Amor internacional escrita por Walker


Capítulo 12
Encontro


Notas iniciais do capítulo

Hola muchachos!
O concurso está quase no fim, mandem logo suas fichas :3
O capítulo ficou meio dramático, mas é bem necessário pro resto da história. Espero que gostem!



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Sabe o que eu não consigo entender? Quase nunca chove em Miami nessa época, e quando finalmente temos uma excursão... BUM! Toda as nuvens do universo resolvem se concentrar na cidade e chover pra valer. Quase lincho o professor Tompson quando ele anunciou que iríamos voltar por causa das tempestades. Mesmo tendo que dormir em um ônibus desconfortável, já que as barracas estavam alagando, eu queria mesmo fazer a trilha.

Nem ouvindo os lamentos da turma, os (ir)responsáveis pela turma enfiaram todo mundo nos veículos e despacharam a gente pra cidade grande novamente. Coloquei meus fones de ouvido, olhando a chuva lá fora, pensando se seria uma boa ideia adestrar um peixe, quando sinto um perfume conhecido do meu lado.

Esperava ver Peter, já que ele mal havia me olhado desde aquela noite na barraca, mas encontrei alguém que realmente não esperava.

– Oi, baixinha. - Sorriu John, com seus dentes alinhados e cabelos milimetricamente bagunçados.

– O-oi, John. - Gaguejei, com um sorriso bobo. Era certo que eu não gostava dele, mas o menino era tão bonito que tive que me lembrar de respirar.

– Estava pensando que... Sei lá. Quer comigo sorvete sair pra comer? - Se embolou, corando. - Quer dizer, quer sair comigo pra comer sorvete?

Dei uma risada nervosa. Pensei que John era mais objetivo pra convidar alguém para sair, mas ali ele estava totalmente embaraçado. Corei tanto que acho que todo meu sangue subiu para minhas bochechas.

– Sim, claro. - Disse. - Seria legal.

– Ahn... Então tá. Te pego as seis. - Sorriu, e me deu um beijo rápido na testa antes de sair para sentar com os amigos.

Eu mal consegui acreditar que tinha um encontro com John Waterson.

****

Passei a tarde escolhendo minha roupa, mas era só um passeio para tomar sorvete, então acabei escolhendo só uma blusa do batman, casaco, calça cinza e um tênis. Durante todo esse processo, Peter estava estirado na cama lendo uma revista de jogos, me lançando olhadas curiosas. O ignorei, tomei um banho quente e me vesti.

– Pra onde você vai? - Finalmente perguntou, largando a revista de jogos.

– Sair. - Respondi, simplesmente, colocando um brinco.

– Com quem?

– John. Ele não te disse?

– Não. - Respondeu, com um leve ressentimento na voz. - Você não deveria sair com ele. Ele não gosta de você.

– Como você sabe? - Perguntei, fria, encarando-o.

– Porque ontem mesmo ele disse que gosta da Julia. Que ainda ama ela. Ele só vai sair com você porque está brigado com ela e quer tentar esquecer. Então não sai com ele.

– E daí? - Repliquei. Ele fez meu sangue ferver. Quem era ele pra me dizer com quem eu devo sair? - E se eu também quiser sair com ele pra esquecer alguém? O que você tem haver com isso, Peter?

– Eu só... - Ele se calou por alguns instantes. - Quer saber, Celina, qual é a dificuldade que você tem em aceitar que eu me importo com você?

– A dificuldade que eu tenho de aceitar é porquê você não se importa com ninguém! - Exclamei, as lágrimas brotando nos meus olhos. - Se você se importasse comigo teria pelo menos conversado depois do que houve na excursão, se você se importasse comigo iria demonstrar, se você se importasse comigo você iria pelo menos me tratar melhor durante esse fim de semana! - Parei para tomar fôlego, já chorando. - O que você acha, hein? Que foi legal ter me beijado, depois ir embora e nem me olhar na cara? Ah, por favor, faça alguma coisa antes de sair dizendo que se importa.

Nem esperei sua resposta, já que a campainha tocou e limpei minhas lágrimas para ir atender a porta. Deixei Peter lá, plantado, refletindo sobre o que eu tinha dito.

– O que houve? - Perguntou John. Eu me forcei a dar um sorriso.

– Nada. Vamos? - Ele sorriu e saímos para a sorveteria.

****

Peter.

Eu estava sentindo muita raiva naquele momento, não raiva dela, mas sim de mim. Quase tudo que Celina dissera era verdade. Eu havia sido um idiota em ignorá-la, nem eu sabia porquê tinha feito aquilo, mas eu fiz. E agora eu tinha perdido a primeira menina que já tinha gostado.

Eu nunca entendi essas coisas de "sofrer por amor", mas lá estava eu, quase chorando. Que ridículo que eu tinha sido! E agora Celina iria sair com meu melhor amigo, feliz e saltitante, pra tomar um sorvete e depois sabe-se lá o que.

Tentei me distrair jogando Minecraft, vendo vídeos de jogos, lendo a minha revista, comendo, fazendo mil e uma coisas. Até tentei fazer com que meu pai me ensinasse xadrez. Mas a Celina dizendo "Ah, por favor, faça alguma coisa antes de sair dizendo que se importa" martelava a minha cabeça dolorosamente. E então eu tive uma ideia.

Só me restava uma coisa a fazer.

Me forcei à levantar da cama e ir até o banheiro, tomar banho e me arrumar para ir até a sorveteria da minha rua.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Mandem suas fichas :D



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