12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 60
Capítulo 58




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Ficam na piscina por um bom tempo, comemorando uma conquista individual de cada um, mas que se transformou na felicidade e na conquista dos dois. Na tão sonhada conquista dos dois...

– Vamos sair...- Paula se desgruda dele.

– A não...- resmunga. Vamos ficar mais um pouco...- puxa ela.

– Vitor...- ri. Você pensa que não tenho mais nada para fazer?

– Deveria não ter! E ficar aqui com seu marido...

– Quanta carência você tem tido...- ironiza. Vamos logo...- o puxa. Preciso ver se está tudo bem com Vivi e arrumar nossas coisas para o jantar...- sai.

– Estava até me esquecendo... - sai. Não quero ir nesse jantar não! Prefiro jantar só com você...

– Vitor! Eles vivem reclamando que nos fechamos de todos... Nós vamos sim! São seus irmãos e seus cunhados...

– Você quem sabe...- retira a camiseta.

– Tira essa calça também... Vai entrar molhando tudo!

– Vou entrar pela varanda...

Vitor segue para a varanda, retirando a roupa e colocando um roupão guardado em um dos banheiros de fora. Paula segue para o quarto, correndo para não molhar mais ainda a casa. Quando ele chega, ela já está no banho.

– Com quem vamos deixar a Vivi!? - entra na ducha com ela.

– Não sei...- se vira para ele. Pensando nisso eu fico triste...

– Triste?

– Ela sempre fica...

– Se o jantar ao menos fosse na mamãe...

– Sim! - o acaricia.

– Peça para Lucy fazer a noite hoje... Depois acertamos com ela.

– Vou falar com ela...- o observa.

– O que foi?

– Nada...- sorri.

– Hum...- lava os cabelos. Esse é bem mais cheiroso que meu antigo...

– Também gostei... Tem cheiro de flor de laranjeira..

– Flor de laranjeira...- se aproxima dela.

– Isso...- ri. Vitor... Vá devagar! - riem.

– O que estou fazendo? - segura-a. Não há maldade alguma...- a beija.

– Não estou falando que há maldade... É que você se aproxima de um jeito que parece que vai me devorar!

– Devorar não... Isso é feio! - a encara.

– O que é então? - ironiza.

– Tenho a esposa mais inocente...- a beija.

– Vitor...- sorri. Lá vamos nós nos atrasar novamente...- o acaricia.

– Você não quer? - se entrelaça ao seu pescoço, beijando-o.

– Não tem como responder assim...- fecha os olhos, se revirando interiormente.

Entre sussurros e carícias fazem de um pequeno espaço um grande confidente. Um segredo entre eles e a água; entre o cheiro de flor de laranjeira de seus cremes ao cheiro de um amor quente que exala de seus corpos. Ainda sob a sensação daquele momento, Paula é levada por Vitor até cama, onde se deitam abraçados do jeito que estão, sem se preocuparem com nada além deles. Permanecem se tocando incansavelmente, como se um fosse a extensão do corpo do outro...

– Estava com saudades dessas mãos...- as beija.

– Com tanta coisa para sentir saudade...

– Eu amo suas mãos! - ri. Tão macias, bem cuidadas...

– As suas também são...

– Mas, eu sou mulher... É normal serem bem cuidadas. Você tem mãos leves, macias...

– É para acariciar você, sem machucar...- a vira sobre si. Pulinha...

– Oi..

– Sou tão feliz... Sinto falta de você todos os dias, e fico querendo voltar para casa a cada vez que acaba um show, nem que seja para gente brigar!

– Porque as brigas sempre acabam assim...- riem. Também sou muito feliz com você, de uma maneira que pensei ser incapaz de viver...- batem na porta. Vitor! - sai de cima dele, se cobrindo. Quem é?

– Paula, é a Cintia... Vim trazer a Vitória.

– Estou indo, só um minuto...- se levanta, procurando pelo roupão. Você vai ficar aí!? - olha para Vitor. Levanta Vitor!

– Paula...- ri. Você é tão apavorada...- se levanta indo até o banheiro.

– Oi... Vem com a mamãe! - a pega.

– Tudo bem?

– Sim...- sorri.

– Estava no banho? Era só ter falado que eu esperava você sair... Pensei que só estava deitada.

– Já tinha saído do banho...- fica sem graça.

– Nesse estado!? - a olha.

– Cintia...- ri.

– O Vitor está aí...- se toca. Desculpa... Por que não falou antes? Eu pego a Vitória...

– Não! Pode deixar...- ri. Hoje teremos um jantar para ir... Se por acaso a Lucy não ficar, você fica?

– É que eu ia sair também...

