12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 57
Capítulo 55




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Vitor termina a refeição entre risadas. Diva conta tudo que aconteceu, novamente, em mínimos detalhes. Paula sai do quarto e os fica observando da sala. Sente-se feliz, por vê-lo rindo novamente na casa que é dos dois. Gostaria de estar lá, junto, o acariciando e dizendo o quanto sentiu sua falta, mas se priva do momento ficando de longe. Vitor se levanta da mesa, pega Vitória e vem em direção à sala. Paula se vira como se não estivesse observando, pega a pasta com os papeis e finge analisar...

– Ah...- a vê. Você está aqui...

– Sim... Algum problema?

– Nenhum... Vou dar uma volta pela fazenda.

– Você não vai analisar os papeis? - se levanta.

– Vou... Mas, terei tempo. - sai.

– É que...- segue.

– Esqueci de te avisar, né!? - se vira para ela.

– O que?

– Estou voltando para casa! - sorri.

– É!?

– Sim! - se aproxima dela. E para minha cama também... Até mais! - sai.

Paula não o responde, engolindo seco e indo para o quarto. Arruma-se para montar, levando os protetores para Vitória também. Ao chegar na área dos cavalos, Vitor está segurando Vitória encima de um.

– Está maluco? - se aproxima deles. Precisa colocar os protetores...

– Você nem sabia o que eram protetores quando montava...- tira a filha. E estou segurando bem...

– Não importa! - coloca o capacete nela. Vou montar e você me entrega ela... - olha para os lados. Cadê João?

– Não sei...

– Vou nesse mesmo então...- monta. Me dê ela...

– Aqui... - entrega sorrindo. Tchau Vivi...

– Dê tchau pro papai...- sai.

Se apoia na cerca, observando-as. Não demora muito e Paula traz Vitória, por ainda ser muito novinha para andar a cavalo, retornando a cavalgar sozinha.

– Olha lá a mamãe...- aponta. Chama ela... "Vem, mamãe..." - faz com a mão.

– Vitor...

– Oi...- se vira.

– Tudo bem?

– Tudo bem, Elias... E você?

– Bem também...

– Ótimo.- sorri. Algum problema?

– Nenhum... Só vim avisar que nasceu um cavalo agorinha...

– Sério!? Carlota criou? - sorri.

– Sim! - ri.

– Vamos lá ver...- saem. Papai vai tirar, filha... Calma. - Vitória se irrita com o capacete. Pronto! - Vitor o tira.

– É muito bonito o filhote!

– Eu imagino! Carlota é linda...- riem.

Ao chegarem no estábulo, Vitor se encanta pelo filhote. Mostra-o para Vitória que segura-se mais fortemente no pai por medo.

– Não precisa ter medo, é seu cavalinho...

– É grande e forte!

– Sim! - sorri. Muito bonito mesmo...

Conversam sobre a cria e do que será necessário para tratá-lo de agora para frente. Minutos depois Vitor retorna para cede, indo até o jardim onde estão Dulce, Sol e Diva.

– Boa tarde!

– Vitor...

– Oi Sol! - a cumprimenta. Como vai?

– Muito bem... Que bom que voltou!

– Estou feliz por ter voltado! - sorri.

– Então você vai ficar?

– Vou Dulce...

– Que maravilha! Papai já está em casa Vitória! - olha pra neta.

– Sim...- riem. O que estão fazendo?

– Estava retirando essas plantas daqui, para não acumular água!

–Que bom... Todo cuidado é pouco com a dengue.

– Sim! Como o jardineiro não veio hoje, Sol e Diva vieram me ajudar. Estava pensando em plantas algumas flores naqueles canteiros...- aponta. Para ficar mais colorido! Posso?

– Claro! A casa é sua também e flores são sempre bem vindas...

– Olha a florzinha da vovó aqui! - a pega. Cadê Paula?

– Cavalgando...

– Vocês conversaram?

– Não... Só avisei que estava voltando para casa. Não teremos o que conversar, Dulce... O negócio agora é tentar desenrolar tudo com atitudes mesmo!

– Sim... Mas, você consegue! Ela está morrendo de saudade de você... Né, Vivi!? Mamãe não está morrendo de saudades do papai!? - brinca com ela. Pega ela, Vitor... - a entrega. Vou lá plantar! Vamos meninas?

– Vou buscar mais algumas sementes lá dentro...

– Tá bom, Diva... Eu e Sol já vamos indo...- saem.

– O jardim está lindo! O jantar de vocês vai ficar lindo aqui...

