Em Busca da Verdade escrita por Camy


Capítulo 24
A história de uma mãe


Notas iniciais do capítulo

perdão >.



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O moreno se revirava de um lado para o outro na cama. O Tum-tum repetitivo não saía de sua cabeça, e ele sabia que estava de ressaca. Bebera quanto na noite anterior? Duas? Três garrafas de sakê?

— ABRE A MERDA DESSA PORTA, ASH! – era a voz de Brock.

O moreno pulou. Talvez o Tum-tum não fosse apenas sua cabeça latejando. Com os olhos remelentos, cabelos amassados e oleosos e apenas de cueca, caminhou até a porta e a abriu. Lily, Brock, May, Drew, Dawn e Paul invadiram a casa. Demorou um pouco até que conseguisse identificar a todos, porém conseguiu. Sua cabeça latejava.

— Vai colocar uma roupa, vagabundo! – falou Dawn ao ver o amigo apenas de cueca.

Ash piscou, confuso.

— Hãn?

Drew revirou os olhos, e Paul bateu na própria face.

— Ótimo, temos um bêbado aqui – reclamou o homem de cabelos verdes.

E então Drew começou a se aproximar de Ash, porém este estava bêbado demais para conseguir distinguir mais do que uma mancha esverdeada em sua frente. Tentou ir para trás, e acabou caindo no chão.

Sem nenhuma delicadeza, Drew o levantou.

— Espera. Drew…

Mas o verdinho não o ouviu. Paul pegou Ash pelo outro braço, e os dois saíram arrastando Ash até o quarto do moreno. Em qualquer outro momento teriam desconfiado de toda a bagunça que encontraram no corredor, porém Ash estava tão mal que realmente não foi surpresa nenhuma. Brock os acompanhou, deixando as três mulheres na sala.

Da sala, Lily, May e Dawn apenas ouviram os gritos.

— MAS QUE P**** É ESSA, ASH? – gritou Paul, ao entrar no quarto junto dos outros.

Como resposta, outro grito foi ouvido. Dessa vez, era feminino. Correndo, Serena apareceu na sala; estava apenas enrolada em um lençol. A mulher estava constrangida, e se encolheu ao ver as mulheres ali paradas. May quase não conseguia acreditar em seus próprios olhos. Balançando negativamente a cabeça, murmurou:

— Por Kami, Ash, chegou assim tão no fundo do poço?

Serena, ofendida, começou a se defender.

— EEI! Isso é…

— Calada. Ou quer que eu chame a Kira pra te dar uma surra de novo? – Dawn perguntou irritada.

Estavam com os nervos à flor da pele. Os acontecimentos recentes eram suficientemente ruins, porém o pior ainda era o motivo de estarem ali. Sabiam que as crianças tinham razão – e se perguntavam o motivo de não terem sido eles os idealizadores daquele plano –, porém colocar aquelas ideias em prática era muito mais complicado do que parecia. A sensação de que estavam traindo Misty era tão forte em cada um deles que quase desistiram.

E ver Ash tão acabado a ponto de acordar de ressaca com Serena ao seu lado realmente não os acalmava. Talvez, no fim, Ash tivesse razão ao não querer ir resgatar Misty. Talvez tudo estivesse melhor se nunca o tivessem envolvido.

— Serena, vai pra casa e nos deixe… – mas a morena interrompeu Lily.

— Na última vez que eu deixei vocês a sós com o meu namorado, ele…

— Deixa de ser retardada, ele só ta te usando pra afogar a rejeição que recebeu da Misty – Dawn massageou as têmporas, tentando se acalmar.

O grito de Ash ao ser colocado debaixo do chuveiro foi ouvido, porém ninguém se importou com ele. Serena sentiu as lágrimas invadirem seus olhos, mas não deixou que elas caíssem. Sabia que, no fundo – ou, talvez, nem tão no fundo assim –, Ash ainda gostava de Misty. A bebedeira quase diária dele provava isso. Nunca o vira tão detonado como naqueles últimos dez dias. Nunca o vira tão destruído, e ela o amava. Vê-lo daquela forma era doloroso, e Serena não queria que isso continuasse a acontecer.

