12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 4
Confissões




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18 de dezembro, Quinta-feira

Chego em casa e sou recepcionada a alegria e aos latidos do Flokinho,e com o sorrisão da minha mãe,essas são as únicas coisas que me confortam daquela mar de tristeza e dúvidas. Minha mãe sabe pelo meu olhar que não estou bem.

D.Dulce: Paula vamos conversar?

Paula: Mãe agora?

D.Dulce: Sim sim agora mesmo. Vá trocar sua roupa e vem pra mesa que o almoço já está pronto.

Paula: Espera então. Preciso ligar pro Henrique.

Vou até o meu quarto e guardo minhas coisas em seus devidos lugares. Vou guardando e chorando,por enquanto que Flokinho me olha com um olhar tristonho e de quem estava sem entender nada,fica deitado perto do pé da cama. Pego meu celular e ligo para Henrique.

Paula: Henrique você já está chegando?

Henrique: Já estou sim meu amor,estou aqui no trânsito mas daqui a pouco chego.

Paula: Está certo. Beijos.

Henrique: Beijos.

Volto pra sala de estar e a mesa já está pronta.

D.Dulce: Filha me conte tudo que está se passando,não me esconda nada porque ai não vai ter como te ajudar com os meus conselhos de mãe. Fale o que se passa no seu coração.

Paula: Mãe eu ainda amo o Vitor não tenho mais como esconder e nem omitir isso de mim.

Não aguento e cai no choro.

D.Dulce: Calma minha filha,calma.

Paula: Mas mãe tem o Henrique,eu gosto dele.. eu gosto muito dele. Meu carinho por ele não tem tamanho.

D.Dulce: E você já conversou com ele sobre tudo que aconteceu?

Paula: Então mãe é isso que está me deixando mais angustiada,eu não tenho coragem de contar e não tem como continuar com um namoro assim sobre mentira.

D.Dulce: Paula minha filha primeiro para de chorar e vamos resolver tudo.

Paula: Mas...

D.Dulce: Calma. Henrique vem hoje aqui pra casa?

Paula: Ele já está vindo.

Fecho minha boca e no mesmo instante Henrique liga dizendo que já está entrando no condomínio.

D.Dulce: Minha filha você calma e veja como vai resolver as coisas com ele. Faça o que seu coração mandar. Henrique é um homem bom.

Paula: Eu sei minha mãe.

Henrique chega e me dar um beijo,que devolvo com um beijo rápido.

Henrique: Amor que saudades de você. Boa Tarde Dulce.

D.Dulce: Boa Tarde meu filho.

Paula: Henrique eu tenho que conversar com você.

Henrique: Sobre o que?

D.Dulce: Eu vou lá dar uma volta com o Flokinho pelo condomínio,ele pelo jeito quer andar pra fazer alguma coisa (ri)

Paula: Certo mãe.

Henrique: Sobre o que você quer conversar comigo Paula?

Paula: Henrique você acha certo alguém mentir pra uma pessoa que gosta dela?

Henrique: Claro que não. Paula aonde você quer chegar com isso? Fala logo que não gosto de voltas.

Paula: Calma Henrique você agora só vai me escutar.

Henrique: Como escutar? Eu chego e você fala que precisa conversar comigo,está ai com a maior cara de choro. Eu quero saber logo o que aconteceu.

Paula: Me escuta por favor. Henrique eu menti pra você.

Henrique: Mentiu?

Paula: Henrique me escuta por favor. Eu mentir pra não me magoar,pra não te magoar. Eu estou me redimindo,eu precisava contar a verdade pra você. Eu estou a dias sem ter sossego na minha cabeça porque estava escondendo uma mentira de você.

Henrique: Paula me desculpa mas não dar pra te escutar você dando voltas e mais voltas e falando essas coisas. Me fala o que você mentiu?

Paula: Henrique eu não dormir no loft. Eu dormir lá no escritório.

Henrique: No escritório? E porque você mentiu pra mim Paula?

Paula: Henrique se você deixasse eu falar e me explicar poxa...

Não contenho minhas lágrimas caem e o Henrique fica nervoso por me ver naquele estado e ao mesmo tempo preocupado.

Henrique: Paula para de chorar por favor e me fala o que é isso tudo que esta acontecendo.

Paula: Eu dormi no escritório com Vitor. Não vou dizer mais nada que isso porque sei que estou errada. Sei também que não vai dar pra continuar nosso relacionamento assim. Eu estou confusa. Mas Henrique me perdoa,não guarda raiva ou magoa de mim.

Henrique: Paula você dormiu? Dormiu como?

Paula: Dormir.

Henrique: Paula me responde como você dormiu,eu quero saber como você dormiu.

E a voz do Henrique muda de tom imediatamente, eu não paro de chorar e não sei o que dizer.

Paula: Foi mais do que dormir Henrique.