– Sim...- ri. Diva, Diva... Se isso não der certo...

– Vai dar, que coisa...

– Tudo bem.

– Há que horas eu sirvo?

– De madrugada. A casa estará calma, Vitória estará dormindo...

– De madrugada é muito tarde...

– Você deixa tudo pronto que eu mesmo trago para cá.

– Tudo bem...

– Certo... Agora vou lá dentro ver os papeis.

– Como vai fazer isso com Vitória? Quer que eu pegue ela?

– Você faria isso? Só por uns minutos...- a entrega.

– Vou andar pelos canteiros com ela...

– Certo...- beija a filha. Qualquer coisa me chame lá... Estarei no escritório.

– Tchau!

– Tchau Vivi! - ri.

Vai para o escritório, passando pela sala e recolhendo os papeis que deveria analisar. O que eram poucos minutos, tornou-se longos minutos. Perde-se no tempo folheando cada página, revendo, passando, retornando e assinando tudo que envolvia produção na carreira da Paula. O cansaço bate e ele vai para o quarto tomar um banho, retirar a barba que incomodava a filha. Ao chegar, Paula está ocupando o banheiro. Ouve o barulho do chuveiro e se atreve a observá-la da porta. Em silêncio, repassa os olhos por tudo que há nela, com a saudade ardendo dentro do peito. Ela ainda não o viu, perdida no momento, cantarolando versos sem sentido. Ao se virar leva um susto, puxando a toalha...

– Meu Deus! - se cobre. Você tem sido mestre nisso!

– Me desculpa...

– Não! Não desculpo...- retira a água do cabelo e abre a vidraça, saindo.

– Problema seu, então... Porque vou continuar assim.

– Por isso eu não desculpo... - vai até a bancada de produtos, se perfumando.

– Que saudade desse cheiro...

Paula o observa pelo espelho, sem saber o que dizer. Termina de se arrumar, sai em direção ao closet.

– Preciso me trocar...

– Tudo bem...- a segue.

– Vitor! - se vira para ele.

– O quê foi? Eu já vi tudo o que há aí... E só estou indo buscar uma roupa. Também irei tomar banho...- segue. Passar os meus perfumes! As minhas coisas...- pega uma peça de roupa no closet e vai para o banheiro.

Ao terminar de se arrumar, passa pelo banheiro para deixar a toalha. Vitor está em frente ao espelho, envolto por em outra, tirando a barba.

– Droga...- coloca a mão onde se cortou. Sempre no mesmo lugar...

– Me deixe ver...- o vira. Nossa... Precisa dar pontos!

– Engraçadinha! - se vira novamente.

– Desculpa...- ri. Quer que eu tire? - o encara no espelho.

– Aqui do lado...- se vira para ela, mostrando.

– Ok...- começa. Sua pele é muito sensível... Precisa ter mais cuidado.

– Eu sei...- segura-se na cintura dela, que se retrai ao toque.

– É...- tenta ignorar a provocação dele. Não suje a toalha de sangue...

– Tudo bem...- se aproxima dela e ela se esquiva.

– Com quem está Vitória?

– Até quando vai fazer isso?

– Vou vê-la...- sai.

Vitor a observa sair, voltando para o que estava fazendo. Paula pega Vitória com Diva, dá banho e a amamenta, levando-a para o quarto deles para dormir.

– Seu pai não saiu do banho ainda? - entra. Vitor!?

– No closet! - grita.

– Pensei que não tivesse saido ainda...

– Já...- aparece.

– Vou fazer Vivi dormir... - se deitam na cama. Se for fazer algo aqui, faça em silêncio...

– Vou me deitar um pouco...- se deita. Meu Deus! - fecha os olhos. Que saudade... Não existe cama melhor do que a nossa! - se vira, segurando na mão de Vitória. Se quiser eu a faço dormir...

– Não, está tudo bem...- puxa a filha para perto de si.

– Então podemos fazer junto...- se aproxima delas. Como sempre foi...- passa o braço sobre elas, alcançando a cintura de Paula.

– Ela não vai dormir assim...- tenta relaxar.

– Ela? - a encara.

– Vitor... Você parece que voltou mais atrevido do que antes!

– Não... Eu apenas voltei com saudades! Muita saudade... Me conte, sobre a viagem pros Estados Unidos...

– Não vai ter viagem! Quero dizer, foi adiada...

– Ah... Adiada para quando?

– Para o próximo mês.

– Preciso me organizar, então... A não ser que você não queria mais que eu vá.

– Vitor...

– Pulinha...- implora. Esse clima entre nós está me matando...

