12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 65
Capítulo 63




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– Aconteceu uma coisa que não contei para ninguém desde que a Vitória nasceu...- engole seco.

– Você está me assustando! O que aconteceu, Paula?

– Paula? - Vitor chama.

– Cintia...- se levanta e vai até ele. Oi...

– Ainda assim? Estou te esperando para o café...

– Me dê dez minutinhos e já vou! - sorri.

– Ok... Só mais dez.

– Tá...- ele sai e ela volta pro banheiro. Outra hora te falo...

– Você vai me deixar assim...?

– Fique calma... Eu vou te falar! Depois do café, vamos pro quarto da Vitória...

– Está bem...

Paula termina seu banho e vai se sentar com Vitor e a filha. Tomam o café e ele se oferece para ajudar com as coisas da Vitória...

– Não...- se levanta. Não precisa! A Cintia já vai me ajudar... Vá brincar com ela nos cavalos.

– Tá... Qualquer coisa estamos lá então...

– Isso...- os beija. Qualquer coisa eu chamo!

– Tchau... Dá tchau para a mamãe...- fala para Vitória. Tchau mamãe! - saem.

– Tchau Vivi - riem.

– Vamos!?

– Vamos... Mãe! - olha para ela.

– Sim...

– Você pode vir com a gente?

– Claro...

Respira fundo e decide contar de uma vez. Vão para o quarto de Vitória e ela pede que se sentem.

– O que houve...? - estranha.

– Preciso contar uma coisa...

– O que é? - fica nervosa.

– Estou grávida...

– Paula! - sorri. Isso é maravilhoso!

– Seria sim...- se emociona. Se meu bebê não tivesse risco algum!

– Como assim? Paula... Anda logo com isso!

– Desde que a Vitória nasceu eu não tenho paz com esse assunto...

– Fale de uma vez!

– O sangramento que eu tive, assim que Vitória nasceu, foi ocasionado por uma lesão no colo do útero. Foi quando tive que optar se realmente queria ter... Poderia não suportar a dor.

– Mas, deu tudo certo...

– Sim! Ricardo deu todo o aparato necessário e correu tudo bem!

– E qual o problema agora?

– Tenho uma certa fragilidade no colo. Posso não conseguir segurar mais gravidez alguma! O peso do bebê pode romper e...

– Não...- se levanta. Paula! Por que você foi engravidar, minha filha!? Assim... Ainda assim!

– Eu fiquei tão... Não sabia o que fazer! Pedi que Ricardo jamais contasse para vocês, para o Vitor! Não quero que o Vitor saiba que estou grávida, ao menos até eu ter certeza que poderei segurar o bebê. Ricardo já entrou com medicamentos, um tratamento para que corra tudo bem! Mas, eu preciso ter essa certeza... O Vitor sofre demais por tudo! Ele não suportaria ficar feliz sabendo que vai ter mais um filho e logo depois perdê-lo. Prefiro que ele não saiba! - chora.

– Você não deveria...

– Mãe! Tenta entender...- implora.

– Escuta! - a segura. Isso não vai acontecer! Você vai ter esse bebê bem e saudável!

– É tudo que quero!

– Vai dar tudo certo...- a abraça.

– Vai sim! - Cintia se levanta e a abraça também.

– Vocês não irão contar isso para ninguém....

– Vitor tem o direito de saber...

– Eu sei! Mas, pro bem dele não façam isso... Sei que se acontecer algo depois, ele poderá me culpar! Mas, prefiro que me culpe do que ver ele sofrer... Ele cria muitas expectativas com filhos...

– Esquece isso! Faça seu tratamento certinho... Se alimente! Não brinca com fogo, Paula...

– Estou sem fome esses últimos dias... Sem força. - senta-se.

– Mas, não pode...- vai até ela. Pelo seu filho, não pode...

– Sim...- força um sorriso. Me dói tanto... Saber que posso perder essa criança...

– Não diz isso Paula! - a acaricia. Você não vai perder esse bebê!

– Ricardo me garantiu que está fazendo de tudo! Que posso levar uma vida normalmente... Desde que eu não falhe com esses medicamentos e que não faça força demais. Já cancelei os exercícios com Bia...

– Com o Vitor também?

– Mãe...- a encara. Como vou explicar para ele?

– Está vendo como isso não dá certo? Você tem que falar...

