12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 98
Capitulo 96




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Continuação...

— Paula...- pensa no que dizer. 

— Oi...- olha para ele.
— Pode ir terminar seu banho! - sai do quarto.
Ela fica alguns minutos deitada. Processando tudo que houve... Mas não poderia simplesmente deixar que ele agisse como quisesse.

— Oi...- senta-se na mesa.
— Vitoria está dormindo? - coloca um prato sobre a mesa.
— Está!
— E Paula?
— No banho!
— Vou até lá pegar uma coisa...- vai para o quarto e ao chegar encontra Paula limpando as lágrimas para que ela não a veja chorar.
— Tudo bem? - senta-se na beirada da cama.
— Não sei!
— Sei que é chato isso...
— Mãe! - a interrompe. Chato? Você acha isso só chato? E como eu me sinto? A vergonha que passei aquela hora! - chora. Em menos de um mês ele faz a mesma coisa.
— Eu sei que é chato! Mas tenta pensar no lado bom...
— Que lado bom tem isso mãe? - se levanta. Não existe lado bom!
— Se sente ciúmes é porque ama!
— Não! - olha diretamente para ela. Quando se ama, se confia... Tudo bem tem um ciúmes aqui e ali... Mas, há confiança!
— Paula... Isso não quer dizer que ele não confie em você!
— Eu não quero saber mais! - entra no banheiro.
— Vitoria acordou! - pega a neta.
— A traga aqui!
Dulce leva Vitoria até a mãe, que a despe para se banhar com ela na banheira. Dulce e Paula conversam sobre os preparativos de amanhã enquanto ela brinca ao mesmo tempo com a filha na água.
— Vou ver se está tudo certo!
— Tudo bem...
— Não fiquem enrolando nessa banheira! - sai.
— Vovó chata, né filha? - ri com ela que brinca.
Paula pega o celular e tira uma foto de Vitoria enquanto ela mexia no seu pé perguntando do papai.
— Esquece seu pai um pouco filha! - respira fundo. Vem...- puxa. Vamos terminar esse banho logo!

Ela termina de se banhar e banhar a filha, arrumam-se e retornam para sala onde Vítor conversa com Dulce enquanto bebem um vinho.

— Onde está Alessandro? - senta-se.
— Foi tomar banho!
— Ah...- solta Vitoria que vai para o colo de Vítor. O jantar está pronto?
— Não!
— Vou tentar falar com Cíntia, para que ela venha logo! - pega o celular e resolve publicar mais uma foto.





Peixinha! ❤️ #amaágua #gostadabanheira #fazendominhasunhas #kkkkkk

WHATS ON
— Cintia, vai demorar?
— Não! Estou indo já...
— Ok! Podíamos ver um filme hoje...
— Legal! Vítor não está em casa?
— Está...
— Brigaram?
— Por que?
— Você nunca quer ver filme comigo...
— Que besteira! Nada ver. Venha logo!
WHATS OFF

Dulce pega Vitoria e vai até a cozinha dar suco a neta. Vitor se serve com um pouco mais de vinho e ela espera ele buscar assunto, mas nada feito. Nem a olha, ignorando a presença dela mais que tudo. O celular dela toca e ela atende no mesmo momento.

— Oi! - se retira.
— Paulinha, é a Mari! Tudo bem?
— Tudo sim! - sorri, escorando na porta.
— Estava pensando em sair para dançar! - ri. Lembrei de você! Conversei com Tati para que ela vá também, mas José não está muito bem.
— Sim! Conversei com ela pela tarde...
— Mas estou indo com algumas amigas e queria que você viesse! Vamos?
— Hoje? - olha para Vítor.
— Sim! Daqui a pouco... Vamos espareicer sem homens por perto!
— Excelente! Vamos... Vou me arrumar e nos encontramos onde?
— No convertion!
— Ok! - sorri. Que horas?
— Ás 10, pode ser?
— Pode sim! Te vejo lá...
— Beijos Paulinha!
— Beijos! - desliga.

Respira fundo. Queria sair para dançar, mas Vítor já havia dado um show mais cedo, agora então... Mas não poderia sair sem dizer a ele. Cíntia se aproxima da sede da Fazenda, desliga o carro e é recepcionada pela prima...

