12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 68
Capítulo 66




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Paula logo adormece e Vitor adentra a madrugada a observando. Quando o dia amanhece, pouco ele dormiu. Paula levanta, toma seu medicamento e fala mais uma vez com Ricardo, enquanto Vitor ainda cochila. Tocam o sinal na porta e ela atende.

– Bom dia! Pronta!?

– Bom dia, entre... - Cintia entra e ela fecha a porta. Sim, estou... Mas, olha Vitor! - aponta.

– Então né...- pega um travesseiro e joga nele. Acorda! - riem.

– Cuidado que ele está nu!

– Vixeeeeee...

– Vitor...- vai até ele. Vitor, acorda...- sacode ele.

– Oi...- abre os olhos, bocejando.

– Acorda! Já está na hora... Vamos para o ensaio!

– Acordar com plateia? - senta-se vendo Cintia.

– Muito engraçado! Não precisa nem levantar... Já sei que você está nu, não sou obrigada!

– Agora faço questão!

– Vitor! - ri. Pare de besteiras... Ande logo! Eu vou pegar Vivi e já volto! Vamos Cintia...

– Vamos...- se viram. Paula, como você aguenta ele? - provoca.

– Estou ouvindo! - grita.

– Tchau...- saem rindo.

– Você está bem?

– Estou... Está tudo bem! Falei com Ricardo ontem e hoje...

– E aí?

– O resultado dos outros exames saíram... Está tudo bem! - sorri. Fiquei muito feliz...

– Isso quer dizer que você está fora de risco?

– Cintia... Isso tudo é uma prevenção, por eu ter essa fragilidade. Até então está tudo bem... Mas, preciso ser cautelosa com tudo.

– Mas... Vai dar tudo certo! E não vejo a hora de ver a carinha desse bebê...- riem.

– Sim, mas agora vamos ficar quietas...- tocam o sinal do quarto de Dulce e Marisa.

– Olá...- Marisa atende. Entrem...

– Oi... Bom dia!

– Bom dia, queridas...

– Cadê meu pacotinho? - sorri.

– Olha ali... Fazendo arte...- aponta para neta no chão, ao lado da cama.

– Vitória! - ri. Vem mamãe...

– Cadê Vitor?

– Ainda deitado...- pega a filha. Meu bebê! - beija.

– Aff...- faz carranca. Vitor só no empurrão!

– Pois é... E minha mãe, cadê?

– Foi tomar café!

– Vá você também Marisa, vou levar a Vivi e vamos para o ensaio.

– Vou fazer compras hoje! - bate palmas.

– Que maravilha! - riem. Aproveitem então... Vamos indo...- a cumprimenta. Tchau... Dá tchau para vovó e diz que mais tarde você volta! Vou ficar com meu papai agora...- riem.

– Tchau amores...

– Vamos...- vão até a porta e saem, retornando para o quarto. Vitor!?

– Oi...

– Está pronto!?

– Estou...- aparece na porta do banheiro, fechando a blusa. Oi meu amor! - sorri, caminhando em direção a filha. Papai estava com saudades...

– Então podemos ir...

– Nem vamos tomar café?

– Não vai dar tempo, Vi...- pega a bolsa com pressa. Você toma lá!

– Ok... Pega meu celular, por favor.

– Tá...- pega. Você só vai com essa blusa? De jeito nenhum...

– Não... Meu casaco está aqui...- pega na poltrona. Vamos...- vai até a porta abrindo.

– Vamos...- saem.

Paula e Vitor pegam o elevador, descendo direto e indo a caminho da van que os aguardavam junto do pessoal da banda e produção. Ao chegarem no local onde será o show, Vitor cuida de Vitória enquanto Paula ensaia. As horas passam, as músicas vem e vão. O palco toma forma e eles já se preparam para retornar ao hotel, se arrumarem e voltarem pro espetáculo.

– Ficou lindo! - sorri, levantando-se.

– Obrigado! - desce do palco com cuidado. Vamos!? - sorri.

