12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 148
148 - Lua e mar




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Paula desce as escadas da casa em que estão hospedados enquanto Vitor ainda descansa no andar de cima. Na cozinha, começa preparar um café quando escuta a campainha. Fecha seu robe e vai atender.

 

— Oi, bom dia! - sorri.

— Bom dia! Me contrataram para limpar a residência...

— Ah, claro! - abre a porta. Entre, por favor! Qual seu nome?

— Diana! Tentei entrar pela porta de serviço, mas estava fechada.

— Sim! Me desculpe. Acabei acordando somente agora.

— Sem problemas!

— Você sempre limpa aqui?

— Sim! Os proprietários me contrataram de forma definitiva.

— Que bom! Então você já sabe por onde começar, certo?

— Sei sim! Sempre começo pelo andar de cima.

— Ok! Meu marido ainda está dormindo no quarto, mas pode ir organizando os outros então.

— Farei isso! Com licença. - se retira. 

 

 

Volta a preparar seu café enquanto a faxineira sobe até o segundo andar com os utensílios de limpeza. Aproveita e pega algumas bolachas no armário, coloca tudo em uma bandeja e resolve subir até o quarto para despertar Vitor. Ao chegar no hall de entrada do andar de cima, percebe que Diana está observando da porta e tirando fotos. Se aproxima e sem que ela perceba constata que ela fotografa Vitor na cama, ainda nu.

 

— Ele é realmente bonito!

— MEU DEUS! - se assusta. Me... Olha...

— Apague as fotos! - ordena.

— Eu vou apagar! - começa apagar tremendo. Não foi minha intenção! Eu não ia divulgar.

— Ah... Não ia mesmo! - ironiza.

— Estou falando sério! - olha para Paula.

— É sério que você pensa que minha preocupação é você divulgar? Querida...- coloca a bandeja no chão. Me dê isso! - toma o celular da mão dela. Ele é um homem como qualquer outro.... - começa a apagar. Você divulgar, é o de menos! Mas ele é MEU marido! E que sorte porque meu marido tem coxas fartas, uma bunda incrível e um pênis que você não faz ideia! - encara ela. Mas é MEU! Ele é o MEU marido, estamos passando férias e você ultrapassou os limites invadindo nossa intimidade, se aproveitando da confiança do seus patrões! Há quanto tempo você estava aqui o olhando? - observa a quantidade de fotos.

— Eu juro, não faz muito tempo! - responde nervosa.

— Chega de jurar em vão! Tem mais algum lugar que fica essas fotos?

— Não!

— ME MOSTRA!! - se altera.

 

Nesse instante Vitor, ainda sonolento, escuta a confusão na porta. Ao ver as duas se levanta assustado e pega o roupão.

 

— O que está havendo aqui?

— Essa maluca estava aqui tirando fotos suas!

— O que!? Quem é você? - fica perplexo.

— Eu...

— Saia daqui! - começa a empurrar a moça.

— Paula, se acalma!! - tenta segurar Paula, mas ela o afasta.

— Vou tirar essa imunda daqui!

— Você está me machucando!! - reclama Diana.

— Eu podia é socar sua cara!

— Então vem! - vira-se para ela. Vem que eu vou até a delegacia e conto que vocês me agrediram.

— Que? Mas é muito ordinária!

— Paula! - segura a esposa. Paula, para! Por favor.

— SAI DAQUI! - grita.

— Vou sair mesmo! SUA ANTIPATICA, METIDA - começa descer as escadas. FRESCA! Por isso falam que você é um NOJO! SUA NOJENTA.

— NÃO! - Vítor a segura quando ela tenta ir atrás. Paula, ela quer te tirar do sério. Por favor!

— Me solta! - se solta dele, indo para o quarto.

 

Vitor fecha seu roupao desce as escadas. Encontra Diana jogando as vassouras no chão e pegando suas coisas.

 

— Quem é você?

— Ah pronto... Lá vem! Olha, já estou saindo. - olha Vitor. Não queria continuar trabalhando nessa casa nojenta mesmo! Patrões imbecis.

— Vou denunciar você por difamação e injúria! As casas tem câmeras com som. Vou solicitar as filmagens e abrir um B.O contra você.

