12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 63
Capítulo 61




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– Ok... Até mais tarde. - sai.

Paula vai até o quarto e vê Vitor acariciando a filha no berço.

– Shiu...- indica para ela fazer silêncio.

– O que foi? - vai até eles.

– Ela quer acordar...

– Ah... Vou tomar um banho. - o beija e sai.

No banho fica pensando sobre as dores no estômago. Já teve problemas com isso antigamente e principalmente na gravidez de Vitória tudo retornou. Se distrai e não vê Vitor chegando, entrando no banho com ela.

– O que está pensando...? - a acaricia.

– Nem vi você entrar...

– Percebi... O que está havendo?

– Nada...- o abraça.

– Paula...- a segura, virando para si. O que está havendo?

– Nada...- ri.

– Você entristeceu desde que sentiu aquela dor.

– Só estou preocupada... Você sabe que não posso ficar doente.

– Mas...

– Sou mãe, sou esposa, sou cantora, sou produtora... Não tenho tempo para ficar doente, Vitor. Eu não posso!

– Por favor...- a encara. Você não está doente! E muito menos está sozinha nisso...

– Eu sei... Mas, existem coisas que só eu posso ser!

– Entendo... Mas, não quero que se sobrecarregue assim.

– Tá...- se vira, lavando-se.

– Pulinha...- coloca as mãos em seu ombros. Não fique tão preocupada...

– Eu sei...- sorri. Estou bem...

– Não está... - se entristece.

– Estou sim! Se vira para ele... Estou feliz por você querer publicar seu livro.

– Sim...

– Hoje vai ser muito especial...

– Vai sim...- acaricia seu rosto.

– Não vejo a hora de ver o seu livro...

– E eu o seu...

– Meu livro...- respira fundo. Eu nem sei quando isso pode sair.

– Eu já comecei... Eu e sua mãe.

– Como assim...? - se espanta.

– Nós já começamos o seu livro. Estamos na montagem das ideias, das suas histórias...

– Vocês nem...

– Era uma surpresa, mas eu não aguento.- ri.

– Vitor...- riem. Nem sei o que falar...

– Não fale nada...- a beija, escorregando suas mãos por todo o corpo.

– Vitor... - fecha os olhos.

– Não gosto de ver você assim...- se envolve em seu pescoço.

– Eu sei...- acelera a respiração. Mas, agora não...- se solta. Por favor...

– Paula...- estranha. Tudo bem, desculpa...- tenta se recompor.

– Eu...- fica sem graça. Só não quero agora...

– Tá...- respira fundo. Desculpa...

– Não Vi...- se entristece. Não é que você...

– Eu entendi...- força um sorriso, se sentindo desconfortável. Vou deixar você tomar seu banho...

– Não Vitor! Por favor...

– Você quer um momento só para você, não é?

– É... - admite. Eu...- se aproxima dele. Meu amor eu preciso ficar um pouquinho sozinha... E quando a gente está junto, me sinto mais parte de você do que de mim mesma. Mas, agora preciso um pouco de mim!

– Eu sei... Perdão por estar sempre invadindo sua privacidade. Seu limite...

– Não...- o abraça. Você não faz isso... Você só quer cuidar de mim, da gente. E eu amo que faça isso... É que só quero ficar agora um pouquinho só.

– Tudo bem...- a beija. Eu vou para fora... Depois tomo meu banho. - sai, vestindo o roupão. Qualquer coisa estou ali...- sai triste.

Vitor sabia que Paula não estava bem, mas dessa vez viu que a melhor solução não era estar junto dela, mas sim que ela ficasse sozinha. Vai para o closet dela, observar suas coisas. Enquanto isso, Paula termina seu banho ainda pensando, ainda temendo os motivos de sua dor. Não conseguia tirar aquilo da cabeça...

– Vitor...? - fala baixo para não acordar a filha. Vi...? - vai até o closet dele, mas não o encontra, buscando então no seu. Te achei... O que está fazendo?

