Terminam de se arrumar e descem para o restaurante do hotel, com direito a foto dentro do elevador.

– O que você vai querer comer? - senta-se.

– Ainda não sei... Vou ver o cardápio.

– Quero algo bem doce!

– Paula, você tem comido mais que o normal!

– Como assim? - se preocupa.

– Nada... Só estou dizendo que você tem comido muito.

– Sempre comi assim.

– Tudo bem...

– Vou ao banheiro...- se levanta. Pegue Vitória...- entrega a filha.

– Posso fazer os pedidos?

– Deve. Já volto... Não esqueça que para mim é algo bem doce! - pega a bolsa e sai.

Vitor faz os pedidos e brinca com Vitória, mexendo os copos da mesa. Percebe alguém se aproximando e quando olha pensa imediatamente na Paula.

– Que palhaçada é essa? - joga folhas na mesa, assustando Vitória.

– Por favor, me dê licença...- vira o rosto da filha, se levantando.

– Isso aqui não ficará assim! Você está acabando com minha reputação...- se coloca na frente de Vitor que esconde o rosto da filha.

– Me dê licença! - tenta passar.

– Você pode ser alguma coisa, mas no Brasil! Não pense que isso ficará assim... Não assediei sua mulher, não tenho culpa se ela aje como aje, ou pensa que os outros homens vêem de uma maneira pura? - ironiza, colocando a mão sobre o braço dele que segura Vitória.

– NÃO ESCONTA NA MINHA FILHA! - o empurra.

– Vitor! - Paula corre até ele.

– Vamos pro quarto! Não olhe para trás. - puxa Paula pelo braço.

– Não se faça de idiota, resolva as coisas como homem!

– Você não é homem! - vira-se rapidamente para Eduardo. Você é um covarde! - volta- se para frente, seguindo caminho.

– Vitor o que está havendo? - Paula questiona preocupada.

– Entre no elevador! - a empurra, entrando em seguida.

Eduardo vai atrás, tentado entrar em seguida, mas Vitor o empurra e Paula se assusta, olhando para ele incrédula.

– VITOR! O que foi isso!?

– Calma filha...- tenta acalmar Vitória que chora. Pegue ela Paula...- entrega.

– Ela te ouviu gritar, está assustada com você...- a deita no colo, colocando próxima de si.

– Perdi a cabeça...

– Não me diga!? - ironiza, nervosa. Nunca mais faça isso! O que aquele homem estava querendo aqui?

– Procurar confusão...- vira-se para Vitória, passando a mão sobre a cabeça dela.

– Nenhum motivo justifica você agir dessa maneira! Espero nunca mais ter que ver você empurrando alguém ou gritando com alguém em público! Você não faz isso... Não entendo o que...

– Pensei que ele puxaria Vitória...- tenta justificar.

– Vitor! - o encara. Nenhum motivo... Não quero mais você perdendo a cabeça dessa maneira. Entendo que foi instinto, mas você não é assim... Por favor, tente se controlar mais da próxima vez.

– Me desculpe...- saem do elevador. Ela não vai querer mais vir comigo?

– Ela nunca ouviu você gritar assim...- passa o cartão na porta e entra, seguida dele que fecha.

– Eu sei... Isso não vai acontecer mais.

– Deixe a água na temperatura certa, vou dar um banho nela. - a coloca na cama.

– Ok...- vai até o banheiro, desapontado.

Vitor regula a água da banheira que há no quarto, pois não tinham ali uma banheira própria para Vitória. Retira o casaco e pendura, passando uma água no rosto e retornando para o quarto.

– Está pronto...

– Pegue a toalha dela para mim...- observa a filha enquanto termina de prender o cabelo. Vem...- a pega, indo para a banheira. Vamos tomar banho, meu amor...

– Quer ajuda? - tenta fazer algo que possa se aproximar de Vitória novamente.

– Sim...- a coloca na banheira. Que delícia, mamãe...- sorri.

Vitória ainda choraminga, mas Paula tenta distrai-la.

– Será que ela vai chorar mais se eu chegar perto?

– Não...- olha para ele. Vitor, também não é assim! Chegue brincando com ela... Vivi...- olha para a filha. Cadê o papai? - sorri, brincando. Mostra para a mamãe onde está o papai? Vem papai...

