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Capítulo 144
Capítulo 144 - Aniversário diferente




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O aniversário de Vítor chega. Na cozinha, Paula, junto dos filhos arrumam o café da manhã. 

— Coloca na mesa, Vivi!

— Aqui? - coloca a xícara em cima do prato.

— Isso!

— Papai gosta de laranja.

— Sim! - ri. Aqui ó… Coloca lá!

— Tá bom! - faz o que a mãe pede.

— Bom dia!

— Oi mãe, bom dia!

— Que mesa linda!

— É pro papai, vovó! Ela tá fazendo aniversário.

— Eu sei! - sorri. E está lindo!

— Sim!

— E ele vai acordar cedo para ver isso?

— Vamos acordar ele, né pessoal!?

— SIM!

— Vitória não vai para a escola?

— Hoje não tem aula.

— Ah sim!

— Vou aguardar Marisa chegar para chamarmos Vitor para tomar café. 

 

Terminam de organizar a mesa e as crianças quando Marisa chega. Cumprimenta a todos e senta-se para conversar com os netos. 

 

— Vou chamar Vitor! - vai até o quarto. Vi? - entra e não o vê na cama. Uai…- vai até o closet. Oi! - sorri. Bom dia! - beija-o. E feliz aniversário! - abraça ele. Te amo muito e te desejo toda felicidade do mundo!

— Obrigada! - riem.

— Por que acordou cedo?

— Dormi cedo ontem!

— Verdade… Vamos tomar café?

— Vamos sim! As crianças acordaram? - pentea os cabelos.

— Ainda não! - mente.

— Que milagre Vitória não estar acordada ainda! - se perfuma.

— Pois é! Também achei…

— Vamos então…

 

Saem do quarto rumo a cozinha quando ele é surpreendido pela família e pelos funcionários. 

—  PARABÉNS! - riem.

— Meu Deus! - ri. Que coisa linda!

— Pai, olha o que eu fiz! - entrega um desenho para ele.

— Você desenhou para mim? - se abaixa para falar com ela.

— Desenhei! - sorri.

— Oh minha filha…- acaricia-a. Muito obrigada!

— Eu te amo muito, papai! - o abraça.

— Também te amo, Vitória! - emociona-se. Hei…- vê os outros filhos vindo até ele. Beijos! - beija cada um e abraça. Não precisavam se incomodar… Está tudo lindo! 

 

Ela abraça todos que foram prestigia-lo e sentam-se em seguida para tomar café da manhã. Após muita risada, histórias passadas e comilança, cada um segue para seus afazeres. 

— Vamos Antônia…- Lucy estende a mão para a bebê enquanto segura Vitor no colo. Vamos passear! - sorri.

— Também vou! - desce do colo do pai. Já volto! - olha para os pais.

— Está bem! - riem. Diva, quer ajuda? - se levanta.

— Claro que não! - pega a xícara da mão dela. Podem sair da minha cozinha!

— Tudo bem! - riem. Amor, preciso te mostrar uma coisa…

— Certo! - se levanta. Vamos! 

 

Retornam para o quarto. Ela vai até o closet e entrega para ele um envelope. 

— O que é? - pega. É um teste de gravidez?

— Claro que não! - riem. E se fosse o filho não seria seu já que estamos aguardando sua recuperação ainda!

— Não tem graça nenhuma isso! - abre. Uma passagem! - olha bem. Uma passagem para Amazônia. Não entendi! - a encara.

— Um grupo que você conheceu há um tempo atrás ligou aqui em casa esses dias para te convidar para ir para Amazônia pescar… Eu atendi e disse que em breve você daria a resposta. Comprei a passagem e estou te dando de presente! - sorri.

— Pulinha…- sorri. Não precisava! - a abraça.

— Você ama pescar e tem deixado de ir para estar sempre conosco… Agora você vai! - arruma a camiseta dele.

— E tudo bem eu ir?

— Claro que sim, meu branquinho! - beija-o. Vá e se divirta com seus amigos. Vou dar conta!

— Tudo bem então! - sorri. Eu fiz uma coisa para você na madrugada retrasada! - vai até sua gaveta e pega.

— O que é? - fica ansiosa.

— Sente aí…- aponta a poltrona para ela.

— Certo! - senta-se rindo.

— Ouça bem! 

 

Ele abre a folha e lendo, começa declamar. 

 

“Coisas que o tempo não desfaz

Simples felicidade

O carinho do vento nas folhas 

É meu beijo em seus cabelos com saudade

 

Vou deixar meu querer caminhar

Pelos campos dos sonhos

Onde deuses profanos

Ficam bem à vontade, como se fossem os donos

 

Vou dizer, sem nenhum pestanejo

Acharia você no meio de mil pessoas

Lampião das estrelas, é assim que te vejo

É o sol das manhãs e o frescor das garoas” 

— Acharia você no meio de mil pessoas…- olha-o emocionada. Meu Deus! - enxuga as lágrimas rindo. É lindo! - levanta-se, indo até ele. É muito lindo… Eu não tenho outra definição! - senta ao lado dele na cama, segurando sua mão. Obrigada! - riem.

— Eu quem agradeço… Se não fosse você, não haveria músicas, nem poemas, nada! - aperta a mão dela.