– Não... Olha... As chances do bebê sobreviver são grandes. Ricardo está conseguindo manter o colo fechado! Ele disse que não há problema nas relações sexuais, desde que não machuquem. Vitor não me machuca... Pelo contrário, ele cuida. Mas, eu sei... Vou ter que dar um jeito de diminuir tudo isso. - se levanta. Só não sei como vou dizer...

– Fala que está com dor! Sei lá...

– Sim...

– Vou fazer isso... Mas, Vitor é tão complicado! Se culpa por tudo...

– Ainda acho errado ele não saber. É como se você tirasse das mãos dele a proteção que ele pode dar para esse filho!

– Não... Não vou contar! Até que eu tenha certeza, eu não vou contar...

– Vou respeitar sua decisão! Mas, concordar... Jamais.

– Ele vai saber! Quando eu já tiver tudo certo... Ele vai saber.

Ficam em silêncio por um longo tempo. Paula começa arrumar as coisas de Vitória, imaginando tudo o que o outro bebê poderá ter. Era triste para ela não poder dividir com Vitor, mas estava certa de que era o melhor por enquanto. Melhor ele não saber, para não criar esperanças, expectativas e sofrer por ela perder o bebê depois... Na sua cabeça, se ele não soubesse a dor seria menor.

– Pronto...- fecha a mala. Tudo pronto!

– Sim...

– Só Marisa vai?

– Sim! A Tati, agora que está grávida, preferiu não ir...

– Entendo.

– Não me olha assim, mãe...

– Paula, é inaceitável você estar fazendo isso!

– Você acha que sou maluca assim? Que colocaria a vida do meu filho em risco se não tivesse autorização para fazer shows? Jamais faria isso... Se continuo, é porque Ricardo me permitiu. Desde que eu não pulasse demais ou coisas do tipo...

– Para mim você deveria ficar de repouso absoluto! - sai.

– Paula...

– Poxa Cintia! - se senta, começando a chorar. Eu...

– Se acalme... Talvez ela não tenha entendido que vocês estejam fora de perigo. Entenda ela também...

– Só estou fazendo isso porque tenho permissão! - a encara. Você acha que eu seria capaz?

– Claro que não!

– Então...

– Se acalme! Vamos para fora... Vem! - a levanta.

– Parece que...- chora.

– Pare com isso, Paula! Eu entendo o quanto tem sido difícil e você tem se feito de forte... Mas, se acalme!

– Estou tentando... Tem que dar tudo certo! - olha para ela.

– Dará! Logo você estará com seu bebê...- sorri.

– Sim! Não vejo a hora de poder contar isso, de estar junto...

– Vai ser incrível! Enxuga as lágrimas, se arruma e vamos para fora...

– Vitor não pode desconfiar de nada...

– Por falar nisso... Como você fez todos os exames, foi ao médico? - param.

– Normalmente... Quando eu saia, estava indo ao médico. Fiz os exames e falo todos os dias com Ricardo pelo tablet, que é onde Vitor não mexe! Passo tudo para ele... E ele vai me avaliando.

– Entendi... Então você pode estar fazendo show normalmente, todas essas coisas?

– Por enquanto sim... Ele me disse que o tratamento está surtindo efeito e que não há problema algum, desde que eu não exagere em nada. Posso fazer tudo... Ainda é muito cedo... Só estou de 4 semanas.

– É um mês...

– Sim! Um mês...- sorri.

– Como você conseguiu esconder tudo?

– Não estava escondendo, apenas protegendo vocês de tanta dor...

– Mas...- se entristece. Você ainda corre risco?

– Cintia... Nem sei dizer se é risco! Ricardo conversou comigo, me falou de casos parecidos e disse que só a partir da décima terceira semana teremos uma maior confiança. Mas, por enquanto, está tudo sob controle... Tenho feito o tratamento certinho, me cuidado... Só não tenho me alimentado bem. - sente-se culpada. Mas, irei fazer isso! É só uma hipótese, um perigo que corro enquanto não estabilizar a gravidez... Mas, nada que eu tenha que ficar encima de uma cama o tempo todo!

– Agora ficarei de olho!

– Sim...- sorri. Vamos para fora...?

– Vamos...- saem.

– Minha mãe é tão dura ás vezes... Mas, eu entendo! - respira fundo. Entendo porque tantas vezes eu também sou assim...

– Pois é... Ela deve estar sofrendo por você também.

– Por isso não queria dizer nada...

– Mas, fez bem em contar ao menos para nós duas. Podemos te ajudar...

– Sim! Por isso falei... Já não aguentava sozinha.

