Em Busca da Verdade escrita por Camy


Capítulo 26
...Lágrimas derramadas


Notas iniciais do capítulo

Lembrem-se: Se me matarem, a fic nunca chegará ao fim >.



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“Finalmente sozinhas” foi o que passou pela cabeça de mãe e filha. A ruiva abraçou sua pequena o mais forte que conseguiu, finalmente podendo respirar realmente. Não percebera que estava segurando a respiração. A pequena se aconchegou nos braços finos e conhecidos.

— Senti saudade, mamãe.

— Também senti, minha princesa.

— Rudy não vai nos separar, né?

— Nunca. Ficaremos juntas para sempre.

A pequena sorriu e apertou a mãe com seus bracinhos fracos. Sentira saudade do perfume inconfundível. O cheiro a envolvia como nada mais conseguia. Pela primeira vez na semana, Kira se sentiu confortável. Misty retribuiu ao abraço, receosa. Não sabia como manteria a promessa à filha, afinal, fugir não era mais uma opção. Deixou uma lágrima escorrer por seu rosto e parar nos cabelos negros da menor.

— Com licença, não quero incomodar, mas vou precisar fica aqui com vocês. – Masao murmurou, aproximando-se das duas. – Mesmo que o pedido de vigilância tenha sido feito por você, senhorita Waterflower, sou obrigado a ficar com ela, mesmo na sua presença.

— Tudo bem, Masao, faça o que quiser – Misty falou, sem lhe dar realmente atenção. Naquele momento, tudo o que Misty conseguia ver era Yukira, sua princesa de cabelos negros e olhos esmeraldinos.

Com um sorriso discreto, Masao sentou-se ao lado delas no banco. Os vinte minutos passaram rápido e poucas palavras foram trocadas. Misty e Yukira precisavam muito mais do contato físico do que da voz uma da outra. Ambas deixavam lágrimas escaparem. Em alguns momentos Kira soluçava, mas Misty a acariciava e ela se acalmava. Misty tentou parar de chorar, mas não conseguiu. Finalmente tinha sua pequena filha em seus braços. Finalmente seu mundo estava no lugar ao qual pertencia. Ao sentir o policial tocar em seu ombro, sinal de que o recesso acabara, Misty deixou as lágrimas aumentarem. Não queria soltar sua filha. Não pensava ser capaz de fazê-lo.

— Está na hora…

— Não… – falou chorosa – eu quero ficar com a minha mamãe.

Ela sentia medo. Kira sabia que a mãe faria o possível para que ficassem juntas, porém sentia medo. E não entendia o motivo.

— Vamos ficar juntas, meu amor. – prometeu Misty.

— Então porque ‘tá chorando? – ela perguntou, magoada. Conhecia a mãe.

Misty sentiu seu coração falhar uma batida. Por que sua filha tinha que ser tão inteligente?

— Felicidade, amor. Apenas felicidade por estar com você novamente – mas ela tinha um mau pressentimento. E Yukira também.

Misty limpou as lágrimas com um sorriso e limpou as que ainda estavam no rosto de sua filha também. Beijou-a na testa.

— Nós vamos ficar juntas, né? – Kira perguntou novamente, querendo uma confirmação.

— Pode ter certeza. Confia na mamãe?

Ela assentiu com a cabeça e Misty se levantou, carregando-a ainda. Caminharam assim até chegarem à sala onde antes estavam. Lá, Misty foi obrigada a colocar a filha no chão, porém não soltou sua pequenina mão. Na metade do caminho a ruiva se abaixou e encheu a filha de beijos, nas bochechas e na testa.

— Vá ficar com Rudy – disse quando ela parou de rir. – Vamos estar juntas em breve.

— Ok, mamãe – ela disse, o sorriso saindo de seu rosto. – Mas isso é uma promessa, certo? – levantou o dedo mínimo.

Misty sorriu ainda mais.

— Ficaremos juntas – ela enganchou o seu dedo no da filha e a mesma caminhou para onde estava antes.

Quando Yukira não mais podia vê-la, Misty deixou mais uma lágrima escorrer, sem saber como, diabos, poderia cumprir tal promessa.

Misty se juntou a Lew. Ele não parecia nada feliz.

— Estou preocupado, senhorita – ele a informou – Rudy possui uma renda muito mais estável do que a sua.

O advogado analisava preocupadamente alguns papéis. Misty revirou os olhos e se jogou na cadeira ao lado dele, tentando parar com as lágrimas de preocupação. Detestava chorar em público.

— Lew, eu já disse para você desistir. Rudy nunca colocará as mãos na minha pequena novamente.

