12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 45
Capítulo 45


Notas iniciais do capítulo

Boa Tarde!
Pessoal, durante a história, terão alguns "flashbacks" de momentos do passado deles. Obrigado por acompanharem e deixem seus comentários, leio todos e observo todas as dicas que me dão. Beijos!



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Tempos depois Beatriz, Monteiro e as filhas chegam pra visitar Vitor. Ficam alguns minutos com ele e o médico chega aconselhando Vitor descansar, já que no próximo dia já teria alta. Se despedem e Paula sai, mais uma vez chorando. Ao chegarem na Fazenda, se reúnem para o jantar e logo depois são encaminhados cada qual para o seu devido quarto. Quando está no seu, com Vitória já dormindo e a cama ao lado vazia, começa pensar em Vitor.

– Tem o cheiro dele por todo lugar...- puxa o travesseiro dele pra si. Que falta você me faz... Uai! - o celular toca. A essa hora...- levanta-se, calça o calçado e busca o celular correndo antes que Vitória acorde. É o Vitor...- atende. Alô!? Vitor, o que houve...?

– Nada... Estou sem sono.

– Que susto... Por que não me enviou alguma mensagem?

– Porque queria ouvir sua voz...

– Então que bom que fez isso...- sorri e retorna pra cama. Porque eu também quero ouvir a sua.

– Aqui estou... Com saudades de você aqui do lado, do cheiro do seu cabelo em mim... Parece algo tão paranóico, que ás vezes acho que sinto ele mesmo você não estando. - ri.

– Estava tomando banho e me perfumei pra depois lembrar que você não estaria aqui e me doer tanto.

– Amanhã... A partir de amanhã, teremos quinze longos dias só pra nós.

– Você fala como se ninguém mais existisse! - ri.

– Existe a Vitória e todos aí. Mas, eu não vou poder me movimentar muito pra recuperação ser mais eficaz, então terei que ficar deitado, no nosso quarto e você vai me fazer companhia.

– Pensei que a Bianca faria. - ironiza.

– Se você preferir eu levo ela, daí ela fica aí no quarto comigo e eu conto a ela toda nossa história.

– Você só podia ser jogador de pocker mesmo! - riem.

– Eu estava pensando em nós...

– O que?

– Quando aquele carro cruzou a frente do nosso, eu perdi o chão. Tudo que eu pensava naquele momento era em como te tirar daquilo! Te puxei pra mim com a intenção de te trazer pra dentro de mim, pra te proteger e te apagar daquele momento terrível que só estava começando. Pensei em tudo que a gente passou... Desde o início. Ouvi o choro da Vitória, ouvi seus gritos de dor, suas vezes me pedindo pra ficar mais um pouco, me pedindo pra te amar de novo. Foi quando eu percebi que minha vida é vocês... Paula, não vou saber viver sem você. A minha luz vem da sua...

– Não diz isso... Você tá bem, meu amor.

– Nunca te pedi pra ser forte, você nunca precisou me esconder teus medos, teu choro. Nunca fez isso... Por que agora?

– Te quero bem... Eu... - se emociona. Desculpa! Queria você aqui, queria que nada disso tivesse acontecido e a gente estivesse aqui agora. Vendo filme, rindo ou até brigando. Queria que você me abraçasse e me deixasse chorar no teu colo... Porque foi o que sempre fiz.

– Eu sei... E é só quando você faz isso que eu sei quem você é. Lembrei de quando nos conhecemos... - sorri. Você se lembra?

– Como eu posso esquecer...? - sorri enxugando as lágrimas.

" 2001, São Paulo.

Eduardo Araújo preparava os novos talentos para uma viagem. Sua produtora havia recentemente engatado em mais uma nova aposta pra música sertaneja. Hoje, pela tarde, todos iriam rumo a Barretos,

– Sílvia, tem certeza que os meninos já confirmaram que estão vindo?

– Claro Eduardo, estão chegando ali... - acena pra eles.

– Ótimo! E a Paulinha?

– Vem com a mãe, devem estar pintando por aí!

