Safe and Sound escrita por Aline Martins


Capítulo 27
Capítulo 27 - Peeta


Notas iniciais do capítulo

GENTE, ESTOU TÃO FELIZ! RECEBI DUAS RECOMENDAÇÕES *-*
carolnuneskandp
Ana Leticia
Esse capítulo é pra vocês s2
Muito obrigada, eu tô pulando até agora de felicidade kkkkkkkk
Vocês são umas fofas! Sempre acompanhando aqui, sempre me motivando a continuar! Sério, tô mt feliz.

Giulia Lopes esse capítulo também é pra ti! Que tanto queria um romance Peeta e Katniss *-*

Então, gente! Sem mais delongaaas.
Espero que suspirem o tanto que eu suspirei com esse capítulo.
Beijos e nos vemos nas Notas Finais.



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Sua angústia era tremenda, para dizer o mínimo. Katniss não escondia seu mau humor, sua rispidez e aquilo não deixava de afetar Peeta. Ele estava tão arrasado que não conseguia nem raciocinar direito, mas resolveu deixar isso para lá, uma hora, Katniss voltaria a ser quem era. Pelo menos, era o que ele esperava.

O Dr. Aurelius já havia o dito que ela possuía uma personalidade bipolar e suas ações seriam fruto desse problema. Peeta resolveu respirar fundo e levantar da cama, ou melhor, sofá. Ele havia decido depois do que houve na noite passada, que seria melhor deixar ela um pouco sozinha. Talvez, ela pensasse em suas atitudes e isso a fizesse voltar a sorrir novamente.

– Bom dia, Peeta. – disse Annie descendo as escadas.

– Bom dia, Annie. – disse ele ainda esfregando os olhos cansados. – O que você toma de café da manhã?

– Oh, não se preocupe comigo. Eu vou sair com o Finn, preciso comprar umas coisinhas. – disse ela aninhando carinhosamente o bebê em seus braços.

– Ah, você não quer que eu compre pra você? Eu conheço já a cidade e eu não quero ver você saindo com o bebê nesse sol.

– Fala sério, Peeta. Eu moro na Cidade 4! Quer lugar mais ensolarado e quente? O Finnick está acostumado. – sorriu.

– Bom, eu posso te orientar pelo menos, então. – suspirou. – O que você vai comprar?

– Eu preciso de fraldas, uma nova chupeta porque ele destruiu a dele, toalhas, lenços umedecidos, talco, eu preciso comprar umas roupinhas também. Na verdade, vim com pressa e não trouxe muitas coisas. – disse Annie dando de ombros.

– Você vai achar isso tudo no centro, logo após a praça. Eles montaram uma loja com vários acessórios de bebês, tem um letreiro enorme em rosa e azul escrito Happy Baby. Bom, eu nunca vi coisa igual.

– Nossa, deve ser um paraíso! – sorriu abertamente.

– Cuidado pra não deixar todo seu dinheiro lá, aquele lugar deve ser apaixonante para recém-mamães. – disse Peeta retribuindo o sorriso.

– Nem se eu quisesse gastar todo o dinheiro, eu conseguiria. Paylor é bem gentil com a nossa mesada. – piscou Annie.

– É verdade. Para ser bem sincero, eu nem sei quanto tenho em minha conta. – deu de ombros.

– Nossa, você vai se surpreender quando ver, então. – disse Annie beijando a testa de Finn. – Bom, agora eu preciso ir.

– Tem certeza que não precisa de ajuda? – perguntou incerto.

– Tenho, absoluta. Antes eu vou passar na casa do Haymitch, ele me comentou que tem uma amiga chamada Greasy Sae que tem um carrinho de bebê para me emprestar. Talvez ele até me leve no centro.

– Nossa, o Haymitch está realmente mudado.

– Sim! É inacreditável, fico muito feliz por ele. Hoje a Effie chega de viagem também.

– Que bom. – sorriu.

– Então, eu vou indo. – Annie se aproximou e beijou Peeta levemente na bochecha. – Tchau Peeta.

– Tchau Annie. – disse acariciando o rostinho de Finn.

Annie já havia ido embora e Peeta resolveu ir ao banheiro escovar os dentes e lavar o rosto, sua cara estava tremendamente inchada, não omitindo que ele havia chorado na noite anterior.