— Você não sabe do que está falando. Ele me ama. AMA. Não sente mais nada pela idiotazinha da amiga de vocês. Ela é uma va… – e, ao mesmo tempo em que tentava se iludir, tentava expulsar os amigos do namorado. Eles faziam apenas mal a Ash.

— LIMPA A BOCA COM SABÃO PRA FALAR DA MINHA IRMÃ! – a rosada, que aparentava ser a mais calma, explodiu – TUDO O QUE VOCÊ QUER É QUE ELE TE AME, MAS NÃO AMA, ENTENDA ISSO DE UMA VEZ! EU QUERO A MINHA IRMÃ E A MINHA SOBRINHA JUNTAS DE MIM NOVAMENTE, MAS NEM TODO MUNDO TEM O QUE QUER. ENTÃO VOCÊ TIRA ESSA BUNDA CHEIA DE CELULITE DA MERDA DA CASA DO DESGRAÇADO DO ASH, OU EU MESMA VOU TE EXPULSAR DAQUI!

Lily tinha a respiração ofegante, mas seus olhos demonstravam uma fúria que nenhuma das presentes um dia presenciara. Lily era a que mais andava estressada. O filho, todos os dias, perguntava sobre a tia e a prima. As irmãs estavam tão indispostas e fragilizadas que mal conseguiam suportar a própria consciência, então tudo caía nas costas dela, que já nem sabia mais qual desculpa utilizar. Aquele com certeza foram os piores dias da sua vida, e Lily precisava descontar em alguém.

Serena engoliu o choro e voltou para o quarto. Ouviu os gritos de Ash no quarto e limpou a lágrima teimosa que ainda escapava. Vestiu-se com rapidez e parou por um segundo, apenas para escutar a voz de Ash novamente. Sentia-se usada. Ele parecia detestar o banho e, por um segundo, Serena ficou feliz. Porque os amigos tão queridos por ele não faziam mais do que humilhá-la, e a morena já cansara daquele tratamento.

Mas não desistiria, de jeito nenhum. Ash seria seu.

Com o nariz empinado, saiu pela porta. O coração doía por deixá-lo sozinho com os imbecis que fingiam se preocupar com ele, mas sentia-se obrigada a fazê-lo. Não tinha chance nenhuma quando estavam todos juntos, e não aguentaria outra rejeição por parte de Ash.

May observou Serena sumir pela porta com seu vestido estupidamente brilhante em seu corpo estupidamente perfeito. Suspirou ao perceber que ela vestira-se apenas para encontrá-lo. Afinal, um vestido roxo de festa e saltos daquele tamanho não seriam desperdiçados com qualquer um. Ignorou-a. Pessoas mais importantes necessitavam de sua atenção.

As duas mulheres – May e Dawn –, voltaram-se para a amiga. Lily estava com olheiras e um pouco pálida, porém parecia bem.

— Lily… – chamou May.

— Eu to bem – interrompeu-a –, mas todo mundo precisa desabafar de vez em quando.

As duas sorriram e concordaram. Lily limpou discretamente uma lágrima no canto de seu olho direito alguns segundos antes dos meninos entrarem. Ash parecia melhor, mesmo que seu rosto estivesse pálido. Ao menos não fedia mais tanto à bebida. Apenas um pouco.

— Um segundo. – pediu.

Ash foi até a cozinha buscar um remédio. Brock abraçou Lily, que descansou a cabeça no peito do marido. A rosada precisava daquele conforto gostoso que apenas Brock conseguia conceder a ela.

— Bom discurso, Lil. Até eu fiquei com medo. – elogiou Drew, sorrindo.

Lily sorriu.

Paul não falou nada, apenas olhou ao redor, preocupado. A sala estava uma completa bagunça, e mais garrafas vazias de sakê do que ele podia contar estavam esparramadas pelo chão. Roupas acompanhavam a bebida, e mesmo a televisão parecia quebrada. Duvidava muito de que o amigo treinara dentro de casa, porém a dedução remanescente era incômoda demais para que quisesse aceitá-la. Ash apareceu, interrompendo suas reflexões.

— Vocês não precisam espantar minha namorada toda vez que vêm aqui. Mas pelo que ouvi do discurso da Lil, Myst e Kira não estão mais com vocês?

