Um Cupido (quase) Flechado escrita por Gaby Molina


Capítulo 16
Capítulo 16 - Críticas... Construtivas?


Notas iniciais do capítulo

LEIAM ESSA NOTA, PELO AMOR DE DEUS

Um Anjo (Quase) Caído foi plagiada. Descaradamente. Vou dar um segundo para vocês processarem isso.
...
Pronto?
Cacete, eu tô tremendo, mal consigo digitar. Todos vocês sabem que minha escrita é a coisa mais importante na minha vida, era a única coisa que eu achava que ninguém podia tirar de mim, e... tiraram.
Primeiramente, MUITO MUITO MUITO MUITO obrigada à Amanda Kavalerski, que achou o plágio no Social Spirit. Eu vim avisar porque sinto que, principalmente em UAQC, eu desenvolvi um laço bem especial com os leitores. Eu denunciei a fic e mandei MP para a "escritora" (QUE KIBOU TUDO E MUDOU O NOME DA SERENA PRA MARIE, GENTE, VÊ SE PODE), mas não confio muito no sistema, então vim pedir a ajuda de vocês. Eu nunca sofri nada desse tipo, tô muito mal mesmo, então se alguém tiver algum conselho, ou puder dar uma força lá de algum jeito... Eu agradeço demais.
Esse cap ia ser maior, claro, mas eu queria falar disso o mais rápido possível, então o resto fica para o próximo.
Grata desde já,
Gaby.
Link do plágio: http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-originais-um-anjo-quase-caido-2753434

P.S.: Se animem! TEM POV DO DAMIEN, GENTE!



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Thomas

Ela sabia. Ô se sabia.

Serena se remexia na poltrona, inquieta, tentando reprimir um sorriso sem muito sucesso. Eu estava deitado no sofá com os fones de ouvido no máximo, para caso ela resolvesse falar. É claro que ela estava esperando que eu começasse, o que, é claro, não aconteceria.

I've just seen a face

I can't forget the time or place

Where we just met.

She's just the girl for me

And I want all the world to see we've m...

— Está com fome? — indagou ela.

— Não. Vou dormir daqui a pouco.

— Você chegou cedo.

— São meia-noite.

— É, mas... Sei lá, não achei que voltaria antes das três.

— Não tem tanta coisa para se fazer em um baile.

— Não fui ao meu baile de caloura.

— Eu me lembro.

— Eu deveria me arrepender?

— Provavelmente não.

Seus olhos continuavam cravados em mim, mas fingi não notar. Minha mente estava bem longe de minha irmã, e continuaria assim.

Serena

— Ele nunca vai me contar nada, vai?

Heath deu de ombros, me abraçando mais forte.

— Provavelmente não.

— Droga.

Empurrei-o na cama, rolando para o outro lado.

—... Eu não queria ser a irmã chata.

— Você não é a irmã chata. Dê um tempo a ele.

— Quanto tempo?

Heath suspirou.

— Olha, Argent, é que às vezes você pode ser meio...

Ergui uma sobrancelha.

— Meio...?

— Crítica.

— Crítica?

— É, você... tem opiniões fortes... sobre... Bem, tudo.

— Mas as pessoas pedem minha opinião.

— Não. Elas te contam a história delas. Isso não quer dizer que elas querem uma análise completa.

— Mas...

— Argent.

Suspirei.

— Está bem! Sem mais julgamentos. Prometo.

Ele ergueu uma sobrancelha.

— Para ser sincero, estou meio curioso para ver aonde tudo isso vai dar.

Audrey

— Então, hum, você vai ao baile com Ricky Patters? — indagou Serena, com a boca meio cheia de pão de queijo.

— Eu sei que você não gosta muito dele, mas...

— Eu nunca disse isso.

— Verdade, suas palavras exatas foram "Ele me dá vontade de infincar um garfo no meu olho".

Ela torceu o nariz.

— É, isso soa como algo que eu diria... Mas ele até que é bonitinho.

— Certo? Também acho.

— Por que estamos tendo essa conversa? O Chris chamou a Celeste?

— Sei lá, mas até onde eu sei eles não vão juntos. Mas ele convidou a gente para ir de carona com eles.