– Que ótimo! - ri. Vai sair com quem?

– Com o Elias! Ele me convidou para irmos em uma festa na fazenda vizinha...

– Ah...- sorri. Você e Elias tem virado amigos, né...?

– Sim...- sorri. Ele é muito gente boa... Se vocês deixarem eu levo a Vitória.

– Por mim tudo bem... Mas, Vitor não deixaria! - se chateia.

– Verdade... Deixa eu ir...- ri. Estou te atrapalhando!

– Depois me conte tudo!

– Ok...- sai rindo. Beijo Vivi!

– Vamos...- fecha a porta. Onde você estava, minha pequena? Mamãe vai te colocar aqui para arrumar essa bagunça.- coloca no berço. Só um minutinho...- sai pegando almofadas do chão.

– Vivi! - Vitor chama da porta do banheiro. Oi...- brinca com ela, que ri.

– Me ajuda aqui Vitor...

– O que foi? - vai até ela.

– Tire todos esses lençóis! Estão ensopados de água... Vou buscar os limpos.- vai até o closet.

– A Diva faz isso melhor que a gente...- puxa tudo.

– Mas, eu não vou fazer Diva ficar limpando...- volta com tudo limpo. Coloque nos travesseiros...- entrega.

– Ai Pulinha... É só colocar ali para secar! Não estão sujos, só molhados...

– Você não entende nada! - ri. Não pode ficar molhado...- troca da cama. Ande logo! Esqueci de perguntar para Cintia se Vitória tomou o suco...

– Deixa eu trocar da cama e você troca o resto...- vai até ela. Essa cama desse tamanho e você né...- olha para ela ironizando.

– Você está cheio de graça! - ri. Não sou tão pequena assim...- riem.

Terminam de organizar tudo. Paula vai tomar um banho enquanto Vitor se troca e pega Vitória.

– Do que você quer brincar, meu amor? - coloca ela na cama. Manda beijo filha...- mostra como faz. Manda...- insiste. Tudo bem... Vamos assistir alguma coisa. - liga a TV. Vamos procurar aquele desenho que você gosta... Achei! - joga o controle, virando Vitória para TV. Olha lá...- deita-se com ela em seu colo.

– Que milagre! - sai do banheiro.

– O que?

– Você vendo televisão...- seca os cabelos.

– É um desenho que Vivi gosta...

– Sei...- ri. Vou me trocar e já venho deitar com vocês...

Paula retorna para o quarto e Vitor está rindo do desenho enquanto Vitória se vira com o barulho da risada dele.

– Vitor...- ri. Você está assustando ela! - se deita.

– Esses desenhos...

– Sei...- ri. Papai está assustando...- pega Vitória. Coloque um filme...

– Não vai dar certo...

– Tome jeito! Sua filha aqui...

– O que falei?

– Inocente! Vamos... Coloque algum filme de criança.

– Não tem...- pega o controle. Só de desenho assim... Mas, ela não entende.

– Deixa nesse aí... É da princesa.

– Eu vou ter que assistir filme de princesa? - olha para ela.

– Vai! - ri.

– Tudo bem... Fazer o que!? Vocês mandam em mim...

– Mandamos mesmo! Deita aqui mais perto...

– Pronto...- se arruma perto delas.

– Vi... A Cintia vai a uma festa com Elias e queria levar Vitória, caso a Lucy não fique com ela.

– Não...

– Vitor...

– Por favor.

– Por que você é tão chato quanto a isso!? - se entristece. Qual o problema? A Vitória mal sai daqui... E se você pensa que ela não entende, está enganado! Porque entende sim... E ficar só aqui na fazenda não faz bem à ela.

– Paula...

– Esquece! Não quero falar disso....

– Tudo bem.

– Você é muito...- respira fundo. Não vejo problema algum ela ir...

– Você disse que não ia mais...

– Vitor....- o interrompe. Por que? Você pensa que Vitória nunca irá aparecer? Que você vai conseguir escondê-la por mais quanto tempo?

– Não estou querendo esconder! Apenas não penso que uma festa, a noite, seria bom para um bebê feito ela! E outra... Você não se tocou ainda? Elias gosta da Cintia... Deixe que ele saia sozinho com ela!

– Eu...

– Você quer invocar comigo! Você adora arrumar uma briga...

– Não havia prestado atenção...- sorri pensando. Por isso ele me pergunta tanto dela...

– Você é mais lenta que eu ás vezes...

– Vitor a gente tem que ajudar eles! - se vira para ele.

– Ajudar!?

– Dar todo o apoio que precisarem... Vou trazer a Cintia para cá!

