12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 61
Capítulo 59


Notas iniciais do capítulo

Bom dia! Vou postar o capítulo porque nos próximos está difícil escrever. Então fiquem com esse e o depois eu vou tentando... 😘



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– Está começando a ficar bom...- ri.

– Hoje podemos demorar o quanto quisermos! Meu marido estará em casa, trabalhando... Ele adora trabalhar na madrugada e deixar uma mulher como eu dormindo sozinha.

– Tenho certeza que seu marido faz isso para seu bem!

– Mas, convenhamos... Você deixaria eu dormir sozinha? Logo hoje que eu nem estava a fim de dormir...- olha para ele ironizando.

– Se eu fosse seu marido e precisasse trabalhar, não enxergaria assim... Não estará te deixando sozinha...

– Hei...- o interrompe, colocando a mão em sua coxa. Você não é meu marido! Você é meu amante...- sussurra.

– Chega dessa brincadeira!

– Por que? Nada disso...- aperta. Agora que vai ficar legal! Ou melhor, depois do jantar...- tira a mão, voltando-se para o celular rindo.

– Paula, Paula...

– É excitante você falando meu nome! Repete, querido?

– Vou repetir já... Aguarde aí sentadinha.

– Aguardo! Por você eu aguardo quietinha aqui... Só com meu marido que gosto de falar bastante!

– Que pena tenho dele... Imagino e como imagino o quanto você fala. Sei até que você não ouve ele... Você nunca ouve ele.

– Se continuar do lado do meu marido, nem você e nem ele verá o que estou guardando em segredo...

– Sabia que eu também tenho um segredo? - a olha. Um grande segredo... Que você também não vai ver se continuar à agir feito minha esposa. Sendo... chata!

– Quer dizer que sua esposa é chata!?

– Ela é! - faz carranca. E como é chata...- respira fundo.

– Pensei que ela era uma mulher bonita, inteligente, gostosa...- liga o som do carro.

– Até que ela é gostosinha... Não posso negar não... Dá um caldinho.

– Vá te ferrar Vitor! - riem.

– Seu esposo dá uma canja! Confessa... Um pirão inteiro!

– Só se for na cozinha das outras... Porque na minha cozinha... Hi... Não dá muita coisa não!

– Você vai me pagar, Paula...- ri. Minha música...- aumenta o volume. Know with all of your heart, you can't shame me... When I am with you, there's no place I'd rather be! - bate no volante cantando.

– Meu marido adora essa música!

– Ele tem um excelente gosto...

– Claro, por isso sou a esposa dele! - sorri.

– A minha esposa também tem um excelente gosto!

– Como vou saber se não provei você ainda?

– Depois do jantar a gente se acerta...- riem. With every step we take, Kyoto to The Bay... Strolling so casually! Vai, vai...- bate nela, se remexendo. Canta Paula!

"N-n-n-no, no, no, no place I'd rather be..."- cantam juntos.

– A Vitória gosta dessa música... - ri.

– É fácil estar com você, simplicidade sagrada... Enquanto estivermos juntos...

"Não há nenhum lugar que eu preferiria estar..." - dizem a tradução.

– Isso aí! - sorri. Agora vou colocar uma outra aqui...

– Qual?

– De uma pessoa aí...- sincroniza o celular dele (que estava dentro do carro). Pronto...

– Conheço essa pessoa...- ri.

– Vai delirar de amor... Sentir o meu calor, vai me pertencer! - canta.

– Sou pássaro de fogo, que canta ao teu ouvido...- olha para ele.

"Vou ganhar esse jogo, te amando feito louco... Quero teu amor bandido" - cantam.

Vão o restante do caminho cantando as músicas e rindo da brincadeira maluca que inventaram. Quinze minutos depois chegam ao restaurante, estacionam e descem de mãos dadas.

– Não venho aqui desde o ocorrido...- aperta a mão dela.

– Está tudo bem, meu amor...- o beija. Vamos lá...- entram.

– Boa noite! - sorri. Sejam bem-vindos ao Bambola! Já estão à espera de vocês... Por favor...- os indica.

– Muito obrigado...- seguem.

– Fiquem à vontade...

– Ficaremos! - sorriem.

– Pensei que não chegariam nunca! - reclama.

– A fazenda não fica ali do lado Leo... E eu e Paula temos muito o que fazer também! - o cumprimenta rindo.