– Você sempre escolhe minhas roupas... - segura um vestido. E sei que você é muito independente, mas queria te pedir uma coisa... Vista esse hoje! - entrega para ela.

– Você gosta dele...? - sorri pegando.

– Eu adoro ele. Você fica linda...

– Pensei que tinha ciúmes quando eu vestia...- ri. É um pouco curto...

– Eu tenho. Mas, é besteira achar que é ciúme é só coisa ruim... Eu gosto de desejar você, em uma roupa ou sem. E...- sorri. Esse vestido é especial...

– Especial...?

– Acho engraçado isso...- sorri. Você sempre lembra das minhas coisas, dos meus detalhes e eu sempre me recordo dos seus. Você usou esse vestido no dia do leilão do Eduardo, em BH... Eu te desejei tanto naquele dia. Só em abraçar você, em poder encostar um pouquinho em você. Sentir seu cheiro...! Tinha acabado de passar um furação na minha vida, entre nós dois e todos aqueles problemas... E quando te vi ali, com esse vestido, com esses olhos grandes e desconfiados, meu coração bateu tão forte. Você me negando e eu perdendo mais a força quando via você sorrir pros outros convidados... Te amei de longe, fiz loucuras na minha cabeça com você! Você não saiu um minuto de mim... Arrematei seu violão e aquele anel de pérola, pensando em você.

– O anel do noivado...

– Sim...- sorri.

– Você pode não ser o melhor homem do mundo! Mas, você é o melhor homem para mim, porque sou eu...- o abraça. Eu te amo...- o observa. Muito! Agora eu posso escolher sua roupa? Levando em conta uma história também...?

– Por favor...- sorri.

– Então vem...- coloca o vestido na poltrona do closet e vão para o dele.

– Qual quer que eu vista...?

– Essa...- retira. Ela até ficar aqui... Num lugarzinho especial. Lembra?

– Não...- observa. Tenho tantas dessa...

– Dessa não! - ri. É só uma... Você usou no dia do jantar na casa da sua mãe. Quando desci do hotel e te vi parado no carro, no celular, não conseguia acreditar em tanta paz que vinha de você. Estava triste, preocupado... Mas, não me deixou um minuto. Naquela noite, focou com ciúmes e sumiu da festa! Voltou com só com tia Léia... Não tirando o olho de mim. Sabe que eu sempre gostei de te provocar? - sorri. Sempre quis que olhasse para mim... Me sentia amada. Desejada de verdade, de uma maneira pura, não só pelo que os outros homens me desejavam. Acabamos passando em seu apartamento e aconteceu... Mais uma vez. Mas, foi a última transa antes de começarmos a namorar. Naquele dia você me pediu em namoro e depois nada foi igual!

– E espero que nunca mais seja...- sorri.

– Não vai...- se aproxima. Eu também lembro da calça... Mas, já não te serve! - riem.

– É... Já faz um tempinho.

– Sim...- o beija.

– Você não se lembra da roupa íntima?

– Não...- ri. Não a vi saindo de você... - sorri.

– Imagino...- ri.

– Vá tomar seu banho, para nos arrumarmos e receber o pessoal.

– Tá bem...- a beija. Já volto...

Vitor vai para o banho e Paula retornar para seu closet, aprontando-se com o vestido que ele escolheu. Duas horas depois já estão os dois devidamente arrumados e aguardando os convidados...

– Lucy já pegou Vitória...?

– Já..

– Ok...

– Paula me enviou uma mensagem no whats, perguntando se poderia postar uma foto que tirou de Vitória...

– E então...? - o observa.

– Paula...- sente um nó na garganta. Tenho tanto medo...

– VI...- desiste de falar. Tudo bem... Não vamos brigar por conta disso.

– Se eu postar, podemos desistir de uma revista fazendo isso?

– Você postar? - se aproxima dele.

– Sim... Eu postar uma foto dela para todos a conhecerem de verdade.