– Paula... Já conversamos sobre isso! Deixe a Cintia decidir as coisas dela... Ela sabe como e quando é melhor. É óbvio que podem contar com nosso apoio. Você não vai querer decidir por ela! Entendeu...?

– Sim...- mente.

– Paula, não estou brincando! Você não vai se meter...

– Eu só vou ajudar!

– Meu Deus! Deixa de ser teimosa... Deixem eles se resolverem. As coisas precisam acontecer naturalmente entre os dois... Sem interferência de gente intrometida!

– Você está me chamando de intrometida?

– Estou! - a encara. Algum problema? Não quero que você se intrometa, que fique fazendo ponte... Deixem eles construir. Eles estão bem amigos, o resto vai acontecer...

– É que quero tanto que ela tenha alguém... Tenho medo de algo dar errado!

– Não vai dar; tudo tem seu momento, deixa ela viver o dela. Tudo bem!?

– Mas, posso ao menos ajudar ela...

– Se ela quiser... Agora não vá inventar encontros de propósito ou toda aquela presepada!

– Vitor...- ri.

– Você pode trazer ela para cá... Essas coisas, sim. Só não queira ficar fazendo as coisas por ela, dizer como ela deva agir sem que ela te pergunte. Deixa ela fazer do jeitinho dela...

Ela não responde, já pensando no que poderá ajudar Cintia. Ficam os três deitados, mal prestando atenção na televisão... O tempo passa e Paula adormece com Vitória. Já é noite e Vitor sai para o escritório, ler uns papeis que deixou pendentes sobre a dupla.

– Vitor!? - batem na porta.

– Oi...- olha. Pode entrar!

– Oi...- entra. Queria falar com você...

– Claro, Cintia... Senta aí. - larga os papeis. Algum problema?

– Então...- senta-se. Na verdade eu queria te pedir uma coisa...

– Peça!

– Posso usar o carro da fazenda hoje? É que eu e Elias vamos a uma festa e estamos sem carro aqui...

– Sim, nem precisa pedir! Sempre deixo à disposição de Elias...

– Ah...- levanta-se. Me deixe te dar um abraço pelo seu aniversário! - ri.

– Obrigado! - se levanta, a abraçando.

– Muita luz, felicidades e Vitórias, Paulas...

– Obrigado, obrigado! - ri.

– Queria agradecer pelo carro também... Eu amei! Nunca ganhei um presente assim...- riem.

– Que bom que gostou! Eu e Paula que escolhemos...- sorri.

– É lindo! A minha cara! - ri. Vitor... Preciso ir, vou deixar você trabalhar... Obrigado, de novo.

– A chave está com Elias, né?

– Acredito que esteja...

– Ok... Qualquer coisa perguntem para Paula, ela quem sabe onde está tudo!

– Certo... Tchau! - sai.

Vitor se retira logo atrás, retornando ao quarto. Paula já está acordada, mas permanece deitada com a filha que ainda dorme.

– Oi...- entra.

– Oi...- sussurra. Ela está dormindo ainda...

– Ah...- se aproxima devagar.

– Preciso me arrumar para o jantar...- se levanta.

– Pode ir... Fico aqui com ela.

– Tá...- vai para o closet.

Enquanto Paula se arruma, Vitória acorda. Vitor deita ao lado dela, a olhando e ela sorri.

– Acordou? - ri. Está com fominha? - Vitor se senta e Vitória se vira na cama. Vem aqui mocinha, você vai cair...- a pega. Mamãe está se arrumando... Vamos lá. - se levanta com ela, indo até o closet.

– Acordou!? - sorri. Mamãe já vai terminar para te pegar...

– Ela dormiu bem hoje...

– Sim... Isso significa que talvez tenhamos trabalho durante a madrugada.

– Se der, eu cuido. Essa madrugada para mim será de trabalho...

– Você vai passar a madrugada trabalhando?

– Vou Pulinha... Tem muita coisa atrasada!

– Poxa Vitor! - se entristece.

– Trabalhando nas suas coisas!

– Já disse isso uma vez e vou repetir... Estou me arrependendo de ter contratado você.

– Agora já foi...- respira fundo.

– Infelizmente!

– Não está satisfeita?

– Não é isso... Você sabe muito bem! É que queria você dormindo comigo... E quando você trabalha na madrugada, quando chega já estou dormindo.

– Eu também quero, mas as coisas são assim... E o quanto mais antes eu terminar, mais tempo teremos juntos depois.

– Depois, depois... Tudo fica para depois. - anda de um lado para o outro se arrumando.

40 minutos mais tarde...

– Sua mãe ficou com Vitória...- entra no quarto.

– Ótimo! - está passando o batom.

