12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 41
Capítulo 41




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Se sentam na varanda, bem próximos. Vitor serve-se, assim como Paula... Conversam sobre Vitória, sobre os últimos dias que ele esteve fora de casa e da rotina que Paula irá começar com os exercícios.

– Vai ser ótimo pra você...

– Sim... Liguei pra mamãe hoje.

– Hum...

– Ela não tem vindo aqui com tanta frequência, disse que está mexendo nos papéis do apartamento e Juca está aí.

– Se tivéssemos certeza que ela não apareceria por aqui por mais uma semana, já trariamos seu pai.

– Não quero ela distante daqui.

– Meu amor, é hora de desgrudar um pouco...

– O que?

– Paula, sua mãe agora tem a vida dela e você tem a sua. Precisamos viver nossa vida sem a influência dela...

– Eu ainda não estou entendendo...

– Paula, não quero que sua mãe se intrometa na nossa vida, na criação de Vitória. Desculpe dizer assim... Quero sim que ela faça parte, mas a vida entre nós dois e nossa filha é apenas nossa.

– Você tem sido tão ríspido quanto a minha mãe!

– Não é ser ríspido... Entenda...

– Entender o que? - Lágrimas já começam escorrer de seu rosto. Ela foi a pessoa que mais lutou por mim, que sempre esteve do meu lado. No início você concordou em trazer ela junto... Sabe do quanto ela é importante!

– Paula, não confunda as coisas! Só estou pedindo que você não permita que ela interfira demais na nossa vida. Que ela acabe nos separando de novo!

– Como é? Do que você está falando?

– Nada... Paula, não vamos estragar nossa noite.

– Não tem noite mais! Você está achando defeito na minha família agora!?

– Nunca disse isso! Se acalme... Por favor. - Segura na mão dela.

– Me solta! Você me fere tanto com isso...

– Paula, por favor... Só tenho andado nervoso com sua mãe por conta dela decidir como ou não você tem que se relacionar com seu pai. Nervoso pelas coisas que ele faz também e te machuca... Porque a minha preocupação é você e Vitória! Sempre vou zelar por todos e dar o melhor, mas por vocês duas eu dou a vida. Entenda o quão é dolorido pra mim te ver chorando por querer se aproximar, mudar essa situação e não fazer isso por conta DA SUA MÃE. Já te fiz sofrer e me fiz sofrer uma vez por ter seguido esse caminho... Não vou permitir que você sofra mais pelos julgamentos de sua mãe. - Se levanta.

– Não... Espera! - Segura o braço dele. Me escuta! Me explica...

– Não...

– Vitor, por favor! - Se segura nele enquanto chora. O que aconteceu? Por que você está falando assim? Não me deixa confusa Vitor! O QUE ESTÁ HAVENDO? - grita.

– ELA QUEM SEPAROU NÓS DOIS! - Segura os braços dela. Ela separou a gente... Ela me fez crer que... Meu Deus! - A solta, se dando conta de que não devia dizer nada.

– O quê? Como... Vitor?

– Esquece isso.

– Esquecer? Que idade você pensa que tenho?

– Paula... Não quero brigar.

– Já estamos. E vamos mais ainda se você não me explicar essa história!

– Não vou te dizer nada! - Sai do quarto e fecha a porta se encostando nela. Tentando se controlar...

– VITOR? VITOR!? - Se senta na cama, chorando. Vitor...

Ele a ouve, encostado na porta. Sente-se perdido, encurralado a ter que contar tudo quando a sente chorando. Em silêncio retorna ao quarto...

– Pare...

– Não faz assim... Me explique. - Implora.

– Vou te dizer... Esse assunto esteve enterrado há muito tempo. - Se senta ao lado dela, sem a olhar.

– Que assunto!?

– Paula... Sempre te falei que havia terminado com você porque era o melhor. Mas, eu nunca achei que fosse o melhor com você sofrendo, comigo sofrendo. Fui levado a isso...

– Levado a isso? Vitor... Sem rodeios.

– Meu amor... - Olha pra ela. Aquela vez em que eu não te visitei, que passei a não te visitar mais e você buscava uma resposta e quando te dei foi que havíamos terminado, foi tudo um mal entendido. Naquele dia em que havíamos combinado de se ver, naquele carnaval em que fui pra BH...

