Baila Conmigo? escrita por fanstalk


Capítulo 11
Qual É O Próximo Desafio?


Notas iniciais do capítulo

Atrasada? Oh não, queridos, uma rainha nunca se atrasa para nada...

Pena que eu não sou uma rainha! E sim, eu sei que estou muito atrasada, mas em uma tentativa de limpar minha imagem deixei esse capitulo um amorzinho e cheio de spoilers infiltrados para os curiosos.

Então, sem mais delongas, aqui está o capitulo 11 de Baila Comigo!


Aproveitem!!

LEIAM AS NOTAS FINAIS!!



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Reyna não acreditava no que estava acontecendo justo no seu expediente de trabalho. Vários adolescentes lotavam as mesas perto da janela, – nada fora do normal- porém todos com o celular na mão e, sem exceções, vendo repetidas vezes a apresentação de Piper, Reyna, Jason e Leo. O golpe de merchandising havia dado certo.

O uso das máscaras que impossibilitavam suas identificações e aparecerem como um dos primeiros grupos bem na estreia do programa havia lhes dado uma grande atenção, sem contar com a opinião dos juízes que deixou grande parte da audiência do horário nobre insatisfeita.

– Reyna, leva o pedido da mesa 12 pra mim? – Rachel pediu tentando dar conta do trabalho sobrecarregado que tinha com os pedidos. A ruiva dissera estar num inferno astral desde o último final de semana, e realmente estava tendo, talvez a confusão em sua vida estivesse mais presente do que na de Reyna.

– Tudo bem. Já estava ficando chato essa máquina de passar cartões mesmo.

Preguiçosamente, a morena de olhos congelantes caminhou com uma bandeja na mão equilibrando com facilidade o pedido de três hambúrgueres, dois refrigerantes, um milk-shake de Ovomaltine e um batata-frita pequena. Não era como se fosse o maior pedido que haviam feito desde que trabalhara ali, afinal, ainda se lembrava de Jack, o senhor “preciso comer dos 4 grupos alimentares completos mais um chocolate em barra, só 70% de cacau”.

Lhe dava calafrios lembrar da figura incrivelmente magra, mas com cabelos sebosos e hálito de cachorro-quente da semana passada. Eca!

Os três jovens que se sentavam na mesa 12 não se abateram com a presença de Reyna e mesmo que esta os servisse o mais simpaticamente possível, estes não interromperam o rumo da conversa, onde os membros mais ativos eram duas garotas: uma loira e uma de cabelo azul, enquanto a terceira pessoa, um menino, fitava concentrado a tela do celular com os dois fones no ouvido e provavelmente no último volume que podia.

– Eu não acredito que esses juízes foram tão idiotas! – a de cabelo azul reclamava – Olha pra essa coreografia. Parece que levou meses pra ser bolada.

3 semanas não é nem um mês, difícil mesmo foi acrescentar piruetas em cima da hora. Reyna pensou se controlando pra não rolar os olhos em desdém.

– Relaxa, Alex, pelo menos os quatro passaram. – a loira dizia fazendo cachos nas pontas de seu cabelo.

– Relaxa?! Esses caras fizeram uma coreografia tão boa que ouvi dizer que a Angeline Foster foi contratada pra “ficar de olho” neles.

– E por que?

– Parece que algumas academias de arte estão vendo potencial no grupo. – a de azul comentou bebendo um pouco do milk-shake.

– Quais? – a loira realmente começava a ficar interessada.

– Segundo Ethan, estamos falando principalmente da Olympus.

Olympus.

Bastou apenas essa palavra para que Reyna terminasse de servir a mesa e corresse para a ala dos funcionários à procura de um banheiro. Caramba! Isso parecia tão louco quanto era na mente dela? Os deuses quisessem que não porque do contrário, ela com certeza piraria.

A dançarina agradeceu por evitar usar maquiagem depois de ver que lavar o rosto cuidadosamente não estava dando certo, e para realmente cair em si, jogar várias e várias conchas de água na cara rudemente. Depois desse choque, ela concordou consigo mesma que se submeteria a horas falando sobre mapa astral com Rachel, mas faria de tudo pra passar o resto do expediente atrás do balcão.

