12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 58
Capítulo 56




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/465962/chapter/58

Paula vai para o quarto, preparar-se com um dos presentes que comprou para Vitor. Desde do início, muito antes da briga, havia comprado um roupa intimida especial para usar no dia do aniversário dele. Tinha em mente que sairiam para jantar, com uma pequena comemoração com os amigos e logo depois algo mais íntimo somente entre eles. Nervosa, termina de retocar a maquiagem, pegando o robe e saindo para o jardim. Ao chegar onde irão jantar, Vitor está na cozinha se dirigindo para ali com o restante das coisas. A vê de costas sentada...

– Demorou! Aconteceu alguma...- se aproxima dela, a observando. Coisa? Paula...- a admira, perplexo. Nunca consigo te imaginar mais bonita. Parece que não há mais nada que possa te fazer ficar mais linda... Até você aparecer, sempre, e mostrar como pode...- coloca as coisas na mesa, ainda a olhando.

– Que bom que gostou...- sorri.

– Eu amei! - sorri, se aproximando dela. Muito...

– É um dos meus presentes para você...

– Me sinto honrado...- sorriem.

– Senta-se...- coloca a mão no lugar do lado de si, para que ele sente.

– Deixa eu pegar nosso vinho...- serve as taças, entregando uma para ela.

– Está um pouco frio, né...?

– Um pouquinho...- senta-se, a abraçando.

– Vamos brindar ao seu aniversário...- propõe.

– A nós dois! - brindam.

– Sempre...- bebem.

– Havia convidado mamãe para ir conosco pros Esuados Unidos.

– Tudo bem... Ela aceitou?

– Aceitou...

– Ótimo. - sorri.

– Não vai ser bem uma viagem a dois, né...- riem.

– Não...- ri. Não vai...Mas, a gente dá um jeitinho.

– Isso a gente dá mesmo...- a beija.

– O que Diva fez? - olha na mesa.

– Eu não faço ideia... - ri. Diva é única! Apronta cada uma...

– Nem fale...- ri. Me falou cada coisa!

– Então foi aos dois... Porque aquela fala...

– Estamos cercados por pessoas maravilhosas, Vitor...

– Nao teria como ser diferente... - mexe no cabelo dela. Nós conquistamos pessoas maravilhosas...

– Muito! Fico imensamente feliz com isso...- o beija.

– Se você está feliz, eu estou...- coloca a taça deles na mesa.

Dividem o mesmo banco de jardim, possibilitando uma maior proximidade entre eles. Envolve as pernas dela sobre as suas.

– Você já quer comer?

– Não... Não tenho pressa hoje. - sorri. Para nada...- envolve suas mãos sobre o pescoço dele. Você gostou mesmo do presente que Vitória lhe deu?

– Amei... Estava maluco por aquela coleção!

– Que bom...- o acaricia.

– O que você quer ganhar no seu aniversário?

– Mas já? - ri.

– Sim...- pega a taça e bebe.

– Vou pensar... Daí te aviso! - riem.

– Dá para acreditar que já vai fazer um ano...

– Não... Parece que foi ontem. Vai sempre parecer assim.

– Qual o nome que se dá para um ano de casado?

– Bodas de papel...- sorri.

– Ah...- a acaricia. Então faremos bodas de papel!

– Isso mesmo!

– Você está tensa. Rígida...- passa as mãos sobre as pernas dela.

– Tem como não ficar?

– Claro que tem...

Vitor a aproxima mais de si, descendo suas mãos até a amarra do robe, desfazendo o laço. Percorre o corpo dela até os ombros, como se desfizesse cada nervo tenso. Paula fecha os olhos, permitindo-lhe ir além. A beija como se a última oportunidade para se amarem, começasse agora... Entrelaça os dedos sobre uma das alças da lingerie, a puxando.

– Vitor...- se remexe. Aqui não...

– Paula...

– Por favor...- ri, entre os beijos dele. Você é maluco com isso! Os lugares e os momentos menos propícios...

– Shiu...

– Vem Vi...- tenta se levantar.

– Fale menos...- aperta a perna dela para que não se mova.

– Não acredito que vou deixar você fazer isso...- controla a respiração.

– É por você... Não por mim! - deita-se sobre ela, a beijando. Vou precisar te ensinar uma coisa...- a observa sobre a luz branda na noite. Você precisa esquecer todas as outras vezes que alguém fez amor com você! Precisa entender que merece ser amada, que merece ser tocada para se descobrir e não para satisfazer alguém! Você não é um objeto... Entende?

– Vitor...

– Você sempre se relacionou amando, mas não se amando...- a beija. Esquece que sexo precisa ser aquilo que te fizeram! Estamos entendidos? Não quero...- puxa a outra alça. Que você...- beija-a no ombro. Reclame onde ou o momento em que eu for te amar! - puxa a mão dela.

– Tudo bem...- diz ofegante.

O coração parece ter acabado de chegar de uma maratona. A adrenalina percorre cada parte do corpo, despertando todos os órgãos ao mesmo tempo, invertendo-os os lugares e começando a deixar em pane a cabeça. Paula o observava falar com tanta prudência, como se não se perdesse, mas sim se encontrasse nela. Depois dele, há a lua. Ela está lá encima, virada para eles como se tivesse posicionada para iluminar de propósito cada toque. O que ele disse... Era o que ele disse um dos seus maiores dilemas no passado. Nunca se sentia em uma relação, como se sentia nas mãos dele. Nunca conseguiu descarregar seus problemas, sua tensão para que aquele momento, que deveria ser tão bonito, fosse prazeroso de verdade para ela. O comodismo que por anos viveu assim, a fez esquecer de como era ser amada e não simplesmente um sujeito de um relação tão íntima, que deveria ser extremamente profunda. Uma viagem para dentro de si mesma, uma conexão com a própria mente, o próprio coração. O momento em que podia-se ver do avesso...