— Que bom que chegou!
— Você está bem? - se abraçam.
— Uhum! Vem, vamos para dentro...- entram.
— Oi Vítor! - vai cumprimentá-lo.
— Oi! - se levanta do sofá e a abraça. Tudo bem? Muito obrigada por ter vindo! - sorri.
— Imagina! Eu não perderia a Maria aqui amanhã por nada.
— Maravilha! Você sabe o quanto gosto muito de você, de todo seu amor por Vitoria e agora seu carinho com Maria... Nunca terei como agradecer! - a abraça novamente.
— Hei... Não precisa! Eu também amo a Paula e queremos sempre felizes as pessoas que amamos... Você é a felicidade dela! Por isso te amo também, primo!
— Sim! - riem.
— Cadê Vitoria?
— Acredito que esteja na cozinha!
— Vou ver ela!
— Depois você vai até o quarto Cíntia?
— Vou sim Paula!

Paula vai para seu quarto, escolhe um vestido no closet e uma sandália. Cíntia chega com a afilhada que já pula para o chão.

— Vai sair para jantar com Vitor?
— Não! Vou sair para dançar com Marianne e algumas amigas dela.
— O que está havendo Paula? - senta-se na poltrona.
— Vitor...- senta-se ao lado dela. Hoje veio aquele cara que pesquisamos na semana passada para mim fazer aquelas aulas de dança... Eu falei que ia treinar porque a dança era uma surpresa! Nós conversamos sobre eu querer dançar há algum tempo...
— Mas aquele cara que contratamos é homossexual! Por que você não falou ao Vítor?
— Ele começou implicar! Odeio, odeio que ele faça isso! - se levanta nervosa. Ele trabalha com várias mulheres, conhece várias mulheres... Eu tive que mudar Cíntia para não perder ele! Ele vivia falando que meu ciúmes ia acabar com nosso casamento, então eu tive que mudar... Por que ele não pode?
— Eu...- pensa. Nem sei o que dizer... Não tem razão ele desconfiar tanto assim mesmo. Mas, talvez o fato dele te amar tanto..:
— Não! Mamãe já veio com isso... Eu o amo, por isso mudei. Enfim... Esse vestido é bonito? - mostra.
— Você falou com ele que vai?
— Não...
— Você está fazendo isso para irritar ele?
— Não! Eu quero sair para dançar um pouco... Espairecer! Mas ele vai achar que é por pirraça... Estou punindo ele sim, mas com outra coisa.
— O que está fazendo? - pega o vestido para ver.
— Me negando as vontades dele...
— Paula! Que patético...
— Ah... Sei lá! - pensa.
— Está lindo o vestido!
— Vamos comigo? - pega na mão dela.
— Ah Paulinha! Eu?
— Sim! Por favor...
— Eu vou para Vítor não se irritar mais...
— Tudo pensam no Vítor! Aff...
— Se arrume... Nós vamos daqui a pouco!
— Tudo bem!

Algum tempo depois Paula aparece na sala de jantar arrumada para sair. Vítor a olha, mas desvia o olhar logo em seguida sem perguntar nada.

— Onde vai? - se espanta.
— Sair para dançar com a esposa do Bruno e algumas amigas dela. Cíntia vai...- olha para Vítor que não expressa absolutamente nada.
— Hum...
— Mas, vamos jantar primeiro...- senta-se.

Cíntia logo chega e eles comem em silêncio, apenas cortado por Vitoria e Alessandro que puxa assunto com Vítor sobre música. Paula observa o horário e chama Cíntia para irem...

— Peçam para Elias levá-las!
— Não se preocupe... Eu vou dirigindo!
— Você quem sabe! - Vitor se retira com a filha no colo já dormindo.
— Acho melhor irmos com Elias!
— Não vou beber...- pega a chave.
— Você não está a fim de ir...
— Estou... Vamos! - saem.

Vão ouvindo ColdPlay o caminho todo. Rindo, cantando e contando tudo que aconteceu em seus dias. Ao chegarem ao local se encontram com Marianne e entram.

— Fiquei feliz que tenha vindo!
— Eu que agradeço pelo convite! - sorri. Vamos nos divertir...
— Vamos! - riem.

Entram na balada e Paula se agarra a Cíntia. Vão para um bar pegar algo para beberem e depois sobem para um camarote com Marianne. Algumas horas passam e Paula que não iria beber já bebeu três drinks.