– Vitória...- se esconde.

– Quem está chamando Vivi? - olha para a filha que procura.

– Vitória...- chama novamente. BU! - aparece rindo.

– Achou! - ri junto com a filha. Chama o papai assim...- mostra com a mão, chamando. Vem papai... Pegue esse creme que está aí Vitor. - mostra para ele.

– Aqui...- agacha-se junto delas.

Vitor consegue a confiança da filha em pouco tempo, aproveitando aqueles momentos para curtir ela e Paula que teve um lindo dia das mães. O resto dos dias passam, todos os compromissos cumpridos, todos os shows bem realizados, deixando a todos muito orgulhosos e contentes pelo trabalho incrível. Chegam no Brasil trazendo na mala bem mais do que presentes, trazem histórias lindas comemoradas lá. Conquistas lindas que o acompanharão para sempre. Vitor conta o que fez em relação ao Eduardo Cavalari para Paula, que desaprova ele ter se exposto, mas o agradece profundamente pela proteção de sempre. Paula conversa com Ricardo, marcando uma consulta definitiva para contar tudo para Vitor. Ele já retorna cheio de trabalho, viajando no mesmo dia que chegou. Paula ainda tem dois dias de folga, aproveitando para organizar tudo e curtir a filha...

– Vou ficar anos aqui e ainda não conseguirei dizer o quão foi maravilhosa a viagem, Diva! - sorri.

– Eu imagino! - riem.

– Vou ligar pro Vitor...- se levanta. Fique com ela!? Já a pago... É que está tão quietinha na cadeirinha, se eu tirar vai fazer um show! - riem.

– Verdade... Deixe-a aí, eu cuido.

– Ok...- beija a filha e sai.

Paula vai para o quarto, discando o número de Vitor no celular.

"No telefone...

– Vi...

– Oi Pulinha! Que bom que ligou... - respira fundo.

– O que houve?

– Nada... Estou cansado. É que acabei de me deitar!

– Ah sim...

– Estou com saudades! Nem pude deitar na minha cama...- riem.

– Também estou! - sorri. Você vem amanhã?

– Sim! Amanhã estarei em casa...

– Que bom!

– Você está bem?

– Estou! Está tudo ótimo...

– Pulinha, estava lendo uma coisa aqui...

– O que?

– Nada demais, era só sobre um tipo de massagem.

– Hã!? - não entende.

– Vou te mandar no whats depois.

– Como assim, Vi?

– Depois te mando e você vê!

– Tá bem... Tem trabalhado muito?

– Sim! Fomos a Som Livre hoje e depois batemos direto para cá. Mais tarde tem show e quero viajar na madrugada, para chegar aí e conseguir pegar Vitória quase acordando.

– Vitor, descanse... Não adianta chegar aqui logo se vai estar morto de cansaço.

– Eu sei... Mas, vou dormir depois.

– Você quem sabe...

– Vou te mandar no whats a reportagem. Vamos nos falar por lá?

– Pensei que não gostasse que eu ficasse falando só pelo whats.

– Eu não gosto! Mas, preciso te mandar as fotos enquanto estou lembrando.

– Ok... Beijo!!!!

– De língua!

– Vitor! - riem.

– Vou lá... Te amo!

– Também... Muito! - desligam."

"Whats ON

Vitorino ❤: Aqui www. massagens.com/relaxamento.br

– Para que isso?

Vitorino ❤: Para você aprender e fazer em mim quando eu chegar em casa! 😎

– Tá de brincadeira, né!? Eu achando que era algo sério... 😴

Vitorino ❤: É sério rsrs

– Idiota! Kkk

Vitorino ❤: Kkkkk É para entrar e ler todos os passos! Já estou sonhando com as suas mãos. 😇

– Vá sonhando mesmo...

Vitorino ❤: Não me provoque, Paula Fernandes Chaves Zapalá Pimentel! 😬

– Nuss que nome grandeeeee 🙌🙌🙌

Vitorino ❤: Também sou grandeeeee 😏

– kkkkkkkkkk Grandinho!

Vitorino ❤: Vou mandar as fotos...