Quando acabo de falar e olho pro rosto do Henrique vejo as lágrimas percorrendo seu rosto. E choro junto. E ele se cala por alguns minutos.

Paula: Você não vai falar nada Henrique?

Henrique: Não.

Paula: Por favor fala alguma coisa,o que você está sentindo? Pode falar o que você está sentindo de mim.

Henrique: Eu só estou sentindo duas coisas Paula.

Paula: O que? Fala Henrique.

Henrique: Raiva.. mas raiva de mim mesmo,de não ser homem suficiente pra você amar. E uma vontade enorme de ir lá descontar essa minha raiva naquele cara,por ele ser o que não sou capaz de ser pra você.

Paula: Porque você está falando essas coisas? Você quer que me sinta culpada? Eu sei eu sou culpada,eu sei que eu que não sou mulher suficiente pra ninguém.

Henrique: Paula você é mais do que isso.

Paula: Para Henrique eu não sou para. E não vai dar mais pra continuar. Você é um cara incrível,um cara muito além do que as pessoas possa imaginar,mas eu não posso dar o que você merece realmente,que é o amor. Você merece uma mulher de verdade que te ame e não eu.

Henrique: Mas já que não dar pra continuar,prefiro não te ver. Eu preciso ir embora.

Paula: Henrique sei que desculpas são bem pouco pra isso. Mas por favor me desculpe,se você soubesse o quanto gosto de você,o quanto você me ensinou e o quanto o seu amor por mim me recuperou de tantas coisas.

Henrique: Você o ama né Paula?

Paula: Não me faz essa pergunta.

Henrique: Responde Paula.

Paula: Sim.

Henrique: Então quer um conselho?

Paula: Qual?

Henrique: Vá trás da pessoa que você ama,vá atrás Paula. Ver você feliz e com aquele sorriso no rosro me renova. Agora eu vou indo. Depois vejo como ficam as coisas. Te Amo Paula.

Paula: Não fala essas coisas por favor.

Henrique: Tchau.

Henrique me dar um beijo que dar pra sentir o gosto de suas lágrimas salgadas que escorriam até sua boca.

VITOR

Já se passaram duas semanas desde que tudo aconteceu, ainda não liguei, não informei a ela nem ao menos se cheguei bem. Estou confuso, realmente não sei o que fazer! Quando penso no que houve há anos atrás me lembro de cada vez que me encontro com ela... É como se todos aqueles momentos voltassem. Mas tem Claudia..., realmente não sei como lidar com essa situação. Duas semanas... Não liguei, mas ela também não ligou nem pra dizer sobre os papéis, me desaponto. Estou deitado agora, ao lado de uma linda mulher que dorme tranquila. Olho pro teto, pro relógio, pro teto, pro relógio e não consigo pregar o olho. Preciso fazer alguma coisa...

Me levanto e vou até o celular, já são 3:40h da manhã de uma Quinta, como ela está? Bato na tela freneticamente até que me vejo discando o número dela rumo a cozinha.

Apreensivo: - Atende....

Nada. Não sei se me sinto bem ou mal por ela não ter atendido. Vou a geladeira me refresco. Me vem a imagem daquela noite, me vem a imagem da Claudia... vou até a pia deixo o copo.

Claudia:- Não conseguiu dormir de novo?

Me viro em uma fração de segundos, ela aqui.

Vitor:- Oie, então...

Claudia está aproximando e agora me lembrei que tem dias que não nos relacionamos, realmente hoje não tenho cabeça pra isso; me esquivo, ela percebe.

Claudia: - Está acontecendo alguma coisa não é? Sinto que algo te preocupa.

Se ela soubesse o que...

Minto:- Não, impressão sua (sorrio me afastando para a sala).

Claudia:- Por que não vem se deitar? Sinto sua falta Vitor.

Fecho os olhos e me sento no sofá:- Sinto a Claudia. Por que não vai se deitar? Sei que tem trabalho logo cedo não quero que se canse, estou bem e logo vou para o quarto.

Claudia balança a cabeça: - Certo, não vou insistir. Boa Noite ou Bom Dia (sorri).

Me levanto e vou até ela, a beijo e peço que se vá, logo irei. Está linda. Claudia é linda, mas de uma beleza... Não sei explicar, já Paula... É como se cada dia não soubesse a cor que se abrirá mas sei que se abrirá posso esperar tudo mas ela ainda me surpreende, sorrio com a ideia e me deito no sofá.

São 8:00h da manhã, abro os olhos ainda sonolento e percebo que dormi no sofá.

Claudia está parada na minha frente:- Vitor?

Prometi que iria a cama:- Perdão peguei no sono; me levanto. Bom Dia; a beijo na testa.

Claudia está sem expressões, sem reflexos: - Vou me arrumar, saio daqui a pouco.

Aprovo com a cabeça, o que estou fazendo?

Vitor: - Não vou sair hoje, quer fazer algo?

Claudia: - Quero sim.

