12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12
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Monteiro:- Claro, está tudo bem?
Na verdade não:- Sim. Tenho uma novidade, estou noiva e em breve morarei em Uberlândia.
Monteiro:- Como? Quanta informação...
Rio:- Depois explicarei tudo.
Monteiro:- Parabéns aos dois.
Vitor:- Muito obrigado.
Sorrio e me despeço enquanto eles terminam de conversar. Encontro Cintia no caminho que me pergunta se tudo está bem:- Não, vem aqui.
Vamos até meu quarto e explico pra ela o que está havendo. Cintia me pede pra ir logo ao médico, mas não aprovo a ideia:- É exagero, não tem necessidade. Em algum momento passa, não conte a ninguém.
Cintia:- Paula, você tem que ir ao médico, você tem que ver se realmente...
Interrompo:- Pare Cintia, mas que coisa... É a gastrite, não quero fazer todos aqueles exames. Então peça só meus medicamentos novamente.
Vitor entra:- Medicamentos?
Cintia:- Paula está me pedindo para ir buscar uns medicamentos pra ela, pra que ela não precise ir ao médico.
Fico furiosa:- Cintia, não consigo entender...
Vitor:- Pode ir branquinha. Você está maluca Paula?
Olho para ele:- Sempre fiz isso Vitor.
Vitor:- Não fará mais. Nós vamos a um médico...
Interrompo:- Não vamos porque eu já sei o que é, então não há problema algum.
Vitor:- Não irei discutir com você, até porque não é mais uma criança. Com licença vou dormir, no quarto de hospedes.
Não aprovo essas atitudes que ele toma só pra me provocar. Mas não dou moral e deixo que ele vá dormir em outro quarto.
VITOR
Paula tem um gênio forte e, a primeira lição para se aprender a lidar é não bater de frente. Não quer ir ao médico, não vá. Me deito no quarto um pouco longe do dela, logo pela manhã irei para Uberlândia. Passa algum tempo e alguém me interrompe enquanto estou lendo:- Entra.
É ela:- Não consigo dormir...
Guardo o livro:- Nem eu.
Paula:- Me deixa dormir aqui?
Sorrio:- É sua casa.
Ela ri e se aproxima:- Quase nem venho neste quarto.
Seguro a mão dela:- Você sentiu mais alguma dor?
Paula:- Não. Vitor você sempre soube que eu tive gastrite, não coloque coisas na sua cabeça, são crises mas logo passam.
Respiro fundo e fico olhando para o teto:- Você deve ser um pouco flexível.
Paula:- Você também. Meus shows irão começar, vou sentir muito sua falta.
Rio beijando a mão dela:- Depois de ficarmos tanto tempo longe, só saber que vou te encontrar quando voltar já um grande alento.
Paula:- A Diva e a Sol vão com a gente?
Olho para ela:- Vão. Na fazenda tem emprego pro marido da Sol e a filha vai poder ir pra escola. Mas você acha que ela queira ir?
Paula:-Ela me pediu.
Me viro para ela:- Então ótimo. Posso te beijar pra dormir?
Ela faz que sim e eu a beijo, a aconchego em mim e dormimos.
4 SEMANAS DEPOIS, UBERLÂNDIA-MG.
Segunda-Feira.
Estamos na Fazenda conferindo as obras, Paula já preparou tudo com arquietos, decoradores e etc:- O senhor não termina antes?
Ele começa rir:- Não tem como. Colocamos toda equipe aqui, como você pediu!
Paula grita:- Vitor vem aqui!
Saio rindo e vou até ela:- Algum problema?
Paula:- Não, só queria te mostrar onde vai ser nosso quarto.
Acompanho ela, Paula escolheu um local em que a varanda do nosso quarto fica onde o Sol se põe:- Mais que bela escolha...
Ela sorri:- Eu estou amando tudo isso, já está tudo certo a decoração, os móveis.
Amo ver ela animada:- E seremos muito felizes... E o quarto da Cintia e da sua mãe?