– Claro! - sorri. Você é bem melhor que qualquer revista...- envolve seus braços nele. Mas, faço isso se sentir-se a vontade...

– Eu sei... Farei.

– Tá bem...

– Gente...- Diva aparece. Está chegando um carro...

– Está nervoso? - ri.

– Um pouco...- ri.

– Deixa eu te arrumar...- arruma a camiseta dele. Vai dar tudo certo! - acaricia seu rosto.

– Tomara... Vamos! - segura a mão dela e vão para a porta, aguardar os convidados da editora.

– Será que são eles?

– Sim...

– Virão em quantos?

– Três...! - o carro estaciona e as pessoas descem.

– Três homens! Só eu de mulher...

– Estarei junto de você. - se aproximam.

– Mesmo assim...- sorri.

– Boa noite!

– Boa noite...- os cumprimenta. Obrigado por terem vindo...

– Nós que agradecemos por você ter aceitado nossa visita...

– Essa é minha esposa...- aponta para ela. Paula...

– Prazer Paula! - a cumprimenta.

– Todo meu! - sorri. Sejam muito bem vindos...

– Nós agradecemos.

– Por favor... Queiram nos acompanhar! - os encaminha até o jardim.

– Que bela casa!

– Muito obrigado...- sorri.

– E você também é muito bonita, Paula...- a olha.

– Obrigado! - se enlaça no Vitor.

Chegando no jardim, sentam-se todos e começamos serem servidos. Vitor relata sobre o livro, o seu conteúdo, suas poesias. O questionam sobre como ele gostaria do design do projeto...

– Já tenho uma proposta para isso... - pega a pasta.

– Nos mostre.

– Aqui...- retira inúmeros desenhos. Gostaria que o livro fosse repleto de desenhos... Desses em especial.- olha para Paula que não acredita.

– São muito bonitos...

– São sim! Foram feitos pela minha esposa...

– Que maravilha! - sorri. Será um livro de puro amor...

– Sim! - sorriem.

A noite chega e algumas horas depois se despedem com o projeto do livro todo pronto. Paula e Vitor fecham a casa e vão para o quarto...

– Estou exausto! - se joga na cama.

– Exausto para tudo?

– Depende...- retira a camiseta.

– Ah...- mostra o vinho que estava guardando. Porque nós ainda precisamos comemorar...

– Então vou abrir exceção! - sorri.

– Ótimo...- entrega a taça para ele, o servindo. Amei que escolheu meus desenhos...

– Não poderia ser diferente!

– Eu te amo...

– Um brinde a esse amor... - propõe.

– Sempre! - ri, enquanto brindam.

– Deite-se aqui...- passa a mão na cama, do lado dela.

– Antes, vou me livrar desse vestido!

– Tudo bem...- senta-se, a encarando. Vou ficar olhando...- bebe.

– Não é um show, Vitor Chaves...- começa tirar.

– Você é meu show, Paula... Você sempre foi.

– Fico feliz por isso...- vai até ele.

– Eu te amo... - a segura pela mão, para que suba na cama.

– Eu também, Vitor... Muito. - senta-se sobre ele.

– Eu...- o telefone toca. Não acredito! - respira fundo. Vou começar a desligar essa merda!

– Calma... Deve ser é importante para ligar agora! - sai de seu colo.

– Vou atender... Fique aqui. - se levanta, indo até o telefone. Alô!?

– Vitor...

– Sim, é ele!

– Pediu que eu ligasse quando pudesse, estou ligando.

– Ah...- engoli seco. Só um minuto, não desligue... Paula, eu já volto!

– Quem é!? - estranha.

– Um problema do escritório...

– Essa hora?

– Sim! Para você ver...- a beija. Eu já volto...

– Mas, Vitor...

– Já volto, Paula! - sai, correndo para o telefone do escritório. Pode falar!

– Sua assessoria pediu que eu telefonasse... Só pude agora.

– Tudo bem...

– O que queria...?

– Seu Osvaldo... A Paula está em casa, então não vou poder falar muito.