 

Diana gela. Havia esquecido das câmeras. Começa a chorar.

 

— Eu não tenho nada! - começa implorar.

— Ah, tem sim! Você tem uma língua que fala mais do que devia. - toma o celular da mão dela e joga no chão. Tem uma falta de educação horrível! - pega do chão e joga novamente.

— PARA COM ISSO! EU É QUEM IREI DENUNCIAR VOCÊS!

— Saia agora daqui! - aponta para a porta.

— Meu celular seu imbecil! - joga um copo na direção de Vitor.

— Estamos quites! - vai até a porta. Eu não te denuncio e você se vira para ter outro celular. Foi você quem tirou foto do que não devia! - abre a porta. SAI! - grita nervoso.

 

Ela vai passando pela porta, ele segura seu braço.

 

— Você não viu nada aqui, aqui não aconteceu nada! Porque se você espalhar qualquer coisa...

— Eu já sei! Não vi nada e não fiz nada!

— Sai! - solta. Sai daqui! - a empurra para fora.

 

Vitor fecha a porta nervoso. Sobe as escadas para ver como Paula está e a encontra na janela chorando.

 

— Paula...- vai até ela.

— Não aguento isso! - olha para ele. NÃO TEMOS PAZ! Não temos paz em lugar nenhum. As pessoas não respeitam nossa vida, elas acham que porque somos pessoas públicas somos obrigadas a aturar elas invadindo nossa intimidade, nossa privacidade toda hora. Não aguento mais essa vida de suportar essas coisas malucas e fingir que nada aconteceu para que meu nome não seja sujo!

— Pulinha! - a abraça.

— Ela estava aqui...- aponta para a porta. Tirando fotos suas enquanto você dormia! Meu Deus! - olha para ele. O que as pessoas tem na cabeça? Onde vamos parar assim?

— Paula, está tudo bem! - a leva até a cama. Ela já foi embora! É só uma maluca.

— Maluca é pouco! Quase que ela consegue me fazer meter um soco nela. Nunca quis fazer isso! - olha para ele. Só com você! Já quis meter um soco na sua cara.

— É... Imagino! - ri. Eu quebrei o celular dela!

— O que?

— Joguei no chão e quebrei!

— Vítor! - se espanta. E se ela...

— Me denunciar? Não tenho medo. Eu disse que denuncio ela também por difamação e injúria contra você. Além de ter invadido a casa e tirado fotos minha.

— Que loucura tudo isso! Meu Deus! - passa a mão no rosto.

— Já passou! Vou ligar para alguém vir limpar tudo quando estivermos fora.

— Não! Não chame mais ninguém. Eu mesma limpo. A gente limpa.

— Você quem sabe! - ri.

 

Ele termina de acalmar ela que então resolve tomar um banho. Enquanto ela está no banheiro, ele conversa com a mãe pelo telefone e conta tudo que houve.

— Quanta gente maluca nesse mundo!

— Para você ver...

— Mas ela está mais calma?

— Está sim!

— Fora esse episódio horrível, está tudo bem?

— Está tudo ótimo! - sorri. Passeamos ontem, mas ainda não fomos no mar.

— Sério!?

— Sim! Viemos para piscina. Aproveitamos em casa mesmo.

— Mas vocês precisam ir no mar! Só ouvi coisas boas do mar aí.

— É realmente lindo! Vamos hoje.

— Me tragam um neto!

— Que? - se espanta. Você está meio maluca, né? Mal conseguimos cuidar os três que estão aí! Precisamos chamar você e Dulce e você ainda quer que eu tenha mais um filho? Sem contar ainda com a Maria! - ri.

— Vou torcer para isso!

— Pode parar! - riem.

— Aproveita filho! Seus filhotes estão ótimos aqui. Curtam o mar, se curtam, transem bastante.

— Mãe! - riem. Pode deixar! Estamos seguindo seu conselho. Vou desligar, Paula saiu do banho. Beijo em todos! Mais tarde ligamos para falar com as crianças.

— Ok! Beijo também! - desligam.

— Por que está rindo?

— Minha mãe dizendo que é para voltarmos com mais neto para ela e finalizando desejando que a gente curta bastante e transe bastante.

— Você e sua mãe conversam cada coisa! - ri.