Voltando ao trabalho, ela suspirou fundo e se postou atrás da máquina registradora fechando as contas de consumo de grupos de adolescentes que ela secretamente rezava para que nunca descobrissem sua identidade.

Ela só entrara naquele concurso pra tentar salvar sua mãe, não desejava fama, não desejava uma legião de fãs, tanto que se pudesse ganhar o dinheiro sem se expor agradeceria infinitamente aos céus.

– REYNA! – uma voz grave, porém esganiçada a chamava alegremente na porta do café. Leo Valdez. E claro, todas as pessoas de todas as mesas ocupadas se viraram encarando tanto o menino, quanto a garota.

Meus deuses, o que custa esse garoto usar um tom de voz normal e tentar não chamar atenção? Ai, por Ceres, que vergonha! Ela pensava pondo a mão no rosto tentando disfarçar a vermelhidão em suas bochechas. Ela odiava corar porque seu rosto ficava tão vermelho que a própria se comparava como um semáforo ambulante.

– Discrição não é com você mesmo, não é? – Reyna perguntou substituindo o “oi”.

– Para de drama, Rey, eu tenho ótimas notícias! – ele falava empolgado.

– Aquela juíza que nos deu um “não” deu pra alguém e resolveu que a seca atrapalhou seu raciocínio para julgar?

Ele riu. Como ele podia rir do mau humor dela?

– Não seja rancorosa, nós passamos de fase, então esqueça isso. – ele dizia dando a volta no balcão e passando seus braços pelo ombro da garota. Ela odiava quando faziam isso – Vamos focar na próxima apresentação, e é por isso que eu estou aqui.

– Fala logo, tenho que atender pessoas.

– Interessada? Acho que podíamos fazer uma troca. Te dou essa informação por um dos seus beijos, daí todos nós... – Reyna lhe direcionou um olhar tão gelado que o fez parar de falar. O corpo do garoto se arrepiou institivamente.

– Vê se eu tenho cara de barraca do beijo pra ficar de beijando, Valdez. Nos beijamos uma vez, mas lamento informar que você está na friendzone, caro amigo.

– Grossa. Também não conto mais. – ele fala birrento.

– Eu pergunto à Pipes. – ela retrucou e assim que viu o cliente se aproximando pôs sua melhor cara de “feliz” – A notinha, por favor.

Por favor. Leo nunca pensou que Reyna fosse tão gentil com as clientes, principalmente do recente fora que tinha levado, mas ele não iria desistir fácil, sem contar que o próximo desafio iria ajuda-lo.

Quando o casal de namorados saiu, Leo resolveu pedir algo também lembrando que sua última refeição fora o almoço e agora o sol já se punha no horizonte. Ele realmente não teria nada melhor pra fazer, já que hoje era seu dia de folga e se recusava a estudar às sextas pela tarde. Só lhe restava esperar por Reyna, o que pra ele não era lá um sacrifício.

– Vou querer um milk-shake de Ovomaltine e uma batata-frita média, Rey-Rey. – ele pediu sapeca.

– Como quiser. – ela falou sorrindo pelo modo engraçado que Leo usara poucos segundos atrás – Pra viagem?

– Pra comer aqui. Vou esperar você acabar seu turno, Ice Queen.

O sorriso sapeca dele já dizia o que iria ser o futuro de Reyna naquela lanchonete. Uma longa, longa tarde.

X

X

X

Quase oito horas. Reyna passava a vassoura no local enquanto Leo ajudava Rachel a arrumar as mesas e cadeiras do local. A garota se sentia morta fisicamente e só não pensara na mãe doente a tarde inteira porque Leo desviava sua atenção pra visões desnecessárias em sua cabeça, por exemplo, como ficaria o time de basquete vestido de bailarinas?

Um horror, quase a visão dos Campos de Punição, ela concluiu instantes depois e classificar o pensamento como um possível trauma futuramente.

Demorou cerca de trinta minutos para terminarem de arrumar tudo para o dia seguinte, mas para Leo tudo pareceu justificado ao ter a visão de Reyna depois de a mesma ter tomado uma rápida ducha no vestiário feminino dos funcionários e vestido jeans e uma regata vermelha. Vermelho era uma cor muito apreciada diga-se de passagem.