– Você tem certeza sobre o Vitor? - chegam na área externa da casa.

– Absoluta! E não quero mais falar disso...- observa Vitor com a filha de longe. Não quero que ele sofra... Porque ele sofreria todos os dias, até que eu tivesse esse bebê nos meus braços! O problema é que ele guarda tudo para ele... É terrível.

– Pior que é verdade... Só que não é justo você também carregar isso sozinha.

– Mas, está tudo bem... Ao menos por enquanto.

– E vai ficar... Vai ficar!

– Vai...- sorri. Ele se encanta demais com filhos... Não poderia ser diferente, é claro! Mas, olha o jeito que ele trata a Vitória...- os observa.

– É realmente incrível...

– Quando ele soube da primeira gravidez, foi tão importante para ele... Não vou poder vê-lo sofrer.

– Como eu sei que ele morreria sem você... - olha para ela. Eu sei que não quer voltar ao assunto... Mas, me explique, agora com mais calma, o que realmente você teve?

– Como eu já disse, aquele sangramento quando Vitória nasceu, foi uma pequena lesão no colo do útero o que o tornou frágil. Essa fragilidade pode desencadear abortos espontâneos... Por isso preciso fazer esse tratamento, para ter segurança de que tudo ficará bem. Mas, eu confesso que Ricardo me avisou para não engravidar ao menos no período de um ano...

– E o que ele te falou quando descobriu?

– Nada... Ia falar o que!? Só me garantiu que iria fazer de tudo para ocorrer tudo bem... E tem feito.

– Por isso você não tem andado à cavalo?

– Sim... Não seria uma boa ideia cavalgar.

– E quando você tem relações com Vitor... Isso não fere, sei lá Paula!

– Não... - riem. É normal... Perguntei para Ricardo sobre isso, ele me disse para parar só quando eu sentisse dores na região, machucasse ou algo do tipo. Pediu que eu cuidasse da higiene apenas e não fazer nada tão... Enfim...

– Entendi... Mas, você disse que ia parar... Está sentindo dores?

– Não...- olha para ela. Não sinto dores na região! Eu disse que ia tentar diminuir... Para não acabar acontecendo nada. Eu já tentei... Mas, é muito difícil, principalmente por Vitor! E enquanto não tiver ocorrendo nada, segundo Ricardo não há problema... Porque tudo isso é apenas uma hipótese... Por eu já ter tido a lesão! Mas, ele preferiu já entrar com o tratamento para prevenir!

– Que bom!

O resto do dia passa e Paula sente-se mais certa da decisão a cada vez que Vitor cuida da filha. O dia amanhece e a correria na casa amanhece junto. Ela já está de pé e já arrumou Vitória...

– Elias!

– Oi...

– Pega as coisinhas da Vitória! Aqui...- entra para ele.

– Deixe que eu pego o resto, não se preocupe...

– Muito obrigado!

– Paula, e o Vitor?

– Segura aqui mãe... Vou lá tirar o pé dele do chão! - vai para o quarto. VITOR?

– Oi, oi... Já estou quase pronto!

– Vitor não quero quase, eu quero logo! Vamos nos atrasar... Anda!

– Tá bem... Calma. - calça os sapatos. Vou só pentear os cabelos agora e já vou...

– Anda Vitor! Tira esse pé do chão!

– Pronto...- termina. Vamos!

– Pegou sua carteira, seu celular? Seus malditos charutos?

– Já peguei tudo! Minha carteira e celular estão na sua bolsa, lembra?

– Ok então... Vamos!

– Espera...- puxa ela.

– O que foi, Vi? Nós precisamos ir...

– Antes me dê um beijo...- acaricia seu rosto.

– Vitor... A gente pode se beijar muito no avião! Vamos...

– Poxa Paula! Quero que me beije aqui! E no avião quero outra coisa...

– Você é maluco! - ri.

– PAULA!? - gritam da sala.

– Está vendo!? - o puxa. Vamos...

– Ainda não... - segura ela. Quero que me beije aqui, Paula...- se aproxima, colocando seu rosto ao dela

– Odeio quando faz isso...- fecha os olhos. Me faz parar qualquer coisa, para te satisfazer... Me deixa sem saber como agir...- fecha os olhos.

– Fala como se eu te usasse!

– Não me usa... Sua satisfação é a minha. E mesmo que usasse, não me importaria ser usada por você! - o beija.

– Pronto...- ainda preso aos lábios dela. Amo você me beijando assim!