– Espera aí... - Se levanta. Você não foi! Você não estava em BH...

– Eu estava! Eu fui e fui te procurar.

– Não... Não foi, eu te esperei e você não apareceu.

– Quando cheguei na sua casa, só sua mãe estava e me recebeu no portão. Você tinha saído pra falar com sua tia Neuza...

– Vitor...

– Sua mãe me pediu pra não voltar mais. Ela me falou que você estava sofrendo muito, que conhecia pessoas novas, mas deixava de se envolver por ter algo comigo...

– Não, minha mãe não fez isso!

– Paula, eu insisti... Eu te esperei voltar, mas ela voltou e pediu pra mim embora. Ela implorou pra mim pra que te libertasse... Que nossa situação era complicado, e era... Mas, eu queria continuar, estava fazendo de tudo pra isso... Sua mãe me fez crer que o melhor era nos separarmos... E que você ia falar comigo sobre isso.

– Vitor, ela não fez isso! Ela não pode ter feito isso...

– Ela se arrependeu Paula. Ela falou comigo anos depois... Me pediu perdão pelo ocorrido, e acabamos que entendendo que isso foi bom pra sua carreira!

– Bom pra minha carreira? Como vocês puderem fazer algo sobre mim sem me perguntar? Decidirem algo que teria mudado minha vida!

– Pulinha...

– Vitor, você faz ideia da minha dor? Do que sofri todos esses anos...?

– Eu não podia me aproximar de você... Sua mãe nunca olhou com bons olhos desde o início. Fiz você sofrer com medo de fazer você sofrer, porque me afastei...

– Isso não pode ser verdade.

– Mas é a verdade...

– Ela nunca me falou nada! Você nunca me falou nada...

– Porque isso não ia mudar o que já havia acontecido.

– Você sabe que poderíamos estar juntos já há muitos anos...

– Eu sei...

– Que poderíamos já ser país há muito tempo...

– Paula...

– QUE OS NOSSOS SONHOS TERIAM SIDO CONCRETIZADOS SEM DOR? Minha mãe não tinha esse direito...

– Vem aqui... - Se levanta e traz pro seu colo. Ela pensou que poderia ser melhor...

– Mas, não foi... - Chora.

– Não adianta mais chorar... Estamos aqui, juntos e com nossa filha. Um sentimento como o nosso Paula, pôde ser interrompido, mas ele tem um destino certo e encontrou o caminho pra se realizar. O que sentimos foi forte e é forte... Pode ser desviado, podemos nos perder, mas ele só tem um caminho e vai seguir esse independente de tudo... Já esqueci isso.

– Esqueceu!? Ainda falando da forma que falou?

– Só fiquei triste por ver que você está sofrendo com isso do seu pai... Espera... - o celular toca. Pega pra mim. - Ela alcança e o entrega. Alô!?

– Vitor, estou no aguardo...

– No aguardo?

– Dos dados e de você, amor...

– Quem é? - Paula se levanta e o fita.

– Como quem é!? - ri. Foi sua esposa que perguntou, né!? Estou ouvindo daqui...

– Quem fala? - Toma o celular de Vitor.

– Oi Paula...

– Pulinha... Não cai nisso... - Vitor fica apreensivo e tenta pegar o celular.

– Quem está falando? - Paula interroga.

– Uma amiga do seu marido... Estou trabalhando pra ele.

– Trabalhando para ele?

– Paula! - Vitor pede o celular e ela sinaliza para que ele espere.

– Sim, trabalhando... Trabalho na agência de viagens do qual ele é sócio. Só estou ligando para avisar ele sobre um pedido que me fez.

– Você o chamou de amor que ouvi! Você sabia que ele é casado?

– Foi impressão sua, senhora Chaves. Vitor é apenas meu patrão... Liguei para pegar uns dados que ele ficou de mandar.

– A essa hora minha querida?

– Desculpe-me se interrompi algo!

– Vou te dar o número residencial... Tem como anotar aí?

– Não há necessidade, eu...

– Você vai ligar nesse número se quiser algo! O celular particular é particular. Anote aí... Alô!? Alô!? - Joga o celular do Vitor nele. Por hoje não... Nem quero que você me explique algo! - Chora.