Sentia dor no corpo inteiro, e sua cabeça parecia que ia explodir. Não queria mais problemas, não queria mais se envolver naquela confusão e, principalmente, não queria mais que seu coração pulasse daquele jeito apenas ao dizer o nome de Misty Waterflower.

May suspirou e todos eles sentaram, mesmo sem que Ash os tenha convidado. Estavam nos sofás nos quais, há menos de duas semanas, haviam revelado a existência de Kira a Ash. Agora revelariam algo ainda mais impactante para o moreno.

— Rudy pediu a guarda de Yukira na justiça, e elas devem estar no tribunal agora. – Dawn informou.

Por aquela notícia, Ash realmente não esperava.

— O quê? Por quê?

Em qualquer outro momento Lily riria da ingenuidade de Ash, porém, naquele dia, tudo o que conseguiu sentir foi raiva. Revirou os olhos antes de respondê-lo.

— Não seja idiota, Ash. Ele sabe que se conseguir a guarda dela, Misty voltará a ficar com ele pela filha.

Ash sentiu o coração apertar novamente, mas se controlou.

— Isso é covardia! Até mesmo para ele.

Drew realmente pensara que Ash não se sensibilizaria por Misty, porém estava enganado. Observou o amigo com atenção, e uma estranha sensação de deja vú o dominou. Esperava, com todo o seu coração, que não estivesse errado quanto ao que pensava ter descoberto.

— Eu sei. – Brock concordou, irritado.

— Pelo menos ele não vai conseguir. Depois do que ele fez…

Paul o cortou.

— Os jurados e o juiz já foram comprados, Ash. Temos certeza. Ele não faria isso sem ter certeza absoluta de que venceria.

A realidade atingiu Ash como um soco. A raiva voltou a dominá-lo, porém se conteu. Não deveria se sentir tão abalado. A vida de Misty não lhe importava mais. Ou, pelo menos, não deveria importar. Principalmente porque acabara de receber uma negativa dela. E saber que seu amor de infância não nutria mais nenhum sentimento bom por ele lhe quebrava o coração.

— Aquele filho da puta! – deixou escapar num sussurro. – Tudo bem. A situação é ruim, mas não sei por que estão aqui. Não posso fazer nada, não sou juiz e muito menos conseguiria convencer Misty de alguma coisa.

Dawn tentou ir pelo caminho mais simples. Aquele que todos sabiam que não funcionaria.

— Pode testemunhar…

— Não quero. Se ela estivesse comigo agora, eu estaria protegendo tanto a ela quanto a Kira. A escolha foi da Misty, não minha.

A resposta prepotente de Ash tirou Paul do sério. Sabia que Misty tinha grande parcela de culpa para a tristeza de Ash (e dela própria também), porém não era como se Ash fosse um santo desprovido de culpa. O moreno também compartilhava do fardo, e o irritava perceber que não assumia isso. Que agia como vítima novamente.

— Não é como se ela tivesse feito isso por vontade própria, sabe?

Ash revirou os olhos. Detestava quando começavam a julgá-lo. E a culpa era toda dela, sim. Se ainda o amasse, era apenas dizer que queria ficar com ele. Se assim fizesse, iria até o inferno por ela, se preciso. Mas sabia que não adiantaria de nada discutir. Resignado, perguntou:

— O que vocês estão querendo me dizer?

— Vamos te contar uma história. Você não vai falar nada, vai apenas ficar sentado aí e ouvir cada palavra que nós temos a dizer. – May informou.

Afinal, teriam que ir pelo caminho mais complicado.

— Que história?

— Fique calado. Nem uma palavra. Quando terminarmos, você fala ok? – Drew pediu, porém o tom foi de ordem.

Ash achou melhor não discordar, e assentiu com a cabeça. Lily respirou fundo e começou a narração:

“Logo após o término de vocês, Misty ficou muito mal. Ela parou de comer, de sair de casa, e ficou doente. Se negava a fazer qualquer coisa, e simplesmente ficava deitada na cama, chorando. Era como se tivesse perdido completamente a vontade de viver, e aquilo acabava com a gente também. Estávamos preocupadas, porque havia muitos indícios de que ela estava anêmica. Quando começou a emagrecer, ficamos com medo de ela estivesse tentando ficar mais bonita pra você. Pensamos que nossas desconfianças tinham se confirmado quando ela começou a vomitar. Eu estava com tanto medo! Eu sentia Misty definhar aos poucos, e nada parecia ser capaz de tirar ela daquele buraco”.

