Harry Potter: Uma nova Chance escrita por Natallya Lopes


Capítulo 1
DE VOLTA À FLORESTA




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Harry não deixaria ninguém mais morrer por ele, a guerra tinha estourado nos terrenos de Hogwarts , e só o que Harry tinha em sua cabeça era a imagem dos corpos de Fred, Lupin, e Tonks no Grande Salão, e por um momento ele pode respirar apenas. A morte foi impaciente... Mas Dumbledore tinha-o superestimado. Ele tinha falhado: A serpente sobreviveu, e uma horcruxe ainda não tinha sido descoberta, a que esta em Hogwarts ainda estava atando Voldemort à terra, até depois que Harry tivesse sido morto. A verdade é que isto significaria um trabalho a mais fácil para alguém. Ele pensou quem o faria... Ronny e

Hermione saberiam o que tinha de ser feito, naturalmente... Teria sido por isso que

Dumbledore quis que ele confiasse em nos dois... De modo que se cumprisse o seu destino verdadeiro e morresse, eles poderiam continuar…

Só um pensamento estava na cabeça de Harry. Devo morrer.

Deve terminar.

Ron e Hermione pareciam muito longe, em um país distante; e ele sentiu-se como se ele tivesse se separado deles há muito. Não haveria nenhum adeus e nenhuma explicação, era melhor dessa forma. Esta era uma viagem que eles não poderiam fazer juntos, e as tentativas que eles fariam para pará-lo desperdiçariam um tempo valioso, por isso partiu sem dizer adeus. Ele olhou para o relógio dourado batido que ele tinha ganhado no seu décimo sétimo aniversário.

Quase a metade da hora dada por Voldemort para sua rendição tinha se passado.

Ele continuou caminhando. O seu coração pulava contra as suas costelas como um pássaro frenético. O castelo estava vazio. Harry puxou a Capa da Invisibilidade e caminhou para a floresta proibida, E antes de colocar a capa avistou Neville e foi ao seu encontrou.

- Neville.

- Harry, você quase me mata do coração! Onde você está indo, sozinho? -Neville perguntou suspeitosamente.

- Isto é toda a parte do plano- disse Harry- Há algo que eu tenho de fazer. Escute Neville

- Harry! - Neville pareceu repentinamente assustado- Harry, você não está pensando em entregar-se está?

- Não- Harry mentiu facilmente. - Claro que não... isto é algo mais. Mas eu tenho de estar longe da vista durante algum tempo. Preciso que você cuide da Gina enquanto eu estivar fora e caso tenho chance, mate a cobra de Voldemort, Ron e Hermione sabem disso, mas a título de prevenção, caso eles... Caso eles estejam ocupados faça isso, mate a cobra.

- Matar a cobra?

- Matar a cobra- repetiu-se Harry.

- Muito bem, Harry. Faço isso cuido da Gina e mato a cobra.

- Você é um Maximo Neville. Obrigado, Neville.

Mas Neville agarrou o seu pulso fazendo com que Harry parasse.

- Vamos todos continuar lutando, Harry. Você sabe disto?

- Sim, eu...

Um sentimento sufocado extinguiu o fim da sentença; ele não pode seguir. Neville não pareceu achá-lo estranho. Ele acariciou Harry no ombro, liberou-o, e partiu.

A cabana de Hagrid apareceu fora da escuridão. Não houve nenhuma luz, nenhum som do Canino arranhar a porta, ou o seu latido de boas-vindas. Lembrou-se de todas aquelas visitas a Hagrid, e o vislumbre da chaleira de cobre no fogo, e bolos de rocha e larvas gigantescas, e a sua grande cara barbuda, e Ron vomitando lesmas, e Hermione o ajudando a salvar Norberto...

Ele continuou andando, agora alcançando o fim da floresta e parou. Um enxame de

dementadores estavam planando em meio às árvores; ele podia sentir sua ansiedade, e não tinha certeza se poderia passar por eles em segurança. Ele não tinha força para um

Patrono naquele momento. Não podia controlar sua tremedeira. Não era, afinal de contas, tão fácil morrer. Cada segundo que respirava o cheiro da grama, o ar fresco em seu rosto, era muito precioso. Ao mesmo tempo em que achou que não seria capaz de ir em frente, sabia que deveria. O longo jogo estava terminado, o Pomo fora capturado, era hora de se acalmar...

O Pomo. Seus dedos deixaram por um momento escapar para a bolsa no seu pescoço e ele o puxou para fora.

Eu abro ao fechar.

Respirando rápido e forte, ele olhou para aquilo. Agora que ele queria tempo para mover-se tão lentamente quanto possível, ele parecia ter acelerado, e o entendimento estava vindo tão rápido que parecia contornado. Essa era a conclusão. Esse era o momento.

Ele pressionou o metal dourado contra seus lábios e sussurrou, “Estou a ponto de morrer.” E o pomo se abriu, e dentro dele estava a pedra tão conhecida, a pedra do conto do três irmãos. A pedra da ressurreição.

E novamente Harry entendeu sem ter que pensar. Ele fechou seus olhos e rodou a pedra em suas mãos três vezes.

Ele sabia que tinha acontecido, porque ele ouviu suaves movimentos ao redor dele que sugeriam corpos frágeis fixando seus pés no terroso chão que marcava o fim da floresta.

Ele abriu os olhos e olhou ao redor.

