12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 146
Capítulo 146 - Novo início




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Tomam o café da manhã juntos e conversam sobre os acontecimentos. Retornam para a fazenda e lá enquanto ele descansa ela aproveita para passear um pouco com os gêmeos. Enquanto eles brincam no parquinho, ela senta-se no gramado observando as fotos que acabou de tirar. Ao olhar novamente para os filhos, não vê Antônia, olha ao redor e não vê sinal da criança. Levanta-se apreensiva e corre em direção aos brinquedos chamando pela filha, quando a encontra no chão caída.

 

— Antônia! - se abaixa assustada. Filha! - a pega no colo.

— Mamãe, tá doendo! - começa chorar.

— Calma! - a acaricia. Filho! - chama Vítor. Vá chamar o papai, por favor...

—  Tá!  - sai correndo.

 

Vitor encontra o pai e conta o que houve. Sem saber ao certo o que o filho queria dizer, segue até o parque para confirmar.

— O que aconteceu Paula? - a vê com a filha.

— Acho que ela qurebrou o braço! Precisamos levar ela ao hospital, fazer um exame na cabeça!

— Calma! - se abaixa. Filha... Olha para o papai...- a acaricia.

— Tá doendo! - chora.

— Eu sei, meu amor! Paula... Vai pegar o carro, vou levando ela! - a pega no colo.

— Certo! - se levanta e segue para a garagem correndo.

 

Paula pede para Elias preparar o carro enquanto ela pega os documentos da filha. Deixa Lucy com o filho e segue para a cidade com Vitor. Já no hospital, solicitam atendimento de Ricardo.

— Oi! - chega a sala de atendimento. O que tivemos aqui?

— Ela caiu do balanço... Olha o braço, está super inchado. Acho que quebrou!

— Vamos ver! - se aproxima.

— E Ricardo, quero que faça uma exame da cabeça... Tenho medo dela ter batido!

— Paula, se acalma! - se aproxima dela.

— Estou calma, Vítor! - diz nervosa.

— Certo! - começa examinar. O braço teve uma fratura pelo que posso ver...- observa com cautela. Vamos fazer um raio x para concluir!

— E o exame na cabeça?

— Vamos fazer Paula! Mas já vou examinar ela para descartarmos.

— Ela demorou falar comigo Ricardo... Só quando cheguei até ela que ela chorou. Não sei se pode ter desmaiado.

— Você não me disse isso Paula! - Vítor se preocupa.

 

Ricardo examina Antônia e conclui que houve uma concussão cerebral.

 

— Ela está sensível a luz, apresenta uma pequena confusão mental... Provavelmente por isso demorou te responder, Paula.

— O que isso quer dizer Ricardo? Ela vai ter alguma sequela?

— Não, nada tão grave! Só precisará ficar de repouso e tomar uma medicação a risca.

— Meu Deus! Como isso foi acontecer? - vai até a janela da sala respirando fundo.

— Paula...- vai até ela. Está tudo bem! - coloca a mão sobre as costas dela.

— Não! - tira a mão dele. Não está! Para de dizer que está tudo bem quando não está. Antônia está com o braço quebrado, uma concussão cerebral porque eu não olhei ela direito.

— Paula! - tenta argumentar.

— Não fala nada!! - o interrompe.

— Vou levar ela para os exames! - Ricardo sai da sala com Antônia.

— Eu vou junto! - pega a bolsa.

— Não! - segura-a. Não vai! Você está deixando Antônia estressada. Tudo que ela menos precisa agora é isso!

— Então vai você...- começa chorar. Ela não pode ficar sozinha!

— Meu amor, se acalme! - a abraça. Ela está bem!

— Não, não está! Ela está com dor, a culpa é minha.

— Vocês estão aqui! - Marisa entra. Graças a Deus eu os achei! Cadê Antônia? Diva me ligou contando tudo.

— Oi mãe! - a cumprimenta.

— Paula...- vai até a nora. O que foi minha querida? Cadê nossa borboletinha?

— Ricardo levou ela para alguns exames. Ela quebrou o braço e está com uma concussão cerebral!

— Como isso foi acontecer?

— Ela estava no balanço e caiu!

— Mas ela está consciente?

— Sim!