– OBAAA😍😍😍

Vitorino ❤

– Você é tão incrível nisso! Meu Deus... São lindas. AMO ❤ 😍😍😍😍😱😱😱😻😻😻💔💔❤❤💚 Nossa viagem foi linda... Eu amei. Mesmo que tenhamos aproveitado pouco...

Vitorino ❤: Chego em casa amanhã para tirarmos o atraso! 💘💏🔥

– Hummmmmmmmmm 🙈🙈🙈🙈🙈🙊🙊

Vitorino ❤: Aprenda a massagem hein, pitoca... 😉😉😊😊😊😃😃😙😙😙

– Pitoca é sua............... 👊👊👊👊

Vitorino ❤: Minha esposinha. 😍

– Não me irrite Vitor! kkkk 😢

Vitorino ❤: Advinha de quem é a próxima foto?

– Da Vivi kkkkk 😍😍😍

Vitorino ❤: Yes, baby! 😍

[foto]

– Chegou americanizado! Love! ❤😊😁

Vitorino ❤: Love u 😳

– kkk kk

Vitorino ❤: Tem bolo de laranja aí?

– TEEEMMM! Para você ficar mais redondinho...

Vitorino ❤: Quadrado é que não vou conseguir ficar! 👏

– Você tá cheio de manha nesse whats! Uai, hein...

Vitorino ❤: rsrs

– kkkk não aguento você.

Vitorino ❤: Vai ter que aguentar que estou chegando! Vamos para Marte juntinhos... 😛

– Talvez... Vou pensar no seu caso! 😴😎

Vitorino ❤: Te comprei um presente!

– Mais??? 😱

Vitorino ❤: Você nem viu nada... 😋

– Abusado! kkkk Vou no Instagram!

Vitorino ❤: Precisa falar!?

– Simm, porque senão você fica reclamando que demoro responder.

Vitorino ❤: Tchau!

– Vitor!? kkkkwbzjwbzjq Já voltoo

WHATS OFF"

Paula olha seu álbum e se depara com uma foto dele, em um show. Resolve postar, para que ele veja que ela está no Instagram pensando nele.

"

Saudade 💘"

No mesmo instante ele curte, fazendo ela rir.

"@vcoficial Também ❤"

Escuta Vitória chorar e se levanta, indo até a cozinha.

– O que houve!? - a pega.

– Tirei essa latinha dela, ia se machucar.

– Machuca, meu bebê... Não pode! - acaricia a filha. Prepara o suco dela, Diva...

– Está bem...

– Cadê minha mãe?

– Estava no jardim...

– Vou até lá!

– Ok, depois levo o suco para ela.

– Obrigado. - sai, rumo ao jardim. Já passou Vivi... Olha o flokinho ali! - sorri, mostrando para a filha.

– O que aconteceu? - Dulce se aproxima, pegando a neta.

– Diva tirou uma latinha que ia machucar ela e ela não gostou.

– Aiai Vitória! Vamos nos sentar ali...- vão até umas mesinhas de jardim. Para quando ficou marcada sua consulta?

– Amanhã a tarde! - sentam-se.

– Fico pensando... Que loucura, Paula! Com todos os métodos para se prevenir, você engravidar tão cedo! Antes, que eram mais novos, se cuidavam tanto...

– Não adianta pensar nisso agora...- olha para o céu.

– Adianta sim! Para você não acabar engravidando tudo de novo depois.

– Que exagero mãe!

– Você acha exagero mesmo engravidar com Vitória ainda tão bebê?

– Não... Posso ter me precipitado. Mas, como eu ia saber que ia engravidar? Ninguém pensa nisso na hora...

– Ninguém tão jovem! Por favor né Paula... Olha para você e Vitor.

– Mãe...- olha para ela. Do que importa isso agora? Já estou grávida e preciso me cuidar, só isso é o que me importa agora. E depois, se eu e tivermos mais um filho em pouco tempo, nós vamos cuidar!

– Fico preocupada...

– Não precisa, está tudo bem! - sorri. O que será que é o outro bebe? - acaricia a barriga. Se for outra menina o Vitor enlouquece! - ri.

– Sim! Mas, se for um menininho?

