12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 89
Capitulo 87


Notas iniciais do capítulo

Oi leitoras!!!!
Voltei ❤️



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Vitor aproveita que Paula foi arrumar a filha e faz o mesmo. Ao retornar ela entrega Vitória para ele e vai tomar banho. Todos arrumados vão para a cozinha onde Diva ainda monta a mesa do café.

– Acordaram todos juntos? - os olha.
– Sim! - riem.
– Sentem, vou servir vocês...
– Obrigada! - sentam-se.
– Vitória ficará com Lucy dessa vez?
– Sim! Não teremos como levá-la... Hospital não é lugar para criança.
– Não mesmo...- lembra-se de Maria.
– Vitor eu não quis...
– Eu sei! - pisca para ela.
– Paula...
– Oi Diva...
– O Algodão não acordou legal...
– Como assim?
– Acho que ele comeu alguma coisa que não fez bem!
– Mas eles têm a ração deles...
– Mas andam a fazenda toda, amor... Deve ter comido alguma coisa por aí!
– Cadê ele Diva? - se levanta.
– Na lavanderia...
– Já volto...- vai até o cachorro. Algodão? - procura. Oi...- acha-o, agachando-se. O que foi? Ôh mãezinha...- acaricia o bichinho. DIVA? - chama.
– Oi! - vem correndo.
– Ligue pro veterinário vir o mais rápido...
– Ligarei...
– Obrigada! - se levanta. Mamãe já volta algodão... - lava as mãos e retorna à cozinha. Lucy, que bom que já acordou...- a encontra. Não deixe Vitória perto dos cachorros, ok? Acho que é alguma virose...- senta-se.
– Paula, o veterinário disse que já chega...
– Obrigada Diva...- come. Você está comendo Vitor?
– Não... Os exames são em jejum.
– Por isso perguntei...
– Come logo que precisamos ir...
– Calma...
– Vitória...- a beija. Vai com a tia Lucy...- entrega a filha. Vou pegar o carro, te espero lá fora...- sai.

Paula termina seu café da manhã e se despede da filha. Encontra Vitor já no carro com sua bolsa e óculos...

– Ainda bem que você pegou...- entra.
– Temos que passar na Cecília e pegar os chocolates...
– Ok...

Partem rumo a cidade. Como combinado, passam pela chocolatier Cecília e pegam as encomendas, chegando ao hospital tempo depois.

– Tudo bem? - segura na mão dela.
– Tudo...- aperta a mão dele. É no andar de cima né?
– Sim...

Caminham até o andar em que Maria está. Se encontram com Camila assim que saem do elevador. Surpresa, fica sem expressões até Vitor cumprimenta-la.

– Bem...- assina um papel. Pode levar Clarice...- diz a enfermeira.
– Acho que precisamos conversar Camila...
– Depois dos exames...
– Como quiser...
– Me acompanhe...
– Pulinha... É por ali...- mostra. O número você já sabe né?
– Sim... Fique bem! - o beija.
– Você também! - sorri. Não se esqueça de nada...- entrega a sacola de chocolates.
– Não esquecerei! - sorri e sai.

Vitor acompanha Camila e Paula segue para o quarto. Ao chegar a enfermeira a reconhece, mesmo assim enfrenta resistência da mesma para conseguir entrar.

– Por favor...
– Maria não recebe visitas e agora, de uma hora para outra várias pessoas surgem... Mesmo que seja você...
– Me deixe entrar! - sorri. Não estaria aqui se não tivesse autorização!
– É...- pensa. Você entrará! Mas não a canse muito...
– Já sei!

A enfermeira prepara Paula que entra apreensiva. Observa o quarto e ao olhar para a cama sente seu coração se despedaçar, perde as forças e respira fundo para recuperar as energias para se aproximar.

– Oi...- a olha.

Ela sorri em meio aos aparelhos, um pouco fraca. Paula se controla para não chorar e se aproxima.