– Vitor e suas adoráveis respostas! - cumprimenta Tati, Paula e Fernando.

– Nem ligamos mais! - riem.

– Oi Leo! - o abraça.

– Oi cunha! - a cumprimenta.

– Sente-se...- puxa para ela.

– Obrigado...- se senta ao lado dele.

– Que cavalheirismo... Está tendo conquistar ainda? - ri.

– Estou! - riem. Todos os dias eu preciso conquistar de novo...- sorri para Paula que ri.

– Você precisa mesmo... Pois não sou fácil!

– Eu sei bem disso! - riem.

– Como está Vivi?

– Serelepe!- ri. Todo dia ela descobre algo diferente, né Vi!?

– Sim, está crescendo tão rápido que chega dói...

– É assim mesmo... Quando mal esperamos já estão fazendo tudo sozinhos e achando que são donos do próprio nariz! - ri.

– Paula, está na hora de você arrumar um! Leo foi intrometido e tomou a frente, eu vim logo atrás e agora só falta você!

– Nem me apresse... Eu e Fernando estamos indo bem! - ri. Mas, quem sabe não surge!? A vida é uma surpresa...

– Uma linda surpresa!

– Vamos fazer os pedidos...

Chamam o maître e fazem os pedidos. Conversam sobre tudo; sobre a vida em casal, os shows, as crianças. Paula e Vitor contam a novidade sobre a ECAD, sobre o ensaio que farão para a Patrícia Nascimento, sobre a viagem para Nova Iorque, os convidando para irem também. O tempo passa tão depressão, que não se dão conta que o dia já acabou e outro se inicia...

– Vamos fechar o restaurante! - riem.

– Leo, vamos... Precisamos pegar os meninos ainda.

– Vamos Tata...- se levanta.

– Estão dormindo onde Paula? - se levanta junto de Paula.

– Na casa da mamãe, Vi...

– Vão ver a Vitória mais tarde! Ninguém mais vai na fazenda...

– É tanto compromisso...- se entristece. Mas, quero vê-la sim! Não esqueçam de tirar uma fotinha dela e me mandar. - começam sair.

– Mandaremos!

Se despedem, seguindo cada um para seu carro.

– Quer que eu dirija?

– Não, está tudo bem...- beija a mão dela.

– Onde iremos agora? - entram e já colocam o cinto.

– Como assim? - liga o carro, saindo.

– Você já vai querer voltar para sua esposa? - se deita no ombro dele.

– Ah...- sorri. Você quer me experimentar ainda... Havia esquecido.

– Sim! - riem.

– Você quer ir para um Motel, Paula?

– Claro que não! - se levanta rindo. Vamos para casa...- riem.

– Por um minuto pensei que era isso...

– Por um minuto, né!? Mas... Já que estamos brincando de imaginar as coisas, poderíamos imaginar que nossa casa é um local feito para se amar.

– Mas, isso não precisa de imaginação... Nossa casa é um lugar feito para se amar!

– Então está bem...- coloca a mão dele sobre sua perna.

– Não me esqueci que tenho que trabalhar...- sobe a mão. E já entendi seu jogo...- aperta.

– Poxa Vi...- acaricia o braço dele. Você não vai se arrepender se ficar quietinho comigo! Amanhã você mexe...

– Pulinha...- respira fundo.

– Por favor...- coloca a mão sobre ele.

– Paula! Preciso olhar a estrada...

– Não estou fazendo nada!

– Você nunca faz...- se contorce. Para Paula! Vou começar te apertar também para ver se é bom... Você bebeu uma taça de vinho a mais do que comumente bebe?

– Não! - retira a mão, rindo. Só quero te convencer a ficar um pouquinho comigo... Temos que aproveitar que Vitória está dormindo e curtir um pouco.

– Não vou demorar...

– Aff!

– Não faz assim! Eu termino rápido e vou...

– Por que não faz amanhã?

– Porque quero passar o dia com você e Vitória...

– E nós dois? Vamos passar que momento juntos? Temos que aproveitar quando ela dorme.

– Não vamos falar mais disso...

– Sinceramente eu não te entendendo... Quando eu quero ficar com você, você escolhe o trabalho. Mas, se fosse o contrário você não me deixaria trabalhar! Ficaria no pé até conseguir o que quer...

– Vou no estúdio, organizo tudo e vou para o quarto!