— Graças a Deus! Vem aqui, querida...- leva Paula até o sofá. Senta aqui, vamos rezar por ela! - sentam-se.

— Vitor, vai atrás dela!

— Eu vou! - sai.

 

Vítor procura por Ricardo e é levado por uma enfermeira até a sala de exames. Acompanha tudo junto do médico.

 

— Sem qualquer sequela cerebral! - respira aliviado.

— Graças a Deus! - desaba chorando.

— Meu amigo! - o ampara. Sei o que está sentindo, mas ela está bem! Vamos cuidar do bracinho agora.

 

Retorna ao quarto e tranquiliza Paula e a mãe.

 

— Vão engessar o braço! Não vai precisar de cirurgia.

— Graças a Deus! - Marisa agradece.

— Sou irresponsável! Deveria ter prestado atenção.

— Paula, chega! Foi um acidente. Antônia está bem! Não tem qualquer razão para você se culpar tanto. Chega! - vai até ela. Chega, ouviu? - a abraça.

— Quando ela vai vir para cá?

— Logo!

— Vamos ter calma! - Marisa os tranquiliza.

 

Passado algum tempo, Carolina surge para acompanhar o caso e informa aos pais sobre os cuidados que deverão tomar ao retornarem para casa.

 

 

— A observem!

— Faremos isso!

— E qualquer coisa nos ligue! - abraça Paula.

— Pode deixar! - sorri.

— Obrigada Carol! - a cumprimenta.

— Imagina, Vitor! Vão com Deus. E você...- vai até Antônia. Se comporte, viu? - a beija.

 

Se despedem e retornam para a fazenda. Paula acomoda a filha em seu quarto e liga para Dulce, pedindo que vá até a fazenda.

 

— Pulinha? - abre a porta.

— Oi?

— Avisou sua mãe? - entra.

— Sim! Ela está vindo já.

— Vá tomar um banho e descansar. Eu olho ela!

— Não, estou bem! Vou ficar aqui. - observa a filha.

— Você está cansada Paula! - senta-se ao lado dela. Precisa tomar um banho, dormir um pouco. Antônia vai precisar de você quando acordar!

— Ninguém disse que seria assim. Que iria doer tanto ver um filho machucado. Quase perco a cabeça! - respira fundo.

— Sim! Ninguém disse.

— Vitor, e se ficar alguma sequela? - olha para ele.

— Não vai ficar! O médico já falou sobre isso conosco, você precisa confiar. Não tem qualquer razão para ele mentir.

— Eu sei! Mas ainda fico realmente muito tensa.

— Entendo! Mas enfim, vá tomar um banho!

— Tá bom! - levanta e vai para o banheiro.

 

 

Cancelam compromissos para cuidarem da filha pelas próximas semanas. Dulce e Marisa também se revezam para auxiliar, uma vez que Lucy tirou férias. As festividades de fim de ano acontecem e passam em casa, junto das famílias, já que não puderam viajar com Antônia.

Um novo ano se inicia e as crianças já retornam para escola. Monteiro e família estão na fazenda passando uns dias.

 

— Como foi?

— Complicado! Antônia não queria ficar, até Vítor achou estranho. Mas a professora disse que aos poucos eles se adaptam!

— E Vítor? Ligou?

— Não! - olha o celular.

— Não volta essa semana?

— Disse que volta, mas não perguntei o dia exato. Não quero ser tão evasiva... Ele está com os tios em BH.

— Ele vai trabalhar na dupla esse ano?

— Parece que sim... Ainda não sei muito bem. Não conseguimos conversar a respeito.

— Entendo!

— Monteiro, fique a vontade! Vou voltar dormir um pouco...- ri. Vitória deu trabalho essa noite com os pesadelos!

— Eu escutei ela chorar!

— Pois é! Ela nunca dorme bem sem o pai em casa... Já acostumou com Vitor todos os dias.

— Sei como é! Mas vai descansar sim... Estou aguardando as meninas para irmos na piscina.

— Ok! Aproveitem! - segue para o quarto.

 

Toma um banho e deita-se em seguida, com o celular na mão, aguardando qualquer mensagem de Vitor. Em vão. Resolve então ligar.

 

— Oi! Desculpa te ligar.

— Oi! Por que desculpa?

