Amor internacional escrita por Walker


Capítulo 18
Overdose de amor


Notas iniciais do capítulo

HOLA!
Nem demorei, né gente? Não me apedrejem por não ter respondido os comentários ainda, mas já tô indo.
Aqui vai um capítulo bem romântico de #Pelina. Uma das cenas que eu pôs no "próximo capítulo" do capítulo anterior, só vai cair no próximo, aquela parte da Tracy.
Espero que gostem! Beijoos.



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– E aquela ali é a ursa maior. – Ela disse, apontando para o céu.

– É bonita. – Comentei.

Estávamos no jardim. Estava de noite, e nós estávamos olhando as estrelas, com ela deitada com a cabeça em meu braço. Eu conseguia, mesmo com aquela brisa com cheiro de maresia, distinguir sem nenhum problema o cheiro hipnotizante do shampoo dela.

– Peter. – Chamou.

–Hum?

– Me diz alguma coisa bonita. – Ela disse, se aconchegando em mim e fechando os olhos. Eu me senti tão bem perto dela que poderia ficar assim pra sempre. Poderia dizer tantas coisas bonitas... Mas nenhuma seria mais bonita que do que Celina.

– Deixa eu pensar... Você é me deixa mais feliz do que meu Xbox cheio de gold. – Disse, com um tom de brincadeira na voz, e ela riu. – Mas agora, sério... Deixa eu pensar.

“Fale, anjo, outra vez, pois você brilha

Na glória desta noite, sobre minha cabeça,

Como um celeste mensageiro alado

Sobre os olhos mortais que, deslumbrados,

Se voltam para o alto, para olhá-lo,

Quando ele chega, cavalgando nas nuvens,

E vaga sobre o seio desse espaço”

– Peter, isso é Romeu e Julieta! Não sabia que você lia Shakespeare. – Ela se surpreendeu.

– Ah, foi Sadie que me ensinou - Falei, desconcertado. – Ela me ensinou quando éramos crianças e...

– Eu te amo. – Ela disse, e ficou de bruços pra poder me olhar nos olhos. Eu fiquei atônito. – “Me pega e leva porquê eu te amo, andei fugindo mas estou aqui”. E essa é a verdade... Por mais estranha que seja.

O.k. Ela havia acabado de se declarar e eu devia estar como um idiota olhando para ela. E sério... Nunca havia visto Celina tão bonita assim. Estava com os olhos verdes mais brilhantes pela luz da lua e o cabelo se mexia com a brisa. Linda... E eu senti que aquele era o momento pra pedir ela em namoro.

Mas eu não consegui.

– Eu também te amo, Celina. Mesmo. – Disse, e a beijei. Poderia beijá-la durante toda minha vida. Ela era perfeita. Um beijo calmo e profundo, que logo acabou.

– Você não vai me pedir nada? – Ela perguntou. Oh-oh... Ela queria que eu pedisse-a em namoro. Mas então Dalilah voltou em minha cabeça e eu tive que admitir: Eu tinha medo de me machucar e pior, machucar Celina.

– Celina... Eu te pediria aqui e agora, porquê eu quero ficar com você pra sempre. Mas eu tenho medo, eu admito. De te machucar, de me machucar, de que algo dê errado. E eu te peço perdão por não estar atingindo suas expectativas... Mas eu só preciso de um tempo pra me acostumar com a ideia, tudo bem?

Ela pareceu murchar. Me senti culpado, e ela abaixou os olhos.

– Eu entendo. – Finalmente disse. – Eu só... Ah, esquece. – E se levantou.

– Você tá bem?- Perguntei, me levantando também.

– Tô ótima. – Ela forçou um sorriso e me deu um beijo na bochecha, ficando na ponta dos pés. – Boa noite.

E foi embora.

Eu sou um pegador egoísta e sem coração, e dessa vez, isso me incomodou profundamente.

***

Acordei, me arrumei e fui pra escola, arrancando todos os cartazes que a direção ainda não tinha retirado. Celina estava meio distante, o que me fez sentir culpado pra caramba, e desejar pela milésima vez que Dalilah não tivesse me traumatizado daquele jeito.

De qualquer jeito, cheguei perto dos meus amigos e pela primeira vez em anos fiquei calado como uma pedra até o fim das aulas. Celina iria visitar Kim, e eu voltei sozinho pra casa. Que surpresa eu não levei ao ver Sadie e Megan conversando na sala de casa. E, meu Deus, como Megan era bonita... Muito. Os cabelos ruivos estavam comportados debaixo de uma boina cinza, e ela vestia uma roupa bem estilosa. De repente, uma outra garota entrou na sala.