– Ah...- pensa. Não sei como seria... Ele é tão cuidadoso com Vitória e é tão animado com os sobrinhos... Acredito que será uma nova experiência.

– Isso é...

– Esse bebê vai nascer lindo e saudável! - sorri. Preciso procurar um arquiteto, para programar um outro quarto.

– Vai colocar em outro...?

– Sim! Depois a Vivi cresce e quer a privacidade dela, então vou fazer tudo desde agora...

– Por esse lado tem razão. E outra... É melhor cada um ter suas coisinhas.

– Será que Vitória será ciumenta?

– Pode esperar isso... Ela é muito apegada a vocês, principalmente a Vitor.

– Como farei com isso, mãe?

– Mostrando a ela que tem espaço pros dois, deixando ela ver o irmãozinho... Ficar com ele.

– Espero que não tenhamos muito trabalho.

– Será o normal como toda criança...

– Olha aí o suco! - Diva se aproxima.

– Paula, Vitor ligou no telefone...- entrega o copinho para Vitória, sorrindo.

– Diva! - ri. Eu esqueci o celular no quarto e estava falando com ele. O que ele queria?

– Nada demais...- ri. Só dizer para avisar o porteiro que ele chega na madrugada.

– Você faz isso para mim?

– Já até fiz... Fique tranquila! Querem alguma coisa?

– Não, obrigado.

– Não Diva...

– Vou indo então... Qualquer coisa é só me chamarem.

– Tá certo...- a observa sair. Mãe, faça o doce do Vitor para quando ele chegar estar gelado.

– Farei daqui a pouco. Dê um banho em Vitória... Já está esfriando. - olha a hora. Em Uberlândia vai anoitecendo e vai esfriando, né!?

– Sim... Mas, só agora, porque geralmente é calor.

– Também...

– Então vamos Vivi...- se levanta. Tomar um banho, mimir e depois jantar! Você janta com a gente? - pega a filha.

– Sim! Vamos jantar juntas...- se levanta. Também vou tomar um banho...

– Cadê Cintia!?

– Acredito que foi para cidade... Elias ia arrumar algo do carro dela e ela deve ter ido junto.

– Cintia e Elias né...

– Paula...- riem.

– Boa tarde... - cumprimenta um outro funcionário.

Entram na casa e vão para os quartos. Paula prepara a roupa de Vitória e dá banho na filha, a fazendo dormir logo em seguida. Ricardo a chama no tablet e conversam sobre os últimos exames. Paula havia feito uma bateria deles antes de ir para o exterior. Enquanto esteve fora boa parte dos exames já estavam prontos e com resultados positivos. Mas, ainda havia uns últimos e Ricardo a chamou para comunicar.

"Tablet ON

Dr. Ricardo: Amanhã te explicarei o resultado dos outros. Tem andado bem?

Paula 👨 👧 👩 : Tudo bem... Tenho sim. Está tudo em perfeitas ordens!

Dr. Ricardo: Fico feliz.

Paula 👨 👧 👩 : Foram resultados positivos?

Dr. Ricardo: Dentro da normalidade. Paula, terei que desligar aqui... Vou atender. Te aguardo amanhã. Tenha um boa noite!

Paula 👨 👧 👩 : Igualmente!

Tablet OFF"

Paula desliga o aparelho preocupada. Normalidade não eram exatamente positivos no caso dela. O problema não deixaria de desistir, mas a missão era controlar tudo até o nascimento do bebê. Era se certificarem de que nenhum risco correriam. Ela respira fundo e tenta apagar qualquer pensamento ruim... Vai para a sala de jantar e ajuda Diva arrumar a mesa.

– Diva... Hoje você janta com a gente!

– Eu!? - ri. Nada disso...

– Você sim! Sol ainda não veio da casa da mãe né?

– Não! Ela vem amanhã...

– Que bom! Espero que esteja tudo bem com a mãe dela...

– Sim, ela me telefonou hoje e disse que ela ainda precisaria fazer certos exames.

– Nossa Diva...- a observa. Então vamos fazer assim... Provavelmente a mãe dela precisa dela lá! Você aguenta cuidar de tudo por mais um tempo?

– Claro! Aguento sim...

