Amor internacional escrita por Walker


Capítulo 6
A noite da festa - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Oi! Quem é a escritora gata que resolveu postar o capítulo antecipado? o/
Enfim, eu gostei desse capítulo, ele que realmente dá início no clima e tal. Espero que gostem e boa leitura!
Ps: Leiam por favor o aviso nas notas finais.



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– Tudo isso é exclusivamente culpa sua, Peter. - Resmungou Celina pela terceira vez, enquanto tremíamos andando pela praia à procura da chave. O que, é claro, com certeza não iríamos conseguir achar. Simplesmente rolei os olhos e continuei procurando.

Eu sabia que a culpa era minha. Mas, sei lá, Yalle e eu tínhamos uma grande rixa desde o ensino fundamental quando eu fiz xixi em cima de sua mochila depois de ele ter roubado minhas figurinhas do Hot Wells, e desde então nós sempre estávamos brigando ou coisa assim. Eu aceitei o desafio para não pagar de amarelão mesmo.

Mesmo assim, eu ainda estava um pouco confuso com o porquê de eu ter escolhido Celina em vez de Tracy. Tá, tudo bem que ela era muito insuportável quando começava a falar e tudo mais, mas ela era minha namorada. E foi procurando aquela chavinha que eu me dei conta do fato bizarro que, mesmo eu e Celina sempre estarmos nos alfinetando, eu me sentia bem com ela. Mas espantei esse pensamento estranho da minha cabeça e parei para sentar na areia, consequentemente puxando ela. A maré estava subindo e ela não protestou de se sentar.

– Peter, fala sério... A gente nunca vai achar essa chave. Vamos logo ligar pro Hudson. – Sugeriu, e eu a olhei incrédulo.

– Mas é nunca! Ele vai me matar. Ele e a mamãe. Provavelmente vão me deixar de castigo, trancado naquele quarto.

– Então vão fazer o certo! Eu poderia estar na festa, dançando, conversando, rindo com os meus amigos, mas estou aqui ALGEMADA ao menino mais irritante de Miami, com frio e cheia de terra na roupa. – Falou rápido, quase sem respirar.

– Quer saber? – Disse, tendo uma ideia brilhante. – Eu já sei o que fazer. Me dá o telefone.

Ela me olhou confusa, mas me deu. Disquei o número e esperei até Bill atender.

– Bill, amigão! – Exclamei.

– Piter? – Perguntou Bill, com a voz embargada de sono. Ele nunca conseguiu pronunciar meu nome certo. – O que você quer a essa hora? São duas da manhã!

– Queria saber só que horas você abre a loja.

– Abro às sete. Agora você pode por favor me deixar dormir? – Perguntou, impaciente. Rolei os olhos pela milésima vez naquela noite e desliguei o telefone.

– E então? – Perguntou Celina, ansiosa. – Que loja é essa?

– Um chaveiro. – Respondi, me deitando na areia e encarando a lua, que estava bonita. – Mas só abre as sete horas. Parece que vamos ter que esperar.

Fiquei ouvindo pacientemente o chilique que ela deu. Depois liguei pra minha mãe e avisei que iríamos dormir na casa de Alicia, e ela disse que voltássemos no dia seguinte antes das dez da manhã. Finalmente Celina se acalmou e eu sugeri que procurássemos mais um pouco.

– Provavelmente a maré já deve ter levado. – Suspirou ela, enquanto andávamos. – Mas eu tenho que admitir que aqui é bem bonito.

Olhei seu perfil por alguns segundos. A boca em formato de coração e o nariz arrebitado a faziam parecer uma princesa. Seu cabelo (que antes estava num penteado bonito) agora caiam molhados pelas costas, castanhos, e tinha terra em suas bochechas. Além disso, seu vestido... Não, espera. Eu estava mesmo prestando atenção nessas coisas? Que gay.

– Poderia ser sua namoradinha aqui. – Ela continuou. – Tenho certeza que ela aproveitaria muito mais esse momento do que eu.

– Tá, já entendi que não era pra ter te escolhido, mas para um segundo de reclamar por favor? – Eu pedi, e ela parou se colocando na minha frente, com seu olhar irritado.

– Parar de reclamar? Sério? Ah, por favor Peter, eu tô morrendo de sono e de frio, molhada, eu posso pegar uma pneumonia e tudo porque você aceitou aquela droga de desafio, o mínimo que eu posso fazer é reclamar! – Exclamou.

