Aquele não era Sam.

Não era. Não era. Não...

Dean sabia que a negação era o primeiro estágio (para que? Dean não sabia).

“Sam só tem que tirar aquilo de seu corpo. Aí ele ficará...” Castiel havia dito. Dean sabia. Claro que sabia.

Sabia também que não era culpa de Sam. Não era culpa do mais novo, Sam tinha acabado com a Fome. Sam tinha feito a coisa certa por causa da solução errada, mas ainda sim, a coisa certa.

Sam era humano, com seus erros e vícios. E era desses vícios que Dean tinha manter o irmão longe. Dean queria ter feito Sammy parar antes mesmo de ter começado.

E quando olhou para o céu, pedindo ajuda – como se fosse uma prece- estava cansado.

A Fome estava certa. Dean já estava morto. Acordava todos os dias com aquele vazio no estômago, sem poder morrer, porque já estava morto por dentro, cansado do grande nada que tudo havia se tornado.

Estava se sentindo cansado e vazio. A ajuda parecia estar a anos luz.

Naquele mesmo momento, sem que Dean soubesse que estava ali, Castiel também levantou os olhos para o céu, rezando para que o loiro percebesse que a ajuda estava dentro dele mesmo.