Me animo: - O que?

Claudia se vira e sai andando: - Quero te ajudar.

Não entendo a resposta e vou atrás dela: - Ajudar?

Claudia: - Vitor, alguma coisa está acontecendo, quero saber. Se quer dividir uma vida comigo tenho que saber o que está acontecendo, você tem andado aparentemente disperso.

Não sei o que dizer ... o que posso dizer? O casamento, a ideia do casamento, fecho os olhos, preciso resolver isso.

Claudia: - Você quer me contar algo?

Nego com a cabeça, me aproximo e a beijo logo em seguida saio.

Claudia: - O seu silêncio diz tanta coisa, mas não sei no que acreditar. Vou me arrumar.

Continuo saindo rumo a cozinha, minutos depois ela passa. Estou na bancada tomando o café batendo os dedos na xícara. Me viro enquanto ela segue: - Boa Sorte.

Claudia: - Obrigado.

Ela sai e fecho os olhos mais uma vez, preciso falar com alguém, mas quem?

Pego o telefone e mais uma vez disco para ela: - Atende...

Até que do outro lado da linha uma voz familiar soa, incrível como meu coração corresponde: - Tudo bem?

Paula:- Oi, sim Vitor. Como chegou a duas semanas, e a garganta?

Ela não está bem e sinto que tenho a ver com isso: - Bem melhor Paula já passou.

Paula: - Entendo.

Creio que preciso pensar, vou desligar: - Liguei pra agradecer por aquele dia, cheguei bem.

Paula: - Se lembra?

Me levanto da bancada, sinto que ela levou meu sumiço como esquecimento: - Paula, me lembro muito bem, é o que mais tenho me lembrado nos últimos tempos. Preciso desligar, em breve nos falamos, eu...

Paula: - Vitor...

Respondo: - Sim?

Silêncio...

Paula: - Fique bem.

Sinto que ela me esconde algo, mas deixo agora não é momento: - O mesmo. Até mais.

Desligo e vou me arrumar. A campainha toca, não fui informado então deve ser alguém de casa: - Mãe?

Marisa entrando: - Oi filho, vim a São Paulo comprar alguns livros da Universidade. Ta tudo bem? (deposita algumas sacolas no sofá da entrada) Cadê Claudia?

Fecho a porta, será que posso falar com ela?: - Sua benção, a Claudia está trabalhando. E como vai a Universidade?

Marisa: se sentando na cozinha: - Deus te abençoe. Vai bem, começo na próxima semana.

Vou para a cafeteira: - Que bom.

Não sei se da pra falar com ela, não sei nem o que falar.

Marisa desconfiada: - Vitor, está tudo bem?

Porque está perguntando isso? Vou ter que melhorar minha fisionomia de que não durmo a dias: - Está sim (viro a cabeça pra ela e sorrio)

Ela não acredita: - Vitor não quer falar, não fale. Não tenho a ver com você mais...

Me viro rindo: - Para de chantagem, olha aqui seu café.

Ela pega a xícara: - Onde vocês comemoraram o aniversario da Claudia?

O aniversario, nesse dia fiquei feliz por ela feliz; me sento: - Aqui mesmo mãe.

Marisa: - Vitor vou fazer um Jantar no sábado para nós mesmo, espero que você vá.

Falar com a Paula hoje me deixou mais confuso: - Sim.

Ela coloca a xícara na mesa: - Vitor, você e a Claudia estão bem?

Porque ela vem com estas perguntas? Vou ter que falar com ela: - Normal.

Ela olha pra mim e começa: - Vitor casamento não se começa assim, a decisão é sua a vida é sua, mas preciso que você entenda, sabe como foi conturbado meu casamento com seu pai, você sabe as dificuldades disso, você quase nunca me deixa saber das suas coisas.

Começa a bola de neve de confusões: - Mãe eu sei disso. Entrelaço as mãos e apoio o queixo pensativo: - Estou um pouco confuso, aconteceu algumas coisas que eu não esperava.

Ela começa a prestar atenção em mim: - Continua.

Resolvo contar: - Estive com outra pessoa.

Ela me entreolha: - E isso te confundiu?

Aprovo com a cabeça: - Muito.

Marisa: - Vitor, primeiro de tudo, você tratou do casamento sem nem ao menos conhecer a Claudia, sem ela ao menos te conhecer, até hoje não entendi a sua atitude súbita.

Me remexo desconfortável e ela continua: - Quem é a outra pessoa?

Penso antes de falar, olho pra ela: - Paula.

Ela sorri e se levanta em direção a pia: - Quer dizer que ela mexeu com você de novo?

Olho pra ela: - Mãe ninguém pode saber disso.

Ela se vira: - Se o Leo descobrir...

Faço carranca pra ela: - Mas é por isso mesmo. Ela diz que fico aprisionando a Paula.

Ela se senta: - E ele não mente.