— Vou tomar meu banho! - levanta.

— Vamos para a praia hoje?

— Sim! Vamos!

— Ok! - sorri.

 

Vitor toma seu banho. Enquanto ela ainda escolhe o biquíni, ele já coloca sua sunga e um shorts verde limão por cima.

— Onde você vai com esse shorts?

— Uai, para a praia!

— Não! Pode trocar isso. Que horrível! Quem colocou isso na sua mala?

— Eu!

— Você mesmo, porque eu não coloquei! Esse shorts é para você usar em casa. Sem condições.

— Só você liga para isso! - veste sua camiseta preta.

— Sonho com o dia que você vai querer vestir outra coisa! - começa colocar o biquíni. Amarra aqui! - vai até ele.

— Pode ir sonhando... Não paga! - amarra. Quanto biquíni! - vê na cama.

— Quis ter opção!

— E nada nua aqui!

— Sim! - ri. Mas no mar não tem como! Vá pegando no banheiro o protetor, o bronzeador, o pós sol e o seu protetor labial!

— Por isso não gosto de praia!

— Deixa de reclamar! E pegue os óculos. - termina de se arrumar. Vem aqui que eu vou passar já o protetor em você! Tira a camiseta.

— Por que não avisou antes? - encara.

— Vítor, deixe de ser complicado!

— Bicho...- tira a camiseta e vai até ela.

— Tem que levar o repelente também! - começa a passar.

— Paula!

— Uai, está tendo dengue. Não vamos correr o risco.

 

 

Ela termina de passar nele e pede que ele passe o bronzeador nela. Após muito custo, depois dela pegar tudo que acha que precisará, saem da casa rumo a praia, a pé mesmo. Vitor havia alugado uma lancha. Embarcam e se deslocam até próximos de ilha pouco movimentada.

— Vou dar um mergulho! - retira a saída de praia.

— Calma Paula! - atraca a lancha. Não conhecemos o lugar! - vai até a beira da lancha, olhando o mar.

— É raso aqui, amor...

— Sim, mas o rapaz me disse que pode ter banco de areia...- desce até onde ela está. Eu vou primeiro! - retira a camiseta e o shorts. Vou ver como está e você vem depois!

— Cuidado! - ele pula.

— É tranquilo...- olha para ela. É raso aqui...

— Ok então! - pula.

 

Paula nada até ele, que a ajuda boiar. Ficam um tempo na água e logo sobem novamente para a lancha.

— Desamarra aqui? - vai até ele e vira-se.

— Por que vai tirar? - desamarra.

— Vou tomar sol! Não quero ficar com marca.

— Entendi! Vai segurando aí até deitar... Vai que alguém te flagra! - ri dela.

— Sei! - riem.

 

Ela deita-se sobre o estofado na ponta da lancha enquanto Vitor desce até o primeiro andar e pega um espumante.

 

— Pulinha, olha o que tem aqui!

— Que isso? - olha.

— Espumante! - serve uma taça.

— Hum... Que chique! - pega a taça que ele entrega.

— É bom? - senta-se.

— É sim! - coloca do lado. Muito gostoso! Deita aqui do meu lado.

— Deixa eu beber...- vira a taça de uma vez.

— Vitor! - repreende. Você está pilotando!

— Uma taça só não faz mal! - deita, colocando a cabeça dela sobre seu braço.

— Está com saudade das crianças?

— Sim! - ri. Você não?

— Também... Mas estou gostando tanto de ficar assim! É pecado pensar assim?

— Não! - ri. Entendo você!

— Se não tivéssemos eles, o que estaríamos fazendo?

— Nada de mais! Acho que brigando.

— É bem provável! - riem. Não que a gente não brigue mesmo com eles, né!?

— É! - ri.

— Mas eu gosto de brigar! - vira-se sobre ele. Porque a gente se reconcilia muito bem! - sorri.

— Quer descer? - retribui o sorriso. Aqui não dá... - ri. É arriscado demais!

— Você está com medo dos riscos? - senta-se sobre ele.

— Pulinha! - senta-se com ela no colo.

— Por favor! - beija.

— Paula... Não dá! - ri, a segurando.

— Amor, ninguém está vendo! - segura a cabeça dele. Estamos longe de tudo aqui! Não vamos ter outra oportunidade dessa.