– Olhe-se...- ergue um dos braços dela acima de sua cabeça, beijando-o. Olha como você é bonita...

– Eu...- tenta controlar a respiração.

– Você? - beija-a o colo, puxando os lábios pro tecido que ainda restava.

– Amo isso!

– Eu sei...- desce, trilhando beijos. Por isso, eu também amo...- para em sua cintura para retirar a camiseta, o que faz Paula levar as mãos até ele.

– Gosto da sua temperatura...- fecha os olhos.

– Me queima por dentro...- passa aos mãos sobre ela, retirando os últimos vestígios de tecido do seu corpo.

Paula não consegue ficar imóvel, buscando ar a todo instante. O frio, de fora, briga com o calor de dentro. Há fogo, quando ele avança sobre isso, calmamente... Como se tivesse todo o tempo para isso ao mesmo tempo que sua vida acabaria quando isso acabasse. Há fogo e as chamas se alastram, vagarosamente, o que a queima mais fazendo suspirar inconscientemente. Vitor se livra dos limites que ainda o prende, e busca-se na Paula, a todo minuto. Vai como se levasse vida a ela. Vem como se trouxesse a vida para si. O tempo passa, os sussurros, os suspiros travados entre segredos deles, se intensificam, começando a fazer as mãos perderem as forças, as pernas caírem aos poucos e eles conseguirem, definitivamente, novamente de um jeito de diferente, alcançarem a vida ao mesmo tempo; a mesma vida que ia e vinha, agora para os dois. Já passam das cinco, e eles se passam em cinco anos um sobre o outro, buscando o controle dos próprios corpos.

– Está tudo bem? - esforça-se para se levantar, puxando o robe da Paula consigo e cobrindo.

– Para onde você me leva? - passa a mão sobre ele.

– Nem eu sei para onde eu vou...- riem.

– Então devemos ir para o mesmo lugar!

– É bem provável que sim... Porque a gente sempre volta junto. - sorriem.

– Dá para isso acontecer todo dia?

– Toda noite, toda madrugada... Todo minuto que você quiser! - a beija.

– Seria maravilhoso! - revira os olhos brincando. Vou deixar você me perder sempre, para sempre me encontrar de novo!

– Vamos...- a encara. Não pense que isso não acontece da mesma forma para mim! Porque acontece... É e especial e diferente toda vez mais.

– Nunca me permiti tanto como me permito com você...- passa a mão sobre seu rosto.

– Nunca me amei tanto, como me amo com você!

– O dia já está amanhecendo, Vitor...- riem.

– Está sim...- olha ao redor. Já deve ter algum funcionário acordado!

– Nem fale isso...- tapa os olhos, rindo.

– Está com fome? Não comemos nada! - levanta-se dela, procurando por suas roupas.

– Não coloque a camiseta... - senta-se, fechando o robe com os próprios braços. Deixa eu encostar um pouquinho em você...

– Só a calça...- veste-se. Pronto...- a envolve nos braços dele. Olha isso...- pega algo de um dos pratos. Quer? - coloca na boca dela e em seguida na sua. Que fome! - serve-se mais.

– Muita energia perdida!

– Vitória, corrida e você em um mesmo dia, me consomem...

– Eu sou todos os dias...- riem.

– É, realmente você é todos os dias...- ri.

Comem como café da manhã o que era para ser jantar, observando o céu ficar claro pelos coqueiros da fazenda.

– Amanhecendo o céu parece daqui, como a gente vê nos aviões! Olha as nuvens... Todas altas e juntinhas.

– Sim!

– Hoje já temos trabalho...- olha para ele.

– É...- acaricia o rosto dela. Já temos shows! Só serão alguns dias...

– Terei gravação com o Jô!

– Que maravilha! Mande um abraço meu para ele...

– Pode deixar...

– Vamos entrar...- a puxa e entram, abraçados. Vou tomar um banho, quer vir?

– Vai indo que já irei! Vou tirar um foto do dia nascendo...- pega o celular.

Paula tira uma foto do céu, postando logo em seguida no instagram.

"Muitas foram as vezes que pude observar o dia despertar. Entre um lugar e outro, por uma janela de avião ou do quarto do hotel, pude ver inúmeras formas sobre um mesmo céu que despertava. Mas, dessa vez foi muito especial... Especial porque pude testemunhar o dia nascer junto a comemoração por seu nascimento. Um dia para festejar sua existência é muito pouco... Todos os dias sou feliz por você existir, por poder ver você nascer ao meu lado, tão único e tão meu! Feliz aniversário, meu menino...❤ Obrigado pelo presente que me dá todos os dias. Obrigado por me trazer para mim mesma sempre...💏🙈😸😻 #amomuito #niverdomeubranco #taatrasadomastavalendo #quaseumanodecasados #meumenino #taficandovelhinhocomcarabebe #odianasceumaislindo"

– Paula? - grita do banheiro.

– Estou indo...- ri.

Tomam banho juntos, deitando-se logo depois e respeitando o cansaço do corpo e da mente, mesmo que a alma tivesse leve...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Boa noite! Ficou curto porque resolvi postar para matar a curiosidade que tanto comentam 😂 Espero que tenha alcançado a expectativa de vocês 😘



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "12 anos em 12" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.