Mate-me se for capaz escrita por KyonHiryu


Capítulo 3
Capítulo 3 - Primeiro atentado




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Uma hora depois, Aiden, Lexi e Maximus se encontraram no lugar marcado. Ao ver o apartamento, Aiden disse que ele era muito aconchegante e bonito.

O tio tinha alguns outros afazeres e deixou os dois sozinhos para se conhecerem. O garoto foi direto arrumar as suas malas no quarto que escolhera e também era o menor deles. Lexi ficou o observando por um tempo, parada em frente a porta.

–Você não vai falar nada?

–Falar o que?

–Se apresentar e tal. Afinal, não sei por quanto tempo vamos morar juntos.

–Porque não o faz primeiro, já que tanto insiste?

–Tudo bem! - falou se virando para ela – Meu nome é Aiden Levi Memphis, tenho 21 anos, sou ex-agente. Agora eu trabalho fazendo alguns serviços particulares.

–Agente? Da CIA?

–Se apresenta primeiro que eu respondo.

Lexi sorriu e falou:

–Eu sou Lexi Aspen Donovan. Você já sabe que eu tenho 19. Eu faço faculdade de artes, tem pouco tempo que comecei, não sei no que vou me especializar. Agora responde!

–Bem, eu era um agente em nível mundial. Estou mais para um Super Agente Secreto.

–Mas se aposentou com essa idade?

–Na minha área são raros os que ficam trabalhando com mais de 20 anos. Somente alguns que realmente são muitos bons e que gostam muito do que fazem. É meio que uma área infantil!

–Que estranho!

–Não é! Você não faz ideia das grandes coisas que nós fazemos pelo mundo, senão fosse por nós quem sabe o planeta seria bem pior. E você? Conte-me mais.

–Bem, eu perdi minha mãe com uns 6 anos. Meu pai se casou de novo e minha madrasta apenas quis o dinheiro do meu pai e acabou matando-o na semana passada. - sempre que falava de Griffin, quase chorava – Eu sempre fui uma criança alegre, inteligente e estudiosa. Nunca fiz nada que deixasse meu pai triste, ele tinha muito orgulho de mim.

Lexi acabou desabando nesse momento. Aiden, como um bom cavalheiro, ofereceu-lhe um ombro para chorar. Ela chorou por uns minutos até se acalmar.

–Ah, me desculpe. Eu mal te conheço e fico te perturbando com coisas assim.

–Não há com o que se desculpar. Ainda é recente, ao se lembrar dele é óbvio que vai chorar. Pode desabafar comigo sempre que precisar, Lexi.

Deixou a menina sentada na cama e continuou arrumando as roupas no armários e seus objetos nas prateleiras. E logo, notou algo errado:

–Lexi, cadê as suas coisas?

–Estão na casa do meu pai ainda. Eu fugi de lá durante a madrugada, por causa da minha madrasta.

–Ela te atacou não foi?

–Isso mesmo.

–Que tal se fizermos uma coisa: Aproveito as minhas caixas e passamos lá amanhã para pegar os seus pertences?

–É uma boa ideia! - disse sorrindo

O resto do dia passou-se normalmente. Aiden e Lexi conversaram e divertiram bastante. Mais tarde, Maximus ligou para a sobrinha e perguntou como estava tudo. Recebeu um “Bem” como resposta.

Como não havia comida na geladeira e nem nos armários, Aiden pediu uma pizza para ele e Lexi comerem. Decidiram que depois de passar para pegar as coisas da garota eles iriam a um supermercado e comprar “comida de gente”.

Os dois foram dormir após o jantar. A senhorita Donovan teve outro pesadelo, mas ela não quis preocupar Aiden e ficou quieta, respirando forte, até se acalmar e adormecer novamente.

Esses pesadelos eram sempre da mesma maneira, era isso o que mais irritava a garota. Não que as cenas sempre fossem as mesmas, mas a situação era idêntica em todas as vezes. Ela via seus pais em um momento de perigo em que deveria ajudá-los. Contudo, eles sempre acabam morrendo sem que ela tome qualquer atitude, porque ela se sente impotente diante daquilo. Após a morte, ela acorda. Acorda com a mesma sensação do sonho: Impotência. A jovem Lexi carrega, muitas vezes, os seus sentimentos durantes os pesadelos para a vida real. Assim, há circunstâncias em que ela sente medo e insegurança, consequentemente, tudo fica igual quando ela está dormindo.

O que mais a garota queria é que esses pesadelos e esses sentimentos sumissem de sua vida. Ela quer ser a menina alegre e inteligência que sabe que é. Sempre poder sorrir, apesar dos acontecimentos ruins. Ela está viva! Tem amigos e pessoas que a amam. Nada mais importaria senão o amor.

Amanhecera. Lexi levantou porque o Sol batendo em seu rosto já a incomodava. Colocou um roupão de seda, penteou os cabelos e foi ao encontro de Aiden. O ex-agente comia a pizza dormida do dia anterior. Ao vê-la, disse:

–Lexi, bom dia! Como dormiste?

–Bom dia, Aiden! Eu dormi bem. - respondeu sorrindo – E o que temos para comer?

–Bem, a pizza de ontem. Se quiser se servir, senhorita, fique à vontade.