– Então vou desligar, não tenho dinheiro para ficar tanto tempo no telefone...

– Não, espere! Acredito que minha assessora já tenha conversado com você sobre o que eu queria...

– Já...

– O senhor vai aceitar?

– Como vou para aí sem que ninguém saiba?

– O senhor vai para meu escritório... Lá a gente se vê. Está disponível quando?

– No mês que vem! No mês que vem eu te telefono novamente...

– Não... Dessa vez eu me encarrego de telefonar. Só não invente de não me atender... Por favor.

– Está bem...- respira fundo. Como ela é...?

– É linda...- sorri. Lembra muito a Paula...

– Imagino... Agora preciso desligar. Até mais...

– Não... - desliga. Droga!

– Vitor!?

– Oi...

– Quem era? - Paula aparece na porta.

– Uma pessoa da minha assessoria.

– Vitor...- o encara. Não mente para mim!

– Paula...- vai até ela. Não quero criar esperanças em você.

– O que é? - estranha.

– Era seu pai.

– Meu pai? - se assusta, afastando-se dele. O que ele queria, Vitor!?

– Calma...- vai até ela.

– Estou calma! Mas, quero que me diga...

– Eu pedi para minha assessoria entrar em contato com ele há alguns meses... Ele retornou agora.

– Para quê!? - diz com os olhos marejados.

– Para ele ver você... Para ver Vitória.

– Ele aceitou!?

– Sim... No mês que vem! Quando for o dia eu vou dar um jeito... Não se preocupe com isso.

– Vitor...- senta-se.

– Paula, não queria te ver assim.

– Está tudo bem...

– Vamos para o quarto... - a levanta.

– Espera...- segura nele, sentindo-se tonta.

– O que foi?

– Estou um pouco tonta... Já está passando!

– Paula... Nós vamos ao médico amanhã.

– Vi...- respira fundo, caindo em seu colo.

– Paula... Paula! - a segura. Meu Deus! CINTIA!? - grita, saindo com ela do escritório. CINTIA? - se desespera.

– Vitor! - Diva aparece arrumando a camisola. O que houve? Meu Deus... Coloque ela no sofá!

– Diva... Ela desmaiou, não sei o que aconteceu! Pelo amor de Deus...

– Calma...- pega água na cozinha, retornando. Paula...- a chama. Paula...- passa água nela.

– Não adianta Diva!

– Gente, o que houve? Paula! - Lucy a vê. O que aconteceu?

– Não sei Lucy... Ela desde cedo vem passando mal. Com tontura, dor no estômago...

– A pressão deve ter baixado...- coloca a mão nela. Vou buscar algo para ela cheirar, daí ela volta...- se levanta, saindo.

– Foi do nada...?

– Não Diva... Na verdade, não sei... Aconteceu uma coisa e...

– O que, menino? O que aconteceu? - se preocupe.

– O pai dela ligou aqui...

– Ela deve ter levado um susto...

– É...

– Mas, ela já tem passado mal?

– Sim, hoje pela tarde ela passou mal do estômago, se sentindo tonta...

– Aqui...- se agacha, e coloca álcool em seu nariz. Paula...- ela abre os olhos, tossindo. Ela está voltando...

– Pulinha...- Vitor se aproxima dela. Você está bem? - coloca a mão nela.

– Calma, Vitor... Dê espaço para ela respirar!

– Tá... - se afasta. Você tá bem? - diz aflito.

– Calma Vitor...- olha para Paula. Você tá bem Paulinha?

– Sim...- respira fundo. Está tudo bem... O que houve?

– Você desmaiou...- se aproxima novamente. Você está melhor? - passa a mão no rosto dela.

– Estou...- sorri, tentando acalmá-lo. Deve ter sido minha pressão...

– Sim!

– Lucy, Vitória está sozinha?

– Sim! - se levanta. Já estou indo para lá!

– Não... - olha pra Vitor. Pegue Vivi e leve paraççpp nosso quarto...