– Gente...- Dulce aparece no corredor. Desculpa incomodar... Mas, precisamos ir!

– Estamos indo...

– Não vai dar tempo nem de tomar café?

– Não, você toma no avião! Vamos...- saem de mãos dadas.

Quarenta minutos depois, já estão todos no aeroporto, prontos para embarcar.

– Já chamaram nosso voo...

– Então vamos indo...

Embarcam todos, conseguindo ficar em poltronas próximas.

– Vai ser tão cansativo para ela...- Vitor a arruma no certinho acoplado para bebês em aviões.

– Vai... Mas, vai valer a pena! Ela vai se divertir...- sorri.

– Sim...- pega na mão de Paula. Tudo bem?

– Tudo...- respira fundo, deitando-se no ombro dele.

– Paula... Tenho te sentido estranha nos últimos dias. Está acontecendo alguma coisa? Você sabe que pode me falar qualquer coisa...

– Sei... - engole seco. Vitor...- o olha. Está tudo bem! É só nervosismo pela viagem...

– Não sei se é só isso... Mas, espero que seja! Não esqueça que eu acabo descobrindo qualquer coisa que esteja relacionada a você e Vitória.

– Calma... Não há nada acontecendo! Confere os cintos dela e o seu... Vamos decolar!

– Tudo certo...- confere, apertando a mão de Paula.

– Quando está só você e Leo, você aperta a mão dele? - ri.

– Claro que não! - riem. Não estou com medo... É que decolar sempre me causa algo! - ri.

– Calma meu amor...- Vitória chora devido ao barulho.

– Calma, bebê... Jájá para...- passa a mão nela. Pronto! - sorri. Está vendo...? Já foi...

– Vamos brincar na neve! - sorri para ela.

– Aê! Papai vai tirar um monte de fotos...- riem. Tá bom!? Olha aqui seu brinquedinho...

– O Zeca...- brinca com ela. Fala "Oi" para o Zeca...

– Ficou sentida! - olha para Paula.

– Ficou...- riem com a filha choramingando.

O voo faz apenas uma escala em São Paulo, seguindo direto depois. Paula e Vitor se revezam para cuidar da filha que fica olhando tudo ao redor. Vitor indica para ela a janela do avião, mostrando o céu e tirando foto. Paula os observa e sente o peito remoer devagarinho... Quase quinze horas depois, com muito cansaço, pousam em Nova Iorque.

– Pessoal! - já desembarcaram. Todos sabem o hotel, né!?

– Sim...

– Então vamos! - sorri.

– Que horas são, Pulinha!? Esqueci meu relógio! Logo o meu relógio...

– São 23:00h, lá no Brasil já é 00:00h.

– Viajamos o dia todo!

– Sim...- se enlaça nele. Vivi capotou! - caminham rumo ao táxi.

– Não é para menos...

Pegam o táxi e minutos depois estão no hotel, já subindo para os quartos.

– Mãe... Qualquer coisa nos telefone!

– Pode deixar... Não se preocupem! Vitória vai dormir com a gente essa noite?

– Não...

– Mas, ela não ia...?

– Vi... Ao menos a primeira noite!

– Tá... Chegamos! Tenham uma boa noite, meninas! - riem. E juízo... Não vão sair por aí querendo arrumar gatinhos, vou ficar de olho!

– Esse Vitor é besta! - riem, entrando no quarto.

– Vi... Vem! O nosso é aquele...

Paula entra primeiro e se encanta, Vitor vem logo atrás com o entregador de malas, que deixa tudo e sai.

– Coloque ela aqui, amor...- arruma a cama. Quando ela acordar, darei um banho...

– Sim...

– É lindo, né!? - vai até a varanda do quarto.

– É maravilhoso... Abre para vermos...

– Tá...- abre a porta da varanda e se impressionam com a vista.

– Caramba...- sorri, indo até lá fora. Que coisa linda!

– Uma vez escutei algo, de um certo alguém...

– O que!? - se vira para ela.

– O que deixa algum lugar lindo, é a companhia...- sorri. Estou muito feliz por você estar aqui!

– Ah...- se aproxima dela. Acho que sei quem falou isso...- a segura pela cintura.

– Meu poeta predileto! - sorri.

– Eu te amo, Paula... Daqui alguns minutos fará um ano!

– Um ano! - se envolve nele. Nem consigo acreditar... Tantas coisas aconteceram...

