto eles. Torturas, sofrimentos, mortes. Gale havia visto isso tudo na guerra, mas a única coisa que ele perdeu realmente foi seu grande amor. Katniss Everdeen.

Por um momento, o rapaz se sentiu culpado e magoado. Obviamente o major estava feliz por toda a sua família estar bem, mas por que ele poderia ser feliz ao lado deles e os outros não poderiam ter a felicidade de ter a família ao lado? Em que mundo injusto ele vivia a ponto de só ele poder ser feliz? E ele ainda estava jogando sua felicidade fora, ficando todos aqueles dias no quarto, sem poder aproveitar sua família devidamente, sem poder sentir o amor deles independente de todos os acontecimentos. Sua mãe que já a tanto sofrera e ele só protelava mais ainda sua dor, sendo um filho insensível e depressivo.

– Filho? – sua mãe o chamou trazendo-o para o presente. – Você está tão lindo!

– Oh mãe, a senhora me perdoa por tudo o que fiz esses dias? – perguntou choroso.

– Claramente, meu amor. – sorriu. – Agora venha, vamos comer.

Peeta.

Katniss dormia tão serenamente que ele não estava com coragem de acorda-la. Acontece que essas duas semanas que se passaram, ele só estava a cada dia mais se aproximando de sua amada. E suas carícias eram trocadas com amor, paixão e respeito. Algo que Peeta mal podia sonhar quando era criança, agora estava em seu presente e Katniss a cada dia que passava mais apaixonada por ele.

Isso não era possível se ver, era somente possível se sentir. Seus olhos se enchiam de brilho quando ela o avistara pela manhã, suas bochechas atingiam a vermelhidão quando um beijo romântico acabava, as mãos pequenas dela procuravam as suas quando caminhavam pelas ruas. Katniss estava tão entregue a Peeta que ele mal poderia se conter de felicidade. Se não fosse pelos acontecimentos com Johanna, sua vida estaria repleta de amor e paz. Mas isso iria acabar, pelo menos tinha que acabar.

Katniss se movimentou lentamente na cama esticando o braço procurando seu corpo. Quando ela finalmente o sentiu, abriu os olhos acinzentados, logo brilhantes por analisa-lo tão de perto.

– Bom dia, meu amor. – disse Peeta beijando sua testa. – Dormiu bem?

– Sem pesadelos. – seu sorriso se abriu. – Eu estou sentindo um cheirinho de panquecas! Você fez?

– Vejo que tem alguém com fome.

– Um pouquinho. – confessou corada.

Definitivamente o que havia de mais belo em Katniss era quando ela corava, suas maçãs do rosto atingiam um vermelho rosado, tão inocente e lindo como uma flor de primavera. Katniss era tímida e o fato dela estar se aproximando mais de Peeta só a deixava mais envergonhada. Peeta ainda não sabia de certo o porque, talvez ela tinha medo de avançar um passo importante no relacionamento, mas ele sempre a respeitava e sabia que o momento não era adequado. Peeta era o homem mais romântico existente, ele acreditava em amor eterno e queria muito que sua primeira vez com a Katniss fosse depois de casarem.

Ele já estava com um plano em mente para pedir sua mão, mas obviamente ela não estava pronta. Quando ela começasse a sentir mais a vontade ao seu lado, quando ela começasse a se soltar mais após suas carícias, ele não pensaria duas vezes em pedir para ser seu amor eterno, a mulher da sua vida, a pessoa a quem compartilhasse a felicidade a tristeza. Mal bem dizer, ambos já agiam como marido e mulher morando na mesma casa, mas ainda existiam coisas incompletas no relacionamento que só poderiam se completar após o casamento.

Peeta sabia que eles eram muito novos e que Katniss provavelmente se enlouqueceria com um pedido precoce, portanto, como sempre, Peeta protelava seus sentimentos dando um espaço para Katniss se acostumar com os seus próprios.

– É a Annie que está na cozinha. – disse finalmente. – Eu vou trazer aqui pra você, o que acha? – sorriu.

– Ah amor, não precisa. – novamente ela corava.