Não acredito que isso vai começar, ela continua: - Quando você e a Paula se relacionaram pela primeira vez, ela era uma menina ainda, os dois eram muito novos, vocês faziam muitos planos, enfrentavam muitas coisas juntos, sobreviveram um grande tempo um longe do outro, você em um canto a Paula em outro e quando tudo acabou eu não entendi. Começou que eu via você tão apaixonado e depois vi você sofrer por aquele término e não entendia, porque duas pessoas que se amavam, se conheciam tanto, terminaram ... depois vocês dois nunca mais agiram como amigos , dai percebi que algo havia ficado mal resolvido, tanto em você quanto nela. Vitor você tem 37 anos e me nego a acreditar que vai querer matar mais uma vez, deixar sem resolver isso. Se ainda mexe com você é por não saiu ai de dentro e se continuar com isso vai estar prendendo a você, a ela e a Claudia. Alias porque está com Claudia

nestas condições, ela sabe disso tudo, sabe porque você tomou esta atitude de imediato?

Me levanto e ela me repreende falando: - Vou embora e te espero no Sábado e digo mais, se você não resolver isso vai viver condenado e condenando ao que sente e não vai fazer Claudia feliz porque não vai ser feliz se obrigando a amar alguém porque não quer resolver algo de 13 anos atrás. Isso não é certo filho nem pra você nem pra ninguém.

Não respondo nada. Pega as coisas na sala e se despede: - Sábado estarei lá mãe.

Se vai. O mais terrível de tudo é que ela está certa, estou aprisionando as duas. Preciso resolver isso. Se eu me separo da Claudia, quebro com um compromisso sério que prometi, dei minha palavra. Mas se ficar tentando matar a Paula vou matar a mim também, tentando amar Claudia de um jeito que não posso.

Paula estava me escondendo alguma coisa, mas não adianta, ela não vai me dizer nada, não fui ao Natal do Bem, não liguei a ela, fico pensando se eu seria o melhor pra ela não quero fazê-la sofrer de novo.

Escuto um barulho e vou até porta: - Olá, como foi?

Claudia está com pressa passa por mim: - Foi ótimo mas vou precisa fazer uma pequena viagem, minha mãe ligou teve um problema na filial do Sul e preciso ir pra lá ver se consigo resolver, você vem comigo?

Viajar? Não, nem pensar: - Claudia tenho uns papéis pra resolver aqui, não posso sair.

Ela olha pra mim e percebo que sente algo: - Chego no Domingo.

Mas tem jantar: - Sábado tem um jantar em Uberlândia minha mãe quer que nós vamos, não tem como vir antes?

Ela sai do quarto com a mala feita: - Não Vitor, alguns fornecedores só irão no Sábado pela tarde. E é sua mãe que quer nos vamos e você?

Não entendo: - Claudia ela esteve aqui hoje.

Ela se vira: - O eu houve em Belo Horizonte Vitor?

Ela sabe de alguma coisa? Impossível: - Como o que houve? Uma reunião a trabalho e você sabe disso.

Ela continua: Entendo. Agora preciso ir e se cuida. Vá a Uberlândia e se desculpe por mim.

Ela me beija e sai. Fecho a porta e me dói pensar que me sinto aliviado por ela sair. Gosto muito dela mas não como deveria.

A Quinta se vai e passei o tempo todo entre um filme e outro...

Sexta chega e resolvo ir ao escritório revisar algumas pendências. Saio do prédio rumo a garagem e quando entro no carro me lembro da Paula rindo me dizendo pra não ter medo. Resolvo ligar pra ela, mas logo desisto, o Henrique pode estar e só irei complicar mais a vida dela.

Chegando ao escritório revejo planejamentos para 2013: - Já aqui Pedro?

Pedro me cumprimenta: - Vim terminar de arquivar os papéis.

Sorrio para ele me afasto para a sala da assessoria. Quando entro cumprimento as meninas da assessoria e passo a ordem do inicio das divulgacoes do CD da Nice. A tarde passa que nem percebo,

resolvo ligar pra Claudia, cai na caixa postal: - Claudia me retorne a ligação, estou preocupado com você. Beijos!

Enquanto analiso umas planilhas no Tablet, o telefone toca: - Como você está? Estava preocupado.

Claudia: - Desculpa meu amor, o celular descarregado e fiquei tão ocupada aqui que acabei me perdendo (ri).

Me sinto tranquilo por ela ter ligado e aparentemente estar muito bem: - Sem problemas (sorrio) Você chega no Domingo mesmo?

Claudia: - Sim, talvez até no sábado. Vá para Uberlândia se caso eu chegar no sábado desembarco lá.

Já estava me esquecendo do jantar: - A sim, tudo bem e me ligue para avisar. Os problemas aí estão sendo resolvidos?

Claudia: - Estou tentando sim resolver, espero que eu consiga.

– Claro que conseguirá; respondo.