– Ah, entendo. Tá de TPM, é? – Pergunto, irônico, a encarando. Ela dá um passo pra frente e põe o dedo indicador no meu tórax.

– Se eu tô ou não de TPM isso é problema meu, ok? Então... – Eu dei um passo pra trás e tropecei em uma pedra.

Caí e, como nossos braços estavam juntos, ela caiu junto e em cima de mim. Nossos rostos ficaram a milímetros de distância e encarei seus olhos azuis. Algumas mechas de seu cabelo castanho caíram no meu rosto e eu as afastei delicadamente, para logo após a abraçar. Foi como se estivéssemos em um transe, e ela estava chegando mais perto, mais perto... Nossas bocas estavam quase se encostando quando:

– Ei, cara, eu soube que você... – Começou John, andando em nossa direção. Logo que percebeu o que estava prestes a acontecer, arregalou os olhos e disse: - Ah, desculpa, eu não...

Mas Celina já tinha se desvencilhado e corou como um pimentão.

– Não foi nada. – Falou, disfarçando. – Pode vir. Nós estávamos procurando a chave.

– É, estávamos procurando. – Reforcei, um pouco frustrado. Não sabia por que estava me sentindo assim. Era como se eu estivesse enjoado ou algo do gênero, meu estômago parecia estar como em uma montanha russa, e isso me deixou bem preocupado. Provavelmente era só fome mesmo.

– Vim chamar vocês para ir ao Mc Donald’s. Vocês vão comigo e quando formos comprar ficam no carro, porque enfim... – Apontou para a algema, crispando os lábios. Nós aceitamos e fomos sem trocar uma palavra até o carro de John.

Não, espera, o que foi que aconteceu mesmo? Em um momento eu estava irritada com o Peter por ter citado minha TPM (e sim, eu estava mesmo de TPM) e em outro eu estava por cima dele e estávamos prestes a nos beijar.

Detalhando o momento agora. Eu estava muito perto do rosto dele, menos de um palmo. Ele fitava meus olhos e eu fitava os dele, verdes como... Bem, eram tão lindos que eu não consigo nem definir. Então, continuando, ele estava cheirando à maresia, e sua pele estava um pouco fria por causa do vento. Eu me perdi por alguns segundos naquele cheiro, enquanto nos aproximávamos. Eu já comentei sobre o cílio na bochecha dele? Ele deixava o rosto de Peter um conjunto perfeito. Estávamos quase nos beijando quando John chegou, e por um segundo, só por um segundo, eu me irritei por ele ter nos atrapalhado. Depois eu decidi fingir que nada estava acontecendo, afinal havia sido apenas um momento.

Então decidimos ir ao Mc Donald’s. Durante o percurso, Peter e eu nem conversamos, e não ficou um silêncio constrangedor por causa de John. Mas então chegamos ao fast food.

– Bem, eu vou pegar dois big mac’s para vocês, tudo bem? – Nós assentimos. – Tentem não se matar.

E então ele saiu do carro e fechou a porta. Estávamos sozinhos.


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Notas finais do capítulo

Descrição: Peter Von Uckerman sempre foi o menino popular e cheio de garotas. Mesmo sendo rebelde na escola, em casa é um garoto obediente e um pouco mimado. Tem uma irmã mais velha chamada Sadie que mora na França. Só teve um relacionamento sério até Celina chegar, e não tem boas lembranças dele.
Celina Pedrosa Gusmão cursa o terceiro ano do ensino médio e quer ser atriz. Tem ótimas notas e bons amigos no Brasil, seu país de origem. Paola e Carlos, seus pais, ainda querem ter mais um filho, mas no momento estão focados em dar a melhor educação possível para a primogênita. Celina sempre foi uma garota de se apaixonar de verdade, e seu histórico amoroso é relativamente bom.

GENTE AVISO AQUI, POR FAVOR VEJAM.
E ai, povo de Deus? O que acharam? Deixem seus reviews pleasee. Gostaria de pedir também que mandassem suas sugestões dizendo o que gostariam que acontecesse no próximo capítulo, eu já tenho a história pronta na minha cabeça mas estou aberta à sugestões. Por favor comentem sua opinião, beijoos.