— Não quero te incomodar nas suas mini férias!

— Entendi! - ri. Como foi as aulas?

— Deixei eles agora de manhã, foi complicado. Mas tudo certo!

— Estou triste por ter perdido o primeiro dia dos gêmeos.

— Não se preocupe!

— Você está bem?

— Estou! Só um pouco cansada... Vitória teve pesadelos novamente. - escuta um barulho. O que é isso, Vi?

— Estou em um restaurante com tia Leia, comemorando o aniversário dela...

— Mas está um barulho de barco...

— Impressão sua, amor!

— Sei! - desconfia. Mande um beijo para tia Leia.

— Ela está te mandando outro!

— Certo! Vou descansar, tá?

— Tá bom! Mais tarde eu ligo.

— Tá bem! Tchau! - desliga chateada.

 

Adormece após algum tempo mexendo as redes sociais e respondendo alguns fãs. Horas mais tarde as crianças chegam na companhia de Marisa que as buscou na escola.

 

— Olá! - entram.

— Oi Marisa! - Dulce a cumprimenta.

— Oi! - sorri. Busquei a turma! - coloca as bolsas sobre o sofá.

— Estou vendo! - olha os netos. Vão todos para o banheiro!

— Vó, cadê a mamãe?

— Está dormindo... Ela está cansada!

— Paula ainda está dormindo? - Monteiro chega na sala.

1 Sim! Faz tempo né? Vou lá ver ela. Marisa, você vai dando banho neles?

— Sim, claro! Pode ir lá.

 

Dulce vai até o quarto e a encontra ainda dormindo. Se preocupa, mas resolve não acorda-la. Auxilia Marisa com as crianças, dando comida para os netos em seguida e os colocando para ver um pouco de televisão.

Já do lado de fora de casa, Marisa liga para o filho.

 

— Vitor, tudo bem?

— Sim, mãe! E você?

— Bem também! Estou na sua casa.

— Que bom!

— Que dia você vem filho?

— Ainda não sei... Talvez amanhã. Por que?

— Paula precisa de você aqui!

— Eu sei! Tem poucos dias que sai de casa. Vou voltar! Só estou visitando meus tios, meus primos. Enfim...

— Entendo! Mas volte o quanto antes, ela precisa de ajuda.

m- Ela reclamou algo?

m- Não, pelo contrário! Ela não deu uma palavra todos esses dias. Ela está dormindo, desde de manhã. A mãe dela está até preocupada.

— Sei... Ela deve estar cansada apenas. Mas fique de olho nela também! Qualquer coisa me avise.

— Avisarei! Ela não levantou nem para almoçar.

— Mãe... - respira fundo. Ela está cansada! Apenas. Se não for isso, me ligue para avisar, tá bom?

— Tá!

— Certo! Vou desligar agora, tá? Beijos!

 

Marisa retorna para dentro e fica com os netos na sala de televisão. Algum tempo mais tarde Paula se levanta e senta com os filhos também.

 

— Não vai comer?

— Não estou com fome, Marisa. Estômago meio ruim... Acho que foi do café da manhã ainda.

— Conversei com Vitor agora pouco.

— Falei com ele mais cedo também.

— Acho que ele vem amanhã! Você está bem?

— Sim! Só mal estar do estômago mesmo. - deita no sofá. Minha mãe está por aqui?

— Está sim! Acho que na cozinha com Monteiro e Beatriz.

— Certo!

— Você quer algo? - se levanta. Pego para você!

— Não, está tudo bem! - sorri. Obrigada por pegar as crianças!

— Imagina! Vou tomar um café. - sai.

— Mamãe...- vai até Paula.

— Oi amor.

— Meu pai não vem logo?

— Vem... Logo ele vem.

— Podemos ligar para ele?

— Busca o meu celular no quarto.

 

Vitória busca o telefone da mãe e ela faz uma chamada de vídeo. Após três tentativas, ele atende.

 

— Oi, Vivi! - sorri ao ver a filha.

— Oi pai! O que tá fazendo?

— Estou passeando, filha!

— Onde? Nem me levou!

— Vitória! - ri. Passeando com o tio Vespa. Na próxima você vem! Como você esta?

— Bem. Hoje já fui para a escola. Os maninhos também foi.