Katniss não estava acostumada a usar palavras românticas, mas quando usava, fazia Peeta se inebriar de amor.

– Precisa sim, princesa. – disse depositando um beijo em sua testa. – Fica aqui quietinha.

O romântico nato desceu as escadas levemente em busca de Annie e o bebê Finn. Ele logo a identificou de costas carregando seu pequeno nos braços. Mexendo em panelas e cantando uma melodia de ninar.

Annie era incrível, ela conseguia fazer várias coisas ao mesmo tempo. A mantinha pequena do bebê estava empoleirada em seu ombro esquerdo, ela pedia a cabeça para segura-la enquanto com o braço esquerdo acolhia o pequeno em seus braços e com a mão direita virava as panquecas as fazendo pular e depois cair novamente na frigideira.

– Deixa que eu te ajudo. – falou Peeta. – Não sei como consegue cozinhar com um bebê nos braços.

– Bom dia, Peeta.

Ele ouviu uma voz familiar que não pertencia a Annie, olhou para a sala e encontrou Delly com um vestido florido que ia até suas coxas e os cabelos loiros soltos em cachos perfeitos.

– Olá. – respondeu confuso. – O que faz aqui?

– Ela vai me ajudar em algumas coisas. – disse Annie da cozinha menos atrapalhada.

– Ah. – suspirei.

Estranhamente Peeta não conseguia mais olhar a Delly com outros olhos. Ela sempre estava em casa e tentava se aproximar do rapaz que não sabia o por que, mas achava errado falar com ela como falava quando eram amigos. Katniss não tratava o Gale da mesma forma, por que ele iria fazer isso com Delly?

– Vamos comprar mais coisinhas para o Finnick. – disse Delly empolgada. – Não quer ir conosco?

– Não posso, tenho que cuidar da Katniss. – sorriu torto. – Mas vão vocês, parece divertido.

– Acredite, não é. – disse Annie depositando a última panqueca no prato. – Leva essas duas para a Katniss, ela gosta de café na cama? – ela piscou.

Peeta corou com o comentário de Annie, sabia que todos já pensavam há muito tempo que eles tinham relações mais íntimas até porque Peeta disse para todos que ela estava grávida na entrevista com o Caesar Flickermann. É natural todos pensarem que só porque ambos moravam juntos já tem esse tipo de intimidade.

– Ér, hum... – Peeta disse encabulado. – Ela gosta.

– Com que tipo de calda? – Annie disse sorrindo.

O bebê mexia no colo de Peeta fazendo barulhinhos estranhos com a boca. Era impossível não sorrir para aquela criatura. Júnior era o bebê que mais sorria do mundo inteiro. Ele sempre estava feliz e nunca resmungava, só sabia sorrir e gargalhar.

– Ela gosta de calda de morango e chocolate. Mas ela gosta da de chocolate por cima. – sorriu.

– Que maridão hein? – Annie brincou com Delly. – Finnick nunca foi assim.

– Quem dera ter uma pessoa assim ao lado. – disse Delly sorridente. – O meu ainda Deus está planejando.

– O meu Deus levou. – Annie sorriu tristemente. – Mas eu tenho meu bebê garanhão aqui pra alegrar a mamãe. – disse tirando o pequeno do colo de Peeta.

– Bom, eu vou lá levar as panquecas para o meu amor. – sorriu tímido. – Boas compras pra vocês.

– Obrigada. – disseram em uníssono.

– Mas nós não vamos agora. – disse Annie.

– Isso é bom, eu tenho que te mostrar uma coisa. – sorriu.

– O que é? – perguntou curiosa.

– Sua surpresa está pronta!

Peeta subiu as escadas com cuidado para não derrubar o suco e as panquecas. Quando chegou ao quarto, identificou-a dormindo novamente. Ele depositou a bandeja com cuidado na mesinha ao lado da cama e a chamou delicadamente.

– Amor... – sussurrou.

– Hum. – disse com a voz rouca. – Eu dormi de novo?

– Sim. – Peeta riu. – Dorminhoca!