— Se a guarda costeira passa aqui, nos...

— Não vão passar!

— Paula! - sente ela acariciar sua intimidade. Amor, não...- súplica.

— Vitor... Qual o problema? - sai de seu colo, puxando a sunga dele junto.

— Não, não! - segura. Pulinha, não! Por favor...- olha ao redor. Toda vez que a gente viaja você tem umas ideias malucas!

— Porque aqui não sou mãe. Não tenho que me preocupar que alguém vai chegar, que vão me chamar ou que vão ver o que não podem! Aqui é só eu e você... E a gente pode fazer tudo que quiser!

— Quase tudo! - puxa a sunga de novo. Paula... Não dá! Eu não vou conseguir te amar direito aqui... Assim... Alguém pode...

— Esquece! - sai de cima dele, pegando seu biquíni.

— Pulinha!

— Tá tudo bem! - desce para o outro andar da lancha.

 

Vitor se recompõe e vai até ela. Tenta conversar, mas ela só responde que tudo está bem. Resolve mergulhar novamente e ficam até o pôr do sol, evitando a conversa sobre o ocorrido. Voltam para a praia, devolvem a lancha e seguem para a casa em que estão.

 

— Vamos jantar fora hoje... - coloca o celular sobre o sofá. Fiz uma reserva em um restaurante daqui!

— Pode ser! Vou tomar um banho...- sobe as escadas.

 

Ele lava a louça da cozinha enquanto ela se arruma. Organiza a sala e sobe para se aprontar. No quarto, ela já está maquiada e produzida. Ele entra no banho e sai pouco tempo depois, não a encontrando mais ali. Veste a melhor roupa que trouxe e desce para encontra-la.

 

— Paula? - procura.

— AQUI! - grita da cozinha.

— O que foi? - vai até ela.

— Nada! Só estava tomando um remédio para dor de cabeça. Vamos?

— Sim! Não vai falar da minha roupa? Me produzi todo...- dá uma volta.

— Está lindo! - ri. Você está sempre lindo. Fica complicado! - pega sua bolsa.

— Entendi! - ri, segurando-a quando ela passa. Você está deslumbrante! Adoro te ver de branco. - beija-a.

— Obrigada! Vamos?

— Sim! - a sente distante.

 

Saem de uber rumo a um restaurante no centro. São recepcionados e encaminhados para uma mesa de vista para o mar.

— Amei! - santa-se.

— Sim!! - faz o mesmo. Pode ser espumante?

— Pode!

— Oi!? - chama o garçom. Boa noite!

— Boa noite! Querem fazer o pedido?

— Sim! - sorri. O que vai querer Pulinha?

— Hum...- olha o cardápio. Acho que vou querer um ceviche!

— Eu vou querer uma lagosta grelhada com alcaparras! - fecha o cardápio. E de espumante...- abre a cartela. Um Ruinart Brut Blanc De Blancs!

— Ótima escolha! - sorri. Fiquem a vontade! - se retira.

— Sua mãe levou as crianças no cinema. - mostra a foto para ele. Adoraram! - volta olhar o celular.

— O que aconteceu hoje...

— Não tem porque a gente falar disso! Você não quis e tudo bem. Normal.

— Paula... Não é que eu não quis!

— Você estava excitado, mas não quis!

— Paula!

— Uai, você quer que eu diga o que?

— Fiquei preocupado com o que você disse. Sobre aqui você ser assim porque não é mãe.

— Ah Vitor... Eu amo ser mãe! Não começa pensar lorota.

— Não; não é isso! Eu sei que você ama. A minha preocupação é você não se sentir livre em casa para gente poder ser assim... Como estamos sendo aqui.

— Não é tão simples!

— Eu sei Paula... Mas em casa você não tem o mesmo interesse como tem aqui?

— Claro que eu tenho! Mas em casa ha coisas que não dá para ficar sem fazer só porque quero transar com você! Há momentos que não dá para te jogar no sofá e... Você entende!

— Eu sei!

— Então não torna isso algo com você! Foi só um desabafo.

— Tudo bem! - engole seco.

 

O garçom traz o espumante e os serve. A comida não demora chegar, experimentam um do outro e tecem elogios aos pratos. Paula pede sobremesa e ele espera ela terminar de comer enquanto fala com a mãe no whats.