– Não! Agora não quero mais...- pega o celular.

– Paula...

– Não vamos falar mais disso. O meu marido voltou! - olha pra ele provocando.

– E infelizmente vou acabar encontrando a minha esposa em todas as amantes! - revida.

Passam o restante do caminho entre insinuações e ironias, acabando por rirem de muitas delas. Ao chegarem, entram abraçados.

– Vitor...- se vira sobre ele, com seus braços envoltos ao pescoço.

– Não começa...- ri.

– Por favor...- o beija.

– Pulinha...- fecha os olhos com carinhos dela. Não faz ideia do quanto isso é difícil...

– Difícil porque você quer!

– É rápido, eu prometo! Aquilo está tudo desorganizado, em minutos eu levo tudo pro estúdio e já vou para o quarto...

– Não! - se solta dele. Boa Noite...

– Paula...- se chateia.

Respira fundo e busca os papeis do escritório levando-os para o estúdio. Se não aproveitasse aquele pouco tempo, teria que abrir mão da viagem com ela, pois todo o resto iria se atrasar e ele teria que ficar para colocar em dia. Já no estúdio, atualiza o sistema do escritório dela, referente às produções e aproveita para organizar o da dupla. Paula entende que Vitor jamais a negaria e que alguma coisa muito importante ele tinha que fazer para adiar estar com ela. Como Vitória dorme no quarto com a avó, toma um banho e troca-se com uma das roupas que ele mais gostava, indo até o estúdio para ajudá-lo ou atrapalhá-lo.

– Posso entrar? - entra. Já entrei...

– Pulinha...- a observa vindo até ele. Você não desiste mesmo! - ri.

– Claro que não! - sorri. Sei que você deve estar fazendo algo muito importante...- vai até ele.

– E estou...- afasta sua cadeira para que ela venha.

– Então...- se coloca entre a cadeira e mesa, escorando nela. Vim te ajudar! - sorri. O que está fazendo?

– Terminando de atualizar o sistema...

– Já terminou de atualizar o meu?

– Já...- a observa.

– Falta muito...?

– Já nem sei...- levanta-se a olhando. Você joga muito baixo, Paula..

– Eu só vim te ajudar! - coloca as mãos sobre ele.

– Sei...- começa a desabotoar a camisa.

– Vitor...- ri.

– Vamos fazer uma canja! - a levanta na mesa.

– Canja né...- sorri.

– Como eu já disse, você dá um caldinho...

– E como eu já falei, vá se ferrar! - riem.

– Desde que eu me ferre junto de você, está tudo certo...- segura-a, beijando.

– Sempre...- retira a camisa dele. Tem certeza que não vai atrasar seu trabalho?

– Você não está nem um pouco preocupada com isso...- desce o robe dela.

– Talvez você tenha razão...- se apoia nele.

– Quantas vezes mais vou precisar dizer que você é linda, Paula? - a observa.

– Muitas vezes mais....- acaricia o rosto dele. Do mesmo jeito que vou precisar sempre repetir que olhar para você é uma das melhores coisas da vida!

– Esse cheiro...- se entrelaça aos cabelos dela. Você tem um cheiro tão seu, é inacreditável alguém cheirar tão bem...

– Então somos dois seres inacreditáveis! - ri. Porque eu também amo seu cheiro... O seu cheiro quando acaba de sair do banho. O seu cheiro depois de qualquer esforço que mesmo junto ao suor é inebriante... Gosto do seu cheiro quando a gente se ama. Quando a gente se abraça...- abre o restante da roupa dele.

– Escuta...- sussurra.

– O que? - o encara.

– Não dá para ouvir nada daqui de dentro... Absolutamente nada! - coloca as pernas dela sobre seu quadril, a retirando da mesma e levando até um sofá.

– Isso é maravilhoso! - deita-se ainda envolta nele.

– Gosto de te amar...- cola seu rosto ao dela. No silêncio... Para você poder ouvir o meu corpo buscando o seu.

– Eu te amo! - olha diretamente para os olhos dele, vidrados em si. Amo que me perca, que me busque... E nunca senti a necessidade de alguém como sinto a sua! Todos os meus pedaços se juntam dentro de você... Posso ser inteira, sem nada deixado para trás.