A rosada limpou uma lágrima irritante que escorria, e limpou a voz antes de continuar.

“Tentamos convencer Misty a ir conosco a um médico, mas ela não queria. Tivemos que brigar muito para que conseguíssemos, e só foi possível quase um mês depois, quando ela começou a desmaiar. No médico, a anemia foi confirmada. Assim como a gravidez. Misty entrou em desespero. Ela não queria uma criança. Como iria te encarar nos olhos novamente? Minha irmã nunca se enganou pensando que você fosse ouvi-la, ou que você entendesse que tinha acontecido um mal entendido. Ela sabia, e ainda sabe, o quão cabeça dura você é. Por isso ela escondeu. Queria tirar a criança, primeiramente. Misty não queria Kira de jeito nenhum. Primeiro pensou em aborto. Mesmo que todos nós fôssemos contra, era melhor do que ver Misty matar a si mesma e a essa criança aos poucos. Ela disse que ia ficar batalhando até perdê-la. Quando cansou, disse que não comeria até matá-la. Desse jeito nos convenceu. Preferia minha irmã viva e um sobrinho morto aos dois mortos. Levamos ela até lá. Quando Misty entrou na clínica de aborto, ela segurou sua barriga bem forte. Dayse, Violet e eu entramos na sala, enquanto Dawn e May esperavam do lado de fora. Nós três entramos chorando. Misty começou a chorar apenas ao ver os pôsteres. Por lei, é imposto que todo centro de aborto tenha imagens do que acontece às crianças em lugares bem visíveis. Quando ela viu aquelas imagens, começou a chorar e impediu que o doutor fizesse aquilo. Nós cinco pensamos que ela aceitaria ficar com a criança, mas Misty disse que só ficaria com ela até depois do parto. Assim que nascesse, Misty entregaria a menina ao orfanato”.

Lily parou, algumas lágrimas escorriam ao lembrar aqueles tempos difíceis. May continuou a narrativa:

“Eu fiquei com Diego e Julia perto dela o maior tempo que consegui. Julia ainda era um bebê de colo e Diego aprendia a anda. Ela fingia que estava irritada comigo, mas a bagunça que fazia com meus filhos era sem igual. Falamos sobre isso inúmeras vezes, mas Misty estava impossível. Não queria saber de ter uma criança. Não queria se lembrar do pai dessa criança, para ser mais exata. Aqueles sete meses foram horríveis. Misty entrou em depressão, quase perdeu Yukira mais vezes do que podemos contar e nunca fiquei com tanto medo de perder a minha amiga. Foram tempos muito complicados, até o dia do parto. Naquele dia ela desmaiou enquanto brincava com Diego. Ele veio correndo e chorando até mim, e disse que tinha matado a tia Misty. Corremos até lá e a bolsa tinha estourado, assim como também tinha muito sangue espalhado por lá. Colocamos ela no carro e dirigimos como loucas. Foi uma verdadeira confusão. As crianças ficaram com Paul e Drew em casa. Chegamos ao hospital e ela foi para a sala de cirurgia. Foi horrível! Pensei que ela iria morrer lá, juro.”

May limpou uma lágrima e Dawn assumiu:

“Assim que os médicos liberaram, invadimos o quarto. Nosso maior medo é que ela tivesse depressão pós-parto e não conseguisse nem mesmo olhar para o bebê. Misty já estava depressiva o suficiente para aquilo realmente ser uma opção. Porém, quando eu vi aquela cena, soube que Misty não doaria aquela criança à adoção. Ela segurava Yukira no colo e tinha um brilho nos olhos que apenas uma mãe pode entender. Fomos até ela e a abraçamos. Quando voltamos pra casa, alguns dias depois, tínhamos certeza de que Misty tinha desistido da ideia absurda do orfanato. Infelizmente estávamos errados. Ela queria se livrar da menina nos primeiros dias, mas a convencemos a ficar com Kira por pelo menos dois meses. Misty aceitou, mas se recusou a dar um nome à menina. Ficamos chamando-a de “ela” e “a menina” durante esse tempo.”