— Terminei...- limpa a boca. Vamos?

— Vamos! - levanta, guardando o celular no bolso.

— Retornamos a pé ou peço uber?

— Peça uber! Vou pagar e já volto.

— Tá...- pega seu celular.

 

Enquanto ela pede o uber já do lado de fora do restaurante, Vitor paga a conta e a encontra.

— Pedi! - entrelaça seu braço no dele. Agora é só esperar!

— Certo!

 

Conversam sobre o calor que faz o local, mesmo na noite. O uber chega e Vitor pede que o destino seja o píer Ponte Azeda.

 

— Vi, eu coloquei outro destino! - Paula explica.

— Eu vou pagar a diferença!

— Sem problemas! - responde o motorista.

 

Chegam ao local alguns minutos depois. Paula desce e não pergunta nada.

 

— Vem! - ele chama enquanto caminha em direção a uma lancha estacionada.

— Onde a gente vai? Você não pilota a noite. Não inventa coisa. - o segue.

— Não vou pilotar! - sobe. Vem! - estende a mão e a ajuda.

— O que vamos fazer aqui? - sobe.

— Passar a noite observando as estrelas! - vai com ela até a ponta da lancha.

— Que isso? - ri. Que lindo!

 

Se depara com algumas frutas, vinho e velas acesas.

—  Isso foi antes ou depois do meu mini surto? - senta-se.

— Não teve surto! - ri. Apenas tivemos uma conversa.

— Ótimo! - ri.

— Aliás, foi antes...- senta-se.

— Não importa! - retira a sandália. O que importa é que estamos aqui! - se aconchega nele. Estou super cheia, mas aceito um vinho! - ri.

— Vou nos servir! - pega a garrafa e as taças. Pega...- entrega a dela e a serve, fazendo o mesmo com sua em seguida. A noite está linda!

— Você e sua paixão pela noite!

— Vai dizer que você gosta?

— Eu amo! - sorri. Ontem tive um sonho, caminhamos entre as nuvens do céu...

— Desenhamos lembranças de dois, envolvidos no azul do véu...

— Sim! - riem.

— É uma das minhas preferidas!

— Hum...- bebe. Qual sua preferida?

— Não tenho, seria injusto escolher! Você tem?

— Suas ou minhas?

— Minhas e suas!

— Não! - ri. Mas, não posso negar que Pássaro de Fogo mudou a minha vida!

— Também não posso!

— O que?

— Negar que pássaro de fogo mudou minha vida!

— Ah! - ri.

— Tive três passarinhos até!

— Sim! - riem. Três piriquitinhos que estou morrendo de saudades!

— Também estou...- olha para o céu.

— Vi...- coloca a taça no chão. Obrigada por esses dias! - olha para ele. A gente pode voltar para nós mesmos e ter certeza que nossa paixão é tão viva quanto nosso amor. Eu não consigo dimensionar o tamanho do meu sentimento por você, meu branquinho...- acaricia o rosto dele que sorri.

— Sei que falho bastante. Que muitas vezes deixo a gente de lado, coloco outras coisas como prioridade, te julgo no seu papel de mãe, esposa, cantora.

— Você não faz isso!

— Faço! Todos os dias eu não te mereço. E todos os dias você continua ali. Você salvou nossa história quando eu tive medo de viver ela e preferi agir como se ela não tivesse existido. Mas existiu e sobreviveu ao tempo... E sou imensamente grato pela sua vida. Eu te amo, Paula! Amo com toda minha força e toda minha alma e nunca vou amar alguém na vida como amo você.

— Não me faz chorar! - se emociona. A gente se escolhe todos os dias... Não vai mudar!

— Não vai! - riem.

 

 Aproximou os lábios aos dela, roçando-os. Estava com saudade de sentir todo aquele calor e excitação do que estava por vir, queria provar aquela boca novamente, como se não tivesse feito isso antes. Paula não aguentou e logo pediu passagem para a língua ir de encontro com a sua, ambos fecharam os olhos se deliciando naquele momento e o gosto parecia ser bem melhor que a ultima vez que fizeram isso.