– Um pouco, talvez. – ela se sentou. – Ah que delícia! Eu amo as panquecas da Annie!

– Em pensar que você não a queria aqui.

– Mudei de ideia faz tempo, Peeta. – ela disse colocando a bandeja no colo. – Ah as caldas que eu gosto!

Katniss olhava com deleite o alimento a sua frente.

Peeta não poderia estar mais feliz, permanecer ao lado de quem ama é no mínimo mágico. Coisa que por ele permaneceria a vida toda.

Annie.

A verdade é que Delly estava sendo uma ótima amiga para Annie. Elas passavam várias horas conversando, uma sempre ajudando a outra e dando conselhos importantes.

Delly era uma pessoa muito carinhosa e caridosa, ela sempre estava pronta para ajudar e nunca reclamava por isso.

Uma forte amizade estava se formando, mas Annie não conseguia parar de chorar as noites ao lembrar o quanto Johanna deveria estar sofrendo, ao lado daquele monstro.

– Annie, você vai querer ir que horas?

– Ainda não sei. – ela disse sincera. – Tenho umas coisas para resolver. Você quer me esperar na loja A&C porque dai você já vai comprando suas roupas.

– É uma ótima! – disse Delly empolgada. – Ai você aparece lá, vou te esperar!

– Claro. – sorriu Annie. – Não vou te levar na porta porque o Finn pegou no sono.

– Tchau querida, até depois. – disse Delly girando seus calcanhares.

Annie pegou seu bebê e o colocou embrumado no chiqueirinho que ela havia comprado. Ele estava deitado cheio de almofadinhas e colchonetes. Dormia feito um anjinho ao lado do urso de pelúcia.

A jovem mãe tomou rapidamente o seu café da manhã e já escutou os pesados passos de Peeta nas escadas. Ele podia ser tudo, menos silencioso.

– Annie! – ele disse sorridente. – Cadê a Delly?

– Saiu para as compras, depois me encontro com ela. – sorriu.

– Vem. – Peeta a pegou pela mão. – Eu preciso te mostrar uma coisa.

Annie olhou para ele ansiosa, sabia que ele daria o presente para ela que ele tanto havia dito.

Ele abriu o porão com uma chave grande que parecia ser antiga. Acendeu a pequena luz que havia em cima de suas cabeças e começou a descer as escadas.

– Aqui encontra-se uma surpresa para você e para a Katniss. – ele sorriu maravilhado. – Ela ainda não está pronta para ver a dela, mas você, eu creio que esteja.

Annie apertou a mão de Peeta fortemente, sentindo que talvez fosse uma coisa muito emocionante e que talvez ela não conseguiria conter a emoção.

Seu estômago revirou fervorosamente e suas mãos suavam frio, era como se ela estivesse para ver algo incrível e tinha certeza que assim seria.

Peeta tirou um lençol branco de cima de vários quadros, acendeu a luz e começou a explicar.

– Esses aqui são para Katniss. – sorriu emocionado. – Vê-los?

– Sim! – ela disse emocionada. – Mas eu não entendo ao certo o que isso significa.

– Esse quadro foi quando a vi pela primeira vez. Vê uma pequena menina de duas tranças cantando em cima de um banquinho? – ele perguntou.

– Claramente! – Annie disse feliz. – Você é um ótimo artista.

– Esse quadro, é quando eu a vi abraçada a Prim na padaria.

– Que lindo, Peeta! – ela estava muito surpresa com o talento do seu amigo.

– Esse aqui é o nosso primeiro beijo. – ele falou envergonhado. – Esse é nós na segunda arena, na praia. Este aqui é quando ela me disse “Verdadeiro”. Esse aqui é quando voltamos para cá, nós dois brincando na cozinha com farinha.

– Nossa Peeta, são quadros lindos!

– Esse aqui é o mais importante. – ele disse confiante. – É uma cena que ainda não aconteceu.

– Não entendo. – disse Annie virando a cabeça. – Ah meu Deus!

Ela suspirou quando entendeu.

Era um quadro grande e muito claro.