– Sim...- a abraça e saem juntos novamente para a van.

Chegam no hotel já atrasados. Enquanto ela se arruma, Vitor apronta Vitória e alguns minutos trocam a função, ele se arruma e ela termina de aprontar a filha. Na saída são surpreendidos por uma limosine que os levam até o evento, divertindo-se.

– Pulinha...- a ajuda descer do carro.

– Oi, amor...- sai.

– Faça um bom show! - beija sua cabeça. Eu te amo... E estarei logo nas primeiras mesas te assistindo. Sou seu fã! - sorriem, beijando-se.

– E Vivi?

– Ficará com sua mãe na cochia.

– Tudo bem... Como preferir. Preciso ir, meu bem... Vou cantar para você.

– Eu te amo! Arrase...- se despedem.

Ao soltar a mão de Vitor, Paula sente uma angústia, um aperto que lhe faz respirar fundo... Segue ao camarim, ainda olhando para trás. Olhando para aqueles olhos parados, fixados em si. Trinta minutos depois o show começa, Vitor, na plateia, não poupa sorrisos. Era realmente fã dela. Fã daquela cantora que ele tinha o privilégio de chamar de esposa. Volta e meia olhava Vitória, rindo com a avó. Paula era fotografada por todos os lados, mas tinha olhos em uma câmera especial que ela não desviaria nunca, a de Vitor. Quando chega a parte dos girassóis, ela pede para diminuírem o som...

– É um prazer enorme estar aqui com vocês! - sorri. E ainda mais poder estar aqui, doando minha arte, junto de pessoas que tanto amo... Por isso...- olha para Vitor. Vou chamar uma pessoa que sempre me apoiou nessa carreira, que não me permitia desistir nos momentos mais difíceis. Que me ligava e que atendia meu telefona nas madrugadas em que eu estava sem sono e sem sonhos... Alguém que me dava as mãos para renovar as esperanças, me incentivando a persistir para que hoje eu pudesse estar aqui com vocês. Alguém que hoje tenho a honra de ter como marido, como pai dos meus filhos... Vitor...- ri. Não adianta fazer essa cara, suba aqui...

Ele vai ainda envergonhado, como se nunca tivesse subido em um palco. Paula pega uma das flores de colocar na cabeça e vai até ele...

– Tem que colocar, para ficar perfeito...- riem.

– Paula...- ri.

– Chora sanfona, Serginho...- começam dançar entre risos e brincadeiras. Paula puxa o microfone para baixo, para que ninguém ouça o que ela irá dizer. Não me levanta, ok!? Acho que meu shortinho rasgou...- mente.

– Tudo bem...- ri. Danço muito mal... Você não deveria ter feito isso! - riem.

A música acaba e Paula o agradece, entregando para ele um girassol que gentilmente ele beija e coloca no coração. Vitor desce do palco ainda com a flor na cabeça, rindo em direção a sua mesa. Mais algumas canções e o show chega ao fim. Paula já atendeu todos, então se troca e retorna para a van, encontrando Vitor e Vitória com o restante do pessoal.

– Oi...

– Olha aí a mamãe...- se vira.

– Com o girassol! - sorri, vendo a filha segurando a flor. Vamos?

– Paulinha, estávamos pensando em sair para jantar... Você não quer?

– Estou tão cansada...- olha para Vitor que concorda. Mas, você quer ir Vi?

– Não, você está cansada mesmo... Vamos para o hotel. Mas, obrigado pelo convite Monteiro...- sorri.

– Imagina... Amanhã a gente se vê então! - sorriem.

– Está bem....- se despedem e saem.

– Se você quiser ir, tudo bem!

– Não, Paula... Jamais iria sem você.

– Nossas mães foram...- sorri.

– Foram sim... Estão aproveitando muito.

– Estão...- olha para ele. A gente que...

– Que?

– Que não tem aproveitado como merece.

– Não pense assim... Estou muito feliz.

– Eu também! - sorri. Mas, é que não deveria ter proposto essa viagem estando em trabalho... Fico cansada e nem aproveitamos.

