Lucius e Narcisa estavam na biblioteca da mansão Malfoy esperando. O clima não estava dos melhores e as ultimas noticias não foram bem recebidas na mansão, o menino Potter participando do torneio, a marca cada vez mais negra e um boato, uma conversa que o Lord estava se reerguendo. Dias sombrios estavam para começar.

De repente uma luz surge no meio da sala, Draco Malfoy acaba de chegar de Hogwarts. Já a alguns dias tinha pedido para vim para casa pois precisava conversar com a família e o que o seu herdeiro queria ele tinha ainda que fosse algo tão simples quanto vim para casa.

– Mamãe obrigada por ter atendido ao meu pedido. Papai como esta?

– Do mesmo jeito Draco, mas porque esse desejo súbito de vim para casa?

– preciso de alguns conselhos alem de saber como esta as coisas, se já encontrou algum meio de resolver essa situação delicada.

–Isso não é algo que deveria se preocupar, você deveria se preocupar com suas notas e com o quadribol.

– Minhas notas estão perfeitas como sempre e so entrei para o time de quadribol para agradar ao senhor, e esse ano não teremos competição como bem sabe, posso continuar sendo o aluno com notas exemplares e me preocupar com meu pai.

–As coisas são mais complicadas do que aparenta Draco.

– Se ao menos o senhor me deixasse analisar o diário, tenho quase certeza que o que quer que possamos fazer poderíamos começar com ele.

–Aquele objeto tem magia negra, mais poderosa do que a que você esta acostumado, alem de ser um objeto que ninguém deveria saber que esta em meu poder.

–Temos que encontrar um meio de fazer com que o senhor não seja mais um comensal papai, mesmo que a causa seja nobre, morrer e deixar sua família não é.

–É algo que estou trabalhando Draco, estou pesquisando e procurando um meio de me libertar. Espero que não tenha falado desse assunto com ninguém. Ninguém pode saber disso ou que estamos querendo descobrir um jeito de acabar com isso.

– Voce me criou melhor que uma bruxa fofoqueira papai, não sinto necessidade de expor nossa vida a ninguém. Os problemas de família são resolvidos na família.

– Chega desse assunto Draco, já estou com dor de cabeça e esse assunto não vai ajudar em nada a melhorar. – Apesar da dor de cabeça as ultimas palavras do filho o tinha deixado com orgulho do homem que seu filho estava se tornando.

– Meu querido porque não vai deitar-se então? Enquanto a chave de portal que levara Draco para a escola não se ativa vou pedir uma das sobremesas que ele tanto gosta, aproveito e mando levar uma porção para você relaxar.

Draco notou que sua mãe estava tentando tirar seu pai da sala para conversar com ele a sós e não fez nada que pudesse impedir tal coisa já que precisava lhe contar o que vinha acontecendo com ele, da mesma forma que Lucius tinha notado que sua esposa desejava conversa com o filho sem ele, não se importou, no final se ela achasse necessário ele iria saber o teor dessa conversa.

Em menos de cinco minutos estavam apenas os dois no escritório, seu pai beijou sua testa e deu um beijo em Narcisa e depois foi para seu quarto, aquele ainda era um assunto que o deixava com um tremendo mal humor e ao que parecia a dor na marca tinha aumentado nos últimos dias e só tinha um significado possível. O Lord das Trevas estava retornando.

– É importante que não seja vista fora da mansão nas próximas semanas mamãe ou vão saber que não estava doente.

–Pode deixar meu Dragão, não irei sair da mansão pelas próximas semanas, avisei algumas conhecidas que sei que ira compartilhar o Maximo possível essa informação que estou com uma gripe forte.

Sua mãe era uma mulher formidável com uma inteligência acima da media, no momento em que Draco falou que precisava conversa com os pais pessoalmente, algo que o estava deixando aflito ela pediu que esperasse um pouco e organizou tudo desde uma doença que apesar de ser simples tinha sintomas desagradáveis como toda gripe principalmente se fosse gripe mágica, alem de mandar uma carta a Dumbledore pedindo que seu filho fosse visitá-la já que estava de cama e precisava resolver alguns assuntos com o herdeiro, o aviso foi mais um meio de iniciar a conversa do que um lembrete a mãe do plano que ela mesma elaborou, sua mãe tinha a astucia dos Black e o sangue frio dos Malfoy, ela era única e por isso precisava dos seus conselhos.