– Vitor, você não saiu de casa ontem para fazer show e está retornando hoje. Você saiu há dias... Há dias não nos vemos, não nos tocamos. Chegar assim e querer que tudo volte como se nada tivesse acontecido, é... Por mais que eu queira...

– Não quero que tudo seja como antes... Me deixa te mostrar que pode ser bem melhor...- se levanta na cama até ela.

– Hei...- o segura. Tem mais gente aqui... - olha para a filha. Por favor...

– Paciência...- respira fundo.

– Paciência mesmo... Vitória nunca vai dormir assim! - pega o brinquedo dela, que resmunga. É hora de mimir...- a beija.

– Nasceu um cavalinho hoje...

– Nasceu? - sorri. Ninguém me avisou...

– Estou avisando. Cria da Carlota... É lindo! Vivi ficou medo...

– Você a levou para ver?

– Sim...- sorri. Mas, quando eu chegava perto do bichinho, ela se segurava mais em mim...

– Primeiro cavalinho que nasce com ela...

– Sim, será o dela...

– Não vejo a hora dela poder montar! - passa a mão sobre os cabelos dela. Nasceram várias angolinhas na semana passada...

– São tão judiadinhas de feias quando nascem...

– Vitor...- ri.

– Mas, depois ficam bonitas. Principalmente na panela...

– Aí, Vitor! - faz carranca. Não é para comer as bichinhas...

– Depois que nos casamos nunca mais comi mesmo... Não posso comer nenhum bicho!

– Não mesmo, para quê? Tem tanta coisa para comer sem ser os bichinhos.

– Por que você come a galinha, então?

– Não é matada daqui...

– Mas, é a mesma coisa. São parentes...

– Claro que não! Não tenho contado com aquelas... Com as daqui eu tenho.

– Você está falando de gente ou de galinha?

– Cala a boca!...- riem.

– Que foi, meu amor...? - segura a mãozinha de Vitória, que está irritada. Isso é sono, você precisa dormir...

– Fecha os olhos, mas não dorme.. Parece que tem medo do sono.

– E tem... Li em alguma lugar que eles não gostam de dormir. Querem estar mexendo, vendo as coisas! A necessidade de conhecer...

– Você lê muitas coisas sobre bebês?

– Sim... Para saber como lidar com ela. Se bem que...- a acaricia. O amor que a gente sente, ensina tudo...

– É verdade... Eu mesmo sempre pensei que não daria conta! Mas, aprendi tudo...

– Sim.

– O que você lê? Livros, revistas...

– ..internet, tudo...

– Entendi... Não é para levantar... Tem que dormir! - Vitória tenta se levantar, fazendo birra.

– Filha...- coloca a mão nela. É para mimir...

– Ela não vai ficar quieta...- respira fundo.

– Vem...- se levanta com ela, a deitando em seu colo. Já volto...- vai para o quarto dela. Menininha você precisa dormir...

Vitor entra no quarto de Vitória, a balançando para dormir. Cantarola músicas infantis para que ela possa se acalmar, mas nada a faz querer ficar quieta.

– Você só pode ter puxado sua mãe mesmo...- a levanta. Não para quieta... O que quer? - a olha. Ir pro chão filha...- se senta com ela. O que quer fazer no chão? Toma...- entrega um brinquedo para ela.

Vitória não para desde que começou a "engatinhar". Faz o pai de bobo, a segurando a toda hora para não cair dos lugares que tenta se apoiar. Vitor, para controlar um pouco a filha, pega um cavalo de madeira, de brinquedo e a coloca encima.

– Pronto...- ri. Você já está toda suada...- passa a mão nos cabelos dela. Sua mãe colocou tanta roupa em você, também...

– Está fresco o tempo...- Paula aparece. E ela ia ficar no ar...

– Mas, até meia precisa colocar?

– Está anoitecendo Vitor! Não sabia até que hora ela ia dormir...- se aproxima dela. Pula! - ri. Aiaiai, já quer descer? - a tira, deixando em pé se apoiando no cavalo de balanço.

– Vivi...- Vitor a chama.

– Espera, vou tirar uma foto dela assim...- ri, enquanto pega o celular. Olha a bunda! - ri. Só tem fralda...

– E calça e meia e saia! Dessa vez você exagerou, Paula...

– Exagerei coisa nenhuma! Ela não pode pegar resfriado... - a desce.

– Vitória! - riem com a filha entrando embaixo do brinquedo. Vem aqui... Você vai se machucar...

– Calma...- ri. Vou tirar foto dessa arte...- ri. Pronto...- tira. Pegue ela agora...