Era baixinha, de cabelos curtos, e parecia uma bonequinha de porcelana. Ela falava alguma coisa rápido demais para eu conseguir entender e gesticulava.

– Per la Madonna, Sadie. Onde está minha câmera? – Ela perguntou, com um forte sotaque italiano, pondo as mãos na cintura. Pus uma mão na nuca, perdido, e pigarreei. Todas se viraram pra mim.

– Saudades de avisar que hoje seria uma tarde de amigas, Sadie. – Sorri, desconcertado, e elas sorriram também.

– Esqueci, irmãozinho. – Ela disse, me dando um abraço. – Essa aqui é a Lorenza, chegou no curso faz um tempinho, e essa aqui é a Megan. Acho que vocês já se conhecem, não?

– Já conheço ele sim. – Megan sorriu. Tentei falar algo, mas saiu mais pra “er... adadada”. Ela não percebeu, ou simplesmente fingiu que não havia percebido.

– Eu já acabei com elas por aqui, quer leva-las para jogar algum jogo? – Sadie perguntou, recolhendo uns papéis de cima da mesa.

– Seria ótimo! Mario é muito famoso de onde venho, você tem? Tem? Eu gosto daqueles canos e... – Continuou tagarelando a menina italiana.

– Ela é assim mesmo. – Megan disse, gesticulando. – Vamos?

E as levei para jogar Mario.

***

Graças à Deus Kim estava bem melhor. Eu saí feliz do hospital para ir pra casa. Entrei, joguei minhas coisas em um canto qualquer e fui até o quarto cantarolando algo.

– Licença? – Pigarrei, irritada, mas forçando um sorriso quando as duas meninas se viraram. Era só eu sair de casa e ele já trazia duas fêmeas pro meu território? Mas, ah, ele ia enfrentar minha fúria. Ia sim.

– Você deve ser Celina, não é? Tiao! – Disse, vindo me abraçar. Tinha um forte sotaque italiano.

– Tchau? – Franzi o cenho.

– É como dizemos “oi” em italiano. Per la Madonna, ninguém entende italiano nessa cidade! – Jogou os braços para os céus, andando de novo para o controle.

– Oi, Cê! – Megan veio me abraçar. Seu perfume era tãaaao enjoativo...

– Oi, Meg. – Cumprimentei. – Oi, Peter.

Fuzilei ele com meu melhor olhar assassino, e ele desviou o olhar de mim, nervoso.

– Meninas, se não se importam, eu preciso falar com o Peter. – Eu disse. – É só um segundo.

– Ah, imagina, não tem problema. Nós já vamos. – Megan falou, me dando um abraço e se despedindo, assim como a menina italiana. Depois a ruiva enjoada foi e deu um beijo na bochecha do meu macho. Na bochecha! Perto da boca! E AQUELA BOCA É SÓ MINHA!

As duas saíram e eu fechei a porta, de braços cruzados e encarando ele, que me encarava de volta.

– Você sabe que eu te amo. – Ele sorriu amarelo, vindo em minha direção, mas eu desviei e sentei na cama.

– Eu não sei de mais nada. – Murmurei, contra o travesseiro. Desde a noite passada eu andava meio triste com ele e ver que ele havia trazido duas meninas bonitas para o nosso quarto me deixou bem balançada. Será que ele havia realmente mudado? – Mas eu vim falar sobre Tracy. Ela não foi hoje pra escola.

– Eu sei... – Ele disse, cabisbaixo. – Mas ela vai amanhã. Agora, o que você tem?

– Nada, Peter, nada. – Eu desconversei, me sentando.

– Me dá um beijo? – Pediu, fazendo beicinho.

– Não. Só se você me prometer que vai deixar de trazer meninas para o nosso quarto sem eu estar aqui. – Eu murmurei, com vergonha. Eu estava com ciúmes. E eu nunca fico com ciúmes.

Ele deu uma gargalhada, jogando a cabeça pra trás e depois veio sentar do meu lado.

– Ciúmes, pequeno gafanhoto? – Perguntou, rindo. Mas eu o encarei séria e ele parou de rir. – Fala sério, Celina, eu gosto de você e só de você, meu Deus. Coloca isso na sua cabeça.

– Jura? De dedo mindinho?

– Juro de dedo mindinho. – E então me beijou.

O abracei depois e coloquei minha cabeça enterrada na curva de seu pescoço.

– Cê?

– Hum? – Minha voz saiu abafada.

– Namora comigo?


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Notas finais do capítulo

Não sei se apareceu na descrição do gif, mas vamos imaginar que aquela cama é grama viu gente? HAUASHAU.
Gostaram? Odiaram? Comentem!