– Boa tarde, desculpem a demora...- cumprimenta.

– Sem problemas, garotos! Como vão?

– Acho que ansiosos! - riem.

– Eduardo, eu trouxe as canções que me pediu! - entrega. Pra quem são?

– São pra uma nova contratada, vocês irão conhecê-la hoje. Quero que ela grave algumas canções de outros compositores, por isso te liguei pedindo que trouxesse.

– Entendo...

– Mas, não se preocupem... Em breve iremos acertar os ponteiros.

– Claro. - sorri.

– Ela vem vindo...

– Quem? - se vira.

– O nome dela é Paula...

– Paula... - pensa.

– O nome da nossa irmã! - sorri Leo.

– Quero que sejam isso... Irmãos também! - vai até ela.

– Vamos lá Vitor?

– Não, pode ir... Vou ficar aqui.- Observa de longe.

– Deixa disso... Parece que pegou alergia de mulher.

– Mulher? - fixa em Paula.

– Vitor? - chama atenção.

– Ela mais parece uma menina! Quantos anos deve ter? - retorna do pensamento.

– E não é bonita? Não sei, mas deve ser bem novinha.

– E eu tenho que dizer se ela é bonita? Quem tem é o namorado dela, quem for... Eu não.

– Vitor, você devia ter ficado em casa! Mal humorado...- sai.

– Vai lá...

– Vitor...

– Oi Sílvia.

– Vamos... A van vai parar lá. - saem.

Eduardo apresenta os produtores e os funcionários da produtora para Paula, restando somente Vitor e Sílvia que se aproximam.

– Essa é a Sílvia, minha esposa... E esse é Vitor... Irmão do Leo!

– Prazer, seja bem vinda Paula... - cumprimenta.

– Obrigado Sílvia...

– Prazer, Vitor... - se aproxima e estende a mão.

– Todo meu, Paula... - tímida.

– Essa é a Dulce, mãe da Paula... - cumprimentam-se.

– Vamos entrando na van, galera...

Todos entram, restando Vitor e Paula por último. Ele pede pra que ela vá primeiro e quando entra observa dois lugares vagos, um do lado do outro. Sua mãe havia se sentado com Sílvia logo atrás, Leo e mais um da produtora sentaram-se na frente. Vitor entra e se vê obrigado a sentar ao lado de Paula. Minutos depois de já estarem na estrada, ele resolve quebrar o silêncio.

– Você compõe?

– Sim, quero dizer, nada muito certo ainda...

– Também era assim. - abaixa a cabeça.

– Ah... - sorri. Então você compõe?

– Compõe sim! São lindas as canções dele... - Leo se vira.

– São apenas canções Leo...

– Não são apenas... - ela se vira pra ele. É lindo quando alguém compõe. Parece que a pessoa tira o coração pra fora e o coloca em cada palavra.

– É... - sorri a observando e quando se dá conta que ficou encantado pelo que ela diz, se vira novamente.

– De onde você é Paula?

– Sou de Sete Lagoas, Leo.

– Olha aí Vitor! - bate no irmão. Também somos mineiros! - sorri.

– É Leo... - sorri.

– Que bom... Não sou perdida aqui.

– Na verdade, acho que somos perdidos aqui.

Paula olha pra ele e sorri, que gentilmente faz o mesmo. Seguem caminho respondendo Leo que não deu sossego..."

– Nem conversamos direito naquele dia...

– Se não fosse Leo, nem teríamos nos falado. Eu era tão tímido...

– E eu? - riem. Tremia tendo que sentar do teu lado!

– E hoje dorme na minha cama...

– As voltas que a vida dá... - ri.

– Você sempre foi diferente. Desde o início... Depois de poucos minutos que nos falamos, nada foi igual.

– Absolutamente nada. Incrível, né?

– Sempre fomos tão iguais...

– Ás vezes até demais!

– Mas, isso é bom... Faz a gente se entender melhor.

– O que faz a gente se entender é o amor que sentimos.

– Também...

– Porque também somos extremamente diferentes! - riem.

– Daqui a pouco a Bianca aparece aí perguntando porque você está rindo!