Enquanto Peeta terminava de escovar seus dentes, seu estômago começou a dar sinal de vida, ele se lembrou de que ainda não havia um café da manhã feito, então prontamente foi até a cozinha iniciar seu preparo. Peeta pegou ovos, farinha, óleo, sal, água e iniciou um processo que tanto já havia feito, poderia simplesmente realiza-lo de olhos fechados. Enquanto ele mexia os ingredientes ouviu um barulho nas escadas, suspirou fundo ao perceber que Katniss havia acordado, ele estava tão chateado que faria o possível para evitar uma conversa.

– Oi Peeta. – disse Katniss com a voz rouca, entregando que acabara de acordar.

– Bom dia Katniss. – disse Peeta virando-se para cumprimenta-la.

Katniss estava vestindo um short de algodão cinza e uma regata branca, ela estava incrivelmente linda mesmo com os olhos inchados e o cabelo emaranhado. Peeta não pôde deixar de sorrir mesmo com seu coração machucado.

– Por que você está sorrindo? – disse Katniss virando a cabeça levemente de lado, ela parecia uma criança pequena.

– Você fica tão bonita quando está à vontade. Eu nunca pensei que iria te ver assim tantas vezes, de shorts, camiseta, ou até de camisola. – Katniss havia corado. – Me desculpe, Katniss. Eu não quis fazer você se sentir mal.

– Não, tudo bem. Eu nunca fui de vestir camisola, pelo menos. Short e regata eu sempre usei para dormir nos dias quentes. – sorriu timidamente.

– Você fica linda de qualquer forma. – sorriu de lado. - Bom, pra mim eu não preciso de muito, só uma bermuda e tá ótimo. – disse Peeta enquanto apontava para seu corpo.

Ele estava vestindo uma bermuda preta e estava sem camisa. Ele pôde jurar que viu Katniss corar ao ver seu corpo descoberto.

– Homens e suas praticidades. – revirou os olhos tentando esconder sua vermelhidão. – O que tem para o café da manhã?

Katniss estava tentando olhar por cima do ombro de Peeta, sem sucesso, por sua altura ser tão inferior.

– Eu ainda estou preparando, mas vão ser panquecas com geleia de morango, calda de chocolate e geleia de uva. Também vou preparar uns cookies de chocolate, é bem rápido de fazer.

– Urght! Geleia de morango, calda de chocolate e geleia de uva tudo junto? – fez uma cara de nojo.

– Claro que não, Katniss. – riu abertamente. – Cada panqueca com uma cobertura, você vai escolher.

– Você não explica! Como eu ia saber? – disse ficando irritada.

– Calma braveza! – disse beliscando a barriga da Katniss, ela soltou um sorriso e Peeta seguiu preparando as guloseimas.

O café da manhã foi delicioso, Katniss ainda não estava com seu humor retomado, mas ela havia melhorado noventa por cento, Peeta decidiu que após lavar os pratos iria ter uma conversa com ela para tentar entender o que se passou na noite passada. Dr. Aurelius disse que ele não pode fugir dos problemas, então, ele seguiria o conselho de seu médico.

– Deixa que eu lavo a louça. – pediu Katniss.

– Não, não precisa. – disse Peeta recolhendo os pratos.

– Claro que precisa, você está todo sujo de farinha e eu não fiz absolutamente nada.

– Tá bem, você venceu. – disse ele se rendendo teatralmente com as mãos para cima. – Eu vou trocar de roupa.

Peeta subiu as escadas levemente, por mais que ele odiasse admitir o seu membro protético era muito desconfortável e dolorido, ele caminhava normalmente, mas às vezes uma dor aguda o atingia e tornava mais difícil o caminhar. Aos poucos, ele chegou ao quarto em que dividia com a Katniss, que essa noite ele não havia dormido lá. O perfume dos cabelos dela e de seu corpo emanava pelo quarto o fazendo suspirar, ela realmente tinha um cheiro bom, semelhante a jasmim ou lavanda.

O rapaz sorriu ao ver o quanto aquele quarto estava desarrumado, Katniss não parecia ser uma pessoa muito ordeira, os lençóis da cama encontravam-se todos bagunçados e os travesseiros e almofadas atirados ao chão. Peeta escolheu uma bermuda jeans para vestir e uma regata verde, ele sabia que Katniss gostava dessa cor.

– Peeta, já terminei. – Katniss gritou da cozinha.

– Já estou descendo. – ele gritou de volta.

O garoto do pão desceu as escadas lentamente, mas logo chegou a cozinha. Katniss estava toda molhada da água da pia e com sabão em sua regata. Peeta sorriu.

– Você não consegue fazer nada sem se lambuzar? – Peeta arqueou a sobrancelha.