– Não estou satisfeito com o rumo que as coisas estão tomando mamãe, e mais do que obvio o que significa a inscrição do Potter nesse torneio alem da marca esta escurecendo.

– Sei disso tanto quando você Draco, também não gosto nada disso, mas o seu pai esta... reticente com o que fala sobre isso e sobre essa situação, o fato é que ele estar ligado tanto a essa situação quanto aquele maníaco e não ha nada que possamos fazer.

– Todo feitiço tem um contra-feitiço mamãe, se foi por magia que meu pai ficou ligada a essa criatura tem que haver uma forma dele ser desligada.

– O feitiço que ligou seu pai aquele-que-não-deve-ser-nomeado foi invenção do próprio Lord. Ele podia ser um mestiço com um ego inflado, mas era bom no que fazia, não vejo uma forma de desfazer essa ligação meu Dragão e caso ele retorne as coisas ficaram terrivelmente complicadas para todos nos.

– Voce... Ele... Ele era um mestiço? Ele pregava a pureza do sangue e ele era um mestiço?

– Sim, na época era um assunto pouco comentado apenas poucas pessoas sabiam disso, seu pai não sabia na época, entenda ele era poderoso e se aprofundou nas artes mais tenebrosas o fato de saberemos que ele é mestiço so veio se confirma depois de sua queda, com o prestigio que o seu pai conseguiu de volta durante todos esses anos ele conseguiu informações privilegiadas.

– Prestigio esse que vai ser do agrado D’ele e que poderá desgraçar nossa família.

– Sim Draco, que bom que entendeu.

–Se ao menos papai me deixasse analisar o diário, tenho certeza que algumas respostas estão ai.

– Voce sabe que no que se refere a esse assunto é pouco provável que muda de opinião a respeito desse objeto, foi algo confiado a seu pai e que por causa do Potter esta destruído, não quero nem imaginar o que isso vai significar caso ele retorne.

– Eu acho que posso ajudar.

– Como você um bruxinho de 14 anos vai ajudar seu pai se ainda nem terminou o colégio? Acha que eu e ele já não pesquisamos de todas as formas possíveis para ver se achamos uma saída?

–Esse ano anda acontecendo algumas coisas bem estranhas mamãe, coisas que não posso colocar em cartas.

–Que coisas Draco?

– Eu meio que fiquei amigo do Potter.

– Meio que ficou amigo do Potter? – Narcisa deu um sorriso – Como alguém meio que fica amigo me explique melhor para que possa entender.

– Nos encontramos em um corredor e ... ele veio falar comigo disse que não via porque tínhamos que nos odiar e que poderíamos tentar conviver bem que ele poderia me ajudar. – os olhos de Draco demonstravam esperança.

– Não creio que a ajuda se estenderia nesse ponto, você tem que entender que por mais que o menino Potter tenha lhe proposto amizade o passado do seu pai não deixa ele ou a você com facilidade.

–Sei disso, sei disso, mas algo me diz que se alguém pode ajudar a retirar esse feitiço será ele, ao que parece tudo sempre gira em torno dele – essa afirmação não continha nenhum tom de inveja ou ironia, Narcisa podia notar, era apenas seu filho procurando uma forma de ajudar o pai que ele tanto amava que ela tanto amava.

– Desde pequeno você sempre quis ser amigo do famoso Harry Potter, e lembro-me como ficou chateado por ele ter rejeitado seu pedido de amizade, fico feliz que enfim você pode ter o amigo que sempre desejou, mas querido se há de fato um meio desse feitiço ser quebrado apenas o Lord poderá saber e ele esta tecnicamente morto no momento.

– Eu tenho tido sonhos. – Draco falou evitando olhar para a mãe.

– Que tipos de sonho Draco? – Narcisa perguntou curiosa, sabia que o fato do filho pular de assunto em assunto era porque estava nervoso.

– As imagens não são claras para mim ou mesmo onde se passa, mas existe uma figura e sua aura é de um poder absoluto, todas as vezes que ela aparece fala a mesma coisa eu escrevi para não esquecer – e tirando um papel do bolso recitou para sua mãe sem nem ao menos precisar olhar...

para conseguir o que almeja

e assim mudar o futuro que uma vez foi escrito

o arrependimento será necessário nesse caminho escondido.