Peeta no porão, mostrando os quadros ao fundo à Katniss, com várias velas acesas na volta tornando o ambiente perfeitamente romântico. Ele estava ajoelhado pesando o seu corpo para o lado direito, com as mãos estendidas e uma pequena caixinha vermelha aberta. Katniss está com as mãos na boca e o olhar surpreso. Era claro como a água.

O quadro retratava Peeta a pedindo em casamento.

– Essa ideia é... – Annie não conteve as lágrimas. – É linda.

– Eu vou mostrar para ela os quadros. Quando ela se virar de costas para mim para olhar o ultimo o quadro, eu vou estar ajoelhado dessa forma com as nossas alianças em mãos. Quando ela buscar o olhar em mim, vai me ver ajoelhado a pedindo em casamento.

– É tão perfeito! – disse Annie com os olhos marejados. – Ela nunca vai falar não pra você!

– Assim eu espero. – ele sorriu emocionado. – Mas isso não é pra agora, eu só quis partilhar com você.

– É lindo! Pode ter certeza, eu estou até agora sem palavras pra expressar.

– Agora sua surpresa. – ele disse secando uma lágrima que escorreu em sua bochecha rosada.

Peeta descobriu outro quadro e quando Annie olhou, não pode acreditar no que seus olhos mostravam.

– É algo que jamais vai acontecer. – ele disse passando seu braço em cima do ombro de Annie. – Deus sabe o quanto queríamos que isso acontecesse. Mas eu quis retratar algo que guardasse esse momento para quando o Finnick crescer, ele possa ter uma ideia de como seu pai era.

Annie soluçava em meio a lágrimas. Ela abraçou Peeta fortemente, tentando conter a emoção que domara seu corpo. Ela não conseguia parar de olhar para os traços finos do quadro de Peeta, o quão aquele retrato era perfeito e o quanto ela queria que isso acontecesse. Suas lágrimas não eram de tristeza, mas sim de felicidade. Embora ela saiba que nunca vai poder trazer seu grande amor de volta, Annie sabia que sua memória seria sempre lembrada e retratada perfeitamente por aquele quadro. Finnick Júnior, Annie Cresta e o seu eterno amor, Finnick Odar.

Haymitch.

Effie estava do seu lado acordando de um sono bom. Haymitch olhou para a silhueta perfeita da mulher que descansava levemente. Ela era maravilhosa. Sua amada estava deitada de costas para ele, com somente um lençol cobrindo parte do seu corpo desnudo. Sua pele era branca como neve, ela tinha curvas incríveis que faziam afronte com seu rosto de boneca. Era tão incrível vê-la daquela forma, entregue a ele, apaixonada e feliz. Ele estava a fazendo feliz. Pela primeira vez Haymitch pôde ter orgulho de si mesmo.

– Haymitch? – ela disse sonolenta se virando para encarar seus olhos claros. – Está acordado faz tempo?

– Estou há pouco. – ele sorriu envergonhado. – Estava olhando seu corpo.

– Assim você me deixa sem graça. – sorriu tímida. – Temos que ir a Prefeitura.

– Hoje não. – ele a abraçou encostando o nariz ao dela. – Vamos ficar aqui na cama o dia inteiro.

– Não! Hoje temos que ir. – ela sorriu dando um beijo rápido em seus lábios e se sentando na cama.

– Effie, hoje é Domingo.

– Não é! – ela se levantou enrolada no lençol procurando suas roupas. – Hoje é Segunda.

– Domingo. – ele rolou os olhos. – Olha aqui.

Effie olhou desconfiada para Haymitch e se esticou para fitar o relógio de seu pulso que mostrava a hora e data claramente: 10h34. Domingo.

– Eu jurava que era Segunda! – ela disse fazendo bico se deitando a cama.

Effie pescou suas roupas jogadas no chão e vestiu pelo menos parte delas. A essa altura, ela já estava de calcinha, sutiã e uma regata simples branca.

– Vem cá. – Haymitch a puxou para perto a beijando delicadamente. – Você foi incrível ontem.