– Ai que susto! – disse ela dando um pulo. – Olha quem fala! Você que se suja todo de farinha. – bufou.

– É, eu sei. – sorriu. – Parece que você acabou de voltar de uma chuva torrencial.

– Não exagera, Mellark. – revirou os olhos. – Peeta, eu preciso te fazer uma pergunta.

Alguma coisa em Katniss estava diferente, ela estava tímida? Nervosa? Ansiosa? Peeta não soube distinguir bem o que era e sua curiosidade estava agarrada em seu peito.

– Sim, claro. – sorriu um pouco nervoso.

– Olha, é meio banal, mas eu preciso me desculpar por ontem. – ela estava olhando para os pés. – Eu fui uma tremenda idiota com você e com todo mundo. Acho que foi por isso que você não dormiu essa noite do meu lado.

Peeta suspirou fundo, agradecendo mentalmente por aquelas palavras.

– Eu achei que você precisava de um tempo para pensar. – disse sincero.

– Sim, eu precisava. – ela ainda encarava o chão.

– Eu fiquei chateado com você. – admitiu.

Peeta nunca fora de expor suas mágoas a Katniss porque ele sempre a achou muito frágil, mas ele estava completamente à deriva daquela situação, ele estava magoado e ferido. Eles haviam falado tantas coisas um para o outro, achava que ela não tinha o direito de trata-lo mal, não novamente.

– Você quer me falar o que te chateou? – disse agora o fitando.

– Você com ciúmes do Gale! – explodiu.

– Eu... eu... não fiquei com ciúmes dele. – disse ela desacreditada.

– Você ficou quando Haymitch insinuou que ele e Johanna talvez estivessem tendo alguma coisa. – disse Peeta tentando controlar a dor em sua voz. – Eu achei que a gente já tinha resolvido esse lance do Gale.

– Nós resolvemos, Peeta! É que me pareceu estranho vê-los juntos, não fiquei enciumada. – Katniss suspirava fundo, tentando controlar o ar de seus pulmões. - Na verdade, eu fiquei com ciúmes de outra coisa. – disse enquanto mordia o lábio inferior admitindo seu nervosismo.

– Com ciúmes de outra coisa?

– Sim. – ela bufava de nervoso. – Essa sua amizade com a Annie, quando que começou isso?

– Minha amizade com a Annie? – disse em eco. – Nossa, mas isso veio desde o Distrito 13.

– Sim, né? Principalmente naquela mesa do refeitório quando você praticamente pulou em cima do pescoço dela e disse ao Finnick que se ele não tomasse cuidado, você a roubaria dele. – ela agora estava de braços cruzados e corada.

– Eu não estava em mim, Katniss. – disse ele ponderando.

– Se você não estava em si, como que você lembra? – ela arqueou as sobrancelhas.

– Eu me lembro, mas eu nunca faria isso se eu soubesse que te amava. Eu não sabia, na época. Eu estava fora de órbita. E outra, eu vi você ao lado do Gale e aquilo havia me irritado! – disse nervoso.

– Como havia te irritado se você não sabia se gostava de mim ou não? – disse provocando.

– Katniss, eu não sabia mas não quer dizer que eu não sentia. Eu ainda amava você, mesmo depois de tudo, eu sabia que você era minha e vê-la ao lado do Gale não facilitou muito as coisas. – deu de ombros. – Confesso que também cantei a Annie para ver sua reação.

– Hum. – disse ela revirando os olhos. – Tá né, se você diz. Aí agora Annie vem morar aqui com o Finnick e você fica todo cheio de cuidados.

– Katniss, isso que você está dizendo não faz o menor sentido. Eu me preocupo com a Annie por ela ser uma jovem mãe e não ter ninguém para apoia-la.

– Eu sei, eu sei. – disse ela admitindo seu erro. – Mas eu só achei estranho esse carinho entre vocês.

– Você está com ciúmes de mim, amor. Isso é normal. – disse se aproximando. – Você imagina como eu me sinto quando você fica atrás do Gale? É estranho.

– Eu não fico atrás do Gale! – cuspiu irritada.

– Tá, mas ontem eu achei que você sentia algo por ele. – disse chateado.

– Como eu vou sentir algo por outro alguém se eu digo que te amo na frente de todo mundo? Ou você se esqueceu que eu te beijei na frente dele aquele dia?

– Eu me lembro. – disse enquanto passava suas mãos pela cintura fina de Katniss. – Você me beijou assim? – disse dando um selinho demorado.

