Um Cupido (quase) Flechado escrita por Gaby Molina


Capítulo 12
Capítulo 12 - Ideias ruins


Notas iniciais do capítulo

Olá :33
Devido à quantidade de perguntas repetidas, resolvi fazer ISTO:
UM FAQ (Perguntas Frequentemente, hm, Perguntadas)
TA-DAH

Top 11 FAQ (Porque 11 é vida)

1 - Você já leu Hush Hush?
Não. Eu nunca li Hush Hush. Eu nem sabia o que era Hush Hush antes de vocês me dizerem. Mas quero ler.

2 - Cadê o Chad?
Vai saber, haushaush. Onde vocês acham que ele pode aparecer? Tam tam tam

3 - O Guilherme ficou bravo com você porque você fodeu a calça e o sapato dele?
Surpreendentemente, não. Já a garota que eu derrubei Guaraná ficou um tanto quanto puta.

4 - Qual Hemsworth você prefere?
HAUSHAUSHAUSH Liam. Totalmente Liam. Apesar de eu não achar que o Chris é uma versão loira do Tarzan, isso é privilégio da Argent.

5 - Por que o Heath não tem mais uma storyline só dele?
E não é essa a pergunta de um milhão de dólares? ;)

6 - Desde quando você escreve?
Desde que eu tinha 9 anos. Quero dizer, sempre escrevi redações pra escola desde que eu tinha 7, mas escrever por puro prazer foi aos 9. Comecei com músicas. Minha primeira música se chamava Nunca Mais, era uma música de separação baseada em absolutamente nada. Foi minha primeira e última música que não era baseada em nada real. Foi bem popular no Habbo por um tempo. Tocava em tudo o que era barzinho. Diria que poderia ter sido um sucesso nacional, mas para isso teria de admitir que estava no Habbo mesmo tendo menos de 13 anos. Sabem como é.

7 - Como faço para fazer sucesso no Nyah?
Escrever é trabalhoso, difícil e solitário. Se você escreve para ter sucesso, não está preparado. ( http://heyitsmolina.blogspot.com.br/2014/06/escrever-e-uma-jornada.html ) Mas sério, eu não sei, eu nunca divulguei em lugar nenhum nem nada do tipo. Se fosse dar alguma dica, seria para postar frequentemente, porque aí a sua fic fica sempre no começo da categoria se alguém for procurar uma fic pra ler.

8 - Por que o casaco verde na sua foto é tão comprido?
Porque não é meu. HAUSHAUSH

9 - Por que o Thomas é tão perfeito?
Não sei. Honestamente, prefiro o Heath (prevejo apedrejamentos, haushaush)

10 - Eu odeio a Serena.
Muitas vezes, eu também.

11 - Com qual personagem você mais se identifica?
Serena.

E LITTLE PRINCESS
MUUUUUUITO OBRIGADA PELA RECOMENDAÇÃO :33333 Esse cap. vai pra você s2

E
Se vocês acharem que o capítulo demorou, é tudo culpa do Alexandre. ( http://fanfiction.com.br/u/462260/ ) Xinguem ele. HAUSHAUSH Ele disse que aguenta 100 pessoas reclamando com ele, então não sejam bonzinhos. Obg. Se o próximo demorar é culpa dele também. E se alguém me citar Shakespeare eu bato.



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Serena

As líderes de torcida não paravam de chorar. Simplesmente. Audrey cutucou meu braço.

— Qual seu Hemsworth preferido? — ela indagou.

— Sério mesmo?

— Bem, eu preciso me focar em alguma coisa. O filme é uma merda, as líderes de torcida estão chorando, os atletas são babacas. — Revirei os olhos. — Qual é. Por favor.

— Liam — murmurei. — É o Liam.

— OMFG, tem certeza? — a líder de torcida ao meu lado (Amber, talvez? Sinceramente, todas elas tinham cara de Amber) lançou-me um olhar de pena. — Liam?

— O Chris é tipo um Tarzan loiro, pelo amor de Deus.

— O Chris o quê? — Christopher esticou a cabeça, nos encarando.

— Não você, Einstein, o Hemsworth.

— Quem?

Os caras da fileira de trás soltaram um longo ‘Shhhhh!’ (provavelmente o sexto ou sétimo desde que entráramos na sala).

— Fale com o Chris — murmurei para Audrey. — Ele está bem aí do seu lado, e não tem um desejo suicida no momento, ao contrário de mim.

— É... Acho que isso não vai rolar.

Revirei os olhos ao notar Celeste.

Celeste

— Eu disse para assistirmos X-Men — Christopher revirou os olhos, jogando o corpo para trás na poltrona.