Vitor sorri, se afastando dela, levando consigo tudo o que separava os corpos. Retorna como se pousando na paz, acariciando como se tocasse a nuvem antes de se deitar. A beija por inteira, para se ter por inteiro. Busca com os lábios pedaços seus que ela carrega, enquanto ela com as mãos faz marcas em si capazes de arder até a alma. A calmaria das carícias dá as mãos a ferocidade da sede por tudo aquilo. Os pulmões vão trocando de corpos a cada vez que se entrelaçam interior com interior, e o corações parecem ter escapados de dentro do peito para se juntarem. As almas saíram... As almas também estão se amando.

– Não me deixe nunca...- comprime suas pernas sobre ele, para que nenhum segundo de amor escapem de si. Por... Favor...- reluta com a respiração.

– Não sou... Maluco assim, Pulinha...

O amor cresceu e já não cabia dentro deles. O amor daquele momento, do beijo que os corpos se davam, os minutos que as almas não permitiam perder, o abraço que os corações se juntavam, se tornou grande, muito grande... Destruindo todas as barreiras que encontrava no caminho, de maneira feroz e calorosa evaporou em minutos que os fizeram viajar por todos os lugares, com as cabeças em dimensões que desconheciam. Evaporou o resultado do que os traziam um para dentro do outro. Vitor, com os cabelos e o corpo agora molhados, junta sua vermelhidão a pele quente dela, ainda ofegantes. Ainda amantes um do outro...

– Vai ser sempre assim? - fecha os olhos deita sobre o peito dele. O seu cheiro...- sussurra, inebriante.

– Pulinha...- acaricia os cabelos dela sobre si, também de olhos fechados como se a sensação fosse permanente.

– Você é vício, Vitor Chaves Fernandes Zapalá! - o beija. Teu jeito de me amar virou um vício para mim...- o observa. Nunca me senti assim...- arruma os cabelos dele. Tão precisa disso a todo minuto...- ele a toca e ela fecha os olhos, sentindo. De me sentir mulher... Mais confiante!

– Eu te amo...- sorri. Tenho sede de você, Paula. Sou viciado em você por inteira, do início ao fim.... Dessas suas mãos ferindo até o íntimo da minha alma.

– É de amor...- sorri. Ferindo de amor...

– Tudo bem, gatinha...- pisca para ela. Que seja...- riem.

– Agora já posso dizer que em todos os sentidos sua esposa tem um excelente gosto!

– Muito obrigado...- sorri ironicamente. Passarei o recado para ela! Quanto a você...- a segura pela cintura. É bom ter uma esposa e uma amante juntas. É ótimo ter uma amiga, que é namorada, esposa e amante... Você é tudo!

– Sou! - riem. Tudo e um pouco mais...- passa a mão pelo corpo dele. Você ainda está rígido, tenso...- imita o que ele faz com ela.

– Vou proibir você de me procurar quando eu estiver trabalhando! Agora já nem sei que vou fazer...

– Vai para seu quarto, dormir com sua esposa porque logo sua filha acordará!

– Sempre acabo fazendo o que você quer... - a segura enquanto se levanta.

– Isso se chama amor...- ri.

– Isso se chama chantagem baixa! - coloca a calça, levando o robe dela até ela. Levante... Me deixe te guardar.

– Me guardar... - ri.

– Sim...- coloca nela. Para ninguém ver esse meu segredo! Porque toda mulher é o segredo de um homem...

– Tudo bem...- o beija. Vamos!?

– Vou só desligar aqui...- desliga os aparelhos.

Paula recolhe o restante das roupas e Vitor pega os seus sapatos nas mãos, saindo abraçados pela casa.

– O que faremos mais tarde?

– Passear com Vitória...

– Vamos onde?

– Não sei... Você decide. E depois a gente pode assistir um filme...

– Vitor! - riem.

Passam pela cozinha e Dulce estava bebendo água o que os assustam.

– Boa noite...

– Nossa...- ri. Que susto, mãe... Boa noite...- segura o robe com as mãos.

– Algum problema Dulce?

– Nenhum Vitor, é que acabou a água do meu quarto...

– Entendi...- sorri, sem graça.

– Vivi está bem?

– Está...- sorri. Brincou muito o que a cansou bastante...

– Sim...- olha para Vitor que está envergonhado. Já vamos nos deitar, durma bem... E qualquer coisa leve a Vivi no nosso quarto.

– Tudo bem... Durmam com Deus.

– Amém! - respondem, saindo da cozinha.