– Já falei para não se preocupar. Eu estou gostando de tudo...

– De tudo mesmo...?

– Tudinho....- pisca.

– Vamos...- riem, entrando na van.

Tempos depois já estão no hotel. Paula arruma Vitória para dormir enquanto Vitor mexe nas malas.

– Olhe ela Vi... Vou tomar um banho. - a coloca perto dele.

– Tá...

– O que tanto faz aí? - observa.

– Procurando umas coisas que comprei... Mas, não sei onde coloquei.

– Tudo que compramos está na mala azul! Já volto...- vai para o banho.

– Espera aí filha...- passa por ela, indo até a mala azul.

Vitor mexe na mala e retira umas pelúcias em forma de minions.

– Achei Vivi! - ri. Olha...- mostra para ela. Gostou? Gostou né... Você quem me fez comprar. - senta-se com ela. Esse é uma pantufa... Coisa da sua mãe. E isso aqui...- pega dela. É uma garrafinha para você carregar suas coisinhas... Pega esses...- entrega as pelúcias. O que vamos dar para sua mãe de dia das mães? - a observa. Preciso pensar... - respira fundo. O que foi? - ri quando a filha ri para ele. Vou pegar o bebê...- brinca com ele que sai engatinhando.

Minutos depois Paula sai do banho com Vitor atrás de Vitória, ambos rindo.

– Que farra! - sorri, indo para a cama.

– Paula...- se levanta. Desse jeito eu não aguento... - ri. Ela não para...

– E vou fazer o que? - riem.

– Deixa eu fazer isso...- se aproxima dela pegando o pente.

– Cuidado...- ri.

Senta-se atrás e começa a pentear os cabelos dela. Paula observa Vitória enquanto Vitor lhe acaricia com tamanha graça.

– Ai...- se levanta correndo. Vitória! - pega a filha que abre a gaveta. Quase cai! - riem.

– Está vendo!? Ela não para, Paula...

– Normal! - leva ela junto para cama. Agora termine seu serviço...

– Tá bem...- ri.

– Você não imagina a proposta que recebi hoje!

– Já começo imaginar besteiras pelo seu tom de voz!

– É... Mas, não fique bravo!

– "I..." Nem fale então...

– Tá...

– Fale!

– Não fique nervoso! - se vira para ele, com a filha no colo.

– Ok... Mas, diga!

– Um representante da VIP, aquela revista...

– Eu sei que revista...- se levanta, indo até um uísque que fica no quarto.

– Então...- engoli seco. Ele ficou insistindo... Me senti incomodada Vitor! Ele falou de mim, do meu corpo como se eu estivesse utilizando disso para fazer ainda mais sucesso. Como se as minhas roupas, por serem decotadas e curtas fossem motivos para ele vir me propor para pousar para essa tal revista. Parece que estão fazendo enquetes, pesquisas entre os leitores e aqui no Brasil colocaram meu nome!

Vitor, permanece virado para a mesa do uísque, em silêncio.

– Eu Tenho medo de não entenderem o que realmente quero dizer nos shows! Vivo sendo mal interpretada pelas pessoas... E mesmo que eu tente me portar como se não me importasse, é claro que me importo. É claro que sinto... Porque é algo que sai de mim, do melhor que tento passar para as pessoas.

– Não se preocupe...- bebe uma dose de uma vez.

– Vitor, por favor... Pare de beber! Você tem me preocupado com isso...

– Não se preocupe comigo! Muito menos por isso...- se serve mais uma vez.

– Chega Vitor! Com Vitória aqui, não faça isso... Não gosto que beba perto dela.

– Tá bem...- deixa a bebida e vai para o banho. Já volto...

– Vitória...- vira a filha para si. Seu papai é assim mesmo... Só quero ver o que vai fazer... Porque algo ele fará, minha filha. - a beija. Vamos mamar para mimir..- sorri. Sapequinha...- pega a mamadeira já pronta. Aqui...- segura. Mamãe tem saudades de amamentar você no peito... Mas, você não quis mais! - faz cara de triste.