Intensificaram com os movimentos, as mãos já andavam por onde alcançasse o corpo do outro, elas eram ágeis e já circulavam por caminhos que levavam ao prazer. Sentir a mão de Vitor descendo, fez Paula partir o beijo e gemer entre os lábios dele.

 

— Vitor, espera... - chama a atenção dele.

— Hum? - olha-a.

— Tudo bem aqui?

— Está de noite...- olha ao redor. Se alguém ver, dá para questionar! - riem.

 

 

 Tomou o pescoço dela com os lábios e oscilava os beijos entre as sugadas. O corpo de Paula já respondia, até queria dizer não, mas sabia que ele lhe causava um impacto forte. Sentiu as mãos dele por baixo do seu vestido, ultrapassando as barreiras e invadindo a calcinha para ir mais além e dentro dela sentir a intimidade. Ela já estava inquieta e ficou mais quando percebeu Vítor fazer movimentos até senti-la confortável. Não demorou muito com preliminares, estava querendo tanto quanto ela e sem delongas retirou sua peça íntima.

Paula leva as mãos ao peito dele, ainda cobertos pela camiseta. Ajuda-o a se livrar da peça, levando a calça e todo o resto para bem longe deles. Senta-se sobre seu colo e se delícia com as mãos dele navegando sobre seu corpo enquanto descarta o vestido, deixando-a exposta para todo o céu ver.

Investiu sobre ela lentamente, apreciando o momento, encarando sua feição de amor e prazer, afogando-se sobre seu corpo enquanto a observava arfar.

Sentia o coração bater mais rápido, como se tivesse rasgando o peito, pronto para pular para fora. Deita Paula sobre o chão e sobre ela, continua a amando, lutando contra o prazer e a dor das unhas dela cravadas em sua costas.

— Mais rápido! - sorri, olhando-o fixamente.

 

 Foi o que conseguiu gemer quando sentiu que as primeiras ondas de prazer acometiam a fazendo olhar para baixo e vez outra seu olhar navegar naquele par de olhos castanhos na sua frente. Se o ápice estava a caminho, aquelas expressões no rosto de Vítor já ajudavam na situação. Soltou um gemido alto e ao mesmo tempo abafou-o sobre o corpo dele que estava acelerando nos movimentos porque também estava sentindo o prazer se aproximar e enfim desabou em cima dela, permaneceu assim por segundos, puxando o ar que precisava, inalando o cheiro que ela tinha.

Ficam estáticos por longos minutos, aproveitando um do calor do outro, enquanto ouviam o barulho do mar.

 

— Quer nadar? - quebra o silêncio.

— O que? - ri.

— É! - encara-o. Pular no mar!

— Deixe de maluquice! - a vê se levantar. Pulinha, vem aqui...- tenta deita-la.

— Por favor! - ri. A gente pula no mar e logo sai! Vem! - vai até a beirada da lancha.

— Paula, não...- vai até ela, vestindo a camiseta. Não inventa coisa!

— Sem roupa, Vitor! - olha para ele. Vem! - pula. AHHHH! - grita. Que gelo! - ri. Meu Deus! Está muito fria! - olha para ele. Vem logo!

— Sai daí, Pulinha... Vem aqui!

— Vem me pegar! - ri. Anda!

— Só um pouco! - pula. CARAMBA! - grita, indo até ela. Você está maluca! Só pode! Vamos sair daqui! Está muito fria! - ri, puxando-a para perto.

— Só mais um pouco! - ri.

— Não! Você está com a boca roxa já. Vai pegar um resfriado. Vamos sair!

— Você também está! - ri. Nunca vou esquecer dessa noite. Era uma das coisas que eu mais queria fazer com você!

— Nadar nu em uma água congelante?

— Não! - riem. Fazer amor em céu aberto! Só nós dois, a lua...

— Então vamos abrir oficialmente a temporada de realizar de fetiches!

— Acho ótimo! - riem.

— Agora vamos sair! Vem! - a leva até a lancha.

 

Sobem na embarcação e recolhem as roupas correndo, descendo para o andar onde tem cama, cozinha e banheiro.

Secam-se e se jogam na cama, cobrindo-se. Compartilham beijos intensos que esquentam o ambiente e os faz adormecerem aquecidos.

 

 

 


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