– Tá... Mas, antes vou levar você! - a levanta.

– Podem deixar que levo a Vivi...

– Obrigado Lucy!

Diva ajuda deitar a Paula, mesmo com a resistência dela, alegando que estava bem e poderia fazer aquilo sozinha. Vitor já telefona para Ricardo, o médico de Paula e pede uma vaga para o próximo dia pela manhã.

– Já marquei...- retorna para o quarto.

– Obrigado Diva... - a serve com um chá. Vitor, não há necessidade...

– Há sim! Paula... Você precisa ver isso. Se bem que já desconfio do que seja!

– O quê Diva!? - Vitor a olha, preocupado.

Paula olha para Diva, para que ela não diga o que está pensando.

– Nada, Vitor... Só um mal estar mesmo.

– Vamos todos dormir...

– Ela está mimindo...- Lucy a coloca no berço.

– Tudo bem! Obrigado Lucy...

– Por nada... - sorri. Vamos mamãe...- chama Diva.

– Vamos...- vai até ela. Qualquer coisa nos chamem!

– Muito obrigado meninas...- Vitor as leva até a porta.

– Boa noite...- saem.

– Boa noite...- fecha a porta, passando para observar Vitória e depois seguindo para Paula.

– Está tudo bem... Tira essa cara de preocupação! - coloca a caneca de chá no móvel ao lado.

– Não vai dar! - segue para o banheiro.

– Vitor! - chama.

– Oi...- retorna.

– Não fique bravo comigo!

– Não estou bravo... Só chateado.

– Pelo quê?

– Você fala como se eu não tivesse que me preocupar! Como se fosse besteira eu fazer isso...

– Não é isso...- respira fundo. Desculpa...

– Vou tomar um banho...

– Me leva junto... Eu também quero tomar um!

– Não... Fique aí com Vitória. - sai.

Paula se entristece e sente-se culpada por ter respondido ele como respondeu. Mas, Vitor era exagerado... Se preocupava além da conta, fazia coisas por ela que não havia necessidade. Mas, no fundo amava ele por isso e doeria em si se ele não se importasse dessa maneira. Quando Vitor retorna para o quarto, ela já dormiu em má posição. Ele a arruma e a cobre, vai olhar novamente Vitória e retorna se deitar. Não consegue pregar os olhos, preocupado ainda com o má estar de Paula... Ela que é sempre tão saudável. O dia amanhece e pouco ele dormiu, levanta-se e pega Vitória que acabou de acordar... Arruma-se enquanto a filha fica no chão mexendo nos armários do banheiro, nas gavetas do closet. Logo depois segue para o quarto dela e a arruma, com Paula ainda dormindo.

– Bom dia...

– Bom dia Vitor... Vitória! - sorri.

– Fique aqui filha...- a coloca na cadeirinha com um brinquedo. Papai vai preparar seu suco... Hoje é quarta o suco é de uva! - pega as uvas da mesa e vai para o balcão.

– Deixa que eu faço, Vitor...

– Está tudo bem, Sol...- sorri. Eu faço...- pega o restante das coisas. Você sabe se tem doce de leite?

– Não sei...- vai até a geladeira. Vou ver...- olha. Tem sim! Dulce deixou aqui...

– Tire aí para mim que irei comer com pão.

– Tá...- tira. Paula passou mal essa noite?

– Sim! Desmaiou... Teve uma queda de pressão. - bate o suco. CEDO ELA JÁ HAVIA PASSADO MAL, COM O ESTÔMAGO... - fala alto pelo barulho. E DEPOIS TEVE UMA QUEDA DE PRESSÃO. - para de bater. Mas, hoje já marquei uma consulta... - retira do recipiente e coloca no copinho de Vitória.

– Nossa... Mas, ela melhorou?

– Melhorou sim! Vamos ver agora...- vai até Vitória. Aqui, meu amor...- entrega.

– Café ou chá?

– Café Sol...

– Ok...- o serve.