– Tudo bem? - ri. Você não tem tanta vergonha assim com ela... Brinca com ela sobre isso, o que aconteceu hoje?

– Brincar, falar é uma coisa...- ri. Agora ela saber que acabamos de fazer isso é outra!

– Vitor...- ri.

– Entre...- abre a porta, fechando após entrarem. Vou tomar um banho e já me deito...

– Tudo bem... Já irei, vou só arrumar nossa cama...

– Ok...- joga os sapatos no chão, retirando a calça.

– Volta aqui Vitor...- o observa.

– O quê? - se vira.

– Pegue esses sapatos e leve no lugar deles! - aponta. Vou te ensinar a guardar suas coisas!

– Amanhã eu vou vestir eles...- retorna. Não precisava guardar aqui...- leva-os para os closet.

– Não misture com os sapatos limpos! Coloque nessa outra divisão...- vai ver se ele fez certo.

– Meu Deus...- resmunga. Pronto!?

– Pronto!

– Está vendo como essa calça está apertada? - olha. Está aberta e não está caindo!

– Pior...- vai até ele. Mas, quem manda comer demais!? Eu vivo te falando... - tenta esticar a calça para ver se está apertada mesmo. Tire ela é deixe separada no banheiro...- olha para ele. Quando digo separada não é jogada no chão... Ok!? - o beija.

– Não sei qual a diferença disso...- sai.

– A diferença é a organização! Você é muito desorganizado... Bagunceiro. Tenho medo da Vitória ser assim! Antes dela crescer preciso acabar com esse seu costume...

– Me dei conta de que voltei para minha esposa...- vai para o banho, ironizando.

Paula arruma a cama deles e o acompanha no banho. Ao terminarem, deitam-se...

– Estou tão cansado...- respira fundo.

– Depois do banho a gente sente o cansaço.- se envolve nele. Meu corpo está moído...

– Essa foto...- pega no móvel ao lado da cama. Tem tanto tempo...

– Foi uma das primeiras...

– Foi... Estava com você? - olha para ela.

– Estava sim!

– Ah...- devolve. É uma das minhas prediletas...

– Eu sei... Por isso coloquei aí! Do lado da minha predileta também... Do outro lado tem nossa com a Vivi.

– Sim! - vira a cabeça olhando. Nosso quarto é tão...

– Tão...?

– Tão a gente. Nossas coisas, nossas vidas, nossos segredos...

– É sim...- sorri. Só nosso...

– E o berço da Vitória ali... Me traz sensações.

– Quais? - o acaricia.

– Do resultado de tudo! O amor mais forte e puro que pude imaginar na vida...

– Tudo está ligado...

– Há uma ligação em tudo. Uma bonita ligação em tudo...

– Sempre haverá! - beija sua cabeça. A lua está tão clara hoje...

– Está sim! - olha a janela. Nem precisamos ligar a luz...- sorri.

– Sim...

Ficam alguns minutos em silêncio, observando a janela, o teto, as fotos. Acariciando um ao outro...

– O que iremos fazemos mais tarde com Vitória?

– Passear... Onde você quer ir?

– Em um parque que tem aqui em Uberlândia! Vamos levá-la para passear por lá...

– Tudo bem. Vitória esgota nossas energias em dois segundos...- ri.

– Sim! - ri. Em todos os sentidos...

– Me apaixono por ela todo dia... É incrível, né!?

– Eu nem sei o que falar... É de outro mundo. Meu coração batendo do lado de fora...

– Sim...- sorri. Ela está tão gordinha...- ri.

– Nós éramos fofinhos quando bebês...- ri. Você ainda continua...- riem.

– Aquelas pernas dela... - ri. Um toquinho...

– Gostosas! - ri. Tenho uma vontade de morder... - riem.

– Quero que ela aprenda a mandar beijo...

– Sim...- ri. Ela é tão dengosa... Não faço ideia quem puxou.

– Sabe que eu também não? - ironiza.

– Vamos dormir...- ri.

– Vamos...- a puxa. Boa noite...

– Boa noite...- se beijam. Durma bem...- se deita novamente sobre ele.

– Você também, minha Pulinha...- fecha os olhos, respirando fundo.

Adormecem abraçados, sob o clarão que entrava pela janela, inundando o quarto... A noite passa tranquila, o cansaço sai do corpo e deixa que o dia chegue lindo.


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