— Não estou entendendo muita coisa do filme, na verdade — admiti.

Ele sorriu.

— Ninguém está. Acho que o cara principal é esquizofrênico.

— Por que elas estão chorando?

— Não me pergunte. Não sou nenhum especialista em choro feminino.

— Nada disso faz o menor sentido.

— Eu sei, certo? Quer ir ao baile comigo?

Inspirei fundo.

— Christopher...

— Ou você pode só quebrar meu coração. Tudo bem também.

— Eu não posso.

— Por quê?

— Porque eu... hmmm... já tenho um par — senti meus dedos queimarem.

— É mesmo? Quem?

— Dá para calarem a boca aí? — os caras da fileira de trás gritaram.

— Conversamos depois — murmurei.

— Tudo bem. Mas eu vou segurar a sua mão.

— Se você fizer isso, eu vou gritar.

— Você não vai gritar, Anjo.

— Pare de me chamar assim. Pare de falar.

— Com prazer — ele entrelaçou os dedos da mão nos meus. Soltou logo depois. — Ai!

— O quê?

— Você me deu um choque.

— Sinto muito.

* * *

— Vamos lá. Eu mereço saber quem, pelo menos.

Pense. Pense. Pense.

— Você não o conhece. O nome dele é Damien. Ele não é do colégio.

— Um cara mais velho. Eu deveria saber.

— Meu Deus, Jelly Jilly, o filme foi tão lindo! — uma líder de torcida abraçou outra.

Franzi o cenho para Christopher.

— Por que garotas usam esses apelidos retardados?

Ele riu.

— E não é o que todos queremos saber?

Nisso, Serena veio correndo até nós. Havia uma pipoca presa no cabelo dela, mas a expressão desesperada no rosto revelava que aquela era a menor de suas preocupações.

— Vocês viram o Thomas?

Christopher franziu o cenho.

— O que quer dizer?

— Quero dizer o que eu disse, idiota. Ele não saiu da sala do cinema com a gente, eu acho, eu não... — ela respirou fundo. — Eu não sei.

— Calma — Chris suavizou o tom de voz. — Não é como se ele tivesse sumido ou algo do tipo. Deve ter ido mijar, só isso.

Ela bufou. Provavelmente já tinha pedido a alguém para checar o banheiro. Ou feito isso ela mesma. De qualquer forma, deixou claro que considerava tudo o que Chris dizia completamente idiota.

— Um dia eu vou precisar de ajuda para mover um corpo e quando esse dia chegar não quero ouvir nenhuma merda vinda de vocês!

Chris suspirou e bateu uma palma para chamar a atenção do resto do grupo.

— Vamos lá, pessoal, temos um Argent desaparecido! Estatura média, gosto musical da minha vó, completamente pegável e com uma irmã muito meiga que vai arrancar todos os nossos fígados!

Thomas

Eis o que eu entendi sobre aquele filme nos primeiros trinta minutos: o cara era esquizofrênico. O nome dele era Anthony. Ou Adam. Ele sofria de algum transtorno de dupla personalidade. Ele via mulheres peladas com cabeça de aranha. Pensando melhor, provavelmente Anthony. Ele estava tendo alucinações. A mãe dele queria muito falar com ele.

Em resumo, eu tinha que dar o fora dali. Estava sentado na ponta, e cada um deles estava tão centrado em si mesmo que não notou quando saí da sala.

Pedi uma Coca ainda no cinema e encostei numa parede para bebê-la. Fui checar meu telefone e percebi que havia uma mensagem.

Era de Piper, ela tirara uma foto de nossa casa na árvore. Ela conseguira colocar a primeira parede, Deus sabe como. Respondi com um "Bom trabalho, Pocahontas :)".

PiperMaxAwesome diz: Se me chamar assim de novo, eu juro que jogo um martelo pela sua janela enquanto você estiver dormindo.

PiperMaxAwesome diz: Afinal, você demorou para responder. Interrompi alguma coisa?

ThomasFrenchForSilver diz: Apenas a sessão de cinema mais estranha do universo. Dei o fora de lá depois de meia hora.

PiperMaxAwesome diz: Ainda está no shopping?

ThomasFrenchForSilver diz: Sim

PiperMaxAwesome diz: Estou chegando aí.

PiperMaxAwesome está offline.

Franzi o cenho para a tela. Continuei tomando minha Coca e, cinco minutos depois, lá estava ela. Vestia uma blusa com uma frase de Satisfaction, jeans rasgados e All Star customizados com canetinha. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto. Ela abriu um leve sorriso.

— Achou que eu estava blefando?