– Paula...

– Vitor, hoje não mais... Não aguento mais! Ficar assim o tempo todo... E O PIOR AINDA É TER MOTIVO PRA ISSO! SEU IMBECIL...

– Paula, por favor... Se controle. - Tenta acalmá-la.

– Não... Me deixa, por favor...

– Meu amor... - segura ela. Me escuta... Pedi que ela preparasse um cruzeiro para sua mãe e Juca... Pra termos tempo de trazer seu pai aqui. Eu falei que passava os dados hoje ainda...

– Ela te chamou de amor... - olha pra ele.

– Chamou.

– Por que!? - Tenta se afastar dele e ele não permite.

– Já sai com ela, há muito tempo... Ajudei a sair da vida que ela levava dando esse emprego pra ela na agência. Paula... - Ela chora. Nunca passou de umas noites apenas... Eu era solteiro e saia com ela por necessidades físicas... Ela provoca Paula!

– Me solta!

– Não, me escuta... Você precisa acreditar em mim! Não tenho nada com essa mulher!

– Ela riu da minha cara!

– Não, Paula... Ela não é nada, não significa nada.

– Não parece... Amor! - Se solta e sai do quarto.

– Infeliz! Filha de uma... Vou acabar com essa mulher. - Pega o telefone nervoso. Lucas!?

– Vitor!?

– Sim, ele mesmo...

– O quê houve? Nossa reunião é só daqui a um mês.

– Amanhã pela manhã quero que Erica Botello não esteja na minha agência! Demita-a...

– Por que!? O que houve?

– Faça o que peço. Pague a ela todos os direitos, mas a quero fora daí.

– Tudo bem... Você quem manda.

Vitor desliga o celular nervoso, sem conseguir segurar as lágrimas. Mais do que nunca estava certo de que fez uma grande burrada em ter pedido algo para Erica... Querendo ajudar, por cada funcionário receber uma comissão a cada viagem programada, acabou perdendo a confiança de Paula. Enquanto ele permanece no quarto sem saber agir, Paula vai para o quarto de Vitória.

– Calma Paula... Isso faz mal pra Vitória.

– Uma vagabunda!

– Mas, ele falou que não significa nada.

– Cintia, passar uma noite com ela já é muito. Quem garante que isso não ocorreu de novo?

– Paula, que absurdo...

– Não quero mais falar disso. Pode ir se deitar... Me deixa sozinha.

– Eu não posso te deixar aqui assim...

– Pode ir Cintia... - Vitor entra no quarto.

– Quero ficar sozinha...

– Por favor, não briguem aqui.

– Isso não irá acontecer.

– Certo... - Se retira.

– Me deixa sozinha Vitor... Me deixa aqui, quietinha.

– Erica era uma mulher de programa. Ela só tinha clientes com um certo valor, e a conheci através de um amigo, em uma noite que sai pra espairecer. Passei a pagar pra ela se encontrar comigo, muitos meses depois que me separei de Claudia. Não sai com ela por muito tempo, foram apenas uns 2 meses, tivemos uns cinco encontros que foram suficientes para que eu descobrisse o porquê ela entrou nessa vida. Ela sofreu abuso por muito tempo e foi obrigada a se prostituir muito nova, o que permitiu que ela subisse graus nessa vida tão cedo, passando a ser uma dama de companhia de luxo, como dizem... Sai com homens que escolhem, não com qualquer um. O problema é que ela passou a ser ameaçada e em uma noite em que a chamei, ela estava em um hospital. Nunca soube da verdadeira história... Sei que paguei uma dívida que ela tinha pra liberarem ela, pra darem a liberdade que roubaram, iriam traficar ela pra outro país e ela se negava, o que a fez parar no hospital. Ela mexia com gente de grande poder, fazia parte de um grupo de mulheres que já atenderam na Argentina. Só sei que ela tinha os dias contados, porque nessa tráfico, ela acabaria morrendo na mão daquela gente. Por isso paguei e dei a ela um emprego... Depois nunca mais falei com ela, até hoje... Que pedi que ela organizasse a viagem da sua mãe. Foi com ela que fui me encontrar de manhã e logo depois fui almoçar com minha mãe.