– Irei telefonar para ela e dizer que pode ficar pelo tempo que ainda necessitar! Já volto...- sai.

Telefona para Solange, a autorizando ficar por mais tempo junto da mãe. Retorna para a sala de jantar e Dulce já está, com Vitória que acaba de acordar.

– Nem dormiu direito! - ri.

– Estava chorando... A peguei.

– Ela tem dormido pouco, na madrugada dará um show! - a pega, colocando na cadeirinha. Mamãe já traz seu papa...

– De quem é esse outro prato? Teremos visita? - senta-se.

– Teremos sim! A Divaaaa

– Que ótimo! - ri.

– Antes eu servirei vocês...- serve Dulce primeiro e logo em seguida a Paula.

– Diva... Você cuida tão bem da gente!

– Saudades do Vitor aqui com vocês!

– Amanhã! - sorri. E ah...- olha para ela. Prepare TUDO que ele mais gosta...

– Não tenha dúvidas disso! - sorri.

– Ótimo... Agora sente-se e coma. Vou amamentar meu filhote antes! - vira-se para Vitória, com a comida dela em mãos.

Paula alimenta a filha entre risos que faz a maior bagunça. Dulce aproveita e grava um vídeo da neta, para enviar ao Vitor. Jantam em harmonia e conversam ainda sobre a viagem, já falando que na próxima levarão Diva para conhecer o exterior. Dulce se encarrega de ficar com Vitória para que Paula descanse...

– Levarei ela ao seu quarto assim que ela dormir...

– Obrigado, mãe...- deposita a xícara de café na mesa.

– Está tudo bem?

– Está...- resolve não contar sobre a preocupação. Vou para o meu quarto, tudo bem? - se levanta. A leve até lá quando dormir. - se despede da filha.

Vai para o quarto, ligando para Vitor que atende na primeira chamada.

"No telefone...

– Está ocupado? - deita-se.

– Não! Estava me trocando apenas... Aconteceu algo?

– Não... Só liguei para te ouvir mesmo.

– Porque acalma...

– Muito convencimento...- riem. Mas, é verdade...

– Está vendo!? Sinal de que ocorreu algo... Me diga...

– Nada, Vi. Estou com saudades...

– Vou de madrugada mesmo. O show termina lá para três da manhã, às quatro eu embarco e estarei aí às 5:30h e em caso às 6:00h.

– Vitor, quem vai te trazer até a fazenda?

– Vou de carro.

– Não Vitor... Não faz isso. Fico muito preocupada você vir tarde assim para cá, ainda mais sozinho.

– Não irei sozinho, um motorista vai me levar. Fique despreocupada...

– Não gosto dessa ideia...

– Enfim... Estão chamando, preciso ir...

– Ah...- se entristece. Tudo bem... Te amo muito!

– Eu também Paula!

– Você ama mesmo acima de qualquer erro meu?

– Por que está perguntando isso?

– Só quero saber... Ama? Você vai me amar, mesmo que algo que eu faça desagrade profundamente você?

– Paula, eu te amo... E amar traz tudo. Erros, acertos, defeitos...- respira fundo. Você está preocupando com algo e me deixando preocupado... O que está acontecendo, Paula?

– Nada... Você e sua mania de achar as coisas. Estou te atrasando...- desconversa. Deus te proteja e estou te aguardando! Te amo muito...

– Amém! Ele está nos protegendo e eu, aqui ou de onde eu estiver, estarei sempre te amando... Independente de qualquer coisa, esteja certa que tem de mim o que sou. Estou segurando forte na sua mão e tudo dará certo para nós! Preciso ir... Dê um beijo em Vitória.

– Darei...

– Um beijo de você também, de língua! - ri. Até mais, minha Pulinha...- desliga. "

Encara o teto, levando a mão ao ventre, emocionada.

– Fique aqui, meu bebê... Eu já te amo tanto...- fecha os olhos. Meu Deus, permita estar tudo bem com meu filho. Não o tire de mim assim, deixe-o aqui, com todo teu amor, com todo o meu amor... Me deixe cuidar dele, tê-lo em meus braços e vê-lo crescer, acompanhar e zelar por sua vida! Eu te suplico...- chora.