— Uma parte de mim realmente não estava pondo muita fé.

Ela pegou minha Coca e tomou um gole.

— Então, qual era o filme terrível?

— Aquele com o cara loiro que minha irmã tem uma quedona.

— Ah — os lábios dela se derreteram em um sorriso bobo. — Jake.

— Sim. Esse aí.

— Está a fim de pegar sorvete? Tô com vontade de tomar sorvete.

— Maxwell, está frio.

Ela ergueu uma sobrancelha.

— Não entendi a relação entre a minha pergunta e a sua resposta.

E então ela saiu andando. Eu fui atrás dela. Paramos em uma dessas barracas de frozen yogurt, do tipo "pegue o que quiser e pague por peso". Self-service de frozen yogurt? Talvez.

Piper pegou o maior pote e pôs um pouco de literalmente cada sabor, e depois encheu o pote com calda de marshmallow e ursinhos Fini.

Eu não comi nem metade disso. Piper franziu o cenho para o meu yogurt tradicional com calda de chocolate.

— Cara, que sorvete de gente chata.

Eu ri.

— Claro, porque um sorvete define muito uma pessoa.

— É claro que define — ela jogou ursinhos Fini no meu pote. — Agora sim. E coma-os rápido, senão eles endurecem e você quase quebra o dente tentando mastigá-los*.

Pagamos e nos sentamos para comer.

— Então — ela cravou os olhos cor de âmbar em mim. — Soube que o aniversário de alguém está chegando.
Ergui uma sobrancelha.

— Você falou com a minha irmã? — depois repensei. — Não, acho que minha irmã não sabe quando é meu aniversário.

Ela deu mais uma colherada para adiar a resposta. Por fim disse:

— Sabia que seus olhos azuis parecem gelo quando você me olha assim? É assustador.

— É de família. E então?

— Eu posso ter, hm, feito uma pesquisa.

— Vizinhosgatos.com?

— Vizinhosqueseacham.com.

Eu sorri, e ela também.

Serena

Eu estava quase indo falar com o segurança do shopping quando recebi uma mensagem:

ThomasFrenchForSilver diz: Tô em casa, tá? Fala pra todo mundo que teve uma emergência (não teve, na vdd)

ArgentMissesTonyStonem diz: THOMAS DAVID ARGENT

ArgentMissesTonyStonem diz: SUA AMEBA SUBDESENVOLVIDA RETARDADA

ArgentMissesTonyStonem diz: QUANDO EU CHEGAR EM CASA

ArgentMissesTonyStonem diz: EU VOU PEGAR AQUELA COLHER DE MADEIRA DA MAMÃE

ArgentMissesTonyStonem diz: E EU VOU ENFIAR

ArgentMissesTonyStonem diz: BEM NO MEIO

ArgentMissesTonyStonem diz: DO SEU

ThomasFrenchForSilver diz: Também te amo, maninha s2

ThomasFrenchForSilver diz: Bjss

ThomasFrenchForSilver está offline.

Eu bati com o celular na minha testa. Repetidamente.

— Tudo bem aí? — Chris me fitou.

Mesmo sendo mais novo, ele ainda era mais alto e mais forte. Senão, eu já tinha empurrado Christopher Jacobs na parede e batido nele pelo simples prazer do ato em si.

— Thomas está bem — murmurei. — Houve uma emergência. Ele está em casa.

— Ah. Que bom!

— É.

Ele gritou para o resto do pessoal, que não ligava muito. Aproximei-me de Audrey.

— Podemos dar o fora daqui?

— Ah, eu queria ficar mais um pouco.

— Que seja, eu vou de ônibus — revirei os olhos.

— Heath não pode te buscar?

— Heath não é meu motorista particular. Não vou fazê-lo dirigir até aqui. Além do mais, eu sei me cuidar. Muito bem, inclusive. Tchau para vocês.

— Hmmmm... S., da última vez que você saiu na rua sozinha...

A imagem dos faróis do carro voltaram. De qualquer forma, eu estava irritada demais para me importar. Então apenas saí andando.

Odiei-me por estar usando botas em vez de algo mais confortável, mas enfim. Quando entrei no ônibus, meu celular tocou. Sorri. Heath parecia ser a única pessoa que telefonava em vez de mandar mensagem, e eu gostava disso nele.

Oi — eu podia sentir o sorriso em sua voz.

— Oi, Seeler.

Tá a fim de dar uma passada aqui? Estamos fazendo maratona de Gossip Girl.

Eu ri alto demais. Todos ao meu redor ergueram uma sobrancelha.

— Não vou atrapalhar a, hm, tarde dos caras?