– Maria...- sorri.
– Você me conhece?
– Conheço! - puxa uma cadeira ao lado da cama.
– Também te conheço...
– Sério?
– Sim... Você não é a rainha? Ele falou que você viria...
– O Vitor... Sim, sou. Mas como você...
– Ninguém vem me visitar...
– Estou aqui! - pega a mão dela e coloca um dos chocolates. Olha o que eu trouxe...
– Ele não mente! - sorri.
– Não... Ele não mente Maria! - passa a mão sobre os cabelos dela.
– Mas, cadê ele?
– Logo vem...
– Você é tão bonita...- observa Paula.
– Você também é! Extremamente linda...- sorri.
– Mas eu não tenho um batom rosa igual o seu!
– Não seja por isso...- pega sua bolsa e retira o batom. Olha aqui! - mostra para ela sorrindo. Vou dar para você esse...
– Passa em mim...- se anima.
– Tá...- abre o batom e passa em Maria. Que linda! - riem.
– O que você passa aqui? - coloca o dedo na bochecha da Paula.
– Um pózinho... Para ficar bem macia a pele.
– De boneca... Você parece uma boneca, olha seu olho... É igual!
– Você acha? - ri.
– Uhum! - sorri.
– Vamos fazer assim...- olha para Maria tão pálida. Posso te maquiar! Quer?
– Quero! - se anima.
– Então tá...

Paula se levanta, afasta a cadeira colocando sobre ela suas maquiagens que estão na bolsa. Pega vagarosamente a mão da Maria e se perde uns segundos olhando aquela mãozinha tão delicada e tão cheia de agulhas por todos os lados.

– Já nem sinto doer...

Emocionada olha para Maria e beija sua mão que sorri com o gesto.

– Vamos fazer a maquiagem! - coloca a mão dela sobre o corpo enfraquecido.
– Posso comer o chocolate?
– Claro! - pega o bombom e abre, entregando a ela que nega.
– Você precisa me ajudar...
– Ah sim...- sente o coração se comprimir. É uma delicia esse...- coloca na boca dela.
– Hum... Bom mesmo!
– Né!? - sorri. Vou colocar aqui do ladinho e quando você quiser é só me pedir!
– Tá...

Paula pega cada produto de maquiagem mostrando para Maria e explicando para que serve. Ao passar uma pequeníssima quantidade em seu rosto, a pequena ri. Se perdem por um bom tempo brincando de salão de beleza quando Vitor entra e se assusta pelos aparelhos sobre a filha. Paula percebe a situação e sorri para que ele desfaça aquela cara.

– Vitor! - Maria fala entusiasmada. Estou bonita?
– Maria...- se aproxima segurando as lágrimas. Você é linda!
– Obrigada! - sorri.
– Estou vendo que brincaram bastante...- a beija na testa.
– Muito! Ela é bem legal... Está aprovada, viu!?
– Sério? - riem.
– Muito! Minha mamãe podia ser assim...- olha para Paula que não sabe como reagir.
– Maria...
– E você podia ser meu pai Vitor...

Ao ouvi-la as lágrimas se desprendem seus olhos. Deita sua cabeça sobre a menina que não entende e se assusta.