– Daí coloco no viva voz pra rirmos todos juntos!

– Sem graça você, hein? Coisa chata...

– Você vem falar disso e eu que sou chato?

– Tentei conversar com mamãe hoje, sobre meu pai vir...

– Paula, por que faz isso? Nós não íamos resolver...?

– É que é difícil pra mim... Poxa, eu adoro minha mãe.

– Eu também... Mas, se você quer trazer seu pai pra conhecer Vitória, qual o mal?

– Ela me falou coisas que...

– Que?

– Que é provável que ele comece a usar a neta na lambança dele.

– Pois se ele fizer isso, que se declare um homem ferrado na vida!

– Perguntei se ela o amou. É tão difícil vir de pais que já não se amam, que se tratam assim!

– Eu sei... Esqueceu? Meus pais também deixaram de se amar há muito tempo. Mas, não ficam nesse pé de guerra...

– Pois é, não ficam! Os meus, ficam...

– O que ela respondeu?

– Que o amou muito, que eu e Nilmar estávamos aqui pra provar isso. Só que não entendo... Se amou tanto assim, por que queriam que eu não nascesse? Quero dizer, ele queria...

– Não sei explicar. Mas, meu amor não pensa nisso porque deve ter sido um susto, apenas... Porque você nasceu!

– Não Vitor! Quando desconfie que estava grávida, não tínhamos nada tanto quanto eles, e mesmo assim você não propôs isso!

– É diferente Paula...

– Diferente por que?

– Eu te amava...

– Está vendo? Ele nunca amou minha mãe.

– Mas, aprendeu te amar. Te criou, te ensinou a desenhar... São coisas que só o tempo explica, Paula.

– Não consigo aceitar, Vitor... Ainda dói muito ele ter nos deixado. Ele era um herói pra mim e de uma hora pra outra, o encanto quebra e ele viraç um vilão. E o pior é eu ainda gostar tanto dele...

– Não diga isso... Jamais se queixe do amor que você sente por algo ou alguém, mesmo que esse alguém ou esse algo não mereça. O amor que sai de você é único... Não importa pra quem vá! Não se entristeça por senti-lo...

– Ele me trata tão mal...

– Ele se faz de mal. Depois que me tornei pai, não consigo imaginar que esse amor acabe... E ele que te criou, que te acompanhou, sente muito ainda.

– Ninguém sabe!

– Eu sou pai!

– Se um dia você deixar a gente, a Vitória vai saber do que estou sentindo.

– Que maluquice é essa agora? Você tem que parar de pensar nessas coisas...

– Não é maluquice! Vitor...

– Paula, vou te falar uma coisa...- respira. Se você quer se resolver com seu pai, vai ter que perdoar.

– Eu estou tentando... Mas, não acha que é justo eu ter uma conversa com ele pra organizar tanta coisa em mim?

– Mais do que justo, minha Pulinha...

– Mas, vamos parar de falar disso.

– Falta poucas horas pra mim estar em casa!

– Tem algo especial que queira pra quando chegar?

– Tem! Quero você me esperando aí.

– Mas, quero te buscar...

– Não... Quero que fique aí. Não me perguntou se eu queria algo? Então...

– Tudo bem... - se entristece.

– Fique aí com nossa pequena, mamãe vai me levar.

– Mas, eu quem deveria fazer isso... - argumenta. Sou sua esposa, o mínimo que eu...

– Me amar... - interrompe. O mínimo e o máximo que você tem que fazer por mim, é me amar.

– Mas, isso eu já faço há muito tempo. Desde que me entendi como alguém capaz de amar...

– Pois então... Isso é o que você pode fazer por mim.

– Está bem... Vou preparar tudo!

– Isso... - sorri. Prepare nosso quarto, deixe tudo pronto.

– Tá certo... - ri. Quer que eu peça pro Elias buscar vocês?

– Sim... Por favor. Paula, estava pensando em uma coisa... Precisamos comprar um novo carro pra você e um pra Cintia. Ela só vive andando de táxi! Ela não sabe dirigir?