E o medo por não saber como tornar suas palavras em realidade fez mais uma lágrima escorrer pela face pálida.

— A menina parece ter um apreço muito grande por você. Tenho certeza de que isso será levado em conta pelo júri.

Misty bufou. Detestava pessoas ingênuas. “Ingênuas como ele”. E o pensamento não se referia a Lew.

— Lew, entenda de uma vez por todas: Rudy deu dinheiro a todos eles.

— Eu ainda acredito na justiça, Misty.

— Tenho pena de você, então – ela respondeu, olhando para frente.

Lew apenas revirou os olhos e voltou sua atenção para os papéis à sua frente. A ruiva voltou a ignorar tudo ao seu redor e fechou os olhos, pensando em como cumprir sua promessa à pequenina. Não podia fugir, pois isso causaria mais mal do que bem. Mas queria tanto… se Rudy não estivesse ali, tudo seria tão simples! Poderia viver sua vida tranquilamente ao lado de Kira, e nada mais daria errado. Mas Rudy estava ali, e Misty não via nenhuma saída para a situação na qual se metera.

“Você não vai conseguir manter sua promessa.” – Togepi se intrometeu. – “Não ainda, pelo menos.”.

“Nossa, obrigada, Togepi. Sério, o apoio que você tá me dando é um alívio. Eu vou dar um jeito nisso. Vou tirar ela de Rudy, nem que tenha que mandá-la com meus Pokémons para algum lugar bem longe daqui”.

“Myst, não seja infantil. Kira precisa ficar aqui. Como sabe o que Rudy fará se você a sequestrar? Não vai dar certo.”.

“Toge, pare!” – a ruiva pediu. – “Quer que eu deixe a minha pequena com Rudy?”

“Não.” – ele respondeu. – “Quero que ela conheça o pai. Deixe de ser apenas um pouquinho egoísta. Você sabe que a melhor vida para ela é com Ash”.

A ruiva arregalou os olhos e, se Togepi estivesse naquela sala, teria olhado para ele. Controlou-se, sabendo que o Pokémon a esperava do lado de fora.

“Está louco? Ash vai tirá-la de mim!”

“Você sabe que ele jamais faria isso”

“Você não entende, Toge? Ash me odeia! Ele nunca vai me deixar ficar com a minha filha”.

“Como se Rudy fosse deixar.”­ – ironizou o pequenino. – “Ash vai amar Kira e fará tudo o que ela pedir, do mesmo jeito que fazia tudo o que você pedia”.

“Cadê Brock e os outros?” ­– ela mudou de assunto, incomodada.

“Olhe para a porta” – ele ordenou, derrotado. O Pokémon sabia que seria complicado, mas não abandonaria a conversa. Quando a ruiva menos esperasse, ele voltaria a abordá-la sobre isso. Estava com pena de Ash.

A ruiva desviou os olhos verdes e focou-se na porta de carvalho. Não havia nada ali. Manteve seus olhos fixos, porém nada. Inconformada, ela virou-se para frente, onde Masao estava testemunhando.

— Sim, estive com ela durante esse tempo. Sinceramente, não creio que Misty esteja fazendo o que vocês afirmam. Ela não tentou entrar em contato com a menina, porém fazia-nos perguntas diariamente sobre o bem estar dela. Já fiz inúmeros interrogatórios e não me pareceu que ela mentia.

Lew sorriu e voltou a questioná-lo, porém a ruiva não mais prestava atenção. Sentia-se observada. Não sabia o motivo, entretanto seu corpo se arrepiou. Ela sabia quem a olhava antes mesmo de olhar para a entrada. Passando pela porta, Ash vinha com as mãos nos bolsos. Seus amigos já haviam passado e Brock lhe abanava, mas Misty não poderia olhar para eles nem mesmo se quisesse. E queria. Os olhos amendoados lhe prendiam de forma incriminadora. Ele estava magoado. As sobrancelhas franzidas lhe garantiam isso. A boca formava uma linha fina e reta, deixando o rosto, sempre tão leve, duro. Ele a olhava com raiva e dor ao mesmo tempo. Ele a olhava da mesma forma que a olhara tantos anos atrás.

Sentia-se traído.

Sem mais aguentar, ela virou-se para frente, as lágrimas caindo desesperadamente de seus olhos esmeraldinos. Ele sabia. Dentre os jurados, um loiro de orbes castanhos estreitou os olhos para a cena. A ruiva havia chorado antes, é claro, mas não mais do que algumas poucas lágrimas. Agora, mesmo que não soluçasse ou fizesse qualquer barulho, ela permitia que uma pequena cachoeira lhe escorresse dos olhos e nem mesmo parecia se importar. Olhou para a única criança presente no julgamento. A mesma encarava a mãe de forma extremamente preocupada. Sabia tanto quanto ele.