— Sim, eles também foram filha. E foi bom?

— Foi! A vovó Marisa que buscou a gente.

— Cadê sua mãe?

— Tá aqui, ó! - vira o celular para Paula deitada.

— Oi! - olha para o marido. Onde você está?

— Passeando!

— Parece praia aí!

— Mas não é, amor! Praia em Minas? - ironiza.

— Tá!

— Cadê os gêmeos? - desconversa.

— Aqui! - vira para os filhos.

— Oi! - sorri. Filha? - vê Antônia brincando. Oi Antônia!!

— Olha o pai...- Vitória vira ela.

— Oi amor!

— Oi pai, você já vem?

— Logo, logo! Cadê o mano?

— Ali! - aponta Antônia.

— Não vou mostrar ele! - Vitória não vira o celular. Ele me irritou hoje!

— Vitória, que isso?

— É! Me irritou. Não vou mostrar. Ô pai, deixa de ser bonitinho e vem embora logo, viu?

— Não muda de assunto, bonitinha!

— Eu vou ter que desligar, tá? Tchau! - desliga.

— Filha! - Paula ri, pegando o celular. Não pode desligar na cara dele!

— Aí, ele me irritou também! - se retira da sala correndo.

— É cada uma! - ri sozinha.

 

 

Aproveita o momento a sós com os filhos. Brinca, passeia com eles e com as visitas e na hora do banho das crianças, enquanto a mãe e a sogra se disponibilizam para ajudar, ela vai para seu quarto e aproveita para fazer uma live no Instagram.

 

LIVE ON...

 

OI! - sorri. Entrei na surprise, hoje! - ri. Vão se achegando aí para batermos um papo! Vou buscar uma coisa! - sai e pega o violão - “Vortei!” - senta novamente. Vou cantando enquanto vocês vão entrando! - ajeita o violão.

 

Canta umas canções novas e começa ler as perguntas.

 

1 - Então... Estão perguntando como está sendo minhas férias! - coloca o violão do lado. Praticamente mãe não tem férias! - ri. Mas não posso reclamar... Nesse momento mesmo a sogrinha e minha mamãe estão dando banho na turma. Mas tem sido bem proveitosa! Monteiro e a franga estão aqui, estamos curtindo muito. Só está faltando o senhor Vitor...- ri. Foi curtir umas férias sozinho! - brinca.

 

2 - A Antônia está bem? - lê a pergunta. Está ótima! - sorri. Obrigada por se preocuparem! Nossa gente... Foi um susto! Um dos piores momentos da minha vida. Mas já passou! Nem gosto de falar do assunto. Ela está bem, brincando bastante! Ahhhh, ela e Vitinho já estão indo na escola. Quase morri deixando eles lá! As aulas aqui começam mais cedo. Vitória já é uma moça, então...- ri. Foi super independente! E os pitoquinhos estavam ansiosos... Uma graça! - ri.

 

3 - Está tudo bem entre mim e Vitor! - ri da pergunta que lê. É que ano passado Vitor praticamente viveu para cuidar dos filhotinhos e esses dias foi niver da madrinha dele, então ele foi para BH passar uns dias com a família lá e descansar um pouco. Mas a sogra ficou, amém!! Não vivo sem mais, não! - ri.

 

4 - Essa semana terei algumas reuniões super importantes para fechar uns projetos aí...- sorri. Vamos cruzar os dedos que vem coisa boa! Estou compondo muito também, as madrugadas estão rendendo. Tô aproveitando Monteiro aqui também para fazermos novos arranjos para o novo show. O projeto do novo show está tão lindo! Não vejo a hora de vocês verem. Está perfeito!

 

5 - Ainda não posso divulgar nada a respeito dos novos projetos, estamos em fase de finalização. Mas está vindo. Tem coisa boa vindo. E com fé em Deus dará tudo certo!

 

6 - Estão falando para mim fazer aqueles quis! - ri. Vou tentar depois... É que aqui é complicado gente! - ri. Evito pegar no celular com as crianças, porque eles ainda não tem acesso; então não posso ficar muito tempo para não terem mau exemplo. Mas quando Vítor chegar vou me organizar melhor para fazer mais isso... Live, quis, perguntas, músicas, etc! Amo interagir aqui.