– Sabe... Não sei porque até agora ela não tem um.

– Então vamos dar um pra ela...

– Ótimo. - sorri. O meu a gente deixa, temos o seu...

– Mas, precisamos de outro carro na fazenda. Se eu saio com o meu e você precisar de algo, é preciso ter outro disponível.

– Isso é! Depois vemos isso... Primeiro você precisa se recuperar.

– Tente ver com Cintia o modelo que ela quer... Mas, não deixe ela saber que daremos um pra ela.

– Está bem. Vitor, é melhor você tentar descansar... Está tarde e amanhã você acorda logo cedo!

– Verdade... Você também precisa descansar!

– Farei isso... - permanecem alguns segundos calados. Vitor?

– Oi...

– Estou com medo.

– Eu sei...

– Tentei dirigir ontem e não consegui...

– Paula, já foi... Isso não vai se repetir! Falei com Leo pra que contratasse pra nós mais seguranças que ficarão na fazenda.

– Não quero isso... Gente vigiando a nossa casa, nossa privacidade sempre em risco!

– Por enquanto é necessário.

– Se você acha... Mas, ainda sim sou contra.

– Fiz algumas poesias, estão aqui no celular.

– Me mande.

– Depois eu te mostro. Você poderia resolver pra mim sobre avisar os fãs do ocorrido? Mas, não quero que conte a verdade. Diga que foi uma gripe, não sei... Um procedimento médico que tive que passar. Qualquer coisa.

– Vou resolver isso, não se preocupe. Olhei hoje pela tarde e já estavam me perguntando o que havia acontecido com você.

– Devem ter fãs que moram aqui em Udi... Será que viram algo?

– Não sei... Mas, de qualquer maneira eu vou dar jeito.

– Por favor, não quero ninguém se preocupando...

– Isso é inevitável... Mas, entendo. Encontrarei uma solução!

– Está deitada?

– Sim...

– Tem como ligar nossa Tv?

– Tem... Mas, pra quê?

– Ligue no canal de sempre...

– Por que? - se levanta e liga. Engraçadinho... - sorri.

– Um show particular pra você. Sua música...

– Nossa música... - se deita o vendo na tv.

– Eu dei pra você.

– E eu sou uma parte de você. Então, é nossa...

– Isso é verdade! - sorri. Sabe o que eu estava pensando...

– Diga...

– Poderíamos gravar juntos novamente.

– Eu acho ótimo! - se entusiasma. Já vou pensar na canção que podemos gravar...

– Faça isso... - pensa. Essa semana eu recebi um convite.

– Para quê?

– Para ser... Nem sei dizer o nome. Pra ser, vamos se dizer, o rosto de uma coleção.

– Como assim? Você não me falou nada...

– Esqueci.

– Me sinto tão de lado quando não me fala suas coisas.

– Por favor, eu estou dizendo agora. Só não me lembrei antes... Porque, você sabe, não sou pra esse tipo de coisa.

– Que coleção é essa?

– Então... - pensa se deveria dizer. É da sua estilista.

– O quê? - se assusta.

– Sim... Parece que ela quer lançar uma coleção única para homens e me fez um convite pra estar a frente.

– Ela não me disse nada...

– Eu pedi. Disse que ia falar com você antes...

– Sei... E você vai aceitar?

– Não sei... Não gosto desse tipo de coisa. Mas, você acha que devo?

– Você tem que fazer o que se sente a vontade. Se quiser fazer, irei apoiar... Patrícia é uma excelente profissional e sei que ela não te escolheria atoa.

– Ainda não sei...

– Em outros tempos já teria dito não. Por que ainda está pensando?

– Porque posso fazer qualquer exigência em troca de posar pra coleção. Essa coleção vai retratar homens mais maduros... Ela me chamou de velho?

– Claro que não... - ri. Que exigências são essas?

– Terão modelos posando comigo...

– Se você optar por fazer, terá que ser um dia em que eu também possa ir!

– Terá mesmo... Porque estou pensando em uma coisa.

– O que?

