Eles estavam ali, parados, esperando que alguma coisa, qualquer coisa acontecesse.

Algo sempre tinha que acontecer, porque isso eles não podiam evitar.

Eles, na verdade, não tinham controle de nada. Estavam naquele cemitério, não querendo fazer o que tinham que fazer, os dois pelos motivos errados, mesmo assim sabiam que era impossível não acontecer. Conheciam um ao outro e sabiam que se um estava disposto a lutar o outro também estaria.

O elo deles era inquebrável, forte demais que qualquer sentimento dos humanos. E era inquestionável.

Já havia se passado muito tempo, e tudo aquilo não fazia mais sentido. Nada parecia fazer muito sentido depois que eles se separaram.

Eles eram irmãos, amigos, amantes e precisam um do outro independente do que essa dependência signifique.

Os dois eram tudo o que podiam ser juntos ou separados. Mas não daria certo.

A história deles era um céu inacabado, uma história triste, que eles sabiam como acabava.

Eles eram a perdição um do outro e isso seria a ruína para os dois.

Lúcifer e Miguel sempre souberam que tinha que ser assim.

Sempre.