“Não demorou muito e os dois meses passaram. A menina havia se apegado muito à nossa amiga, tanto que sempre que estava longe dela, Yukira chorava. Misty dedicava-se integralmente a cuidar da nossa pequena. E, quando realmente não esperávamos, Misty apareceu com Kira de banho tomado e arrumada, com uma pequena sacola de roupas do lado, e disse: “To pronta pra deixar ela no orfanato”. Fiquei muito decepcionada naquele momento.”

A morena olhou para o lado, e quem assumiu a vez foi Brock:

“As meninas fizeram um verdadeiro escândalo, mas Misty não queria saber. Aceitei em levá-la até lá, eu realmente não achava uma boa ideia deixar a ruivinha fazer isso sozinha. Fomos de carro e, no meio do caminho, acho que Kira sentiu que tinha alguma coisa errada, porque se agarrou à Misty de um jeito que eu não imaginei que um bebê pudesse fazer. Quando chegamos ela começou a chorar. Misty a pegou no colo e a acalmou, mas, mesmo assim, parecia que Kira sabia o que estava acontecendo. Entramos no orfanato e minha peque chorava mais do que nunca. Misty a segurou e garantiu que tudo ficaria bem, mas ela só se segurava com mais força. Os nozinhos pequeninos de seus dedos estavam brancos. Nunca vou me esquecer dessa cena.”

“Caminhamos até uma mulher. Ela recebia as crianças, mas Misty, no último segundo, se recusou a entregá-la sem olhar o lugar antes. Caminhamos por tudo. Ela parecia horrorizada com a quantidade de crianças e mais horrorizada ainda com o número delas que pedia pra ser adotada. Acho que foi aí que a ficha caiu. Ela agarrou Kira com força e, por incrível que pareça, ela parou de chorar. Misty deu meia volta e caminhou até o carro com Yukira no colo, abriu a porta e a fechou de forma muito irritada. Me desculpei com a mulher e fui até Misty. Quando ela me viu, fechou a cara. Disse apenas uma coisa, que alegrou o meu dia mais do que qualquer outra frase no mundo:

— Como puderam me deixar pensar em fazer isso? Yukira é minha.”

Drew, com um sorriso nos lábios, continuou:

“Foi incrível ver Misty entrar com Kira nos braços no ginásio. Todos nós festejamos, e ela ainda voltava com um nome pra criança! Misty nos contou que queria que sua primogênita com você tivesse esse nome. Mas Misty crescera sem um pai e não queria o mesmo para a filha. Eu, Paul e Brock garantimos que ajudaríamos o tempo inteiro, mas não eram tios que ela queria. Foi então que ela resolveu ir falar com Rudy. Fiquei incrivelmente irritado com a decisão dela, assim como todos os outros; mas Misty não deixaria sua princesa viver sem um pai. Ela fez o possível e o impossível por aquela criança, Ash, e a maior idiotice que fez por Yukira foi casar-se com Rudy. Ela casou e viveu com ele por mais de cinco anos apenas e unicamente pela Kira. E tenho certeza de que faria de novo, se precisasse. Misty é uma mãe incrível e nenhum de nós pode dizer que não. Na verdade, ela foi mãe desde o momento em que descobriu a gravidez, porque, mesmo sem perceber, começou a amar aquela criança muito antes de vê-la pela primeira vez”

Ao final da história, Ash estava com uma expressão de espanto tão grande que nem se movia. A dor de cabeça parecia ter desaparecido, assim como tudo ao seu redor. Paul respirou fundo e explicou o que toda a narrativa queria dizer:

— Ash, a Yukira é sua filha.

Continua…


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Notas finais do capítulo

yoooo
sei q tinha prometido postar antes, mas fiquei sem net ;---;
meeu pai chamou um cara q veio aki arruma *OO*
como é bom ter internet u--u
pra qem curte The Big Bang Theory, postei uma comédia sobre o Raj e o Howard. Sintam-se a vontade para ler, fiz com minha prima doida, então prometo umas risadas pra vcs ;3
na classificação diz Yaoi, mas é n é pesado, nem beijo tem, só insinuações ahsuhasas
enfim, qem qiser recomendar, eu aceito :3
reviews?
=*
Bjs e teh + ^3^/



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