Tardes dos caras são supervalorizadas.

— Eu meio que tenho que matar meu irmão no momento.

Você pode matá-lo daqui a duas temporadas.

Cedi.

— Está bem! Mas não vamos assistir à quinta temporada. A quinta é um declínio completo.

Fechado. Até daqui a pouco.

— Até.

Desci do ônibus e andei um pouco até a casa dos Seelers. Entrei sem tocar a campainha, eles nunca trancavam a porta.

— E aí, cambada? — acenei para os três marmanjos jogados no sofá.

Heath correu até mim e me beijou rapidamente antes de dizer:

— Ok. Precisamos de um ponto de vista feminino. O Chuck... e a Blair... Eles...

— Eles? — olhei para a TV. Estava pausada com Chuck baleado no chão. — Ah.

— Isso é realmente tudo o que você tem a me dizer?

Frederick estava rindo.

— Ele dormiu com a loirinha. Perdeu a mulher que amava e foi baleado tentando proteger o anel de noivado deles.

— Mas ele continua sendo Chuck Bass — Fred Júnior completou.

Eu ri e me sentei no sofá com eles.

— Não vão por o próximo episódio?

— Mas... — Heath me fitou. — O Chuck, ele... morreu?

— Vou fazer pipoca — falei, me levantando.

— Para assistir à nossa desgraça? — Fred Júnior ergueu uma sobrancelha.

— Exatamente. Coloquem o próximo episódio.

Thomas

Continuamos martelando a casa da árvore. Eu me sentia idiota, porque Piper conseguia ser melhor nisso do que eu. Mas ela me deixou cuidar da playlist de construção, que incluía todas as bandas de rock boas dos anos 80. No momento eu cantarolava Friday I'm In Love.

I don't care if Monday's blue...

— Já ouvi sua irmã cantar — disse Piper. — Você não herdou o talento dela.

— Ha-ha. Falou a Whitney Houston britânica.

Ela apenas riu e me pediu para passar o martelo. O dia passou tranquilamente pelas duas horas seguintes, mas só até eu ouvir um carro parando na porta.

— É a sua mãe? — perguntou Piper.

— Não, o carro da minha mãe não faz tanto barulho. Espere um minuto, eu já volto.

Corri até em casa a tempo de ver Serena descendo do carro.

— THOMAS!

— SERENA! — gritei no mesmo tom de voz. — Onde diabos você estava?! Estou te esperando em casa há horas, e você estava por aí com o seu namorado fazendo sei lá o quê? Você não tem responsabilidade! Quase morri de preocupação!

Serena me encarou por um longo minuto. Ela estreitou os olhos, e eu fiz o mesmo. Franzimos o cenho. E, depois de um longo minuto, começamos a rir.

Ela empurrou minha testa com a mão.

— Não faz mais isso, idiota.

— Pode deixar.

— Vou ficar lá em cima, preciso estudar para segunda. Não fica aqui fora até tarde, tá? Volta antes de a mamãe chegar.

— Ok — encarei Heath. — Você vai subir?

Serena riu.

— Não, o Seeler precisa descobrir se o Chuck e a Blair ficam juntos ou não.

Antes que eu pudesse tirar sarro, Heath empurrou minha irmã.

— Valeu pelo apoio, Argent. Tchau — ele puxou-a de volta e a beijou uma última vez. —, querida.

Ela deu uma cotovelada nele, e ele riu. Acenou uma última vez e entrou no carro. Serena correu para dentro e eu voltei para o quintal da Piper.

— Eles são fofinhos — Piper comentou, dando um sorriso bobo.

— De um jeito meio sociopata.

Ela riu.

— Ainda fofinhos.

Serena

— EU CHUTEI A BUNDA DAQUELES COMEDORES DE DOCE COMPULSIVOS! — gritei, escancarando a porta de casa na segunda-feira à tarde.

— Vai me contar como ou não? — Heath perguntou pela milésima vez, me seguindo.

— Invasão e destruição de propriedade. O que dá campo para defesa pessoal.

— Do que vocês estão falando? — Thomas, que estava sentado ao lado de minha mãe no sofá, ergueu uma sobrancelha.

— Da minha simulação de julgamento. Eu tinha que defender a bruxa de João e Maria. Eles invadiram a casa e comeram alguns doces dela, então invadiram e destruíram uma propriedade privada. E depois consegui levantar quesitos de defesa pessoal para as atitudes da bruxa, e...

— Serena — disse minha mãe, séria. — Sente-se.

— É algo sério? Se for eu posso... — Heath recuou, se aproximando da porta.

— Não, não. É bom você ouvir. Sentem-se.