– Por que ela? Tanta gente trabalha...

– Porque cada pessoa ganha uma porcentagem por viagem realizada. Eu só quis ajudar ela Paula...

– Você saiu com mulheres assim...?

– Paula, quando resolvi sair com ela eu já sabia que ela não tinha nada e além do mais... Não é em um tipo de Cabaré qualquer. Ela era uma mulher de companhia... Não como essas que se prostituem em ruas ou coisas do tipo. Muitas vezes nem tínhamos qualquer tipo de relação, eu pedia que ela fosse embora antes. Aconteceu mesmo só umas duas vezes...

– Eu... Por que ela ainda se insinua?

– Por que é uma maluca... Nunca dei corda.

– Já que você está dizendo tudo... Saiu com ela hoje?

– Sai, eu te falei...

– Não... Eu quero dizer se você teve alguma relação com ela.

– Agora você que está maluca? É mais do que óbvio que não. Paula, eu te amo... E desde o minuto em que estive disposto a te procurar, não sai com mais nenhuma mulher. Você é única pra mim...

– Isso é tão... - se levanta da poltrona.

– Me desculpa te fazer passar por isso!

– Preciso de um tempo.

– O quê?

– É... Me deixa sozinha.

– Eu te amo... Não faz isso, me perdoa. Não aconteceu nada e nunca vai acontecer!

– Me deixe sozinha!

– Paula...

– Por favor!

– Promete pra mim que vai...- Ela o olha e ele entende que deve sair. Você está com receio de mim?

– Você não me traiu... Só preciso pensar. Muita coisa tem acontecido desde que fiquei grávida, muita angústia e muita tristeza por situações assim. Preciso ser feliz...

– Você não é feliz comigo?

– Sou. Mas, ultimamente a gente ter perdido o ponteiro.

– Tenho tentado... Eu juro... - Não se contem.

– Eu sei... Vitor, por favor... Sai.

– Paula... - Implora.

– Por favor...

Vitor se retira inconsolável e vai para o quarto. Se deita, olhando pro teto, posição que permanece por muito tempo. As horas passam e eles continuam divididos por paredes, entre lembranças, saudades e lágrimas... Entre a vontade incontrolável de estarem juntos e a necessidade de estarem separados por aquele momento. A madrugada chega e não dormiram, nem se atreveram a procurar mais um ao outro. Vitor se levanta e vai pra varanda, uma chuva mansa começa cair e por ali ele resolve ficar, preocupado com Paula, mas ciente de que não pode ir até ela ainda. Paula ainda permanece no quarto de Vitória, a amamentou e a fez voltar dormir. Pela vidraça da enorme janela do quarto da filha, observa a chuva lá fora e pensa sobre tudo que ocorreu. Por mais que fale da boca pra fora, não duvidaria da fidelidade de Vitor; sabe do quanto ele tem lutado pelos dois desde o primeiro momento. Se volta para filha e vai rumo ao seu quarto...

– Vitor?... - Entra. Vitor? - Vai até o closet buscar por ele e não o encontra. Vitor!? - Retorna e o vê na varanda. Sem fazer barulho vai até ele. Me perdoa...

– Pelo que? - Indaga sem se virar.

– Não deveria ter tomado seu celular... E... Por estar assim.

– Assim?

– Instável.

– É apenas um período, não se preocupe.

– Sou feliz... Muito. Todos os dias...

– Eu trouxe muitos problemas pra tua vida... Muitas lembranças e vivências que atrapalham a gente.

– Se você me garantir que é tudo um passado que não teve importância, eu vou acreditar em você.

– É um passado que não teve importância, não tem e nem terá.

– Então vamos acertar nossos ponteiros... - o abraça por trás.

– Paula... - se vira pra ela. Eu te amo mais do que tudo... Não esquece nunca disso. O espaço que você abriu em mim fez com que eu não te esquecesse durante todos esses anos... Você fez uma marca de fogo em mim, como se fosse uma cicatriz profunda que nunca sai. Aconteça o que acontecer na nossa vida, não esquece disso... Que eu nunca vou te esquecer.

– Digo o mesmo, meu amor... - Se aproxima dos lábios dele. Você combina com chuva...

