Baila Conmigo? escrita por fanstalk


Capítulo 7
And let me kiss you


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas que acompanham Baila Comigo?
Como vocês talvez percebam lendo o capítulo, aqui quem fala não é a Laism. É a Risurn.
Esse é o único capítulo da fanfic que eu provavelmente escreverei. Está tudo explicado nas notas finais. Leiam, por favor.



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Reyna bufava enquanto atravessava as ruas do Brooklyn. Como se já não bastasse a brisa do outono atravessando o seu casaco como sempre fazia, ela estava atrasada. Sim, atrasada. A professora seguidora de Hera havia conseguido deixa-la na suspensão a semana toda e aquilo havia acabado com o bom humor dela.

– Hécate... Idiota... – murmurou ela entredentes subindo as escadas do velho prédio onde vivia. – Me fez... Perder a hora do café.

E, se tinha algo que a morena não gostava era perder a hora do café sagrado. Um mantra. Era a energia de antes do treino de dança. Ela tinha que ser a melhor se quisesse se comparar com a amiga que, aos seus olhos, dançava divinamente bem.

Mas, seus xingamentos para a mulher foram interrompidos ao receber uma mensagem. Ela franziu o cenho.

“Qntas modalidades vou ter q dançar? Pq vc me convenceu"

Sua primeira reação: choque. A segunda: histeria, risos e pulos descontrolados como os das patricinhas que ela detestava, mas não pode resistir ao impulso. Piper havia topado e agora ela sabia que estava vários passos mais próxima de conseguir o dinheiro para sua mãe, e aquilo foi como se tivessem lhe tirado o peso do mundo das costas.

Abriu a porta de casa enquanto digitava uma mensagem para a amiga e ouvia uma batida dentro da casa que a fez se mexer no ritmo.

– Hyll! Cheguei! – gritou, andando até a bancada e pegando uma maça para enfim morde-la. Foi então que algo lhe parou de súbito. Hylla estava no hospital com sua mãe. Não estava em casa.

Andou calmamente até a varanda e pegou o taco de basebol que havia ali, escondido para emergências como essa.

O som vinha de seu quarto de dança. Colocou um pé na frente do outro para finalmente abrir a porta. Um garoto de cabelo encaracolado dançava ao som da batida melhor do que ela gostaria de admitir. Mas não importava, ainda era um estranho em seu quarto.

O garoto deu dois passos para o lado, enquanto ela apertava o bastão com força e o levantava, pronta para acertá-lo, e então um passo para trás e um giro.

Foi instantâneo. Ele gritou, assustado ao ver a garota e ela gritou mais alto.

– Valdez! O que... Mas... Como...?

– Você quer me matar do coração? – perguntou ele, eufórico.

– Eu? Eu quero te matar? Você invade a minha casa, e sou eu que quero te matar?

– Mas não sou eu que estou com um taco de basebol pronto para rachar a cabeça de alguém!

– Como foi que você entrou aqui?

Ele deu um sorriso de lado, como se estivesse tentando seduzi-la e falou com a voz mais atraente que pode:

– Eu sou Leo Valdez dulzura – falou, como se isso explicasse toda a situação, fazendo Reyna revirar os olhos.

Isso eu sei.

– Então? Precisa de mais alguma coisa? Sou Leo gostoso pra dedéu e posso fazer qualquer coisa. – incrivelmente a piada fez a garota rir um pouco a abaixar o taco.

– Eu fiquei assustada. Podia ser realmente alguém que quisesse me estuprar ou sei lá. – murmurou, esfregando as mãos no rosto.

– Ué, - ele deu um passo em sua direção, sorrindo tentando ser sedutor – E quem te garante que eu não quero?

A garota deu um meio sorriso.

– Valdez, eu tenho um taco de basebol e não tenho medo de usar.

– Ok. Parei. – ele levantou as mãos em rendição, dando um passo para trás.

– Aliás, o que faz aqui? – o garoto pareceu enrubescer um pouco antes de responder.

– Bom, eu queria te ver pra, sabe, pedir desculpas por ter te feito ser suspensa e blá blá blá. E ai, fui dar uma volta pela casa enquanto esperava e achei esse quarto e você tem umas músicas legais, então não resisti.

Ela levantou uma sobrancelha enquanto ouvia a explicação do garoto.

– Só isso?

– Só isso. – Ele assentiu sorrindo.

– Sem segundas intenções?

– Sem segun... Bom. Depende. Posso ter segundas intenções? – o garoto passou a mão pelos cachos os jogando para trás, como se achasse que ficaria mais atraente.

– Valdez.

– Ok. Sem segundas intenções.

Ela o olhava, inquisitiva.

– Tudo bem, foi bom te ver, aceito as desculpas, mas sai daqui. Agora.

– Mas porque?

– É como você disse no dia em que nos conhecemos. – ela falou, enquanto o puxava para fora do cômodo. – Você é do meu bairro e eu não devo confiar em pessoas daqui.

– Qual é! – ele parou bruscamente, a girando e a puxando para si, entre seus braços. – Me deixa ficar mais um pouco. Não é como se você não pudesse se defender. Já vi o seu taco de basebol e só Deus sabe o que mais você tem ai. Vamos, não seja tão ruim. Prometo não tentar nada que você não queira.

A morena suspirou, mordendo o lábio. Ela estava sozinha, sua irmã e a mãe não voltariam antes do dia seguinte, nem ao menos sabia o nome dos vizinhos e o garoto queria ficar mais um pouco.

– Não pode ser tão ruim, não é?