Vira-se de lado, guardando o celular. Adormece em questão de minutos, pelo cansaço dos dias que passaram. Dulce traz Vitória algum tempo depois, colocando-a no berço... Observa Paula e vai até ela, a cobrindo. Sai do quarto em silêncio para não acordar as duas. Durante a madrugada, Paula se assusta com um pesadelo, levantando-se com o peito acelerado. Olha para o lado e consta que Vitor ainda não chegou. Levanta-se com pressa e vai até o berço de Vitória e a filha não está. O desespero toma conta, a fazendo sair do quarto em disparado.

– Mãe!? - bate na porta do quarto de Dulce, que está trancado. Mãe! - ninguém responde. MÃE!? Pelo amor de Deus... - bate com mais força.

– Paula!? - Vitor aparece no corredor com Vitória nos braços.

– Vitor...- respira aliviada.

– O que aconteceu!? - se aproxima dela.

– Eu me assustei... - diz com os olhos cheios. Tive um pesadelo e vi o seu lado da cama arrumado e Vitória não estava no berço!

– Está tudo bem...- a acaricia. Fui ao quarto e Vitória estava acordada. A peguei e vim na cozinha comer, sua mãe também estava acordada, tomamos um chá e ela foi se deitar na outra parte da casa porque disse que era mais arejado que esse quarto.

– Me assustei... Está trancado. - aperta a maçaneta.

– Sim, nós trancamos os quartos desocupados. Não se lembra?

– Me lembro Vitor... Quero dizer, nesse momento...

– Você está uma pilha! Me diga o porquê, Paula...

– Não, foi só pelo pesadelo... Estou bem! - força um sorriso.

– Vamos tomar uma água...- saem.

Vão para a cozinha, Vitor entrega Vitória para Paula e a serve. Sente-se de frente para ela, a observando.

– O que foi seu pesadelo?

– Nem me lembro direito...- coloca o copo na mesa. Faz tempo que chegou?

– Não muito...

– Foi tudo bem no show?

– Você não está conseguindo mudar de assunto.

– Com você não consigo nada! - se levanta.

– Não...- a encara.

– Estou com saudades...

– De beijo? - se levanta.

– De língua... - riem.

– Sabe, também estou... - se aproxima dela.

– Isso me tranquiliza!

– Para começar...- envolve ela. Um beijo...- aproxima do rosto dela. De língua...- a beija.

Se beijam enquanto Vitória os observa, levando a mão até o cabelo de Vitor e puxando.

– Já entendi Vivi...- ri, ainda entrelaçado a Paula.

– Vitória...- pega a mãozinha dela, rindo. Não, não... Faz dodói no papai!

– Filha...- ri. Dessa maneira perco o cabelo mais rápido ainda!

– Lembra que ficava me perguntava se Vitória te veria com cabelos? Olha aí...- ri.

– Ela está querendo é me ver sem!

– Que exagero! - ri. Preciso fazê-la dormir novamente... Já está tarde!

– Tudo bem... Vou tomar um banho enquanto isso!

– Vamos para o quarto então...

– Tem água lá?

– Tem sim...

– Então vamos...- caminham. Está tudo bem por aqui?

– Está! O jardim está lindo, você precisa ver.

– Amanhã veremos...- entram no quarto.

– Não faça muito barulho.

– Ok... Já volto. - a beija. Me espere, gatinha! - pisca para ela.

– Você é muito besta! - riem.

Vitor vai para o banheiro e Paula deita Vitória em seu colo. A filha olha diretamente para os olhos enquanto ela canta calmamente para que ela possa dormir. Sente um conforto ao mesmo tempo que uma angústia quando a bebê segura sua roupa fortemente. Continua a embalá-la, mas Vitória fecha os olhos e logo os abre, como se não pudesse dormir. O tempo passa e Paula ainda canta até que a vê fechar os olhos e adormecer tranquilamente. Vai até o berço e a coloca, beijando a ponta dos dedos e colocando sobre o coração da filha.

– Eu te amo... Durma bem, meu anjinho! - sussurra.

A cobre e respira fundo colocando a mão sobre o ventre...

– Vitor...- chama, buscando o ar...

Continua...