– Nós dois combinamos... - A acaricia. Muito, por sinal. Mas, você é a coisa mais inusitada que presencio...

– Por que?

– Porque consegue ser um sol enquanto chove...

– É pra te aquecer!

– Você consegue... - Desamarra o robe dela. Bem mais do que imagina, mesmo quando estou longe.

– Cheiro de terra molhada...

– De árvore, de Paula... - Beija-a o ombro.

– Deixa meu cheiro se misturar ao seu... - Encosta a cabeça nele.

– Deixo...

– O nosso perfume... - Se segura nele, enquanto ele desce a camisola.

– Se bem que você já tem o meu perfume predileto. - segura-a pelas pernas.

– Vitor... Devagar. Isso...

– Vem... - A puxa para o quarto.

– Deixa a varanda e a porta aberta.

– A porta?

– Se Vitória chorar...

– Tudo bem... - Abre a porta e retorna encontrando Paula em pé o fitando. Parece sua primeira vez...

– E não deixa de ser...

– Fui o primeiro... - Se aproxima dela.

– E será o último... - Agarra-se nele.

– Fico imensamente feliz com isso... - Segura o rosto dela e a beija afastando até a cama.

A partir daquele momento, os dois se encontram da maneira mais bonita de serem homem e mulher um só. O tempo para, nada existe ao redor com mente desconectada e coração ligado tomando as rédeas de cada enlace, cada momento e detalhe.

– Está chovendo ainda...

– Sim, debaixo do cair da chuva... - riem.

– Foi bom experimentar novas sensações?

– Foi ótimo... Deveríamos ter tentado há muito tempo. - Se levanta.

– Onde vai?

– Tomar um banho pra pegar a Vitória...

– Vamos... - Caminham para o banheiro. Poderíamos usar a banheira!

– Daqui a pouco a Vivi acorda, não seria uma boa ideia por hoje...

– Tudo bem...

– Que estranho... - sorri.

– O quê? - entra na ducha. Vem...

– Já fazem mais de duas horas que estou longe da nossa pequena... Parece que falta algo.

– Meu amor... Vocês ainda são conectadas.

– Sempre seremos...

– Esse é o amor mais lindo do mundo... Sou feliz, orgulhoso por te proporcionar...

– Nunca terei como te agradecer. Sou feliz em dobro, por ela e por você.

– O amor de um pai é inexplicável... Talvez não seja compreendido por ele não gerar o filho assim como a mãe, mas é tão grande quanto.

– Eu sei... - O beija. Agora vamos logo, antes que Vitória acorde.

Terminam o banho e Vitor busca Vitória enquanto Paula arruma a cama e o berço da filha.

– Não vejo a hora dela sorrir pra mim...

– Bobo! - ri. A primeira mulher que não sorri pra Vitor Chaves!

– A mulher que saiu de mim e que mais se parece comigo no mundo!

– Sim, e farei de tudo pra parecer espiritualmente também. - Pega a bebê.

– Ela terá uma boa mistura de nós dois.

– Tomara! Por que até agora é só você...

– Sim, meu sangue é mais forte... Sou mais bonito.

– É pra rir ou o que!? - se senta na cama.

– É pra amar!

– Agora fica quietinho...

– Antes preciso te perguntar uma coisa... - a encara. Por que não deixou Diva comprar meus...

– Charutos!? - interrompe rindo. Nem pensar! Aqui dentro com Vitória aqui...

– Mas não fumo perto dela! E nem é fumar...

– Não e não!

– Paula...

– NÃO! - Olha pra ele. Agora, por favor, ela precisa de silêncio pra mamar. Vem aqui do ladinho da gente...

– Vou pra fora... - respira fundo.

– Volta aqui Vitor!

– Não... e não.

– Tudo bem... Você quem sabe né.

– Você não poderia ter feito isso. Poxa...

– Já pensou nos sacrifícios que também tive que fazer por ela?

– Não vamos falar disso!

O último dia de folga de Vitor passa rápido, talvez por ser exatamente o último dia cheio de já saudades. Lucy agora entra na família para ajudar Paula com Vitória, que começa suas novas atividades. O tempo passa e tudo que ficou de fora vai se encaixando...

TRÊS MESES DEPOIS...


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