Ele sorriu, parecendo um elfo, confirmando as suspeitas da garota de que ele era realmente um dos ajudantes do papai Noel.

– Certo. O que você tá a fim de fazer então?

Ele pareceu pensar e então a levou de volta ao quarto, ligando o som.

– Vou te ensinar a dançar.

Ela levantou uma sobrancelha e colocou as mãos na cintura, como uma criança fazendo birra.

– E quem te disse que eu não sei dançar?

– E você sabe? Acho que não.

– Valdez, vou fazer você babar.

– Isso não é muito difícil. – e então piscou, sorrindo. Ia mostrar o passo que estava ensaiando nos últimos dias. Respirou, deu dois passos para trás e então começou.

Levantou o braço direito a frente dos olhos e um pouco acima da cabeça e o desceu, o movendo em ondas, e depois o esticou para a direita o fazendo voltar para a posição original. Perna esquerda para trás, depois a direita, esquerda e direita outra vez, mais um passo para a esquerda e então um giro levantando a perna esquerda e a esticando rapidamente, juntamente com os braços levantados, para então cruzar as pernas, uma, duas, três vezes enquanto se movia para a direita e então dobrar o corpo para a lateral em direção ao chão e depois levantar, repetindo o mesmo caminho para a esquerda e então um pulo na ponta dos pés, e um giro digno de uma dançarina de balé. Pulos, giros e outro pulo. Repetindo o cruzar de pernas para a direita e a dobra do corpo. Então um giro e uma leve inclinação da cabeça em direção aos braços. Uma. Duas. Três vezes. Para mais um pulo girando e caindo em um espacate perfeito.

Levantou olhando confiante para o garoto, que a observava de boca aberta, para então a fechar rapidamente e dar um sorriso de lado.

– É. Até que não é tão ruim.

– Faz melhor então.

– Isso é fácil.

Ela levantou uma sobrancelha.

– Isso é um desafio?

– Você sabe que sim.

A próxima música começou e a garota foi para o centro da sala, ajeitando o cabelo como se não ligasse e em seguida, observando as unhas. Ele veio parar ao lado dela e esticou os braços para então cutuca-la, já que a mesma olhava na direção oposta. Pareciam estar encenando algo. Ele deu um pulo para trás e posicionou as mãos enquanto curvava levemente o corpo, ela o olhou e então empurrou o ar, como se quisesse afasta-lo e ele realmente foi para trás, como se tivesse sido realmente empurrado e então ela posicionou o corpo para frente, colocando as mãos na cintura para então voltar para trás e repetir o movimento. Empurrar. Mãos na cintura. Empurrar. Mãos na cintura. Então, como se fosse algo ensaiado os dois ficaram eretos e deram um pulo para o lado, girando os braços, e então novamente. Até que a morena correu para frente dele e colocou as mãos na cintura, espiando por cima do ombro e ele se esticava de um lado para o outro. Recomeçaram então com o empurra e mãos na cintura. Uma. Duas. Três vezes. O pulo com giro de mão também se repetiu. Pareciam nascidos para dançarem juntos. E então ela correu novamente para frente do mesmo e começou a se mexer de forma sensual, duas mãos para o lado e para baixo e depois para o outro lado enquanto o garoto andava ao seu redor, para então voltar a fingir que o empurrava e o mesmo puxar suas mãos em direção ao coração. Eles estavam entrando em uma encenação perigosa. Então ela andou até o centro rebolando o máximo possível, não era acostumada àquele tipo de música. Esticou os dois braços para frente e então colocou os braços na cintura e olhou para o garoto. Ele se agachou um pouco e então girou, voltando ao normal, dando um passo aberto para a direita movendo as mãos e depois para a esquerda. Ela bocejou como se aquilo fosse entediante, levantou os dois braços para a esquerda, depois direita, mãos na cabeça e então as abriu e desceu até o quadril, subindo novamente e andando para a esquerda e depois voltou para a direita do mesmo modo. Repetiram o passo por um tempo e então o garoto a pegou nos braços e a girou em direção ao chão.

Rostos próximos, a garota ainda pendurada em seus braços, respiração falha e batimentos acelerados.

– Até que você não é tão ruim. – murmurou ela aproximando um pouco mais seus rostos.

– Eu sei. Nem você dulzura. – E se aproximaram mais um pouco, tornando o espaço entre eles quase invisível.

– Você prometeu que não ia tentar nada.

– Não, eu prometi que não ia tentar nada que você não quisesse.

E então não se viu qual dos dois aproximou os rostos primeiro. Qual dos dois deu o primeiro passo. Só se via dois jovens radiantes em meio a um beijo que ninguém no céu ou na terra quis interromper.

Não que essa paz fosse durar por muito tempo.


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Notas finais do capítulo

Então, não revisei. Desculpem.
Olha, eu não sei se isso vai ficar assim mesmo, nem sei se a Lais vai gostar. Isso aqui é um favor que eu vim fazer pra ela. Se alguém ai acompanha a outra Fic dela, vai ver que ela vai ficar "inativa" por algum tempo. E vai mesmo.
Eu fiz esse capítulo "grande" para vir dar esse aviso.
Ficamos amigas de Whatsapp e aqui estou eu dando um tiro no escuro.
Enfim, ela tá atolada na escola e vai voltar em Novembro gente. Eu sei, eu sei. Horrível. Vou perder uma leitora maravilhosa até lá.
Enfim, vou responder os reviews desse capítulo e talvez ela também possa aparecer as vezes. Prometo nada.
Obrigada por compreenderem e não me queimem na fogueira. Beijos ^^