— Ah, seria ótimo, exceto pelo fato de que eu preferiria tomar banho com uma torradeira lgada na tomada — ela fez uma pausa. — Mas não estou julgando. Foi só um comentário. Porque eu não julgo.

Franzi o cenho.

— Você tá bem?

— Hmmm... Claro.

— Mas qual é, S.! Eu não quero ir sozinha com eles!

— Eu até te daria carona, mas você e o Ricky teriam que ir no bagageiro da picape.

— Porra, meu sonho, Serena. Vaaaamos! Por favor!

Ela suspirou e ficou em silêncio por um minuto antes de dizer:

— Tá. Que seja.

Abri meu maior sorriso e a abracei.

— Por isso eu te amo, S.!

— Mas ainda não te perdoei pelo tema escroto.

— Sem problemas.

— Mas não estou julgando.

Serena

— Então, parabéns. Vocês concluíram a primeira parte do treinamento — anunciou o professor Oyler, batendo palmas. — É agora que a coisa fica brutal.

Nós nos entreolhamos, tentando identificar as reações. Matthew Coltello parecia muito calmo, como se a simples ideia de competição lhe satisfizesse.

— Vamos dividi-los em grupos — continuou o sr. Goodman. — O grupo vencedor ganha a bolsa. Os outros, não. Vão ajudar na papelada de alguns casos da firma antes de serem designados ao caso final. Quando eu chamar seus nomes, deem um passo à frente.

E assim foi. O grupo de Matthew estava bem forte. Ele era muito bom, e estava com alguns caras mais velhos que eram verdadeiros crânios.

— Argent — chamou o sr. Goodman. Dei um passo à frente. — Burke — o cara encorpado e caladão que ficara comigo na primeira tarefa. — Truman. Layhead. Filker.

Observei meu grupo. Não me lembrava de nenhum deles das aulas.

— E então, o que acham? — indagou o sr. Oyler quando os grupos acabaram de ser formados. — Temos alguns competidores fortes. Coltello, Drayson, Joyson, Argent... — Matthew soltou um risinho. — O que foi?

— Todo mundo sabe que a Argent só está aqui por causa da mãe dela — Matthew deu de ombros.

Meu queixo caiu.

— Eu estava no seu time! Que, por acaso, ganhou a tarefa!

Ele cravou os olhos verdes em mim.

— Exatamente. Você estava no meu time. Por isso sei que é superestimada.

— Você vai ver o que é superestimado, seu grande pedaço de...

— Eeei, calma lá — o sr. Oyler interviu. — Todos aqui se provaram capazes. Agora vão conhecer seu grupo.

Sentei-me numa das mesas com o meu.

— Nós vamos ganhar essa bolsa — falei, séria. — Agora é pessoal. E mais que isso... Nós vamos garantir que aquele italiano filho de uma vaca não ganhe.

Franklin Filker, um cara magricela de óculos, pigarreou.

— Bem... Estatisticamente, ele têm o time mais forte, sabe. A maioria já fez cursos suplementares em grandes universidades, e chegou aqui com muitas cartas de recomendação.

— E vocês chegaram aqui como? Oras, não somos burros.

— Tipo, tem aquele filme lá, Os Estagiários — argumentou Lissa Layhead. — Deu certo pra eles, né. Tipo, eram meio fracassados, tipo a gente.

Silêncio. Ross Truman se remexia na cadeira, como se tivesse tomado muito café, mas não disse nada. Então resolvi me pronunciar:

— Escuta, eu entendo. Não temos muita experiência e tal. Matthew e os outros são tipo Barbies agora — levantei-me, rondando a mesa. — E nós somos como aquela amiguinha morena dela, Teresa. Ninguém se lembra da Teresa, porque a Teresa nunca quis ser lembrada. Ela só fica ali no canto da prateleira se contentando em ser mais barata e vir com menos acessórios. Mas nós não vamos aceitar isso! — bati teatralmente na mesa. — Nós vamos lutar! E nós vamos vencer! OU VOCÊS QUEREM SER A TERESA?!

Silêncio por um momento.

— Bem — Burke deu de ombros. Acho que eu nunca o ouvira falar, nem mesmo na tarefa anterior. — Estou mesmo com vontade de chutar algumas bundas.