– Está tudo bem, meu amor...- Paula a acalma. Vitor...- chama atenção dele.
– Desculpa...- enxuga as lágrimas.
– Você chora tanto...
– Ele é assim mesmo Maria! - ri.
– Quero mais chocolate...
– Ah sim...- pega o bombom e coloca na boca dela.
– Obrigada! - sorri.
– Tudo certo? - Paula se afasta com Vitor.
– Tudo...- enxuga o rosto.
– Meu amor, não chora... Ela não pode ficar vendo isso!
– Eu sei! Paula... Ontem ela estava super bem e hoje...- olha para Maria quieta na cama.
– Vitor...- tenta falar algo. Sabíamos que seria assim... Que o estado dela é instável! Mas vai ficar tudo bem...
– Paula...- Maria a chama.
– Você sabe meu nome! - sorri, indo até ela.
– O Vitor falou ontem...
– Verdade! - sorri. Achei que ele tinha dito só que eu era rainha...
– Mas você é! - sorri.
– E você é uma princesinha...- arruma o cabelo dela.
– Obrigada! - sorri. Queria ver a Vitória...
– Vou te mostrar uma foto! - pega o celular e leva até Maria. Essa é minha outra princesinha...
– Que fofinha! Traz ela para mim brincar, Vitor...
– Faremos melhor, em breve você irá até minha casa brincar com ela!
– Na sua casa?
– É...
– Não...- fica triste.
– O que foi Maria? - Paula se preocupa.
– Minha mãe contou que se eu sair daqui eu vou morrer!
– Não! - Vitor se altera. Sua mãe não...
– Vitor! - Paula o belisca.
– Paula...
– Vitor, vá ligar para casa para saber como Vitória está!
– Mas...
– A.go.ra!
– Já volto! - respira fundo e sai.
– Maria...- senta-se na cama junto da menina. Lá fora existe um mundo cheio de coisas! Têm pessoas, têm animais, têm casas, têm rios, mares, montanhas, árvores e muito mais. Aqui dentro...- coloca a mão no coração dela. Existe um mundo cheio de coisas! Tem amor, dor, saudade, alegria, felicidade e sonhos... Os sonhos é os que nos levam para os outros mundos. Aposto que você sonha em ir para o mundo lá de fora... Mas tem medo! Porque os sonhos andam de mãos dadas com o medo, principalmente quando as pessoas colocam limites nos nossos sonhos. Mas isso não pode existir Maria... Se você vive sonhando aqui dentro, você viverá realizando lá fora! Quando sua mãe disser que lá fora você irá morrer, você diga a ela que lá fora você vai é viver...- pisca para Maria que sorri ainda cabisbaixa.
– Licença...- abre a porta. Senhora... Maria precisa tomar as medicações.
– Não Dida! Não...- começa chorar.
– Maria...- vai até a menina, a segurando.
– O que...? - Paula se levanta assustada.
– Maria!
– Dida não! - ela se bate na cama.
– Maria...- Paula tenta segurar. Calma...
– Paula! - chora. Não deixa... Eles vão me dormir, Paula!
– O que? - olha para Dida. Que medicações são essas?
– Não...- não responde, prendendo um soro em Maria.
– Para com isso! - empurra ela, tirando cuidadosamente de Maria a agulha que injeta o soro.
– Você não pode fazer isso!
– E quem pode?
– A mãe! Mas é a mãe que manda...
– Engano seu! - Vitor chega na porta ouvindo o choro de Maria. Saia daqui imediatamente!
– O senhor...
– Sou o pai dela! E se você encostar mais um medo na minha filha, eu quem irei acabar com você!

A enfermeira fica sem entender a situação, mas decide não enfrentar Vitor e se retira. Paula e Vitor olham para Maria, temendo a reação da menina ao ouvir ele dizendo que era o pai dela. Mas a criança não diz nada... Deita-se ainda chorando.

– Já passou...- Vitor se deita junto dela, colocando a cabeça dela sobre seu colo.
– Não quero mais!
– Não vai ter mais Maria...- beija sua cabeça. Pulinha...- olha para Paula que ainda está assustada com a situação.
– Já volto...- sai da sala.

Paula sai em busca da enfermeira responsável por Maria. A encontra em uma sala com Camila, dizendo a ela o que houve.

– Como você pode tratar sua filha dessa maneira? Uma criança!
– Faço tudo de uma maneira para que Maria não sofra!
– Não sofra? Sua filha não acredita em nada e em ninguém. Ela sofre dentro daquele quarto, sofre com esses remédios malucos!
– Esses remédios...
– EU SEI BEM o que são esses remédios! Camila... Você trata Maria como um adulto em depressão. Você foge do problema, foge da sua filha, foge de encarar a doença, de...
– CHEGA! Eu só queria ele fosse compatível e nada mais. Nada de você, NADA DISSO! Vocês não têm direitos...
– Engano seu! Você nunca conheceu Vitor... Ele jamais vai desistir da filha! Se prepare...- sai da sala.