 

7 - Ahh... Deixa eu contar uma coisa para vocês. Ontem nasceu uns coelhinhos aqui. Vitória ficou abismada falando que eles eram gêmeos igual aos irmãos! - ri. Uma gracinha, gente! - sorri. São muito fofinhos. Tem uma égua para criar também, estou super ansiosa. Tem muito filhotinho vindo aí! - bate palma.

 

8 - Lembrando que são filhotinhos dos bichinhos da fazenda, não meus!! - ri. Por falar nisso...- olha a porta abrindo. Oi! - vê Marisa. Vem aqui, Ma! Estou fazendo live. Dá um oi!

 

9 - Oi gente...- Marisa vai até ela. Estou toda molhada! - ri. Molecada pulou demais hoje na banheira.

 

10 - Marisa, estava comentando com eles que ainda bem que você ficou e não foi junto com Vitor! - riem. Estavam aqui me perguntando se eu ia ter mais filhotes! Vê se pode!?

 

11 - Tem que ter né, gente? - olha para a câmera. Quero mais netinhos!

 

12 - Nuuu! - riem. Tá fácil assim, né? - ri dela saindo. Já fugiu gente... - sorri. Vou precisar desligar que vou dar janta para os pequenos... Talvez depois eu volte para prosearmos mais! Amei ter vocês aqui comigo... Beijos! - sorri e desliga.

 

LIVE OFF...

 

Levanta-se do chão e guarda seu violão. Pega o celular e vê que tem uma chamada perdida de Vitor. Retorna a ligação.

— Oi, estava em live!

— Eu vi depois... Por isso não liguei mais! Até minha mãe apareceu! - ri.

— Você assistiu? - riem.

— Sim! Como estão as coisas?

— Estão bem! As crianças acabaram de tomar banho. Quer falar com elas?

— Não! Depois de Vitória desligar na minha cara hoje. - ri.

— Falei com ela sobre isso!

— Está tudo bem! Estou ligando para avisar que chego de madrugada. Durmo no flat e amanhã vou para a casa cedo.

— O flat está todo sujo, empoeirado! Você vai pegar uma gripe lá. Venha para casa, peço para Elias te buscar.

— Não, não se preocupe! Resolvo isso.

— Você que sabe, Vitor!

— Sei sim, não se preocupe! Você está bem?

—,Estou!

— Minha mãe ligou, disse que você dormiu um monte, depois me mandou mensagem dizendo que você não comeu. O que está havendo?

— Sua mãe é uma peça! - ri. Estou bem! Só minha gastrite novamente atacando.

— Entendi! Você precisa se cuidar. Marque o gastro logo...

— Já está marcado! Irei na semana que vem.

— Ótimo! Vou desligar que vou jantar... mais tarde nos falamos!

— Tá bem! Beijos!

— Beijos amor! - desliga.

 

Segue para sala de jantar onde alimenta os filhos, brincando um pouco com eles depois até o momento de adormecerem. Passa o resto da noite na entrada da casa sentada com Monteiro, Bia, Dulce, Marisa e Cíntia que chegou na hora do jantar, conversando sobre tudo. Já de madrugada se retiram para dormir. Em seu quarto tenta ligar para Vítor novamente, mas vai na caixa postal. Senta-se na sua varanda, tomando um chá enquanto observa a lua. Aproveita para terminar de ler um livro, mexe em seu celular, curte algumas publicações de fcs, responde algumas directs e fica lendo algumas fofocas. Às 04h30min observa um carro se aproximar da casa. Levanta assustada e tenta reconhecer.

 

— Uai! - coloca seu robe e vai até o hall de entrada.

 

Paula abre a porta principal e fica esperando o carro parar na garagem, seguindo até lá.

 

— Não acredito que você veio a essa hora!

— Oi! - abre a porta, pegando alguns pertences no carro. Ainda bem que deixei meu carro no aeroporto. - desce.

— Vitor, é tão perigoso andar de madrugada nessa rodovia!

— Estava bem movimentada! - vai até ela. Tudo bem? - a abraça.

— Tudo! - sorri ao senti-lo novamente. Já estava com muitas saudades! - observa-o.