– Vou me arrumar.

Paula termina de se arrumar e aguarda Vitor que resolveu tomar outro banho. Separa a roupa dele, para que não se atrase mais ainda...

– ANDA LOGO VITOR!

– JÁ ESTOU SAINDO!

Ele sai do banheiro ainda envolto a uma toalha, secando o cabelo com outra.

– Olha a bagunça...- aponta para o chão. Já separei sua roupa, se troque logo enquanto vou buscar seus sapatos. - vai para o closet.

– Essa calça está muito apertada!- pega.

– Se você parasse de comer um pouco, não estaria tão gordo.- retorna. Pode colocar ela mesma, ainda cabe em você!

– Ela está apertada porque faz tempo que a tenho, não porque estou gordo! - coloca a cueca, seguida da calça. Pegue meu relógio para mim...

– Onde está?

– Não sei...

– Não sei porque ainda pergunto para você! Não guarda nada...- sai procurando.

– Não guardo porque tenho você para guardar...

– Como é? - o encara.

– Nada...- ri. Me ajude aqui...

– Vitor, você me dá mais trabalho que Vitória! - vai até ele.

– Essas camisas cheias de botões me irritam! - coloca.

– Fique quieto! - começa a abotoar.

– E meu relógio?

– Vá sem... Olhe a hora no celular.

– Nunca tiro meu relógio! Meu celular eu também não sei onde está...

– Daí fica difícil, meu amor...- o olha. Prontinho!

– Só falta os sapatos...- senta-se colocando.

– Vou pentear seu cabelo...- busca a escova de pentear.

– Pro lado de sempre, não invente coisa.

– Você precisa cortar essa juba...- arruma o cabelo dele.

– Amanhã eu vou...- celular apita. É o seu...

– Sim...- pega-o. Mensagem do Leo dizendo que estão no Bambola.

– Ok... Vou terminar e já volto!

– Te espero na sala! - pega a bolsa e sai.

Vitor termina de se ajeitar e vai ao encontro dela que está conversando com Cintia.

– Cintia, não precisa ter pressa para voltar!

– Está bem...

– Deixa eu arrumar isso aqui...- ajeita algo nela. Você deveria ter passado um batom vermelho... Quer? - tira da bolsa. Passe...

– Não Paula! - ri. Está bom esse... É aqui do lado a festa.

– Eu sei, mas é que...

– PAULA! - Vitor a interrompe.

– Está surdo!? - vira furiosa. Por que está gritando?

– Pensei que você estava longe, meu bem... Vamos! - pega as chaves do carro. Fica com Deus Cintia e boa festa!

– Amém! Estejam com ele e bom jantar para vocês...

– Obrigado! Vem, Paula...

– Tchau! - a abraça. Se cuida, viu...

– Está bem Paula...- respira fundo. Que coisa...- ri.

– Vamos Paula... Deixe a Cintia em paz! - a puxa. Tchau! - saem.

– Você é louco! Me solta...- se solta.

– Louca é você! O que eu te falei?

– Só estava tentando...

– Você saia de batom vermelho comigo, nos nossos primeiros encontros ainda como amigos?

– Não...

– Exatamente! Não... Não porque não tinha maldade nenhuma...

– Que maldade tem um batom vermelho!? - entram no carro. Só queria deixar ela mais bonita...

– Elias já é apaixonado por ela...- coloca o cinto. Mas, do jeito que ela é!

– Você não entende nada!

– Você que não entende...- saem. Eu amava o teu jeito... E quando você aparecia toda diferente, isso tinha que ser parte de você. A Cintia é mais tímida... Para ela está tudo ainda muito natural, ela não tem outra intenção. Quando eles tiverem, você produz ela como ela quiser! Agora, você precisa deixar ela fazer o que ela quer...- ela não responde. Você nunca me ouve!

– Não quero conversar...- mexe no celular.

– Você está parecendo uma adolescente!

– Que bom... Pelo menos sua mulher, nesse momento, não sou!

– Tudo bem! Vou sair com outra hoje...- coloca a mão na perna dela.

– Vitor...- o encara.

– Já sabe meu nome?

– Aff! - tira a mão dele.

– Para onde quer ir depois do jantar?

– Não começa...

– Uai! Você não é minha esposa hoje... É outra mulher que estou saindo. Você só não pode contar para minha mulher que estamos saindo! - a olha, ironizando. Ela é um pouco ciumenta...

– Para de palhaçada! - o olha.

– Mas, hoje não quero lembrar dela não... Somos só eu e você! - a acaricia.

– Tudo bem...- bate na mão dele. Vamos brincar então...

– Está começando a ficar bom...- ri.

Continua...


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