Paula retorna para o quarto e Vitor ainda acaricia Maria que cessou o choro. Eles se olham e ela senta na cama próxima a eles. A criança não tem reações, ainda assustada.

– Maria...- coloca a mão sobre ela. O que você acha de sair daqui?
– Pul...
– Maria...- Paula interrompe Vitor, se aproximando mais. Vamos sair daqui...?
– Como?
– Se você quiser eu e Vitor daremos um jeito!
– Mas para onde eu vou?
– Para um lugar mais legal!
– Quero sair daqui com vocês...
– Maria... Papa...-olha para Paula. Já volto! - se levanta. Vem aqui...- chama Paula. Para onde vamos levar ela?
– Vitor, existe um outro hospital aqui... Só com crianças! Troca ela de hospital, troca os enfermeiros...
– Não tinha pensado nisso!
– Fui atrás da enfermeira... Ela estava em uma sala com Carolina contando o que houve. Aqueles remédios Vitor são os mesmos que eu tomava!
– Como...- se espanta. Não Pulinha, a Camila pode ser... Meu Deus!
– Ela foge da Maria! Ela foge do problema, ela não suporta...
– Ela é um monstro! - se desespera.
– Calma...- coloca as mais sobre ele. Você precisa registrar Maria o quanto antes...
– Vou fazer isso amanhã mesmo!
– Depois que registrar nós podemos dar entrada em um hospital e escolhemos os enfermeiros, os médicos! Nesse hospital há crianças e eles a a levam para tomar ar, para brincarem... Porque por mais que estejam doentes, não morreram!
– Nem diga isso!
– Maria...- vai até ela. Você não pode contar a ninguém que nós sairemos daqui! Ok?
– Ok... Vai ser segredo!
– Isso! - sorri.
– Mãe! - Camila entra no quarto. Olha quem está aqui... Essa é minha amiga Paula e ele é meu amigo Vitor!
– Sim...- fecha a porta. Por que não tomou os remédios Maria?
– Não quero... Eu durmo e não acordo mais!
– Mas não tem que querer...- confere a pressão da filha.

Paula e Vitor observam em silêncio Camila avaliar a filha, como se fosse mais uma paciente. Ele se incomoda e tenta interferir várias vezes, mas Paula o segura.

– Vou precisar ir...- olha o relógio. Tenho que ver Vitória.
– Também já irei... Espera eu me despedir.

Vitor se aproxima de Camila e Maria. Conversa com a filha e explica que logo voltará. Paula faz o mesmo e evita encarar Camila, a cumprimentando por educação. Saem do hospital preocupados, mas também esperançosos de que conseguirão tirar a menina dali.

– E se o registro não sair a tempo?
– Teremos que falar com Camila...
– Eu e você? Ela não...
– Você! - olha para ele. Você vai falar com ela!
– Paula...
– Não vamos mais discutir isso! - retoca a maquiagem. Passe naquela relojoaria do bairro da sua mãe...

Vitor faz o percurso e a aguarda no carro enquanto ela demora na loja. Ao retornar com algumas sacolas em mãos, ele a olha questionando.

– O que?
– O que é isso? - liga o carro e saem.
– Alguns presentes...
– Alguém está fazendo aniversário e eu esqueci?
– E precisa fazer aniversário para ganhar presente?
– Não...
– Pois é!

Vão para a casa em silêncio, cada um com seus pensamentos e angústias. Ao chegarem são recepcionados pelos cachorros. Paula vê a filha na entrada da casa, tentando dar alguns passos sozinha com o auxílio da baba.

– Meu amor! - sorri.
– Olha quem chegou, Vivi! - vira a bebe para a mãe.
– Vem aqui...- se agacha. Vem filha...

Lucy à solta aos poucos e Vitória chega até a Paula.