Claudia sorri: - Obrigado, vou me esforçar bastante. Agora preciso desligar, estou morrendo de saudades, em breve estarei aí e ligarei para você.

Me sinto um pouco culpado. Sinto falta da presença da Claudia aqui, mas ter este momento para pensar no que farei foi tudo que mais preciso e querendo ou não... de uma certa forma não vou mentir, não chega a ser saudade: - Espero que volto logo, me ligue vou aguardar sua ligação.

Claudia: - Chegarei logo, beijos.

Ela desliga, abandono o tablet na mesa e resolvo logo ir pra Uberlândia no exato momento. Passo no apartamento deixo o carro e pego algumas coisas e desço para pedir um táxi.

A caminho do aeroporto tomo uma decisão.

Depois de algumas horas já estou em Uberlândia. Resolvo ir para o Haras, preciso pescar.

O táxi que me pegou no aeroporto caminha direto a Fazenda: - Boa Tarde José, prepara as coisas de pesca para mim, Leo está aí?

José cumprimenta: - Não está ele, virá mais tarde. Vou preparar e já levo ao lago para você.

Corro para ver a Chalana que me acompanha no lago: - Ê garota (acaricio ela)

Chegando no lago José já havia deixado minhas coisas. Ajeito tudo e me sento, enquanto isso Chalana atravessa o lago de um lado pro outro: - Chalana ( grito) vem menina.

Ela se aproxima e a acaricio para que fique do meu lado: - Você está espantando os peixes garota.

Enquanto me concentro naquele momento: - Ah mas quem é vivo sempre aparece.

Me viro e dou de cara com o Leo que vem direto arrumar as coisas dele para pescar também: - E aê, como vai?

Antônio se senta ao meu lado brinco com ele: - Vou bem...

Leo se senta: - Precisamos conversar sobre uma coisa aí...

– Vou fingir que a mãe não te contou nada (respondo já sabendo que não vai ter jeito)

Leo: - Vitor, Vitor...

Passa alguns minutos e consigo pegar um: - Quer apostar?

Leo ri: - Não. Me diz ... não vou ficar dando meia volta não, que história é essa?

Falo sem indagar: - Não vou me casar.

Leo fica atônito: - Por que isso?

Falo colocando o peixe na água novamente: - Pensei e percebi que não é certo.

Leo não diz nada. O resto da tarde passa daquela forma. Resolvo ficar na Fazenda mesmo e pela manhã ir para Uberlândia: - Amanhã estarei lá.

Leo saindo; - Estaremos aguardando.

Resolvo ligar para Claudia, saber como ela está: - Tudo bem?

Claudia: - Oi meu amor, estou bem sim e você?

A cada vez que Claudia fala meu amor, não sei como agir: - Estou bem. Estou em Uberlândia já.

Claudia: - Que bom, tenho uma ótima notícia estarei aí para o jantar.

Não sei como me sinto, estranho saber que ela estará aqui, mas como? Ela está a três meses aqui e as sensações com ela estão sempre confusas: - Maravilha, aguardarei em casa.

Claudia ri: - Sim, quando você fala em casa me perco um pouco, mas entendi que a casa é a casa da sua mãe, sua também.

Penso nisso: - Sim, é sim (sorrio) te aguardarei, tudo bem?

Claudia: - Sim, estarei aí com você. Depois vamos para São Paulo? Tenho que gravar no Domingo.

Me esqueço do Domingo, estava pensando em ficar aqui mas não posso deixar que vá sozinha e preciso falar com ela sobre o casamento: - Claro, voltamos pela manhã.

Claudia desconfiada: - Está tudo bem? Você não tem nada para me contar?

Não sei que insistência é essa dela, será que ela sabe de algo? Não, mas ninguém falaria: - Está tudo bem Claudia, quando você chegar nós conversamos. Mas não se preocupe, por favor.

Claudia já preocupada: - É sobre o que? O que está havendo?

Porque fui falar disso agora? Me irrito comigo mesmo: - Não está havendo nada. Claudia...

Ela me interrompe: - É sobre nós?

Me levanto de onde estou e vou para fora: - Conseguiu resolver os negócios aí?

Claudia: - Sobre nós mesmo. Vitor não sei o que houve, mas algo houve não é?

Começo a me irritar:,- Claudia, por favor...

Ela me interrompe novamente: - Não sou uma criança, quando chegar nós conversaremos. Até mais.

Ela vai desligar: - Claudia espera, deixa eu te falar...

Não da tempo mais, ela desligou. Tento me controlar mas no momento sinto uma raiva enorme de mim mesmo, queria tanto falar com a Paula ela sempre soube o que me falar, mas nem pensar... chega por hoje, não vou ligar pra ela. O que me irrita mais é saber que qualquer coisa que ela faça ou deixe de fazer a mim, é porque mereço. Só queria que ela soubesse ... também sofri, ver ela longe e ver que eu deixei ela ir...