– É, mais ou menos isso. – Katniss estava de olhos fechados, esperando um beijo mais intenso depois daquele rápido tocar de lábios.

Seu nariz estava encostado ao dela e seu rosto estava inclinado para o lado, pronto, somente esperando aquele encaixe perfeito. Peeta sentia uma fervorosa emoção em seu estômago, ele já havia beijado Katniss um milhão de vezes, mas aquele seria um beijo de reconciliação, para selar finalmente o ciclo, para acabar de vez com todos os por menores. Katniss era dele, isso não restava dúvidas. Ninguém a tomaria de novo, nem sua insegurança muito menos sua incerteza. Ela poderia o afastar o quanto fosse, o tratar de todas as formas possíveis, ela poderia ter a bipolaridade como doença registrada, mas Peeta jamais desistiria porque momentos como esse, situações em que seus narizes se encostam tão suavemente e seus lábios ficam tão próximos ao ponto de dividirem o ar de seus pulmões vale totalmente a pena.

Peeta colocou uma de suas mãos quentes no delicado rosto de Katniss, praticamente preenchendo seu lado, ela suspirou na expectativa e ele soube que ela queria aquele beijo tanto quanto ele. Seus lábios se encostaram e Peeta sentiu suas emoções quadruplicarem. Ele a beijou delicadamente, tentando mostra-la o quanto a amava e o quanto a queria. Peeta buscou transformar todas as promessas que sua voz não conseguia dizer em um beijo apaixonado. Katniss abriu seus lábios buscando um ar que não vinha. Peeta aproximou mais seus corpos e suavemente abriu espaço para suas línguas duelarem uma batalha perdida. Ambos estavam entregues, apaixonados e envolvidos pelo calor do momento.

Katniss abraçou Peeta ainda mais, percorrendo suas mãos pela sua nuca e costas, o que o fez arrepiar, ela fazia carinho em seu cabelo enquanto o beijava e Peeta retribuía suas caricias um pouco incerto do que fazer, mas tentava não demonstrar sua inexperiência. Mesmo ele já tendo beijado algumas meninas, Peeta nunca havia sentido alguém daquela forma, corpo com corpo, carinhos e toques em lugares antes desconhecidos. Enquanto ela acariciava sua nuca, Peeta impulsivamente, mas não perdendo sua delicadeza conduziu seus lábios para seu maxilar, percorrendo um caminho sem volta para o pescoço. Katniss estava com a pele quente e ele não pôde deixar de sorrir quando ouviu um gemidinho baixo de aprovação saindo daqueles lábios inchados do beijo. Peeta beijava deliciosamente aquela área, como fazia com sua boca, mordiscando, lambendo, beijando intensamente.

Katniss parecia estar em transe, mas havia algum fio de sanidade em seu corpo. Em resposta, ela levantou levemente a regata de Peeta, deixando sua barriga exposta. Ela não tinha unhas muito compridas, então, seus dedos percorreram aquela área fazendo desenhos invisíveis e acariciando da forma que achava certo. Peeta suspirou fundo, aquele toque era demais para o seu bom senso. Nunca, ninguém havia tocado sua barriga. Tudo aquilo era inédito e maravilhoso, seu corpo estava ficando cada vez mais quente, quase febril.

Sem conseguir raciocinar direito, Peeta a pegou em seu colo e ela enlaçou suas pernas em volta de sua cintura, ele encaminhou-se para o sofá se desvencilhando do maravilhoso pescoço de Katniss, agora olhando em seus olhos profundamente. Havia fogo na íris daquela garota, fogo que ele não reconhecia, mas que provavelmente seus olhos emanavam a mesma chama insana.

Peeta voltou a beija-la, intensamente e fervorosamente, deitou-se sobre ela voltando sua boca para os desejosos lábios vermelhos. Ele percorria suas mãos pela nuca e acariciava seus cabelos ondulados, enquanto sua outra mão prendia-se firmemente ao sofá, para não soltar seu peso em cima dela.

Katniss parecia outra pessoa, uma mulher e não mais uma garota, ela ainda tinha suas pernas enlaçadas à cintura de Peeta e sua voz ainda saia tremida, mas não falava, somente gemia baixinho em seu ouvido, pedindo por mais, mais toques, mais beijos, mais Peeta.

Ele não podia negar, aquilo tudo era bom demais. Nunca durante toda a sua vida ele imaginou que pudesse ter Katniss a seu mercê. Totalmente entregue aos seus beijos, pedindo por mais, se agarrando em seu pescoço e sua nuca e delirando quando ele acatava sua vontade.