Fizemos isso.

—... Um julgamento meu foi transferido para o Norte, e não posso perdê-lo a custo nenhum. Então vou ficar fora um tempo.

— Não posso ficar com os Stewart — falei rapidamente. — Fica longe do estágio, e sem você aqui vou ter que ir de ônibus, e ficaria ruim.

— É, Thomas também protestou. Algo sobre terminar uma casa da árvore. De qualquer forma, não quero separar vocês dois de novo. Quero que tomem conta um do outro como geralmente fazem. Então, já que Serena tem dezessete anos e é legalmente permitido que ela viva sozinha, vou deixar vocês dois ficarem aqui. Bailey, a vizinha, virá checar se está tudo bem periodicamente, e nem pensem em fazer nada idiota, porque aquela mulher não tem vida. Ela vai vigiar vocês o tempo todo e me ligar na primeira oportunidade.

— E eu estou aqui por que...? — Heath franziu o cenho. Não era muito fã de reuniões de família, até porque elas geralmente acabavam com minha mãe cozinhando o jantar.

— Mesmas regras de sempre. E Thomas vai estar aqui. Pelo amor de Deus, não façam nada idiota. Eu confio em você, Heath, então por favor. E não deixe a Serena pirar por causa do estágio. E se eu souber que você dormiu aqui... — minha mãe fez sua cara assustadora.

Heath recuou, engolindo em seco.

— Hã... Tudo bem. Tudo ótimo. Érrr... Eu... Posso ir agora?

Ela pensou por um momento.

— Pode.

Heath beijou minha bochecha e se despediu enquanto corria para fora da casa. Thomas começou a rir, mas parou quando minha mão fez sua cara assustadora para ele também.

— E Thomas — minha mãe estreitou os olhos. — Serena não é sua babá. Não fique dando trabalho para ela. Mas enquanto eu estiver fora, ela que manda. Entendido?

Ele revirou os olhos.

— Entendido.

— Quando você vai embora? — perguntei.

— Hoje à noite. Era para eu ir amanhã, mas adiantaram meu voo. Algo sobre corte de gastos ou sei lá. Não me encham o saco agora, preciso arrumar minha mala.

Assentimos e corremos escada acima, empurrando um ao outro e xingando.

* * *

Eu a abracei uma última vez. Patricia me encarou por um minuto e me entregou seu cartão de crédito.

— Comida. Contas. Higiene pessoal. Só.

— Certo.

— E nada de comprar vinte potes de Nutella. Isso não conta como comida.

— Está bem.

— Se forem gastar dinheiro para sair, me liguem antes.

— Ok, mãe.

Ela me encarou por mais um minuto.

— Juízo.

— Sempre.

E então ela abraçou Thomas mais uma vez e entrou no carro da colega de trabalho que a levaria ao aeroporto.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Thomas saiu andando enquanto dizia:

— Tô indo na Piper.

— Mas já? Eu... — suspirei. — Não volte tarde. Oito horas, ou eu te puxo pela orelha até aqui.

— Está bem, mãe provisória.

Eu empurrei-o e ele riu.

* * *

A campainha tocou.

— Oi! — Audrey sorriu. — Eu falei para a minha mãe que a Patricia viajou e ela fez estrogonofe.

Arregalei os olhos. Eu podia sentir o cheiro bom, mesmo que o prato estivesse coberto com papel alumínio.

— Eu... Obrigada! Entra aí.

Audrey fez isso e me acompanhou até a cozinha. Coloquei o prato na mesa.

— Cadê o seu irmão?

— Na casa nova dele.

— Piper? Ela é bonitinha?

Eu ri.

— Ela é bem bonitinha — Tive uma ideia. — Vem cá.

Subimos escada acima até o quarto dele, que tinha visão para o quintal do vizinho. E lá estavam os dois, martelando naquela droga de casa da árvore enquanto faziam comentários aleatórios e riam.

— Awnt — Audrey abriu um sorriso bobo.

— Ei, que horas são?

— Deve ser lá pra umas nove e pouco.

Revirei os olhos e me debrucei sobre a janela.

— THOMAS! A SRA. MILLER FEZ ESTROGONOFE! VEM COMER!

— Já estou indo! — ele gritou de volta.

— AGORA!

Ele ergueu as mãos, se rendendo, e veio para casa. Bem, isso foi fácil.

— OI, PIPER! — Audrey acenou, sorrindo.

Piper acenou de volta, um pouco confusa.


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Notas finais do capítulo

Audrey :333

*Lição de vida u-u não deixe para daqui a cinco minutos os ursinhos Fini que você pode devorar agora.