Capítulo 7

“Por você eu suportarei tudo. Suportarei beijos sem tocar os lábios, abraços sem sentir o calor do corpo, vozes que não chegam aos ouvidos, olhares que nunca se cruzam, vontades vivas na imaginação, sonhos que se repetem na minha mente como fatos, lutas que esgotam as minhas forças, não poder te ver dormir, nunca mais sentir o cheiro do perfume, carência dos carinhos nunca sentidos, saudade dos momentos não vividos, a procura de um único rosto, o seu, que não encontrarei em lugar algum. Sabe o que é querer alguém que nunca mais verá? Sabe o que é amar sem ter certeza de nada? Sabe o que é viver desejando o que não poderá ter? Mas eu tenho esperanças,Edwin. Você me faz crer que realizaremos nossos sonhos juntos.” — Edward encontrava-se em estado de choque. Ela acabara de se declarar e ele nem ao menos havia dito um ‘adeus’ a ela. Sentia-se um tolo. Tolo por ter descontado toda a tristeza de seu passado logo naquele dia, naquela garota. Na menina que mudara por sua causa e que queria fazê-lo mudar também, mas ele era egoísta demais para fazer tal ato sozinho. Sabia que perdera sua chance, que provavelmente eles nunca mais se verão. O que diabos ele havia feito com a única esperança que tinha? Destruído. Saberia ele como salvar a própria vida sozinho?

O que fazer quando se está longe de seus únicos amigos de verdade? ParaIsabella a resposta é simples: beber. Há exatamente um ano ela está nessa mesma rotina. Um ano que ela não vê nem fala comEdward. Um ano longe de seus amigos, que sempre lhe mandam e-mails, mas a muito tempo ela não os responde. Exatos trezentos e sessenta e cinco dias que ela faz as mesmas coisas: vai a uma boate qualquer, bebe até ficar fora de si, dorme com qualquer cara e acorda de ressaca no dia seguinte.

— Vou sair, não tenho hora pra voltar. Beijo! — avisou para seus pais e saiu de casa. Os pais da garota se entreolharam.

— Você acha que eu fiz a coisa certa ao trazê-la de volta? — perguntou a mãe.

— Sinceramente? Foi um grande erro. — respondeu o pai e completou: — Ela só piorou depois que voltou de lá. Com a tia ela estava bem.

— Acha que devo mandá-la novamente a New Jersey?

— Sim.

— Será que ela irá reagir bem a isso?

— Não sei, mas é o melhor a fazer. — respondeu por fim. A mãe da garota pegou o telefone e ligou para Denise. Já estava tudo acertado, amanhã mesmo ela voltaria para New Jersey.

— Acha que devo ligar para ela agora? — perguntou a mãe e o marido assentiu. Discou o numero da garota. — Alô?Isabella? Volte para casa, preciso falar com você. É urgente. — avisou e desligou. Quase uma hora depois umaIsabella bêbada entra em casa.

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