Aquela que julga indigna trará a resposta

Sangue ou morte faça sua aposta.

Confiar mesmo que isso possa a Morte trazer

e aceitar que o bem poderá fazer.

Se o orgulho ao sangue você escolher

Esqueça a felicidade que um dia podia ter.

– O que isso significa Draco – Narcisa não confiava na própria voz, sua mente estava em pedaço ao ver a palavra morte e julgar que ela poderia ser dirigida ao seu marido ou a seu filho.

– Que existe uma forma de salvar o papai e que ao que parece teremos que aprender a confiar em alguém fora da família Malfoy já que a meu ver “Aquela que julga indigna” possivelmente é uma mestiça ou como eu acredito mais uma nascida trouxa.

– Voce esta pensando naquela amiga do Potter? Seu pai nunca aceitara isso.

–Sim, caso não aceite as duas ultimas linhas são bem claras, Se o orgulho ao sangue você escolher / esqueça a felicidade que um dia podia ter.

– O que faremos? – Lagrimas turvavam a visão de Narcisa ela queria a felicidade e sua família unida e inteira, estava tão desesperada que não notou que perguntou ao seu filho tão novo o que iriam fazer uma decisão que poderia mudar a historia de todos ao seu redor.

– você convencera o papai que precisamos da sangue-rui... da Granger e do Potter que precisamos de sua ajuda, vamos nos unir ao lado da luz dessa vez e que Merlin nos proteja se conseguimos quebrar essas ligação que papai tem com ele então vamos lutar contra você-sabe-quem.

– Draco estamos falando de virar as costas para sua tia, a minha Irma...

– Estamos falando de mantermos a nossa família unida e inteira e por mais duro que possa parecer ela já não é a mesma de sua infância, não é mais minha tia ou mesmo alguém conhecido. O pouco de sanidade que as artes das trevas não tiraram Askaban tirou.

–Como você em tão pouca idade pode ser tão sábio e seguro? – Narcisa perguntou olhando seu filho com imenso orgulho.

– Você me criou para ser um Malfoy tão digno quanto meu pai, Meu pai me educou para ser um Lord e honrar o meu sobrenome, você me educou para pensar antes de agir e que nos Malfoys temos direito a tudo, que família sempre vem em primeiro lugar. Você e papai são minha família.

Narcisa sabia que sua decisão estava tomada, seu filho estava certo, mas sabia também que mesmo sendo o certo a fazer e praticamente a única chance de Lucius se libertar disso tudo sabia que não seria fácil, seria um processo demorada e complicada, mas seu filho estava certo, a família vinha em primeiro lugar, antes de orgulho antes de tudo. Se precisasse da ajuda de uma sangue-ruim para salvar sua família ela iria atrás de todos os sangues-ruins de Hogwarts seria capaz de pedir ajudar a Granger se realmente ela fosse a que tinha a resposta sua única prioridade era a sua família e caso ela realmente ajudasse ficaria imensamente grata e cobriria a menina de ouro, com esse pensamento rumou para conversa com seu marido.

– Ah senhor Malfoy vejo que já retornou – os olhos de Dumbledore brilharam ao ver o menino – Como esta sua mãe? Espero que melhor;

– O medibruxo disse que ainda vai ficar alguns dias de cama, mas que ficaram bem, ela manda agradecer por ter atendido ao seu pedido e acrescento os meus agradecimentos por ter permitido que fosse ver minha mãe. - Draco fez uma reverencia podia não gostar do velho, mas não quer dizer que iria se indispor com ele ali, sabia que ele tinha influencia não so na escola como em todo mundo mágico.

– Não por isso senhor Malfoy, não por isso. Creio que seja melhor se dirigir para seu dormitório.

Com mais um aceno Draco saiu deixando Dumbledore sozinho com seus pensamentos. - “ O garoto esta muito mudado esse ano, mais calmo e maduro talvez não siga os passos do pai e venha a se torna um bruxo importante e digno para a família Malfoy apesar do pai quase ter jogado o nome da família na lama ao se torna um comensal, mesmo assim ficara de olho no garoto seja para no futuro ser seu pupilo se ele se mostrar digno ou para destrui-lo caso forme aliança com os comensais da morte como o pai”