– Pronto? – ela perguntou notando o rapaz com um olhar de bobo mais acentuado do que o normal.

– Claro.

Ambos passaram pela porta da lanchonete se despedindo de Rachel que fora direto para um encontro com um cara que dizia “compreendê-la como só ela se compreendia”, literalmente fora o que falara. Assim, o casal começou uma curta caminhada até o metrô.

– Sabe, eu não queria soar pessimista, mas e se essa competição não der em nada? – ele puxou assunto e, deuses!, ele poderia ter escolhido um melhor.

Reyna sentiu seu coração apertar e controlou a voz o máximo que pôde para não confessar que se perguntava aquilo 24 horas por dia todo os dias desde que soubera do estado da mãe.

– A competição tem que dar em algo, Leo. – ela sussurrou. Ela mal podia confiar em si mesma pra deixar que a frase saísse.

– Sabe... Eu nunca te contei do meu pai, não é?

– Não. – ela respondeu feliz pelo assunto ter mudado.

– Eu não me lembro muito dele porque eu era muito pequeno quando ele sumiu, nem mesmo sei se ele morreu ou não, o que seja a ser trágico. – ele teve que rir, já estava a rir da própria desgraça e felizmente Reyna o acompanhou – Mas, enfim, eu ainda me lembro de quando ele brincava comigo quando criança.

– “Quando era criança”? – ela questionou fazendo citação à personalidade de Leo.

– Sou uma pessoa madura e adolescente. – ele retrucou dando a língua – Tudo bem, continuando... Ele quem me ensinou a consertar muitas coisas e também a gostar de ferramentas, minha mãe brinca dizendo que minha chupeta era uma chave de fenda. Eu só acho que se der errado, ainda dá de ter esperanças.

– Aceito sugestões.

– Nós podemos montar um canal no YouTube. – ele riu – Vamos ficar famosos de um jeito ou de outro e se a competição não der certo, podemos conseguir o dinheiro através de inscritos, likes e visualizações no YouTube, ouvi dizer que ganham muito.

– Podemos fazer amizade com um youtuber e perguntar se pode emprestar o dinheiro.

O garoto riu surpreso. Era a mesma Reyna que ele conhecia fazendo uma piada sem que soasse irônica? Ele quase podia ouvir todos os outros milagres se tornando realidade naquele momento e ela o olhou com vergonha logo depois por perceber que ele a fitava com os olhos brilhando de apreciação.

– O quê?

– Nada. Só... Eu nunca te vi fazer piadas sem soar irônica ou sarcástica.

– Posso ser quem eu quiser ser.

Com toda certeza sim, ele concordou mentalmente.

As bochechas de ambos estavam coradas pelas rajadas de vento frio que sofreram até chegar ao metrô. Ele não parava de pensar o quanto Reyna parecia mais à vontade à noite, ela era a rainha da noite, a rainha do gelo, a quase rainha dele.

Leo não era carente, mas Reyna tinha algo que fazia com ele a admirasse sem perceber e depois de se verem conectados na dança, seu coração parecia disparar como se ele estivesse tendo uma parada cardíaca.

– Você vai ficar aí? – ela o tirou do transe e só então ele notou que aquela era a parada deles.

– Estou apenas seguindo a princesa Elsa.

Reyna rolou os olhos pela comparação, mas limitou-se a apenas ajeitar o casaco grosso contra seu corpo enquanto caminhava lado a lado com o latino ao seu lado.

– Acho que estou esquecendo alguma coisa. – comentou sem interesse.

– O humor irônico? – ele chutou.

– HÁ-HÁ! Nossa como você é engraçado, note como eu estou quase me matando de tanto rir – ela comentou sem demonstrar emoção alguma.

– Esqueça, acabou de lembrar que tinha.

– Estou falando sério, tente me ajudar a lembrar. – ela pedia agoniada. Odiava esquecer informações.

– Chaves?

Reyna checou sua bolsa e mostrou as chaves com um chaveirinho de sapatilhas de balé.