– Ahhhh! - a pega nos braços beijando. Que foi? - Vitória chama pelo pai. Papai...- olham para ele.
– Oi minha vida! - sorri. Tudo bem? - a beija.

Vão para o interior da casa. Lucy pega Vitória para que Paula e Vitor tomem banho para o almoço.

– Tomo no outro...- pega a roupa.
– Ué...- a encara. Desde quando precisamos tomar banho em lugares diferentes?
– Pensei que você quisesse ficar sozinho...
– Sozinho com você! Você não me incomoda...
– Sendo assim...- retira o roupão que havia colocado e entra na ducha.
– O que faremos mais tarde? - coloca as mãos sobre ela.
– Nada do que você tenha imaginado!
– Não imaginei nada! Estou pensando na Maria...
– Vamos resolver tudo! - sorri, abraçando-o.
– Vamos...- respira fundo.
– Sim! - o beija.
– E eu que estava imaginando algo? - se entrelaça no pescoço dela, acariciando com o rosto.
– Foi só um beijo...- se delicia com o carinho. Precisamos almoçar, Vitor! - se afasta.
– Nós vamos...
– É... Vamos...- encara ele que não tira os olhos dela. Para com isso! - riem.
– Tudo bem...- vira-se, lavando-se.
– Mais tarde...- beija-o.
– Você para! - segura-a pelos braços. Para de me provocar!
– Não estou fazendo isso! - ri.
– Paula...
– Vou parar...- segura o riso. Prometo!
– Ótimo! - solta-a.
– Não posso nem passar a mão em você? - desliza a mão sobre ele.

Vitor segura sua mão e a traz para perto de si. Beijam-se até serem interrompidos com batidas na porta.

– Paula!?
– Oi...- se desgruda de Vitor.
– Vai demorar para almoçar?
– Não Cintia...
– Onde está Vitor?
– Estou aqui Cintia!
– Vitor! - bate nele. Vitor pelo amor de Deus...
– Ah...- fica sem graça. Então tá... É... A gente espera vocês.
– Estamos indo Cintia...
– Qual seu problema?
– Meu problema? Qual o mal em estarmos no banheiro juntos? Sou seu marido...
– Mas ninguém precisa deduzir o que estamos fazendo aqui dentro!
– Deixa de besteira Paula! - termina de se lavar.

Terminam o banho ainda discutindo sobre a intimidade. Arrumam-se e vão para a cozinha, onde Vitória está fazenda a festa com Cintia.

– Olá...
– Oi! - senta-se. O que temos de almoço hoje?
– Purê de carne seca com requeijão; costela de porco...- vai abrindo as panelas. Salada variada...- aponta para a mesa.
– Só vocês mesmo com um banquete desses!

Almoçam e tiram o resto da tarde para trabalharem em seus projetos.

ALGUNS MESES DEPOIS...

Vitor conseguiu registrar Maria e transferi-la de hospital. Paula conversou seriamente com Camila, que deixou o emprego e foi se dedicar a cuidar da filha. O aniversário de Vitória aconteceu logo após o batizado e no mesma ocasião anunciaram Maria a todos, que esteve presente junto de Camila, mesmo que com alguns aparelhos respiratórios junto. Paula e Vitor continuam entre tapas e beijos; com um amor imenso que não os separa por nada.