Volto para dentro da sede e me deito no sofá, no sofá... me lembro daquele Domingo é como se o cheiro dela estivesse aqui.

Paula adora andar a cavalo, eu tinha pensado em dar um ela. Aconteceu tanta coisa, tanta coisa me separou, tanta coisa fez com que eu me separasse dela; coisas que eu alimentei que eu criei como meu próprio orgulho, fiz errado quando pensei agir certo e perdi que me ensinou a coisas que durante tanto tempo quis esconder.

Me perco de tanto pensar e quando acordo vou para Uberlândia. Sou recepcionado pela porta, ninguém em casa. Resolvo subir para onde era meu quarto e descansar um pouco, passar uma noite em um sofá não é nada bom, imagina duas seguidas: - A não ser aquela noite...

Sorrio com a ideia e logo me sinto culpado, não sei como lidar com isso mais.

Passado algumas horas desço e vejo que Claudia já veio: Oi.

Claudia sorri: - Dormiu bem?

Vou até ela e a beijo, é diferente meu corpo já não corresponde: - Sim e a viagem?

Claudia: - Ótima. Problemas resolvidos.

Vou até a cozinha e encontro minha mãe que já está me olhando diferente: - Bem?

Marisa sorri: - Vitor, Vitor... Bem.

Começo a beliscar as coisas de um lado pro outro antes do almoço que já está sendo posto a mesa. Nos sentamos: - Saudade da sua comida.

Claudia sorri: - A minha não é tão ruim assim.

Sorrio: - Claro que não.

Marisa ri: - Melhor que ovo no micro-ondas.

Paula e Fernando chegam: - Olá, como vão?

Enquanto como: - Bem e vocês?

Paula responde enquanto termina de cumprimentar: - Idem.

Marisa: - Não vão almoçar?

Fernando: - Não obrigado, já almoçamos. Hein souberam da maior?

Continuo comendo prestando atenção. Fernando trabalha em um agência sempre tem o que falar.

Claudia: - Diga.

Paula: - Fernando nem se sabe se é verdade não confirmaram nada.

Fernando se sentando: - Ué mas é o que mais está se comentando na agência. A tia dele que mexe com casamentos estava lá hoje para alugar algumas coisas e confirmou.

Marisa: - Mas o que é gente?

Fernando: - Paula Fernandes se separou. Não namora mais o tal Henrique.

Não acredito nisso, meu coração gela e a vontade que tenho é sair da mesa, não sei para onde olho, só percebo que estão olhando para mim, minha mãe principalmente.

Claudia: - A é? Bem...

Fernando: - Vitor ta tudo bem? Parece pálido.

Não sei o que falar, mas o sangue sumiu, minha culpa... Foi minha culpa: - Imagina. Estou bem sim. Vocês me dão licença? Vou ao banheiro ( sorrio para disfarçar)

Percebo que Claudia se incomoda mas logo começa conversar novamente. Olho de longe para minha mãe que entende e se levanta da mesa para vir até mim.

Marisa: - Gente me esqueci de uma coisa, vou buscar só um minuto.

Ela se aproxima no andar de cima onde estou: - Minha culpa, olha o que fiz de novo! Nem liguei pra ela, não acredito que isso aconteceu.

Marisa: - Fala baixo. Calma Vitor se ela terminou porque não deu certo. Calma...

Sem querer e não sei de raiva ou eu nem sei o que sinto, meus olhos se encheram: - Preciso falar com ela, não posso deixar ela assim.

Marisa: - Você precisa falar com a Claudia, se resolver Vitor. Depois de resolvido aqui você vai se resolver com a Paula. Espera um pouco filho, dê um tempo.

– Não posso dar tempo nenhum, tenho que resolver isso.

Marisa: - Calma Vitor não é assim. Foi por impulsos assim que você está nessa hoje. Vitor não se resolve o passado passando por cima do presente. Calma ... você precisa falar com a Claudia.

– O que vou dizer a Claudia?

Marisa: - Como o que vai dizer a Claudia? Meu Deus Vitor você está fazendo uma tempestade, calma... você vai dizer a verdade. Você tem certeza que não quer se casar mesmo?

Penso em tudo que disse no tempo todo que fiquei escondendo uma coisa, mentindo sobre isso: - Mãe eu gosto muito da Claudia, ela me ensinou coisas incríveis, mas não posso ... casar não posso porque não posso sentir o que ela quer.

Marisa: - Se levanta, se ajeite e desce.

Faço o que ela manda, resolvo descer e tento ao máximo me manter no controle. A vontade que tenho é de ligar para a Paula, mas acho melhor mesmo resolver tudo isso. Sabia que ela tinha algo pra falar.

Claudia: - O que foi?

O que vou responder?: - Nada demais, senti vontade de ir ao banheiro (sorrio)

Paula: - Precisa falar isso a mesa? (ri)

Dou risada: - Quer que eu fale o que?