Paula conversa com a filha que logo dorme. A arruma na cama e vai até o banheiro procurar por Vitor.

– Vi...- observa da porta enquanto ele se enxagua.

– Oi..- vira-se.

– Você ficou chateado comigo? - entra.

– Não...Não teria motivo algum.

– Mas, ficou estranho...- senta-se o observando.

– Estou bem...- sorri. Cadê Vitória?

– Dormiu...- sorri. Coloquei ela na cama...

– Durma com ela... Você está cansada.

– Não... Estou bem. Quero ficar um pouquinho com você...

– Já saio...

Vitor termina seu banho sob os olhos atentos de Paula. Ao sair, ela o ajuda com o roupão e com a roupa.

– Hoje fez menos frio...

– Também achei...- arruma o cabelo dele. Vivi não ficou tão irritada! - riem baixo.

– Durmo no sofá...

– Eu vou dormir com você... Só temos que ficar de olho na Vitória, para ela não cair.

– Você está cansada, Paula! Vai dormir na cama para descansar melhor... Amanhã tem mais!

– Não vamos discutir sobre isso...- vai até a mala. Preciso de ajuda...- pega um creme.

– Para que?

– Para hidratar minha pele! - sorri. Passe nas minhas costas...- entrega para ele, virando-se.

– Isso vai ser muito difícil...

– Imagino!

– Qual o nome do representante da VIP que te fez a proposta? - coloca o creme nas mãos.

– Eduardo Cavalari.

– Ah...- começa a massagear.

– Por que?

– Nada...- beija a nuca de Paula.

– Vitor, você vai fazer algo?

– Não...

– Ah...

– Você quer que eu faça algo?

– Não sei! Porque eu já não sei o que falar...

– Você nunca fala nada, Paula.

– Mas, ás vezes o silêncio é bom... Ai...- ri. Vai devagar!

– Talvez nem sempre...- a beija, dando um tapa logo em seguida. Pronto! Deite na cama...

– Para quê!? - se vira para ele.

– Quer saber mesmo!? - insinua.

– Vitor... Vitória está ali. - ri.

– Largue de ser besta! - riem. Você acredita em tudo que falo...- se levanta do chão.

– Idiota! Quando você falar a verdade, eu não vou querer...

– Não, né!? Sei...- a ajuda levantar. Vem...- a empurra até a cama. Deite-se e descanse... Não vou dormir agora.

– E vai fazer o que!? - se deita olhando para ele.

– Vou falar com Leo, colocar as coisas em dias.

– Ok...

– Durma bem... Qualquer coisa é só me chamar. Vou telefonar lá de baixo, ok!?

– Por que!? Fique aqui Vitor...

– Não, Pulinha... Vou demorar. - a beija. Te amo! - a cobre.

– Vitor...

– Oi...- se afasta, indo até a poltrona e pegando o celular.

– Leve um casaco e esteja aqui daqui a pouco, não gosto de acordar e você não estar aqui.

– Estarei! Beijo...- sai.

Vitor vai até o quarto em que está Cintia. Da porta telefona para ela, que atende na terceira chamada.

– Poxa... Estava dormindo!?

– Estava né! Aconteceu algo?

– Aconteceu! Estou na porta esperando...

– Ué...- Cintia levanta e vai até a porta. O que foi? - desliga o celular e fala com ele pessoalmente.

– Precisamos dar uns telefonemas! Se arruma e vamos até lá embaixo...

– Tá... Espere! Pelo menos dá para me explicar o que é?

– Explico no caminho... Temos que fazer isso antes do pessoal chegar do restaurante.

– Ok... Aguarde aí.

Cintia se arruma e descem para a recepção do hotel. Vitor explica a ela o que pretende e começam as ligações.

CONTINUA!


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora! Passei por alguns probleminhas físicos e emocionais, mas aqui está ❤ O que será que Vitor está aprontando!? :X



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