– Vem...- a pega, rindo. Não pode meu amor, você se machuca...

– E dormir? Não vai, não? - a olha. Vou postar essas fotos...

– Paula...- a encara.

– Vitor, por favor! O rosto dela nem está aparecendo... E outra...- o encara. Você tem me enrolado com isso da revista.

– Não tenho enrolado... Só não tive tempo. - sai do quarto.

– Sei...- o segue.

"Boa tarde amores!

Olhem só a arte! kkkkk...

Ninguém segura mais, zenti... ❤😂😂😂

Esse cavalinho foi presente da vovó Marisa, é uma graça Vitória nele! 🐎😍

#mamaeficalouca #maissapecaqueflokinho #vivinaovaidevagar #jataaprontando #coisinhaemaçao #cansaospapaismasagenteama #eraparaelaestadormindo #oquefaço #kkkk #amaoscavalos #jamontafeitogentegrande #comprotetoresetudo #mamaeamademais #cavalinhoquevovódeu #umagraça"

– Postei...

– Depois vejo! Vou tirar um pouco dessa roupa dela...

– Você é chato!

– Ela está suando, Paula...- tira a blusa.

Passam o resto do entardecer brincando com Vitória, que só veio dormir mais tarde. Paula está trocando as flores da casa, quando Vitor se aproxima...

– Paula...

– Sim...- corta uma flor.

– Quero te pedir uma coisa...

– Como sempre.- não o olha, arrumando as flores.

– Primeiro...- se aproxima dela, fazendo com que a olhe para si. Olhe para mim quando estivermos conversando...

– Você está possessivo! Pode ir parando...

– Você não viu nada da minha possessividade ainda...- a encara.

– Tá...- ri. O que quer pedir? Preciso terminar isso logo...

– Um presente de aniversário!

– Tudo bem...- o olha. Você quer uma festa? Podemos preparar uma...

– Não diria uma festa...

– Uma recepção? - retira as luvas que a protegia dos espinhos. Posso pensar em algo para nossa próxima folga...- vai para a cozinha.

– Ainda não...- a segue.

– O que quer então!? - pega água para beber. Você nunca pede presente...

– Quero que você jante comigo...- a observa.

– Jantar com você...? - coloca na pia. Tudo bem, pode escolher o restaurante...

– Não Paula...

– O que é então!?

– Você vai descobrir mais tarde.

– O que está aprontando, Vitor...?

– Nada. Só iremos jantar juntos... E lembra-se Paula, é um presente seu para mim. Você não me deu nada...

– Tudo bem...- o encara.

– Não coma antes deu chamar você para sairmos...- sai da cozinha.

– Tá...- o observa sair. Diva...- ela chega. O que Vitor está aprontando? Eu sei que você sabe... Porque você é a sombra dele.

– Não só sei como eu quem dei a ideia! - a olha.

– Então me conte o que é... Por favor.

– Vou contar para fazer certo!

– Tá...- ri.

– Ele vai arrumar o jantar de vocês no jardim, de madrugada. Paula... Ele quer você de volta. A esposa dele... Você tem sido tão fria.

– Eu sei...- pensa. Não pense que é fácil para mim...

– Acabe com isso hoje! Ele ama tanto de você...

– E eu o amo, Diva. Vocês falam como se...

– Nada disso! Eu sei que você o ama e muito... E por isso vai irresistível a esse jantar!

– Ele me pediu para jantar como presente de aniversário...

– Está vendo!? Pensa que ele não se entristeceu por vocês não terem comemorado como deveriam?

– Eu sei, Diva...

– Paula...

– Sim?

– Vocês já se beijaram desde que ele voltou?

– Não...

– Como pode duas pessoas estarem assim?

– É...- se entristece.

– Você sabe...- vai até o armário. O que ele quer de verdade!

– Só você mesmo...- ri.

– O quê? - Dulce aparece.

– Diva falando besteira...

– Besteira? Olhe só Dulce... Vitor a convidou para jantar, como presente do aniversário dele. Você não não concorda que o que ele está querendo é carinho?

– Concordo...- pisca para Paula, rindo. E muito carinho...

– Paula, você também precisa disso... Não precisa? Não sente falta dele?

– Claro que sinto! - pega uma maçã. De tudo dele...- come.

– Então deixem de ficar indiferentes dentro de casa... Cai encima logo!

– Gente...- riem.

– O que você havia comprado para ele?

– Então...- sente-se envergonhada. Nada mais...

– Sim, mas o que?