Terminamos o almoço e começamos a conversar naturalmente, ainda sinto o incômodo.

Claudia: - Você queria conversar.

Mas não agora: - Sim, em outro momento.

Claudia já está desconfiada não deveria ter agido dessa forma. A tarde passa e estou jogando, preferi me manter um pouco distante da Claudia, quero falar com ela com calma.

Leo vem chegando e em poucas horas todos jantamos.

Leo: - Vitor quero que você me passe sobre a reunião em Belo Horizonte.

Preciso falar com ele mesmo: - Claro vamos lá.

Vamos pro lado de fora da casa, descemos a área da piscina: - Então foi normal, apresentei o projeto...

Leo fica me olhando e interrompe: - É pra falar a verdade. O que aconteceu Vitor?

Fico pensando, fingindo não entender a pergunta mas não vai ter jeito então digo de uma vez: - Passei a noite com a Paula.

Leo fica possesso com a ideia: - Eu tentei fazer com que tudo isso não acontecesse, eu jurava pra mim que não tinha mais nada entre ela e eu.

Leo: - Jurava porque era um imaturo. Vitor todo este tempo eu tentei avisar.

Não sei onde ele quer chegar, mas não está mentindo: - Você queria que eu fizesse o que? Ela já estava em outra ..

Leo interrompe: - Em outra? Você só pode estar brincando. Vitor quantas vezes você teve oportunidade, quantas vezes conversei com você

Eu o interrompo: - Leo eu não tinha ideia do quanto eu ainda poderia sentir por ela, depois de tanto tempo... eu pensei que a Paula ia...

Leo: - Ia esperar sua boa vontade? Amar não é bancar de palhaço não.

Já não sei o que responder: - Leo eu sei...

Leo: - Você vai ter que se decidir. O que você sente pela Claudia?

– Leo a Claudia é uma pessoa excepcional, quando eu a conheci pensei sim que poderia esquecer, eu acreditei que tinha esquecido o passado, mudado muito do que estava aqui dentro. Quando eu vi a Paula eu percebi que não foi bem assim.

Leo: - Não quero que brinque com a Paula. Sei de tudo que vocês passaram, poxa Vitor a Paula sofreu tanto.

Quando penso no que ela sofreu me dói: - Eu queria tanto que ela tivesse me perdoado.

Leo: - Você tem que se perdoar e agora saber corretamente o que vai fazer. Você por atitudes impensadas colocou muita coisa em risco. Sempre te falei sobre a Paula você não queria ver por puro orgulho.

Sei bem do que ele está falando: - Eu senti algo muito forte perto dela.

Leo: - Tem nome isso. Algo que sobrevive tantos anos em meio a tudo que fizeram, é amor Vitor.

Amor;..: Senti muita falta dela. O que vou fazer Leo?

Leo: - Agora você quer ajuda? Faça o que seu coração mandar Vitor.( sai)

Meus pensamentos são cortados por uma voz.

Claudia: - Será que podemos ir?

Me recupero e logo olho para Claudia: - Claro.

Algumas horas mais tardes estamos em São Paulo, vamos direto dormir já passou das 2:00h da manhã.

Quando me levanto já são 10:00h e Claudia está na cozinha.

Claudia: - Bom Dia, dormiu até bem hoje pelo que vejo.

Ela está certa dormi um pouco tenso mas ao mesmo tempo aliviado preciso falar com ela ainda hoje: - Que horas o almoço sai?

Claudia: - Daqui umas 2 horas, Joana veio preparar hoje jájá ela está aí. Vamos assistir um filme enquanto isso?

De hoje não pode passar, tenho que resolver isso logo: - Claro, você escolhe.

Enquanto o almoço não sai, resolvemos assistir um filme no quarto. Quando me vejo com a Claudia nos braços me sinto estranho, pensar que em dias atrás, anos atrás era Paula quem estava, foi com ela que eu planejei de estar aqui hoje. Me sinto desconfortável e o filme parece se estender por mais oito horas.

Joana acaba o almoço e nos sentamos para comer. Ficamos em silêncio até Claudia começar.

Claudia: - O que você tinha para falar comigo?

Ela ainda tem que trabalhar hoje não posso tratar disso agora: - Nada demais era só...

Claudia interrompe: - A dias você tem andado estranho. Desde que você foi resolver esse negócio em BH, aconteceu alguma coisa com o escritório, você quer me falar? Talvez eu possa ajudar.

Não sei mais o que responder e balanço a cabeça dizendo que não houve nada.

Claudia: - Quais foram os negócios que você resolveu em Belo Horizonte?

Vou ter que falar: - Sobre a gravação de um DVD.

Claudia surpresa: - De vocês? Tem menos de um ano que gravaram um e nem fizeram a divulgação ainda. Ou da Nice?

Largo os talheres: - Da Paula, Claudia.

Ela não reage como se já soubesse.