Kira olhou para trás, tentando ver o que a assustara tanto. Viu apenas Ash e os tios. Seria felicidade? Não. Ficou nervosa e lágrimas começaram a escorrer em desespero; ela soluçava. Sentia que havia algo errado. Sentia, bem no fundo, que alguma coisa não aconteceria como o planejado. De alguma forma, ela e Misty, naquele momento, compartilhavam do mesmo desespero. E Yukira não sabia o motivo.

Misty tentou, em vão, controlar sua respiração. Agora todos olhavam curiosos para mãe e filha. Aparentemente sem nenhuma explicação, ambas tiveram uma crise de choro praticamente ao mesmo tempo. Misty conseguiu se controlar primeiro. Sua respiração se normalizou e as lágrimas pararam de escorrer, porém Yukira não parou. Sentia-se em desespero novamente. Sentia seu pequeno coração apertado, pois sabia que a mãe não estava melhor. Misty apenas colocara uma máscara, a pequenina sabia. Olhou para ela e viu a mãe olhá-la também. Mais do que nunca Misty se lembrou do dia em que a levou ao orfanato. De alguma forma, Kira sempre sabia quando ela estava prestes a fazer algo para separá-las. A ruiva suspirou e mordeu o lábio inferior, pesarosa.

— Vai ficar tudo bem – sussurrou. A menininha conseguiu ler seus lábios.

O choro se tornou compulsivo.

— Lew, me interrogue novamente – ela disse.

— O quê?

— Agora – ele nunca a vira tão séria.

Masao já estava atrás de Kira, lhe acariciando os ombros. A menina não parava de chorar. Ele olhou em desespero para Rudy, porém, quando este tentou encostá-la, ela se afastou e o choro aumentou. Misty ouvia o lamentar desesperado da filha de forma aérea. Havia se desligado. Sabia que se a ouvisse realmente, que se olhasse para sua pequena princesa, ela desistiria. E agora era tarde demais. Por algum motivo – culpa? Talvez; não sabia – ela iria atender ao pedido de Togepi. Mas não faria isso sem antes esmagar o próprio orgulho, quebrar suas mais preciosas promessas internas e amassar seu coração de mãe.

— Meritíssimo, eu gostaria de levar minha cliente ao banco novamente, por favor.

Do outro lado, Rudy e seu advogado estreitaram os olhos ao mesmo tempo. O moreno olhou para trás e viu a única pessoa que jamais pensou que veria. Ash. Sentiu uma gota de suor escorrer pela lateral de seu rosto. Olhou novamente para Misty, finalmente entendendo o que ela pretendia.

— NÃO! – o grito saiu inesperado, fazendo até mesmo Kira se calar. A menina olhou assustada para ele, vendo o mesmo olhar de dias atrás, quando ele bateu em seu rosto.

Misty devolveu o olhar de forma desafiadora e olhou para o juiz, que concordou. Não ficaria com Kira, mas faria de tudo para que o mesmo acontecesse a Rudy. Ela foi ao banco sem olhar para nada, exceto o chão. Anos depois ela perguntaria a si mesma de onde tirou coragem para fazer o que fez. Ela não saberia responder. Ao sentar, seus olhos fixaram-se nos de Ash. O belo rosto era uma mistura de confusão, desconfiança e esperança. Doía olhá-lo. As lágrimas voltaram, mas ela não chorou. Se começasse, sabia que não conseguiria mais parar. Apenas Kami-sama sabia o quão difícil fora para ela fazê-lo outrora.

— O que eu quero dizer não será surpresa para muitos. Mas será para quem é mais importante. – ela olhou rapidamente para a filha. – Eu sou egoísta – admitiu, rindo tristemente – e admito que não planejei que Kira viesse ao mundo. – ela olhou para o chão. Misty viu que as esmeraldas da filha estavam traídas e decepcionadas. Tristes como nunca antes – Mas eu a amo. Amo mais do que a qualquer outro e faria qualquer coisa por ela. Sempre – continuou olhando para ela. Era sua força. A felicidade dela era sua força. E Kira jamais seria feliz com Rudy.

Lágrimas assaltaram os olhos pequeninos. De alguma forma, ela sabia o que a mãe diria a seguir; e não gostava nada. Ao longe, Brock limpou uma lágrima de orgulho.