– Celular?

– No meu bolso. – respondeu rapidamente passando a mão por cima do volume no bolso traseiro do jeans.

– Visitar sua mãe? – tentou de novo.

– É a vez da Hyll.

– É algo sobre a competição ou escola? – arriscou.

Um flash passou pela cabeça de Reyna. Claro! Como pôde se esquecer? Se sentia burra por isso. Ela realmente odiava quando isso acontecia.

– Você ia me contar qual era a próxima fase da competição! – ela exclamou.

Leo a puxou mais pra perto ao notar que sua exclamação atraíra olhares de algumas pessoas na rua e todos sabiam que aquela não era o tipo de rua cuja a qual se devesse chamar atenção.

– Te conto quando chegarmos em casa. – ele respondeu simplesmente.

O braço esquerdo de Leo apoiava-se no ombro de Reyna a circulando, quase pareciam um casal de verdade naquela posição e caso alguém perguntasse ambos afirmariam que eram apenas amigos. Mas na cabeça dele sempre teria uma vozinha que diria “se ela quiser podemos ser algo a mais”.

Subiram direto para o prédio de Leo, afinal, Hylla não estava em casa e ele sabia que se deixasse Reyna sozinha a garota afundaria em mágoas de todas as maneiras possíveis, ele próprio sabia que sofreria a mesma coisa – se não, pior – se fosse sua mãe. Por isso, sempre aproveitava os momentos constantes em que a garota divagava para direcioná-la para sua casa sem que a mesma notasse.

Ele girou a chave e após apertar a maçaneta deixou que Reyna passasse na frente, como o cavalheiro que sua mãe orgulhava-se ao dizer que ensinara. O rapaz ajudou Reyna a livrar-se de seu casaco e, em seguida, pôs os casacos de ambos próximo ao aquecedor, um velho truque que inventara anos atrás.

– Vai me contar agora? – ela questionou sentada no sofá.

– Não sei... Acho que vou preparar um chocolate pra mim antes. Quer algo? – falou zombeteiro.

– Um café. – ela retrucou.

Parece que alguém não vai dormir hoje, ele conclui lembrando do que a mãe sempre o alertava brincando quando este se enchia de café para terminar de estudar pra uma prova em cima da hora.

Mesmo assim ele preparou as bebidas, e quando prontas as levou em direção à sala onde a morena o esperava.

– Certo, agora já cumprimos todas as suas exigências, vai falar? – Reyna já começava a se irritar com as enrolações de Leo e a dorzinha de cabeça que despontava aos poucos nela não a ajudava a manter o controle.

Entonces quieres saber cual es nuestro próximo desafio, dulzura? – ele perguntou usando a língua ensinada por sua mãe.

– Por que raios você está falando em espanhol?

Ele deu um sorriso e ela se arrepiou. Se Reyna fosse policial o prenderia só pelas sensações que sentiu ao notar o ar desafiador daquele simples gesto.

– Onde se fala espanhol, Reynitcha? – ele provocou.

– No México, América do Sul, Espanha....

Ele riu.

– Pense bem. Em qual dança pensamos quando se trata de falar espanhol? – ele a questionou mais uma vez. Ele nunca fora bom em usar tons misteriosos, mas dessa vez fez jus a tal estilo.

– Oh.

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E PARA QUEM NÃO SABE, AQUI ESTÁ O TRAILER DA MINHA PRÓXIMA FANFIC (POSSIVELMENTE)


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Notas finais do capítulo

E então, honeys? O que acharam?

Lembrando que tem spoilers no meio da fic, e eu digo isso no plural hcbwelgcg fiquem ligados!

Eu quase pensei em dar um hiatus nessa fic, por isso o tempo sem atualizar, mas eu desistir depois de falar com a ingrid e tals chbegbyg e a vick tb!

Agora eu vou dormir que mesmo em feriado eu tô estudando, mas não se esqueçam d eme chamar no twitter pra uma conversa bacana, ta?

@jacestastico

xx

Laísm indo casar com o sr. Clarke no mundo dos sonhos :P


P.s. responderei os comentarios pendentes agora!