— Acho que eu deveria ter aceitado Elias vir! - ri alto.
— Paula! - pega o copo dela. Chega! - riem. Não se preocupe que eu irei dirigir!
— Quero ir ao banheiro! - olha ao lado.
— Ali ó! - aponta. Vamos...

Caminham até o banheiro e ao passarem por um corredor que dava acesso, um rapaz observa Paula dos pés à cabeça.

— Hei...- se aproxima.
— Roberto! - o cumprimenta.
— Você aqui! - ri. Um milagre!
— Sai para dançar!
— Que maravilha! Vai ter que dançar uma comigo...
— Claro! Mas antes vou ao banheiro... Me espere aí.

No banheiro Cíntia olha para ela, a reprovando.

— Acho que não tem nada demais! Tem?
— Não sei...
— Tem! - pensa no Vítor e fica triste. Queria que ele estivesse aqui! - se escora na bancada.
— Eu sei! - sorri.
— Você tinha que ver como ele dança... Terrível! - ri ao lembrar.
— Faça o que veio fazer e vamos embora...
— Vou fazer Xixi!
— Faça! - riem. Me de sua bolsa para mim segurar...
— Sim! - entrega.

Paula sai do banheiro com Cíntia e Roberto se aproxima.

— Vamos dançar?
— Ah Roberto... Preciso ir embora!
— Mas é só uma música! Vamos lá... A gente dança aqui mesmo.
— Vai, eu fico aqui olhando...u
— Tá...

Ela se aproxima de Roberto e começam dançar.

— Por que seu marido não veio?
— Porque era uma noite só de mulheres...
— Ah...- segura mais fortemente em sua cintura o que incomoda Paula.
— Ele sabe dançar?
— Vítor? Sim! E muito...- mente. Não há quem dance melhor que ele!
— É porque você não me viu dançando ainda! - rodopia com ela.
— Não me importa isso... O meu marido dança bem... Dança excelentemente bem em todos os sentidos. - se solta dele. E eu amo! Então gostaria que me respeitasse...
— Me desculpa, eu...
— Com licença!

Cíntia segura no braço dela e retornam onde Marianne está.

— Quer ir embora?
— Quero meu marido aqui! - pega um drink e bebe.
— Paula...
— Foi um sacrifício para ele conseguir dançar no casamento... Ensaiamos quase um mês! Mas ele conseguiu...- ri. E estava lindo! - sorri ao se lembrar.
— Sim...
— Um dia nós dançamos na sala... Tocava Ed Sheran. Traz ele aqui Cíntia...?
— Eu? Como eu vou arrastar Vítor aqui?
— Não sei...- senta-se triste.
— Fique aqui! - entrega a bolsa a ela. Vou buscar uma água para você.

Paula pega o celular e disca o número dele. Vítor atende prontamente.

— Paula? - levanta do sofá, se esforçando para ouvir ela por conta do barulho.
— VEM ME BUSCAR!
— O que aconteceu? - não coloca o calçado.
— EU QUERO QUE VENHA ME BUSCAR! Por favor meu amor...- chora.
— Paula! Cadê a Cíntia? - corre para cozinha e pega a chave.
— FOI BUSCAR ÁGUA!
— Você bebeu...
— SÓ UM POUQUINHO! MAS NÃO ESTOU BÊBADA, SÓ ALEGRE! Eu juro...
— Qual o lugar que você está?
— O QUE?
— QUAL LOCAL VOCÊ ESTÁ?
— NO CONVERTION!
— Ok! - olha para Dulce que aparece aflita.
— CÍNTIA CHEGOU AQUI!
— DÊ O CELULAR A ELA!
— Tô...- entrega para Cíntia. É Vítor...
— Meu Deus! - pega o celular e entrega a água para ela beber. Oi...
— Cintia o que houve?
— Nada! A Paula que não para de falar de você... Quer porque quer que você venha aqui. Fui buscar água para levá-la embora...
— Fiquem aí! Vou buscar vocês...
— Tudo bem! A gente espera...
— Tchau! - desliga o telefone. Se Vitoria for como a mãe, vou começar colocar de castigo desde agora! Não é nenhuma ofensa à sua educação não...- olha para Dulce. É apenas um comentário mesmo!
— Sem problemas! O que aconteceu?
— Paula! Diz que não para de me chamar... Já deve ter bebido uns drinks a mais.
— Não sei o que ela foi fazer lá!
— Me irritar, dançar...- pega a carteira. Já volto! Cuide de Vitoria para mim...
— Chame Elias Vítor...
— Vou chamar!