— Sei que vocês pensam que eu sou a pior mãe do mundo. Acreditem, eu mesma já pensei a mesma coisa…

— NÃO É! – a pequena gritou, em desespero. – Não é, mamãe… – em um sussurro: – Pare.

—… eu sei que não sou. Yukira não é filha de Rudy – ela olhou para Ash. A expressão dele era dura e não havia solidariedade ali. Havia raiva, traição –, e digo isso porque é o melhor para ela. Não importa quanto dinheiro ele tenha lhes dado, nada muda o fato de que um exame de paternidade se faz necessário. – jogou-lhes a verdade na cara. Muitos jurados olharam para baixo. O juiz não lhe desmentiu e olhou carrancudo para Motoi quando este tentou intervir.

— Meritíssimo…

— Calado. Continue – ele ordenou. Estava interessado na história dela. Um pouco de sinceridade em meio à falsidade diária era reconfortante.

— Não importa quanto dinheiro, eu sei que Rudy não poderá assumir a guarda sem antes um teste de paternidade e sem que Kira o escolha ao invés de escolher o pai biológico. – retomou o que dizia antes de ser interrompida. – E é por isso que eu acho que sou uma boa mãe. Que estou sendo uma boa mãe agora. Não sei por que eu tô me explicando agora. Acho que eu só quero aliviar a culpa. Eu não poderia deixar a minha filha crescer sem um pai. Eu sei como é isso e não é bom. É vazio. Prometi a mim mesma que seria a melhor mãe do mundo e a protegi de tudo e todos, eu sei. Mas… eu escolhi a pessoa errada pra ser o pai dela. Talvez devesse ter criado Kira sozinha. – olhou triste para sua pequena e começou a falar com ela. Era a única que realmente precisava perdoá-la. – Talvez fosse melhor sermos só você e eu, não? Brock, Drew e Paul poderiam ter sido seus pais substitutos. Eles me falaram que me ajudariam em tudo. E eu não quis. Queria um pai para você, entende? Perdoa a mamãe, ok? Por favor…

Apesar de tudo, Misty não se arrependia de ter escondido a gravidez de Ash. Mesmo que pudesse voltar no tempo, ela não mudaria sua decisão. A ruiva parou para respirar e Rudy viu sua chance.

— Ela está louca! Ela…

— Cale a boca! – o juiz perdeu a compostura.

Ninguém queria ouvir Rudy. Os olhos de todos estavam em Misty. Nunca antes um tribunal ouviu tão atentamente as palavras que saíam da boca de quem sentava no banco e era interrogado. Jamais. O moreno ficou vermelho de raiva, porém Misty se adiantou a ele.

— E tem o seu pai de verdade – a ruiva sorriu triste, desviando os olhos para o chão –, como eu já te disse, ele seria um ótimo pai. – não conseguia olhar para nada além de suas mãos. “Preciso lixar minhas unhas” como em todos os momentos de tensão, uma frase boba e inútil passou por sua cabeça; não teve vontade de rir. – Ele queria você. Eu também queria, só não naquele momento, entende? Acho que não. Você é tão pequena… eu te amo tanto. Mamãe vai te contar quem ele é, ok? E vocês vão morar juntos até o juiz dizer que posso ficar contigo. E então vou cumprir a minha promessa e ficaremos juntas para sempre, ok?

— Não! – a menina gritou baixinho, devido ao soluço preso em sua garganta. – Não quero saber. Não quero!

Da ‘plateia’, Ash arregalou os olhos e fitou Brock, que olhava para baixo, com vergonha de encarar o amigo. Sentiu raiva. O que Misty teria dito a ela? Por que sua própria filha não queria saber quem ele era?

— Kira…

— Não quero! Ele vai te tirar de mim! Você disse; não quero! – a menina balançava a cabeça negativamente, tampando os ouvidos como se, assim, pudesse evitar ouvir a verdade que sairia da boca da mãe.

Kira lembrou-se daquela manhã, duas semanas atrás, que causara o começo de tudo aquilo. As fotos que encontrara e o passado que desenterrara. Por que tinha que ser tão curiosa? Por que não deixara tudo quieto? Não lembrava mais o motivo de querer saber a verdade, apenas sabia que não a desejava mais.

De seu lugar, Ash apertou os punhos, ainda mais irritado. Misty era uma Miltank desgraçada mesmo. Como podia dizer aquilo à criança?! Kira devia odiá-lo, e esse sentimento apenas o machucava.