– O que está fazendo? - senta-se com ela.
– Vendo as fotos do aniversário...- sorri. Olha essa Cintia!
– Maria e Vitória...
– Sim! - observa.
– Que reviravolta tudo isso! Vitor ter uma filha...
– Sim... Mas a criança é inocente, merece todo amor e carinho da gente.
– Tia Dulce gostou muito dela também...- levanta-se para mexer nas roupas de Paula.
– No início é difícil aceitar as coisas, mas o tempo a gente vai percebendo que isso tudo é uma benção. Depois de Maria eu e Vitor temos brigado menos...
– Se visto menos também, não é?
– É...- fecha o álbum. Um pouco... Mas não posso reclamar. Ele precisa ficar com a filha...
– Paula...- olha para ela.
– Cintia, enquanto ele tiver tempo para Maria e Vitória eu estarei bem porque ele estará feliz. E ele não tem falhado com nenhuma das duas!
– Mas você vai mentir que não sente falta de ter mais tempo com ele?
– Sempre demos um jeito! - guarda o álbum em uma caixa. Vou ligar para ele...- vai até o celular que começa tocar no mesmo instante. Nem precisou! - sorri. Vitor...- atende, saindo do closet.
– Oi, amor! - sorri.
– Tudo bem? - deita-se na cama.
– Com saudades de você.
– Também estou... Com muitas saudades...- respira fundo.
– Desculpa não ter nem te esperado na semana passada... Fiquei com Vitória durante o dia e logo de manhã quando você chegou Maria teve que fazer um exame e queria que eu estivesse lá.
– Eu sei...
– Mas estou voltando para casa hoje...- diz animado. Vamos sair para jantar?
– Você não gosta de sair para jantar.
– Paula...
– Vitor... Você não precisa fazer nada que não goste por mim.
– Mas eu quero sair com você!
– Ok...
– Vou ficar uns dias a mais em casa...
– Por que?
– Porque temos tido muitos shows nos últimos tempos...
– Verdade... Vai ser bom você ficar em casa.
– Vamos tirar esses dias para nós...
– Se conseguirmos será bom!
– Vamos conseguir! Como está Vitória?
– Bem! Está dormindo... Acordou cedo demais hoje.
– Vi que Tati postou uma foto dela no cavalo... Ela foi para aí hoje?
– Sim! Almoçamos todos juntos hoje... Sua mãe, minha mãe, as crianças...
– Seu irmão foi embora?
– Foi... Não faz muito tempo.
– Tentei ligar para ele, não consegui...
– Para que? - pega uma lixa de unha na sua gaveta ao lado da cama.
– Para falar do vídeo de apoio ao time dele que ele me pediu.
– Você gravou? - começa lixar as unhas.
– Gravei...
– Manda no whats dele.
– Vou mandar...
– O que está fazendo?
– Deitado...
– Acordou a pouco?
– Acordei... Liguei para minha mãe e agora para você.
– Entendi...- se concentra arrumando as unhas e não presta muita atenção no que ele diz. Aham...- estica as mãos para ver.
– O que você está fazendo?
– Arrumando minhas unhas!
– Nem presta atenção no que falo!
– Desculpa amor...- levanta-se.
– Vou reservar o restaurante... Chego em casa às sete da noite. Esteja pronta! Quero aproveitar a noite.
– Vou pensar nisso! Vamos comer onde?
– Eu falando sobre nós dois e tal e você preocupada onde iremos comer...
– Amor... Preciso saber para saber o que vestir! - riem.
– Vista-se com o melhor vestido... Se quiser até compre um.
– Nossa! - vai para o exterior da casa. Me prepararei!
– Ótimo! Vou tomar um banho e arrumar a mala...
– Ok...- para na porta.
– Eu te amo!
– É...? - sorri.
– Muito!
– Eu também te amo!
– Eu sei! Beijos de língua... Até mais tarde!
– Beijos! Até mais...

Paula conta para Diva que sairá para jantar com Vitor, então a ajuda a preparar o cardápio para Cintia e Vitória que ficarão com Dulce. Vai para o quarto e com a ajuda delas escolhe um vestido preto com joias da família de Vitor que ele a deu.

– Mãe... Vitória está mais espoleta ainda agora que está andando!
– Ela acordou?
– Não! - separa os brincos em uma caixinha. Mas logo acorda...
– O que ela jantará hoje? - arruma o vestido da Paula sobre a cama.
– Pedi para Diva e Sol fazer uma sopa de legumes...
– Ok... Vou tomar um banho...
– Está bem!
– Paula...- Cintia chega envolta a um roupão.
– Oi! - começa rir. O que foi?
– O chuveiro do meu quarto a água parou de esquentar do nada!
– Deve ter queimado!
– Deixa eu tomar banho na sua ducha maravilhosa?
– Tome...- riem.
– Eu vou indo tomar no meu...
– Está bem mãe...