– E estamos aqui...- a encara. Vou pedir algo para bebermos, ok!?

– Que não seja de álcool, amor...

– Por que!? Ao menos uma vez...

– Não amor... Amanhã temos o dia todo para comemorar! Peça algo sem álcool...

– Paula...- estranha. É um dia especial e...- resolve não falar. Esquece! Deixa a bebida para lá...- volta-se para ela.

– Vi... Desculpa, é que prefiro assim...

– Não, tudo bem! Quer tomar um banho?

– Pode ir... A Vitória está na cama, pode cair...

– Por isso falei que ela iria dormir com nossas mães! Nós viemos para comemorar nosso casamento, também...

– Eu sei... Mas, é a primeira noite e ela poderia estranhar!

– Tudo bem, Paula... Como você achar melhor!

– Vitor...

– Está tudo bem! Estou falando sério... Posso dormir naquele sofá e vocês duas ficam na cama. Vá tomar seu banho primeiro... Eu fico com ela.

– Não...

– Vá, por favor...- a beija na testa. Eu fico... Você está cansada...

– Tá... Eu já volto! - sai.

Paula entra no chuveiro sentindo-se culpada por tudo que houve, mas sabe que no momento é o melhor e que ele entenderá tudo. Vitor se senta na varanda, pega o celular e começa rever as fotos do casamento que tinha nele... Já passou da 00:00h e ele resolve fazer uma publicação.

"Amor

O que não se explica

Onde além se vai

Do que na alma fica

O que nunca sai.

O que adormece a voz

E desperta paixão

Desaperta os nós

E se ri da razão..." - Um ano que me reencontro todos os dias. Que perco as palavras para ouvir você rir... Obrigado pela companhia, pela parceria, pela amorosidade e por ser sempre quem é, uma caixinha de surpresas que me faz feliz. Amo você, @paulafernandes minha eterna inspiração."

– Vi...?

– Oi...- se vira para vê-la.

– Vou me arrumar e já venho... Até porque não dá para comemorar nosso aniversário assim, de toalha na cabeça...- ri enquanto ele se aproxima.

– Quando eu te conheci, não estava assim... Mas, também não estava como quer ficar. Você simplesmente estava ali e eu não enxerguei nada além dos teus olhos tão bonitos. Eu te amo e obrigado por esse ano incrível... - a abraça.

– Eu que agradeço! Meu melhor eu...- o beija.

– Obrigado, obrigado! - sorri. Depois você olha no instagram...

– Você postou algo para mim!?

– Postei! Para Nós...

– Eu te amo! Não esquece disso nunca... Não esqueça que tudo que eu fizer, será para seu bem, mesmo que talvez você não entenda.

– Eu sei, meu bem... Não se preocupe com isso! - sorri.

– Vou me trocar porque está friozinho...

– Por falar nisso... - vai até a porta da varanda. Vou fechar aqui por conta de Vitória! - fecha.

– Ok...- vai até sua mala. Você não está com fome, Vi?

– Estou...- a observa, sentando-se no sofá.

– Peça algo para comermos juntos...

– Amanhã quero ir à Carlo's Bakery!

– Aquela loja terrível de doces? Vou morrer...- ri.

– Ela mesma! - riem. Temos que passear bastante amanhã... Mas, se tiver muito frio, acredito que não será uma boa ideia para Vitória.

– É... - se troca. Mas, acredito que não fará tanto frio e trouxe tanta roupa para ela.- observa a filha.

– É... A cobre mais um pouquinho...

– Tá friozinho, mamãe...- a cobre. Você não vai tomar banho?

– Vou... Você pode pedir a comida?

– Tá, peço sim! Vou separar sua roupa aqui, para que não faça bagunça. - pega na mala. Depois você pega ali no sofá!

– Tudo bem...- vai para o banho.

Faz os pedidos e se deita com Vitória enquanto ele ainda está no banheiro. Observa a filha dormindo e não demora muito para que inconscientemente faça o mesmo...

– Paula, você não está...- vem do banheiro com pressa, mas a vê dormindo. Vendo a campainha tocar...- fala em um tom de chateação.

Vitor atende a porta e recebe os pedidos. Pensa em acordá-la para comer, mas logo desiste... Se arruma e janta a comemoração de seu primeiro ano de casamento, sozinho. O cansaço também fala alto, talvez não mais alto do quanto está chateado mesmo sabendo que ela estava cansada. Arruma-se no sofá e adormece...


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Notas finais do capítulo

Que situação 😔



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