— Eu sei que disse, meu amor – ela não olhou para Ash, mas sabia que o moreno a fuzilava com os olhos. Conseguia sentir o olhar assassino –, mas o que mamãe quis dizer foi que ele vai querer ficar com você. Seu pai quer conhecer você, passar um tempo com você. Ser seu amigo. E pra fazer amizades novas…

—… Eu preciso passar menos tempo com as antigas – as lágrimas escorriam. – Não quero – ela repetiu. – Seu juiz, não deixa ela dizer! Eu fico com o Rudy, ele não me ama, ele não se importa se eu fico só com a mamãe. Eu não quero conhecer ninguém não. Eu só quero minha mãe de volta, por favor, seu juiz.

Reiji ficou sem ação perante o pedido inocente dela.

— Querida – ele começou incerto –, iremos investigar o que sua mãe está dizendo, mas, para isso, vamos precisar falar com seu pai também, não só com ela. E você não pode escolher sozinha com quem vai ficar. Se Rudy não é seu pai, o caso muda completamente.

— Sou eu quem a criei, é a mim que ela ama!

Kira cuspiu nele ao ouvir as palavras. O olhar que recebeu fez Misty se levantar, furiosa. Togepi, do lado de fora, também ficou em alerta. Sem que ninguém percebesse, ele apareceu na cadeira de Misty, escondido pela sombra que a ruiva fazia.

— Não te amo, nunca vou amar! Amo a mamãe! Você me bateu – ela tocou na face que havia sido machucada por ele – e mamãe disse que ninguém que ama faz isso! Eu não te amo, não quero ficar com você! Eu quero a minha mamãe!

Ela tentou sair correndo, porém Rudy a segurou pelo braço com um pouco mais de força do que o necessário. Imediatamente Togepi começou a mexer seus bracinhos, circundando Kira com uma aura colorida e, automaticamente, fazendo Rudy soltá-la. A menina foi parar no colo de Brock, que a abraçou. Kira começou a se remexer e o moreno não pode fazer nada a não ser deixá-la correr até a mãe. Ao passar, ela tocou acidentalmente na perna de Ash.

“Tão perto…” ele pensou. Quando estendeu o braço para tocá-la, a menina já havia corrido até metade do caminho. Ele se sentia ainda mais lento do que o normal.

— Ela estava aqui do lado… – sussurrou, seus olhos demonstravam a dor que sentia por não tê-la abraçado.

— Vai ficar tudo bem…

— Nunca mais – a voz saiu sussurrada, porém todos a ouviram. A raiva que as poucas palavras carregavam fizeram muitos se afastarem – encoste na minha filha.

— Apenas a segurei – ele disse, indignado – não posso nem mais tocar na minha filha, agora? E o que diabos o seu Pokémon faz aqui dentro?

— Ela não é sua filha! E Togepi apenas apareceu para proteger Kira de você.

Mas o ovo já tinha ido embora. Sabia que quanto mais permanecesse no tribunal, mais problemas para Misty causaria.

— Ela não precisa ser protegida de mim, e sim de você, sua louca! Eu que a criei, é minha filha sim!

Surpreendendo a todos, uma voz possessiva, grossa e irritada veio da plateia.

— NÃO É NÃO! ELA É MINHA!

Apenas a alguns passos de Misty, Yukira parou.

Continua…


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Notas finais do capítulo

Heeeey o//
*escudo para evitar apedrejamento*

entonces... eu seeei q a demora foi quase imperdoável, mas é q eu to escrevendo um livro com minha priminha linda e mais do que maravilhosa Amanda :3 ela tem conta aqui tmbm: Mandy

ela escreve MARAVILHOSAMENTE bem, sério

oook, parando de divulgar (por enquanto u-u) e indo ao q interessa:

PERDÃÃÃÃÃO, sério. Fiquei MUITO tempo sem atualizar. MUITO tempo mesmo, sei disso. Em compensação, foi o q teve mais reviews

2 páginas *O*

vcs me deixam tão feliiiiiz *----*

Quero agradecer de novo a quem recomendou a fic

BugKillah (amigo de loooooongos tempos, te amo amoro u-u)

Adroide 18 (amiga muuuuuito antiga, sério o// saudade, gata :/)

Anônimo (n sei qem é, mas brigadão, anoni-kuun *O*)

Ash Ketchum (muuuuito obrigada, outro que já apareceu várias e várias vezes aqui na minha 'vida Nyah!' :3)

Misty_Love (gatinha q me acompanha há mto tempo tmbm ;3)


enfim, só os velhos, agr q percebi *---*

se bem q, depois de tnt demora, meio q todo mundo é velho >.



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