Claudia: - Onde você dormiu lá?

Ela não pode estar sabendo de nada, ninguém falaria a ela: - Em um Hotel.

Claudia: - Liguei para o Hotel Vitor onde você disse que ia estar e me disseram que você não estava. Resolvi ligar para sua tia ela me disse que por lá você não apareceu. Você saiu daqui dizendo que ia resolver um negócio, não me disse onde era, com quem era, sobre o que era. Queria ir até lá pra ficar com você e quando ligo para saber onde você está ninguém nem sabe que você estaria em BH. Chega e passa o tempo todo longe, como se estivesse me evitando e não me diz nada.

Eu a olho sem sabe o que falar: - Claudia eu fiquei em outro Hotel que era mais perto.

Claudia: - Não mente para mim. Sou uma mulher feita já, independente e conheço esse tipo de situação. Onde você dormiu?

Ela não me perdoaria: - Claudia, me escuta.

Claudia: - É o que estou tentando fazer a dias.

Olho para ela: - Você é uma mulher linda, inteligente; quando nos conhecemos e resolvemos tentar eu pensei que poderia formar uma família com você, uma vida com você. Só não te contei que ... eu tive um relacionamento com a Paula Fernandes a muitos anos, um relacionamento de muito tempo. Nós fizemos planos, passamos por muitas dificuldades quando a carreira despontou eu não achava certo deixar a Paula sobre a sombra do que restaria de mim, agente mal se via e os dois sofriam por isso. Resolvi por um ponto final e aquilo foi

demais para mim e ainda mais para ela. Não queria fazer aquilo mas naquele momento eu não via outra solução. Depois de passado alguns anos ela encontrou com outras pessoas, eu também mas toda vez que nos encontrávamos eu sentia uma necessidade muito grande de ter ela de novo. Paula era uma menina, passou por um período muito difícil, uma vida muito difícil ela me fez muito feliz porque tudo nela era simples e fazia de coisas pequenas uma festa enorme aquilo me encantava. Ela continuou batalhando e virou essa mulher, durante esse tempo nos encontrávamos algumas vezes mas ... a gente não durava muito tempo, queria uma coisa, Paula outra. Quando ela anunciou que estava namorando eu senti que tinha perdido ela de vez e eu fiquei muito irritado daí conheci você e achei que ia conseguir esquecer, vi uma oportunidade de deixar o que estava entre eu e ela mal resolvido para trás. Mas quando a encontrei não foi bem assim, eu estava muito confuso.

Percebo que Claudia está se emocionando, mas resolvo continuar e dar fim nisso: - Eu me precipitei, desculpa não deveria ter feito isso com você Claudia, tenta entender eu não tinha ideia disso aqui dentro ainda eu pensei que já tinha posto uma pedra nisso.

Claudia interrompe: - Vitor chega, sabia que tinha coisa quando tocavam no assunto que tinha ela a forma que você reagia, como ontem quando o Fernando disse que ela tinha se separado, como não me toquei antes. Vitor você tem algo a ver com isso?

Não sei se tenho: - Não sei Claudia.

Claudia: - Como não sabe? Você esteve com ela, aconteceu mais alguma coisa que você não está falando?

Fico apreensivo: - Passei a noite com ela.

Claudia se levanta e vou trás dela: - Onde você vai Claudia?

Claudia: - Creio que é melhor pararmos aqui. Não quero me deitar com alguém que nunca vai estar aqui.

Queria não estar passando por isso: - Não queria fazer você passar por isso Claudia, tenta entender eu não tinha ideia disso.

Claudia: - Você tinha. Tanto que resolveu tentar comigo para não ter que admitir que tinha perdido, que tinha algo que ficou mal resolvido.

– Não usei você Claudia. Jurava que tinha acabado.

Claudia: - Mas não acabou. E o que é melhor acabar é tudo isso, sabe Vitor...

Ela começa chorar e vou até ela a abraçar: - Desculpa mas não posso fazer algo com você que para mim não esteja acontecendo, não posso colocar sua vida, a sua felicidade a troco da minha.

Claudia: - Vou embora e outra hora eu venho recolher o resto das coisas. Você ama ela?

Penso e tudo e percebo que não tinha parado para pensar nisso: - Sinto algo por ela que não sei explicar.

Claudia: - Como você quer ela?

Não entendo onde ela quer chegar: - Como sendo ela mesmo, do jeito dela.

Claudia se levanta: - Então não espera ela arrumar outro.

Claudia sai e vou atrás dela: - Onde você está indo?

Claudia: - Para um Hotel, acho melhor terminar aqui. Vitor você é adulto comece a agir assim.

Ela sai e meu coração aperta, fecho a porta como se estivesse fechando mais uma vez uma fase que não deveria ter começado.


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Notas finais do capítulo

Isto é uma FANFIC (ficção criada por fãs), não está em questão a conduta dos personagens.



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