– Bom dia...- Paula senta-se.

– Bom dia!

Mal se falam e Sol, percebendo a situação, a serve e se retira da cozinha para que conversem.

– Que horas é a consulta?

– Às nove.

– Ah...

– Você vai?

– Vitor...- deposita a xícara na mesa, respirando fundo. Prefiro ir daqui alguns quinze dias.

– Por que? Se as dores são agora...

– Porque são dores normais. Prefiro ver se retornam do que acabar indo agora por nada!

– Não vou te falar mais nada...- levanta-se, leva a xícara na pia e sai.

– Seu pai é tão...- olha para Vitória. VITOR? - o telefone toca. Atende aí!

– JÁ ESTOU SENTADO, ATENDE VOCÊ!

– Aff...- levanta-se, atendendo. Alô?

– Paulinha! - chora.

– O que houve, Leo? - se preocupe.

– Tenho uma novidade! - ri ao mesmo tempo.

– Meu Deus...- riem. Se decida se vai chorar ou rir!

– É que é tudo ao mesmo tempo!

– Então me diga, fiquei curiosa!

– Acabamos de descobrir que a Tati está grávida!

– Não acredito! - ri. Que maravilha, Leo...

– Estamos muito...- riem.

– Eu imagino! - ri. Quer falar com Vitor?

– Quero Paula! Quero sim...

– Vou chamá-lo! - Paula deixa o telefone e vai chamar Vitor.

– Vitor! - para na porta. Leo quer falar com você!

– Falar o que?

– É uma novidade... Atende aí!

– Tá...- pega outra linha. Pronto Leo...

O irmão conta a novidade, feliz e contagiante. Vitor fica contente, era um dos planos de Leo que agora se realizavam.

– Leo te falou? - chega com Vitória no colo.

– Sim! - sorri. Estou muito feliz por ele...

– Eu também... - senta-se ao lado dele, colocando Vitória no chão.

– Hoje eu já viajo, preciso resolver umas coisas antes... - tenta se levantar, mas Paula o puxa.

– Então vamos namorar um pouquinho...- olha para ele. Não fique assim comigo! Por favor...

– Só fico preocupado e você se irrita... Só tento não te ver com dor, passando mal e você parece não se importar enquanto eu estou morrendo por dentro por conta disso. Quando eu fico doente, você não me dá paz e mesmo que eu não suporte você toda hora encima de mim, fazendo as coisas, eu aturo... Porque eu amo você e sei que faz pelo meu bem. Eu amo isso em você... Mesmo que certas atitudes exageradas me irritem. Mas, eu me controlo... Porque eu gosto de ser cuidado também.

– Não tinha pensado assim... Eu só não gosto de ver você tão preocupado com coisas pequenas.

– Sua saúde é uma coisa pequena?

– Não... Mas, é que...- se aproxima dele. Vitor... Eu vou ao médico, mas só quero ir daqui alguns dias. É coisa de mulher... Você não entende. Mas, não se preocupe que eu irei!

– Não entendo mesmo...

– Então... Fique tranquilo, que isso não irá retornar! Mas, mesmo assim irei... É que ontem comi demais e levei aquele susto depois. Já estava fraca por conta do estômago... Não pense besteiras.

– Tudo bem...

– Posso deixar Vitória só um pouquinho com a Sol... Para ela brincar com Clara...

– E você vai fazer o que?

– Vou voltar pro nosso quarto...

– E eu vou para o escritório...

– Não seja chato!

– Preciso trabalhar Paula! Ninguém vive só disso...

– Tudo bem...- se vira e pega Vitória. Só não esqueça que você já vai embora hoje! Serão três longos dias sem voltar para casa...- o encara. E quando voltar, eu ainda estarei em show. Só retorno no outro dia... Enfim, vou andar com Vitória e Clara. - sai.

– Eu te encontro daqui alguns minutos...- se levanta. No quarto!

Paula se vira, sorrindo. Pisca para ele e sai...


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem ❤



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