12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 2
Ela


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo ela (Paula), narra a história em que retorna para casa.



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Não entendo até agora, como eu ainda pude sentir tanta necessidade dele, sorrio com o pensamento. Mas também ... como não? Falto sumir de tanto desconforto. Faço carranca para mim mesmo. Ainda tem o Henrique “Ah meu deus. Isso dona Paula, viaja na maionese, se me desperto mais dois minutos avanço o sinal, aiaiai”. Repreendo a mim mesma com a cabeça e o corpo queimando pela noite anterior. “Não passei mal por que quis ... passei? Não , não”; rio comigo mesma da ideia absurda. “Que isso? Aff, calma que é bom no trânsito, nenhum um pouco mais”. Avanço o sinal ainda com tudo na cabeça “O que vou dizer?” bato impaciente no volante em ritmo descompassado. “Chegando, me ajude Chris Martin” to rindo para mim mesma, pedindo ajuda ao vocalista do Coldplay “É, perdi a razão mesmo. Bom dia João, abre o portão pra mim?”

João: “Bom dia Paulinha”.

Entro me tremendo na base como se fosse ainda uma adolescente que mentiu ao falar que ia dormir na casa da amiga “Ê Vitor... cada uma que você coloca”. Estaciono o carro, pego minhas coisas e saio. ”Minha bolinha” sorrio ao ser recepcionada pelo meu Flokinho “Vamos, vem... flokinho” entro em casa e encontro Nilmar no sofá “Oi, tudo bem?”

Nilmar:-Tudo bem, mas eu que pergunto. Henrique chegou é?

Fico pasma com a pergunta que me empareda logo de cara ”Não chegou não” respondo brincando com flokinho. “Cadê mamãe?” Nilmar me guia com a cabeça. Entro na cozinha e me sinto o centro das atenções, por que estão todos olhando para mim? Ou será só a impressão de quem sabe que fez algo errado, errado mas ...bom, sorrio com a lembrança.

Dulce:-O que foi? Bom dia.

Sorrio e vou ao encontro dela ”Nada demais, fiquei no escritório mesmo. Estava tarde para voltar” Minha mãe não vai acreditar, eu sei que não; enfim... Depois me resolvo com ela.

Dulce:-Henrique ligou aqui, pensei que ele estivesse com você, falou que não conseguia falar contigo.

Ela já desconfia, eu sei que já! “Não estava não”. Saio do campo minado e vou para o quarto.”Minha cama haha”, jogo a bolsa do lado e me deito. ”Estou me comportando como uma adolescente e isso está errado”. Levanto e vou ao banheiro passar uma água no rosto, me olho no espelho. ”Ele vai se casar... “, minhas mãos vão inconscientes a cabeça e vejo meu corpo se retrair, o coração apertar. ”Chega, chega dona Paula, vou tomar um banho”.

Saio do banheiro e vejo minha mãe chegando, fico surpresa.

Dulce:- Quer me contar alguma coisa? Agora?

Sorrio para ela como se não entendesse a pergunta.

Dulce:-Paula? Chega de rodeios, vem aqui.

Ela se senta e me pede pra pousar a cabeça sobre seu colo, não abstenho e vou “Eu não consegui controlar” aos poucos meus olhos se enchem.

Dulce:- E ele?

Penso nele “Como antes”, ela estranha já que nos últimos tempos Vitor vem agindo de forma desconfiada. Ela passa a mão sobre meu cabelo ainda preso no coque.

Dulce:- Não se culpe. Amar não é crime nenhum.

Reflito no que ela disse e talvez me arrependesse se não tivesse feito, fecho os olhos com o pensamento incomodo, mas verdadeiro, me levanto “Acho melhor eu tomar um banho”

Dulce:- Ele te respeitou?

Paro, penso e resolvo contar tudo de uma vez ”O Monteiro precisou sair do jantar, eu não estava bem e ele me levou para descansar e no fim... aconteceu, foi isso”. Minhas mãos se movem rapidamente acompanhando minha fala ligeira. Estou andando de um lado para outro um pouco impaciente, como minha mãe pode estar calma? Afff.

Dulce:- O que ele disse? E o casamento?

AH MEU DEUS! Quero sair disso logo “Mãe ... nós conversamos o necessário para aquele momento. Aquilo não tava planejado, eu... eu só perguntei ali... Olha ele custou a dizer mas disse que não tava suportando ver a mulher da vida dele com outro, de ter perdido... Então ele foi atrás de fazer o que ele fez mãe, esquecer o que ficou mal resolvido“ ela revira a cara.

Dulce:- Pelo jeito não conseguiu... foi como homem ou como o Vitor?”

Sinto que ela me olha, sinto... afff isso está me fuzilando, tenho que apressar logo pra ligar para Henrique, o que vou dizer? Me ajuda meu Deus.

Dulce:- Você não quer falar tudo bem...

Eu a interrompo sem pensar duas vezes na resposta “Como Vitor. Talvez eu quisesse que fosse como homem e esquecer de uma vez, mas não... Estava lá ele, de novo como esteve a anos atrás”. Minha mãe vai até a porta.

Dulce:-Ele não vai ser o homem, a gente vê isso. E agradeça por Henrique não ter ido na reunião”.

Com isso me sinto mais culpada ou aliviada? Resolvo ir para o banho, isso tem que sair da minha cabeça tem que sair... a porta, quem é? “Henrique? Oi!” MEU DEUS porque é tão estranho ver ele aqui?. Ele se aproxima, porque sinto que isso não vai dar certo? Estou apreensiva. “Oi... O celular, acredita? Descarregado aff, me esqueci desculpe, eu ia ligar, assim que chegasse aqui, estava indo tomar banho”. Espero que ele não perceba meu nervosismo. Me perdoa Henrique, meu sangue por dentro se desintegra.

Henrique:- Tudo bem sua mãe me avisou, como foi a reunião?

Me beija e é tão estranho. Não... isso não vai acontecer, não pode acontecer, minha pele se desespera. “Vou tomar um banho, já volto...”, sorrio e vou para banheiro em passos apertados tentar me acalmar, fecho a porta para que ele não entre, agora não...


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Notas finais do capítulo

Lembrando que isto é uma Fanfic (ficção criada por fãs). Aqui não está em questão a conduta da personagem que narra sua versão após o ocorrido (Paula).



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