Lexi riu e sentou a mesa com ele. Aiden logo saiu para se trocar, porém, falou antes:

–Termine de comer e se troque. Haverá muito a se fazer hoje.

–Ok. - assentiu

Ela terminou de comer, tomou uma ducha rápida e colocou uma roupa confortável. Aiden já a esperava na sala. Desceram e, no carro de Aiden, foram a casa da madrasta de Lexi.

Lexi, educadamente, bateu no portão. A casa tinha um enorme jardim em torno. Quem atendeu-a foi a empregada Alexandra, permitindo sua entrada. Assim que viu a menina, a empregada perguntou:

–Onde estava, Lexi? Estranhei não ter te visto hoje.

–Aconteceram umas coisas e eu me mudei. Totalmente de repente mesmo! Eu vim pegar as minhas coisas.

–Se mudou? Por que?

–Problemas! Paisley está acordada? - perguntou receosa

–Sim! Acordou com a macaca, como sempre!

Lexi riu. Em seguida, apresentou Aiden a Alexandra e foi ao seu, agora ex, quarto pegar seus pertences. Encontrou com seu meio-irmão Bennett no meio do caminho.

–Olá, Ben! - Ela gostava do irmão

–Oi, Lex. - Ele sorriu – Você não dormiu em casa hoje?

–Não. E aqui não é mais a minha casa.

–Por que não?

–Eu briguei com a mamãe.

–Ah... Poxa, vou sentir saudades de você. Vai vir me visitar né?

–Claro, Ben!

O menino viu que tinha alguém atrás da irmã, ele apontou para Aiden querendo dizer: Quem é esse?

–Ah, eu esqueci das apresentações. Ben, esse é meu amigo: Aiden. Aiden, este é meu o irmão: Bennett.

Eles apertaram as mãos, cumprimentando-se. Depois, Lexi disse:

–Quer me ajudar a arrumar minhas coisas nas caixas, Ben?

–Eu quero! - o menino pulou

Os três foram ao quarto e começaram a arrumar tudo. Separando por coisas mais fáceis de quebrar, roupas, sapatos, livros e etc. Ao empacotar umas dez caixas, Bennett e Aiden começaram a descê-las e pôr no carro. Então a garota ficaria sozinha por breve períodos de tempo, aquilo era uma oportunidade para Paisley atacá-la.

Tempo depois, empacotaram as duas últimas caixas. Os rapazes desceram com elas.

A menina ficou um tempo parada, observando o quarto e como sentiria falta dele. Tantas lembranças que aquele cômodo lhe trazia. Ainda mais de seu pai. Uma voz feminina despertou-a de seu breve devaneio:

–Lexi, querida, vejo que voltou ao lar. - era a madrasta – Já não era sem tempo.

–Eu já estou de saída.

–Não vá ainda. Esqueceu que temos um assunto pendente?!

Paisley mantinha suas mãos nas costas, escondendo algo, que logo revelou ser uma faca. E foi direto atacar Lexi, como tentara na noite anterior. O baque derrubou a garota, fazendo cair sem censurar a dor. A mulher esticou o braço com a faca em punho e iria enfiar no peito da enteada, porém Lexi desviou o braço e a faca, a fim de proteger a sua vida.

–Aiden! Socorro! - Lexi deu o maior berro que conseguiu

–Tem uma protetor agora é? - Paisley ironizou – Não adianta! Eu serei mais rápida.

A mulher fez várias outras tentativas de acertar o coração dela. A menina tirava o pulso dela do curso. Não atingia o alvo, mas batia nas bordas. Lexi ganhara alguns cortes em seus braços.

Ela deu um outro grito, acudindo por Aiden. O primeiro ele não ouvira, mas este sim. Bennett que lhe chamou atenção.

–Aiden, minha irmã está te gritando lá de cima.

–Merda! Bennett, fique aqui.

E o ex-agente saiu correndo para dentro e foi escadas acima.

Lexi não conseguira sair da prisão de Paisley pois ela estava pondo muita força nos quadris e evitando que ela se levantasse.

Aiden chegou ao quarto e nem pensou meia vez para proteger a garota. Ele golpeou a cabeça da madrasta, que desmaiou na hora. O garoto lhe estendeu a mão para ajudá-la, depois falou:

–Não podemos ficar mais nem um segundo aqui, logo ela pode acordar. “Vambora!”

Desceram. Lexi se despediu de um jeito meio desajeitado para a empregada e deu um abraço rápido no irmão. Atravessaram o portão. Os braços dela estavam com alguns cortes superficiais e com bastante sangue. Ela estava apavorada.

–Tá tudo bem? - indagou Aiden

Ela assentiu em meio as lágrimas. Ele perguntou novamente:

–Está tudo bem mesmo? Se quiser voltamos para casa e não fazemos as compras hoje.

–Sim, tá tudo bem. Só preciso me limpar desse sangue.

–Paramos num posto de gasolina que tem por perto e você usa o banheiro lá.

–OK!

–Alias, obrigada, Aiden. - Ela deu uma pausa – Eu posso te chamar de Levi?

–Meu segundo nome. Por que motivo?

–Eu gosto mais de Levi. Me lembra Lexi! - Ela sorriu

–Pode sim... - Ele deu uma leve risada – Lex!


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Notas finais do capítulo

Não sei se a cena de ação ficou boa.
Comentem por favor!



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