Vítor telefona para Elias que logo chega para irem buscar elas. Já no convertion, ele entra a balada e não consegue ver ninguém. Paula do camarote o enxerga.

— Ele veio! - sorri.
— Que?
— O Vítor veio Cíntia!
— Vou ligar para ele! - disca o número e observa ele atender. Olhe para cima, a sua direta...
— Oi...- vê Paula acenando para ele. Ela bebeu muito?
— Um pouco... Mas nada demais!
— Estou vendo! Vou subir aí...- desliga.

Ele sobe até o camarote e Paula se aproxima dele o abraçando.

— Vamos embora!
— Eu te amo! - o beija.
— Pulinha, vamos...- a segura e puxa Cintia junto. Que lugar mais...- vão saindo.
— HEI! - chama. ONDE VÃO? - se aproxima.
— Oi Marianne! - a cumprimenta. Minha filha entrou em desespero pela mãe... Não consigo controlar, tive que vim buscar! - disfarça.
— Ah que pena! Melhores para pequena...
— Muito obrigada! Até mais...- saem.
— Se saiu bem! - ri.
— Quero é sair daqui Cíntia!
— Vamos por ali...- indica.

Alguns minutos mais tarde já estão na estrada. Elias guia o carro de Paula, enquanto ela, Cíntia e Vítor vem no carro dele.

— Não deveria ter ido! Não tem graça nenhuma sair sem você! - coloca a mão na perna dele.
— Bebe mais água Paula! - Cíntia da água para ela.
— Eu sou tão fraca para bebida! Credo...- bebe água. Bebi três drinks!
— Cinco! Foram cinco drinks...
— Tanto faz! Vitor... Você está bravo comigo?
— Eu? - olha para ela. Você quer que eu responda agora ou quando chegar em casa!
— Agora... Cíntia está aqui!
— Paula! - Cíntia a repreende.
— Você não tinha que ter saído de casa a essa hora... Mas se eu falasse algo, estaria sendo um monstro! Você tem direito de se divertir... O problema é que você não sabe se divertir como eu também não sei.
— É... - abaixa a cabeça. Me arrependi...
— Você precisa ficar bem para amanhã! Bebe mais água...
— Eu vou estar bem!

Chegam em casa, Cíntia vai para seu quarto e Paula se escora em Vitor, fechando os olhos.

— Me leva...
— Te levar para onde? - joga as chaves nos móveis.
— No colo! Pro quarto...
— Ê Paula! - a pega. Não faça mais isso... Está vendo como é feio? - carrega-a até o quarto.
— Feio você me levar no colo? Não acho...- entrelaça os braços sobre o pescoço dele.
— Vou te dar um banho! - entra no quarto e a coloca no chão. Retire as sandálias!
— Tá...- senta-se e retira o calçado.

Vítor vai até o banheiro e liga a ducha, retorna ao quarto e ela o aguarda.

— Tira meu vestido...- vira-se de costas.
— Ok...- puxa o zíper. Pronto! - tira o restante. Vamos...
— Vou tomar banho de lingerie? - se olha.
— Vai! - a leva até o banheiro.

A coloca embaixo da ducha, com a água descendo extremamente gelada.

— Ah não! - sai debaixo. Ah não Vítor... Não estou tão bêbada assim!
— Mas você precisa ficar bem logo! - a empurra novamente, segurando-a para não sair.
— Vítor! - chora. Para!
— Vem! - tira e muda a temperatura. Volta...- a coloca novamente.

Ele retira sua lingerie e a ajuda se banhar. A enrola em um roupão e leva para o quarto.

— Quer colocar uma camisola?
— Não! - deita-se na cama. Vou dormir assim! - retira o roupão e se cobre.
— Tudo bem! - pega o roupão do chão e leva ao banheiro.
— Vitor ...
— Oi! - retorna.
— Deita comigo!
— Já irei...- retira a camiseta e coloca sua samba canção para dormir.

Ele deita-se a abraça, respirando fundo. Paula se entrelaça ao corpo dele como se não existisse qualquer outro espaço no mundo que a encaixasse tão bem. Não demora a adormecer, mas na madrugada Vítor acorda com ela falando sozinha. A abraça mais forte e aguarda passar... Ela para e retornam a dormir. Algumas horas depois Paula se assusta e acorda aflita.


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