– Eu amei a nossa primeira vez. – disse Effie com um sorriso tão perfeito que alcançava seus olhos. – Você foi tão delicado.

– Claro que fui. – ele sorriu. – Você é uma princesa, Effie. Não posso ser voraz com você.

– Eu não quebro. – Effie disse se sentando em seu colo. – Você pode fazer umas loucuras comigo de vez em quando, mas não sempre.

– Ah é? – Haymitch disse com rouquidão em sua voz. – Eu não sabia que podia fazer loucuras com você.

– Só de vez em quando. – disse maliciosamente.

Seus lábios encostaram sedentos por mais. Um beijo ardente, cheio de vontade e de emoção. Eles possuíam uma química incontrolável e deliciosa, encaixavam-se perfeitamente e como dois opostos que se atraem seus corpos não conseguiam conter a tamanha vontade um pelo outro.

Haymitch a beijava com toda a vontade que a tanto acumulava em seu peito. Effie retribuía seus beijos e toques da mesma forma. Suas línguas batalhavam uma guerra que não teria fim. Eles estavam entorpecidos um pelo outro, arrebatados e sedentos pelo amor sem fim.

Effie estava em seu colo, acariciando seus longos cabelos loiros enquanto o beijava com todo o carinho e urgência que possuía.

– Levanta os braços. – ele ordenou com um fio de voz.

Os olhos claros de Haymitch não possuíam mais sua cor límpida característica. Suas pupilas preencheram toda sua íris, deixando-os negro pela vontade. Effie fez o que ele havia pedido, deixando-a praticamente nua novamente. Ele parou um tempo para admirar o corpo escultural que Effie há tanto tempo escondia. Haymitch beijou seu pescoço fazendo um caminho sem volta até sua clavícula e ombros a deixando arrepiada. Delicadamente, deixou a alça do sutiã cair, beijando seu sensual ombro exposto. Aos poucos, desafivelou a peça mostrando a perfeita pele em contraste com a sua. Effie arfou na expectativa arranhando suas costas, pedindo por mais, gemendo bem baixinho.

– Me deixa fazer amor com você. – Haymitch pediu carinhoso.

– Hoje nós não vamos fazer amor. – ela disse olhando para seus olhos negros e juntando mais seus corpos. – Hoje eu quero tê-lo. Sem delicadezas.

Enzzo.

Por mais que tentasse se afastar de Johanna mais as coisas ficavam difíceis e avista-la na piscina nadando somente de roupas de banho não estava facilitando as coisas.

– Vem nadar comigo! – Johanna gritou da piscina.

Como ela podia ser tão linda? Ter o corpo tão perfeito?

– Não posso! - gritou para ela tentando se controlar.

A verdade é que Johanna era uma diaba, parece que nesses últimos tempos tudo o que ela queria era ser agarrada por Enzzo. Talvez fosse uma estratégia para fugir dali. Fazer seu sequestrador se apaixonar enquanto ela zarpava sem olhar para trás. Enzzo estava ficando enlouquecido, era impossível não olhar Johanna com outros olhos.

Seus olhos castanhos redondos, seu cabelo lindo na altura dos ombros, sua pele branquinha. Para Enzzo! - se repreendeu em pensamento.

Vem logo! – ela gritou autoritária. – Se não, você vai ver o que eu vou fazer contigo.

– O que vai fazer? – provocou com um sorriso maroto.

– Vou dar em cima do Dean! – ela sorria satisfeita.

Dean era um guarda de Enzzo que a todo o momento tentava algo a mais com Johanna, ela havia o avisado e a vontade que ele teve era meter uma bala ali mesmo, no rosto daquele otário, mas Johanna implorou por sua vida então ele teve piedade.

Esses capangas estavam a cada dia que passava mais folgados.

– Olha que eu mudo de ideia quanto a sua morte, Johanna! – disse se referindo ao Dean.

– Não vai não! – ela disse já saindo da piscina.