Peeta estava indeciso se faria o que tinha em mente, mesmo ele estando louco com os toques e beijos de Katniss, ainda seu cérebro trabalhava sua timidez. Ele nunca fora um rapaz tímido com as palavras, mas atitudes ousadas não eram de seu feitio. Ele era respeitador, sempre ciente de suas limitações. Aquilo tudo era novidade, toques, beijos, sua barriga exposta, Katniss pedindo mais. Ele não sabia direito como agir, mas permitiu-se esquecer um pouco de seus pensamentos e se deixar levar pelo coração.

Sua mão agora estava na barra da regata de Katniss, fazendo feição para levanta-la, ela não contrapôs, ao contrário.

– Pode... levantar, Peeta. – sussurrou ela.

O efeito que a voz de Katniss deu em seu corpo foi imediato, aquilo era sensual demais para ele digerir. Ela estava tão envolvida, tão ansiosa por aquilo quanto ele, mas uma voz em seu interior o dizia que aquele não era o momento certo, ele sabia. Ela não iria querer se entregar para ele assim, no sofá, somente por vontade. A química que ambos tinham era inegável, ele nunca havia tido isso com ninguém, mas em sua mente, aquele momento deveria ser de outra forma, não como estava acontecendo agora.

– Katniss... eu... acho... – disse ele lutando contra sua vontade.

– Peeta, eu não... estou pronta. – disse ela calmamente. – Olha nos meus olhos.

Peeta, que antes estava com os olhos fechados, os abriu. Ela estava com os olhos marejados, mas não por sofrimento. Vontade? Desejo? Felicidade? Era impossível desvendar aquela mulher.

– Eu te quero muito. – disse ela respirando com dificuldade. – Mas eu sei que não estou pronta pra isso agora e sei que você ia falar para paramos. – sorriu.

– Você sabia? – disse ele ofegante, mas sem esconder a surpresa.

– Claro Peeta, eu te conheço bem. Você não ia deixar que nossa primeira vez fosse assim. – ela ainda tinha fogo em seus olhos.

– Sim, eu ia dizer. Embora não quisesse parar. – admitiu triste.

– Mas eu ainda quero que você tire minha blusa, eu quero te sentir. – disse ela puxando sua regata para cima. Peeta sorrateiramente segurou sua mão.

– Eu também quero. – disse. – Só que não vamos continuar com isso porque eu não posso garantir pra você que vou parar. – sorriu sem jeito, corando em um vermelho vivo.

– Você está com vergonha de mim! – Katniss sorria de felicidade. – Você está com vergonha de admitir que sente vontade de mim.

– Ah Katniss, não me provoca. – sorriu maliciosamente.

– Tá bom, tá certo. – disse ela o empurrando devagar. – Tem certeza que não quer aproveitar mais esse beijo?

– Eu preciso de um banho frio primeiro, depois nós continuamos. – disse enquanto piscava para ela, já sentado no sofá. – Olha o que você faz comigo, garota. – levantou a camiseta mostrando para ela o suor que se encontrava em seu corpo.

– É, você também me causa reações... diferentes. Você vai tomar banho? – disse ela vitoriosa.

– Sim! Claro. – riu Peeta.

– Então anda logo, preguiçoso! – Katniss se levantou do sofá. – E não deixa a roupa suja no chão do banheiro!

– Ah, falou a organizada! – debochou.

Aquele momento com certeza ficaria gravado em sua memória até o fim de seus dias. Katniss estava apaixonada, mesmo que ela já houvesse dito que o amava, aquela situação levava a um caminho diferente. Era uma demonstração, em fato, de seus sentimentos.

Ela, um dia, estaria pronta para ser dele de corpo e alma. Peeta permitiu-se acreditar que haverá uma época em que ambos terão uma chance de ser feliz, sem ameaças, sem problemas e complicações. Ainda havia esperança.

Agora não era o momento de preparar um futuro, mas assim que aquilo tudo acabasse, Peeta já sabia que elaboraria a proposta de sua vida. A proposta que a faria ser dele para sempre.


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Notas finais do capítulo

Grandinho esse! Mas espero que tenha recompensando vocês :D
Já estão morrendo de diabetes? Espero que não kkkkkkkkkkkkkk
Gostaram? Não se esqueçam de me mandar o feedback e comentar ok?
Beijos, amo vocês *-*