– Você quer fotografar comigo? Se você aceitar, essa será minha exigência.

– Eu...? Mas... Se ela me quisesse já teria me chamado.

– Quem vai posar sou eu... Eu te chamo.

– Vitor, isso é...

– Vai dizer que você nunca quis posar comigo?

– Não é isso... Vamos pensar com calma depois?

– Ok... Quando você tiver uma resposta, me avise.

– Tá bem... - desliga a TV. Você já parou de passar aqui...

– Que triste pra você...

– Muito... - riem.

– É Vitória? - escuta a filha resmungar.

– É sim... - a observa. Só um minuto...- sussurra.

– Ela acordou?... - aguarda.

– Não... - retorna. Estou muito aliviada que ela tem dormido a noite...

– E vai continuar assim...

– Sua mãe está aí?

– Está... Coitada. - a olha. Dormiu.

– Tentei te colocar no melhor apartamento, pra ser mais confortável...

– Se não fosse pelo lugar e a situação, seria muito mais confortável!

– Eu sei... Mas, amanhã você já vem pra casa e sua caminha estará aqui!

– Ótimo...- sorri. Por falar em cama... Lembrei de uma coisa.

– Do que?

– De um momento em São Paulo, da cama de solteiro... Lembra? - ri.

– A... Não. - riem. Não quero lembrar!

– Que vida, né!? - riem.

– Mas éramos felizes...

– Ainda somos, nem que seja em uma cama de solteiro!

– Nem que seja... - vai até Vitória.

– Ela tá acordando?

– Sim... Espere aí, já retorno.

Paula se levanta e pega Vitória que acorda. A filha começa chorar e ela tenta acalmar, o que é em vão...

– Paula? - Vitor chama. Paula? O que está acontecendo?

– Calma Vivi... - respira fundo. Filha...

Alguns minutos passam e ela começa se desesperar, pega o telefone.

– Vitor... Ela não quer parar de chorar!

– Calma... É... - pensa. O que a gente faz?

– Eu não sei... - balança a filha que ainda não cessa o choro.

– Ela não quer mamar?

– Eu vou tentar... - joga o celular na cama e se senta com Vitória.

Paula tenta amamentar a filha, mas logo descobre que não é fome o que ela sente. Cada vez mais o choro se torna mais forte, traz a bebê pra perto de si e tenta acalentá-la. Ao perceber que nada funciona, começa chorar.

– Paula? - se desespera.

– Vitor... Ela não para! - chora.

– Chama sua mãe... Por favor.

– Vou chamar, não se preocupe...Eu vou desligar e quando ela dormir eu te aviso.

– Vou ficar esperando...

Paula desliga e vai pro quarto de Dulce com Vitória. Ao chegar a mãe já estava acordada, indo de encontro a ela.

– O que houve? - pega Vitória.

– Ela não quer parar de chorar! Eu já tentei tudo...

– Pare de chorar... Deixa ela mais nervosa ainda.

– Eu não gosto de ver ela assim...- tenta se acalmar.

– Talvez seja cólica, Paula... Busque aquele remédio que compramos!

Paula vai até o quarto de Vitória e pega um dos medicamentos que o médico indicou.

– Aqui...

– Coloque o remédio, Paula! Que coisa... Se acalme.

– Pronto...

– Segura ela... - entrega a bebê.

Dulce dá o remédio pra Vitória e Paula tenta acalmar ela.

– Volte pro seu quarto e coloque ela na cama, bem perto de você.

– E se ela não parar de chorar?

– Ela vai parar de chorar... Vou fazer um chá e já vou lá levar.

Retorna para o quarto com Vitória e a aconchega perto de si na cama. Faz as massagens na barriga da filha, como se lembrou que o médico havia ensinado. O tempo passa e a bebê adormece, ela sente a exaustão de uma madrugada inteira em claro e logo dorme também. Quando Dulce chega, as duas já estão dormindo, então retorna pro seu quarto. O dia não demora muito pra amanhecer, todos se levantam e aguardam Paula na mesa do café da manhã. Ao despertar, vê Vitória já acordada, e sorri.


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