– A minha ideia era realmente comemorarmos juntos, sozinhos... Mas, tudo isso aconteceu e...

– Já passou, Paula!

– Sim... Vocês estão certas.

– Milagres.

– Engraçadinha....

– Amanhã você conta para gente como foi?

– Não sei...- sorri. Talvez eu acorde tarde demais! - ri, ironizando. Tchau...- sai.

– Essa Paula...- riem. O que está fazendo, Diva?

Enquanto Diva e Dulce estão na cozinha, Paula vai para o quarto, encontrando Cintia no caminho e a levando junto.

– Preciso escolher uma...

– Mas, são tantas bonitas...- ri.

– Sim...- ri. Escolha uma para você...

– Para mim?

– Sim... Qual você quer?

– Para quê vou querer isso?

– Cintia...- vai até ela. Você precisa arrumar alguém...

– Lá vem você...- ri. Agora que esta de bem com Vitor, vem querer me arrumar alguém!

– Não é nada disso...- ri. Só estou dizendo que você merece ter alguém... Receber um carinho...

– Você sabe que não é fácil... Você se recuperou das suas decepções com Vitor, porque ficou com ele mesmo. Mas, para mim parece tão difícil conseguir superar tudo que já passei.

– Não diz isso... Você sabe o quanto foi difícil para mim também. O quanto sofri pelo Vitor todos esses anos... E mesmo estando com outra pessoa, eu ainda tinha tudo dele em mim.

– Pois é... Mas, você teve a sorte de ter ficado com ele. O meu não pode voltar...

– Não fiquei com ele... Eu me casei com um novo homem! Com um homem que realmente olhou para gente sem mágoas, diferente do que olhava antes e acabava fazendo o que fazia. Você vai encontrar alguém...

– Não é fácil encontrar alguém que te olhe como Vitor te olha. Que te ame, como ele te ama... Que dê seu tempo, como ele respeitou. Que te enxergue mulher muito antes que um objeto... Assim como Vitor faz com você. Apoia, chora, ri, torce, admira...

– Cintia...

– Paula, eu sei que você sofreu muito! Que hoje estão bem, mas já passaram por muito... Mas, não se esqueça de que realmente é difícil.

– Não me esqueço! Só quero que saiba de uma coisa... O amor precisa chegar sem vícios. Como Vitor chegou na minha vida... Sem pretensão alguma. O amor pousa em nós, Cintia... Você vai ter alguém que te ame como Vitor me ama! - pega a mão dela. Vai amar alguém na vida, como eu o amo... Mas, do seu jeito, do jeito desse outro alguém. Porque o amor é único para cada um! A gente se sente em um mundo diferente, só nosso... Consegue perder o ar, mesmo depois de anos. É grandioso... É maravilhoso a sensação de se viver um amor. E todos podem viver um amor, basta respeitar suas fases. Você precisa deixar que o amor venha...

– Gosto de te ver assim...

– Eu quero te ver feliz! Eu quero te ver assim... Eu vou te ver assim! E a gente ainda vai conversar muito sobre a encrenca que são os homens! - riem.

– Vamos escolher logo, preciso ver umas coisas com Elias..

– Com Elias? - se levanta.

– Sim! Ele está estudando... Daí estou o ajudando em algumas coisas...- sorri.

– Ele vive me perguntando de você... Que bom que se dão bem, fico feliz. Você não tem tantos amigos...

– Sim! A gente vivia junto... - ri. Até você se casar...

– Deixe de ser mentirosa! - riem. Ainda vivemos juntas... Grudadas.

– Paula...- ri. Quando você namorava o seu ex, você nunca ia para a cidade dele, para alguma viagem com ele, sem mim! Agora com Vitor...

– Um mundo só nosso! - ri. O amor quando é amor, é um mundo só nosso... É inconsciente... A gente acaba se refugiando sem perceber nada e ninguém!

– Quero sentir tudo isso... Como vocês, até depois do casamento.

– Você vai! - sorri. Essa aqui?

– Sim, é linda!

– Não pode parecer muito apelativa...

– Não parece! Ficou linda...

– Então vai essa mesmo...

– Pronto!? Agora já vou... Pode deixar que eu fico com Vitória.

– Obrigado!

– Amanhã me conte tudo... - sai.

– Tá.. - ri.

Paula volta a organizar suas coisas. Separa o presente de Vitor e o que escolheu vestir para jantar com ele. Não demora muito e ele surge no quarto...


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Notas finais do capítulo

OBS: A briga vai acabar. Tenham calma... Haha Beijos 😘



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