Paula:- Elas escolheram mais pro fundo. E tem mais dois quartos...
Olho pra ela:- Você não acha demais mais dois quartos?
Paula:- Um para hospedes e pro nosso bebe.
Começo rir:- Quando tivermos um...
Paula sorri:- Sim. Mas já pedi que fizessem, nunca vamos saber quando vai aparecer um bebe.
Faço cara de quem ouviu uma besteira:- Como não se sabe quando se vai ter um filho? Só suas ideias mesmo...
Paula:- Você não entendeu, mas vamos sair daqui a poeira está me fazendo mal.
Terminamos de conferir a casa, o lugar dos animais, tudo que mandamos modificar:- Temos um jantar na casa da minha mãe.
Paula está com meu boné por conta do sol:- Ta bem, vamos?
Pego minhas coisas e saímos. Ela vai o caminho todo falando sobre tudo, se não presto atenção se chateia:- Quando chegarmos lá nós conversamos. Preciso olhar a estrada!
Paula:- Você é tão insensível as vezes.
Paro o carro:- Pronto. Fale o que quer!
Paula:- Pare de fazer cena e vamos.
Ligo o motor e continuo:- Estou muito feliz vendo você assim. Mas tenha calma... Você anda muito nervosa comigo. Tudo que falo ou faço, se dói.
Paula:- Não é nada disso.
Continuo:- É sim. Poxa...
Resolvo não falar mais quando ela fica calada, e assim, vamos até ao apartamento em silêncio.
Paula:- Oi Diva.
Diva:- Oi, vão querer alguma coisa?
Paula:- Pra mim não...
Vou para o quarto e ouço Diva perguntar o que houve comigo. Minutos depois Paula chega e senta na cama:- Você quer tomar banho?
Paula:- Quero falar com você. Senta aqui...
Faço o que ela pede:- Você está chata...
Ela começa rir:- É que quero tudo pronto logo e você é lento. E acabo saindo de chata...
Olho pra ela:- Mas não posso adiantar as coisas. Você tem que ter calma Paula...
Paula:- Está bem. Desfaça essa cara de emburrado agora...
Faço careta:- Me dê um beijo então...
Ela me beija rindo:- Você quer ir ao jantar ainda?
Paula:- Só se você quiser...
Acaricio ela:- Vou falar bem a verdade... Eu não estou!
Ela ri:- Mas seria uma desfeita. E é um jantar em família, vamos...
Fico olhando pra ela:- Só se der tempo.
Paula ri e nos deitamos. É um momento em que conversamos, nos acariciamos, colocamos tudo a limpo. Passa-se um tempo e já nos aprontamos para o jantar.
Paula:- Esse está melhor que aquele.
Paula já experimentou 3 vestidos:- Desde o primeiro já estava ótimo. É um jantar simples...
Paula:- Vamos então...
Somos recepcionados como se não existíssemos de fato. Querem saber da Fazenda, de quando nos mudaremos, da data do casamento, de filhos, de...:- Estamos dando um passo de cada vez.
Paula:- A fazenda ainda vai uns dois meses, o casamento não tem data ainda.
Leo:- Vitor está te enrolando Paula...
Paula ri:- Acredito que dessa vez sou eu enrolando ele.
Faço careta para os dois:- Muita graça...
Estamos todos a vontade, conversando e jogando conversa fora. O jantar é servido acompanhado de uma bela sobremesa, assim que terminamos tudo, nos despedimos e retornamos ao meu apartamento. Paula parece cansada:- Está tudo bem?
Ela se deita no sofá:- Sim.
Sorrio:- Por que não se deita no quarto?
Paula:- Você vai tomar banho, vai fazer barulho... Depois vou!
Saio rindo. Quando volto para chamá-la para o quarto, minha ideia de que ela estava cansada se confirma:- Ê Paula!
Pego-a no colo levo pro quarto. Demoro dormir e fico observando-a, tiro seus sapatos e desabotoo seu vestido para que fique mais confortável. Aperto-a bem perto de mim e passado um tempo pego no sono.
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