— VAMOS CHUTAR BUNDAS! — gritou Truman, levantando-se também. Os outros o seguiram, exceto Burke, que permaneceu sentado fitando a mesa.

O sr. Oyler se aproximou.

— Parece que a coisa deu certo aí, hein?

Abri um sorriso satisfeito.

— Estamos prontos.

Damien

Peguei um terno emprestado de Thai e uma máscara preta simples que Celeste havia feito. Ela cobria a maior parte do meu rosto, conforme eu pedira. Claro que ela não entendia a gravidade do que havia me pedido para fazer.

Eu não estava preparado para ver Heath e Serena. Celeste os mencionava às vezes e eu fingia não ligar, mas por dentro parecia que toda a minha energia estava sendo sugada gradativamente. Não sobrava mais muita.

— Você está bem? Consigo ouvir seu coração — disse Celeste. Maldita audição Nefilim. — Está desritmado.

— Ótimo. Estou ótimo.

Ela não insistiu. Ficava remexendo o vestido azul, inclinando o corpo para frente e para trás com os saltos baixos. Estava muito bonita, e pensei que seria educado dizer isso a ela, mas estava irritado demais.

Ouvimos uma buzina, então fomos até a calçada, onde estava estacionado o carro de Christopher Jacobs, cujo era — é claro — um potencial ator de série da CW, com o cabelo impecável e o terno preto caro. Era o tipo de cara que eu conhecera em meu ano de colegial e aprendera que não me dava muito bem.

Coloquei a máscara, ignorando os protestos de Celeste.

— Oi, pessoal! — ela sorriu. — Esse aqui é o meu amigo Da...

— David — apressei-me em apresentar-me, forçando um sorriso. — É um prazer.

— Oi! — disse a garota no banco do passageiro. — Sou a Maya. Prazer em conhecer vocês.

Celeste franziu o cenho para a garota sem que ela percebesse e entrou no carro. Sentada no banco de trás estava Audrey Miller. Engoli em seco e sentei-me o mais longe possível dela.

— Só mais uma parada e direto para o baile — anunciou Christopher.

Minhas preces foram perdendo forças quando comecei a reconhecer o caminho. Eu costumava fazê-lo todos os dias. Logo havíamos parado na casa dos Argent, e sentada no degrau da porta estava a própria.

Serena Argent levantou-se, ajeitando os saltos pretos, e deu uns tapinhas no vestido roxo rodado. Observei seus olhos azuis cravarem-se no nosso carro e logo minha mão estava na porta, prestes a comandar uma fuga desesperada.

Como nunca fora próximo de Serena, não imaginara que vê-la fosse trazer tantas emoções. Senti mais coisas por ela naquele segundo do que sentira em um ano inteiro.

— Cadê o Heath? — Chris perguntou.

Ela encarou-o. Não gostava dele. Eu conhecia aquele olhar, ela o lançara para mim algumas vezes.

— Ele ficou preso no trabalho, vai nos encontrar lá.

— Ainda bem, porque não tem mais espaço nessa coisa — murmurou o garoto ao lado de Audrey, que imaginei ser seu par.

Serena ergueu uma sobrancelha.

— Beleza, Ricky, da próxima vez a gente te faz um favor e te larga ir de ônibus.

É, ela não mudara nada. Isso foi um pouco reconfortante, surpreendentemente.

Serena sentou-se ao meu lado.

— E aí? A cola quente da máscara grudou na sua cara? — ela indagou. — Mas não estou julgando. Porque eu não julgo. E tal.

— É que ela é difícil de tirar — falei baixo e tentei engrossar a voz para que ela não a reconhecesse. Felizmente, ela não prestava muita atenção no que as pessoas diziam.

Foram dez minutos infernais até a escola, mas chegamos. Serena ficou esperando na porta do ginásio, e Celeste se ofereceu para esperar com ela, mas eu a puxei para longe.

— Não é educado deixar Serena sozinha — argumentou a ruiva.

— É, eu não ligo — continuei puxando-a cada vez mais para dentro do baile. Daria qualquer coisa para não ver Heath naquela noite.


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