Algumas horas mais tarde, Paula tenta se maquiar com Vitória ao lado.

– Filha, não, não...- pega um batom da mão dela. Esse não pode! - guarda. Fica quietinha...- termina de passar o rímel e observa Vitória com seu pincel, passando nas gavetas do closet. Vitória! - pega da mão dela. Vivi, por favor...
– Paula...
– OI!
– Vim te ajudar a colocar o vestido!
– Cintia nem terminei de me maquiar! Vitória não deixa... - olha para a filha jogando as cuecas de Vitor no chão. Olha aí...- riem. Vitória...- entrega a filha para Cintia. Segura só para mim passar o batom!
– Vivi sapeca da dinda! - a beija.

Paula passa seu batom e coloca os brincos. Retornam ao quarto e Cintia coloca Vitória no chão para ajudar com o vestido. Enquanto se entretem na roupa, Vivi vai ao closet e pega um dos batons da mãe. Quando se dão conta ela já havia rabiscado os espelhos e a porta do banheiro.

– Vitória Zapalá! - pega da mão dela. Minha filha...
– Paula! - Cintia não para de rir.
– Cintia...- não aguenta e ri junto. Não sei o que fazer com ela... Não para um minuto!
– Deixa ela brincar... Termine de arrumar seu cabelo para mim ver o resultado da noite!
– Está bem... Olhe ela aí...

Vai ao banheiro e termina de aprontar o cabelo. Mostra para Cintia que bate palma, fazendo Vitória bater junto.

– Mamãe está linda! - riem. Que horas ele vem?
– Já deve estar chegando! - olha no relógio ansiosa. Hoje me arrumei até mais cedo, ele pediu para estar pronta quando chegasse!
– Onde vão?
– Não sei... Ele que ficou de reservar o restaurante.
– Você está com saudades né?
– Já faz uma semana que não o vejo... Sinto muito a falta dele. De tudo dele... Das conversas, das mãos... Ôh, das mãos! - riem.
– Que vocês matem essa saudade hoje! - pega Vitória no colo. Vamos para a outra parte da casa... Titia já está lá, vamos assistir um filme.
– Ok... Aproveitem bastante.
– Vamos dormir por lá, ok!?
– Sim! Se Vitória der trabalho a traga para nós...- se aproxima da filha. Minha vida, mamãe já volta...- a beija. Eu te amo mais que tudo no universo! - a pega em seu colo. Minha sapequinha maisi linda!!! Dá beso na mamãe...- a filha a beija. Meu Deusu! Te amo, tá? Muitão... - Cintia a pega novamente. Fiquem com Deus!
– Tchau...- Vitória e Cintia se despedem.

No aeroporto de Uberlândia Vitor recebe uma ligação.

– Pai, pai, pai! - diz com entusiasmo.
– Maria! - ri. Tudo bem meu amor?
– Papai, estou te esperando! Fiz um desenho bem lindo e fizeram doces aqui hoje.
– Sério, filha?
– Sim! Você está vindo? Quero te ver papai...
– Meu amor...- pensa na Paula.
– Fizeram suco e bolinho de chocolate porque é dia de você vir me ver!
– Sim...
– Estou te esperando, tá? Não demora!
– Filha, papai já vai... Te amo!
– Te amo! Beijo. - desliga.
– Meu Deus! - olha no relógio e ainda faltam dez minutos para as sete.

Vitor segue para a clínica onde a filha de está, para vê-la rapidamente pois voltaria no dia seguinte pela manhã. Resolve não avisar Paula que irá se atrasar, pois seria rápido e a bateria do celular estava quase no zero. Ou ele pensou que seria rápido...


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Notas finais do capítulo

Há uma pequena mudança no início do capítulo, mas é a mesma coisa do anterior! Espero que gostem!!! O próximo já está quase pronto



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