— Eu também, pequena! - acaricia seu rosto. Não via a hora de vir embora! - beijam-se.

— Vamos entrar!?

— Sim! Vou só pegar a mala. - vai até o porta malas e retira sua bagagem.

— Trouxe os biscoitos?

— Sim! - ri. Minha tia falou que você pode comer um monte porque ela colocou pouco açúcar!

— Que querida! - riem. Depois vou agradecer ela! - ajuda ele.

 

Entram em casa. Na cozinha Paula já guarda os biscoitos feitos pela tia enquanto Vítor toma um pouco de café. O atualiza sobre as novidades da fazenda e seguem para o quarto.

 

— Vou tomar um banho! Vim direto da minha tia para cá... Nem tomei banho lá.

— Então vai! Vou organizando sua mala. - pega a mala e leva até o closet.

— Pulinha... - a segue.

— Oi?

— Toma banho comigo....?

— Sabe que não é uma má ideia? - riem.

— Eu só tenho ideias ótimas! - estende a mão para ela.

 

No banheiro ela prepara a jacuzzi e eles entram. Alguns minutos depois conversando, ele a massageia.

 

— Paula, precisamos conversar...

— Isso nunca soa bem!

— Quando Vitória ligou e você perguntou se eu estava em uma praia, eu menti. Realmente estava na praia.

— Uai...- não entende. Como assim? - se vira de frente para ele.

— Não estive em Minas nos últimos dias.

— Vítor...

— Calma! Passei uns dias com minha madrinha e eu então eu e ela fomos para Ilhabela!

— Fazer o que em Ilhabela? - começa ficar nervosa. Por que você mente para mim? - vai saindo da jacuzzi.

— Paula! - segura o braço dela. Escuta o que vou falar , por favor!?

— Que seja! - senta-se novamente. Fala!

— Fui até lá alugar um casa para podermos ir para lá. Você precisa descansar um pouco e nós dois precisamos de um tempo, longe de tudo aqui!

— Por que mentiu?

— Porque você ia dizer que não dava, que agora não ia dar, que as crianças não podem ficar sozinhas, etc.

— Mas elas não podem...

— Nossas mães vão cuidar! E já falei com Cíntia e Lucy... Elas vão ajudar também.

— Sério?

— Sim! - sorri. Precisamos disso. De uma mini lua de mel! - ri. Lembrar de nós antes dos nossos filhotes.

— Mas você não gosta muito de praia!

— Eu não me importo com a praia. O importante é estarmos lá juntos. E praia também significa pouca roupa, o que já adianta nosso processo...

— Você não dá ponto sem nó! - riem. Quando é a viagem?

— Depois das suas reuniões! São essa semana, né?

— Como sabe?

— Cíntia! - sorri.

— Entendi! - ri.

 

 

Aproveitam o momento a sós. Na manhã ele se levanta e vê os filhos. Toma café com as crianças, Monteiro, Bia, a mãe e a sogra. Os dias passam, Paula cumpre seus compromissos e então começam a se arrumar para viajarem.

 

— Já pegou meu boné?

— Já coloquei na mala!

— Vai amassar!

— Deixa de besteira!! - fecha a mala. Ainda preciso deixar tudo organizado na agenda das crianças.

— Deixar o que organizado?

— As atividades e tudo mais!

— Tá... Você quem sabe! Vou aguardar lá fora.

— Tá, vai! - vai para o closet.

 

 

Organiza tudo e segue com as malas para a sala, onde Elias já guarda umas no carro.

 

— Mãe... Antônia está proibida de comer doce.

— Certo! E se os outros quiserem?

— Não dê também! Não vai esquecer do dentista dela!

— Que dentista?

— Você falou para mim! - Marisa surge.

— Ah é! Não esquece, sogra.

— Não vou esquecer! - sorri.

— Vitória começa o inglês amanhã!

— Vamos levar! Vai viajar logo...- vai até ela, se despedindo.

— Tá! Qualquer coisa me avisem, por favor!

— Não se preocupe Paula!

— Cuidem bem deles! - abraça Marisa.

— Você sabe que cuidamos!

— Sei sim! - abraça a mãe. Tchau!!

 

 

Se despedem de todos e seguem rumo ao aeroporto.

 

 

 

 

 

 

 

 


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