Ela se encaminhava com o corpo molhado em direção a Enzzo, as gotas gordas caiam no chão de madeira marcando todo seu caminho sedutor. Seu maiô era tão sexy que ele tinha vontade de matar primeiro o Eddard que havia comprado e segundo os 10 capangas que a olhavam secamente.

– TÃO OLHANDO O QUE? CIRCULANDO! – gritou a plenos pulmões. – DEAN, VAI LÁ PRA DENTRO! AGORA!

– Eu hein. – ela olhou debochada. – Que mau humor!

– Porque você tem que usar essas roupas? – perguntou baixinho.

– Eddard que comprou.

– Eu sei! – falou irritado.

– Não vai querer entrar na piscina?

– Não. – falou simplesmente. – Vou tomar um banho.

– Enzzo. – ela disse o fazendo virar de volta.

O loiro voltou para onde ela estava. Johanna o olhou maliciosamente, se aproximou, esticou-se nas pontas dos pés e o beijou delicadamente no canto da boca.

– Obrigada por me proteger. – piscou.

Enzzo ficou atônito com aquela situação. O que ela havia feito? Ele quase pôde sentir os macios lábios dela próximos aos dele. Por Deus, ele queria tanto beija-la, mas sabia que ela estava fazendo isso para brincar com sua cabeça.

E se tem espaço para um jogar, tem espaço para dois.

– Sabe, Johanna? – ele disse se aproximando todo sedutor, bem devagar. Ela arregalou os olhos com a sua presença. – Eu não sou um homem de meias atitudes.

Enzzo a agarrou pelos braços, encostando seus lábios aos dela urgentemente. Sem leveza, sem paciência, somente uma ardência percorrendo seu corpo. A vontade de a tempos doma-la para si.

No começo, Johanna resistiu bastante, tentando se debater para se soltar do forte abraço que Enzzo a envolvia, mas com o tempo, seu corpo amoleceu e ela acabou se entregando para ele.

Enzzo, por sua vez, afrouxou o beijo deixando-o mais tranquilo e cheio de paixão. Abrindo lentamente espaço para sua língua se encontrar com a dela. Johanna não hesitou, respondeu-o da mesma forma percorrendo lugares antes desconhecidos e deliciosos.

O rapaz sorriu mentalmente ao saber que ela estava cedendo ao seu beijo. Ele passou suas mãos pela cintura fina dela que estava praticamente nua pelo corte do maiô frente única e a apertou mais contra o seu corpo. Johanna gemeu baixinho ao sentir o corpo de Enzzo tão próximo, o molhando e deixando sua camiseta antes branca, transparente. O gosto dos lábios de Johanna era doce pelo suco de morango que ela havia acabado de tomar. Sua vontade estava refletida ali, naquele momento. Enzzo a mordiscava, dançava sua língua a dela em um tango sensual.

A realidade é que, ela poderia o provocar quanto quisesse, mas ele tinha certeza que quanto a sua vontade, ela não mentia. Enzzo sabia, que se ela queria jogar assim com ele, seria melhor ele estar bem armado porque para se render aos encantos da morena, precisava de muito mais do que um exército.

Gale.

Gale já não aguentava mais de expectativa pela ligação de Beetee, suas unhas já se encontravam todas roídas e ele havia perdido a conta de quantos fios de cabelo arrancara de sua cabeça. Quando de repente, para aliviar seu sofrimento, seu celular tocou.

Suas mãos tremiam em demasia ao atender o aparelho.

– Achei, Gale. Estou com o endereço da casa aonde Enzzo Snow prende Johanna em cativeiro. – ele disse empolgado.

– V-VOCÊ TEM CERT-CERTEZA? – o rapaz gaguejava ansioso.

– Tenho!

– Liga para a Paylor agora e convoque o exército. Estou indo atrás dela assim que tiver retaguarda.

– Mas...

– AGORA BEETEE!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

SOCORRO! ATÉ EU TO MORRENDO AQUI!
O QUE ACHARAM? ALTAS EMOÇÕES S2
huaehueauheauheauhea
Não deixem de ler minha nova fic, é fofinha, juro!
Beijos amores, amo vocês.

Reviewwwwwwws?