Eles não eram nem fantasma, nem era de carne e osso, ele podia vê-los. Eles pareciam muito com o Riddle que escapara do diário há tanto tempo, e ele fora feito praticamente sólido. Menos substanciosos que corpos vivos, mas muito mais que fantasmas, eles moveram-se na direção dele. E em cada rosto, lá estava aquele sorriso amoroso.

Tiago tinha exatamente a mesma altura que Harry. Ele estava vestindo as roupas com as quais morrera, e seu cabelo estava desarrumado e ondulado, e seus óculos estavam um pouco tortos, assim como os do Sr. Weasley.

Sirius era alto e bonito, e muito mais jovem do que Harry o tinha visto em vida. Ele correu vagarosamente com uma leve graça, suas mãos nos bolsos e com um sorriso em seu rosto.

Lupin estava mais jovem também e muito menos maltrapilho e seu cabelo estava mais grosso e mais escuro. Ele parecia feliz de estar nesse local familiar, cena de muitas andanças adolescentes.

O sorriso de Lilian era o mais largo de todos. Ele empurrou seus longos cabelos negros para trás quando chegava perto de Tiago, e seus olhos verdes, assim como os dele, procuraram seu rosto vorazmente, mesmo que ela nunca pudesse olhá-lo o suficiente. - Você foi tão corajoso.

Ele não podia falar. Seus olhos a fitaram, e ele pensou que gostaria de ficar em pé a olhando para sempre, e aquilo seria suficiente.

- Você está quase lá- disse Tiago. - Muito perto. Voce sabe que isso é necessário não é? Nós estamos... muito orgulhosos de você.

- Vai doer?

A pergunta infantil caiu dos lábios de Harry antes que ele pudesse pará-la.

- Doe? De jeito nenhum, disse Sirius. - Mais rápido e mais fácil que cair no sono.

Uma brisa gelada que parecia emanar do coração da floresta levantou os cabelos da testa de Harry. Ele sabia que os outros não o mandariam ir, que teria que ser a sua decisão.

- Vocês ficaram comigo?

- Até o fim- disse James.

E Harry se encaminhou para a morte.

- Nenhum sinal dele, o meu Senhor- disse Dolohov. A expressão de Voldemort não se modificou. Os olhos vermelhos pareceram queimar-se na luz de fogo. Lentamente ele mexeu a Varinha das varinhas entre os seus longos dedos.

- Meu senhor... -Bellatrix tinha falado Sentou-se mais perto a Voldemort. E Voldemort levantou sua mão para silenciá-la, ela não falou outra palavra, mas olhou-o com um fascínio respeitador.

- Pensei que ele viria - disse Voldemort na sua voz alta, clara, os seus olhos pulando nas chamas. -Esperei que ele viesse.

Ninguém falou. Eles pareceram tão assustados quanto Harry, cujo coração se lançava agora contra as suas costelas como se estivesse determinado a escapar e o corpo esteve a ponto de desmoronar ao lado. As suas mãos estavam suando enquanto retirava a Capa da Invisibilidade e a colocou dentro da sua jaqueta, com a sua varinha. Ele não quis ser tentado a lutar.

- Parece que fui... Enganado- disse Voldemort.

- Você não foi.

Harry disse-o tão em voz alta quanto ele poderia, com toda a força que ele poderia juntar:

Ele não quis soar medroso. A pedra da Ressurreição deslizou do meio dos seus dedos entorpecidos, e fora do canto dos seus olhos ele viu os seus pais, Sirius, e Lupin desaparecendo quando ele deu passos para frente da luz do fogo. Naquele momento ele sentiu que ninguém importunou Voldemort. Eram somente os dois.

As únicas coisas que se moveram foram às chamas e a serpente, enrolando e desenrolando-se na gaiola brilhante atrás da cabeça de Voldemort.

Harry pôde sentir a sua varinha contra o seu peito, mas ele não fez nenhuma tentativa de extraí-la. Ele sabia que a serpente estava demasiadamente bem protegida, sabia que se ele conseguisse apontar a varinha em Nagini, cinqüenta maldições bateriam nele primeiro. E Entretanto, Voldemort e Harry viram um a outro, agora Voldemort inclinava a sua cabeça um pouco para o lado, considerando o rapaz que está a sua frente, e um sorriso particularmente triste surgiu no canto de sua boca.

- Harry Potter- ele disse muito quietamente. A sua voz poderia ter sido parte do fogo que cospe. - O Menino Que sobreviveu.

Nenhum dos Comensais da Morte se moveram. E o pensamento de Harry inexplicavelmente foi a Ginna, e seu olhar ardente, e a sensação dos seus lábios nos dela.

Voldemort tinha levantado a sua varinha. A sua cabeça ainda estava inclinada para um lado, como uma criança curiosa, querendo saber o que aconteceria se prosseguisse.

Harry rememorou nos olhos vermelhos, e quis que acontecesse agora, rapidamente, enquanto ele ainda podia estar imóvel, antes que ele perdesse o controle, antes que ele perdesse o medo.

Ele viu a boca mover-se e um flash de luz verde, e isso foi tudo.

Caso Harry tivesse ficado consciente por mais alguns segundo veria que uma segunda maldição atingiu seu peito quase que ao mesmo tempo em que a maldição de Voldemort. A segunda maldição de morte foi lançada pela serva mais fiel e o plano do grande Lord do mal tinha enfim se cumprido, a primeira maldição destruiria a horcruxes que tinha no dentro do jovem Harry Potter enquanto a segunda, acabaria com sua patética vida.


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Notas finais do capítulo

Esperem pelo próximo. A estoria vai começa realmente. Até lá.



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