— Só posso dizer o mesmo! - riem.

— Iremos jantar fora hoje?

— Não! Eu mesma vou preparar nosso jantar. - ele ri. O que foi? - encara. Seu besta! - se levanta rindo.

— Vem aqui! - a puxa de volta. Vou amar! E as crianças?

— Vão para a casa da minha mãe! - pisca.

— Hum… Que delícia! - pisca de volta.

— Agora, precisamos organizar sua mala! Você viaja amanhã.

— Sim! - sorri. Vou na cidade buscar algumas coisas de pesca e mais uma roupa apropriada. Quando eu chegar organizamos, pode ser?

— Sim! Enquanto isso vou trabalhar um pouquinho! - beijam-se.

— Quer que eu traga algo pro jantar?

— Não! - sorri. Já tenho tudo!

— Tudo bem então! Vou indo…- sai. 

 

Vítor se retira e Paula vai organizar as coisas dos filhos para que possam dormir com Dulce. Cíntia chega na fazenda e a auxilia. 

— Essa roupa também?

m- Sim! Caso faça frio à noite. Não esquece de colocar na malinha dele aquele cobertor de raposa.

— Certo!

— Sinto que vai faltar alguma coisa ainda! - pensa. Enfim… Mamãe depois vê e fala.

— MÃE! - Vitória chega ao quarto. Demorei te achar!

— O que foi? - ri.

— Dindin…- abraça Cíntia.

— Oi bonequinha! - beija-a. Onde estava?

— A Lu levou a gente no parquinho. Cadê o papai?

— Foi na cidade!

— Comprar doce?

—Não! - riem. Foi comprar outras coisas.

— Quero brincar com você…

—Vamos brincar do que?

— Bubus! - pega suas bonecas.

— Pega a casinha delas ali…

 

Vão para a sala brincar com os gêmeos que chegam logo após. 

— Não! - toma.

— Vitória, por favor…

— Mas ele não pode brincar com esse.

— Pode sim… Dê a ele!

— Toma…- entrega contrariada.

— Filho, aqui…- ensina onde ele coloca a boneca. O que, amor? - escuta Antônia. Isso! - sorri ao vê-la fazendo o mesmo. Bem bonitinha né…? - pega a bonequinha que ela está entregando. 

 

Diva coloca o sim para tocar, ouvindo suas músicas sertanejas. 

m- Que presepada é essa Diva? - ri. Não acredito que você me trai musicalmente!

— Eu adoro essa! Nem vem… - sai dançando.

— Vê se posso! - riem.

— Mãe, olha a Elsa…- aponta. Ele tá estragando!

— Filho… Puxar o cabelinho da boneca, não! 

 

Vitória se levanta e começa a dançar as músicas que Diva está ouvindo. Os irmãos se divertem e seguem a irmã, tentando fazer como ela. Vítor chega e começa rir da confusão. 

— Por que a Diva está nos traindo?

— Eu já falei para ela! - ri. 

 

Conversam por um tempo e então Paula sai para resolver algumas coisas no escritório. As horas passam, almoçam, cantam parabéns novamente e à tarde chega, momento em que Dulce e Marisa se organizam para voltar para a cidade. 

— Pegou sua bolsa filha?

— Sim! - mostra.

— Ótimo! - sorri.

— A gente volta amanhã?

— Volta, meu amor! - se abaixa para se despedir.

— Tá bom! - abraça a mãe.

 

Se despedem dos filhos e acompanham as mães até a saída. 

— Parece que fica um vazio!

— E fica! Três vazios imensos.

— Sim! - escora nele. Mas vai ser bom ao mesmo tempo…- vira-se de frente para ele, abraçando. Só nós dois… - acaricia-o.

— Tenho certeza que vai! - beijam-se.

— Desculpa! - aparece na sala.

— Diva! - olham-a. O que foi?

— Não queria atrapalhar!

— Não atrapalhou! - riem. Só estávamos nos beijando, normal né!?

— Sim! - ri. Mas enfim… A arquiteta ligou e pediu que você retornasse a ligação Paula.

— Ok, vou fazer isso agora! Já venho…- beija-o novamente e sai. 

 

No escritório Paula conversa com a arquiteta que reformou a casa há alguns meses. Vítor chega logo depois. 

— O que foi?

— Nada, ela só pediu umas fotos! - coloca o telefone no gancho.

— Da casa? - senta-se.

— Sim! Tudo bem?

— Tudo! Vou precisar usar aqui… Preciso resolver umas coisas com Leo. Estão limpando o meu!

— Ok! - levanta-se. Vou mexer com as plantas… Qualquer coisa estarei lá.

— Certo! 

 

Vitor resolve seus negócios e em seguida segue para auxiliar Paula no jardim. Terminam de organizar as plantas e retornam para casa enquanto Vitor vai para o banho, ela dispensa as funcionárias. Segue para seu quarto e deita-se o aguardando. No Instagram confere as homenagens a ele e curte, também agradecendo aos fãs. 




Se tem uma frase que resume nossa história é “Uma vida para tirar você da minha!”. E acho que nem uma sequer seria capaz disso. Meu amigo, porque sim, ele é meu melhor amigo, meu conselheiro, meu ouvinte, meu orientador; a pessoa com quem divido meus dias e minhas noites, minhas escolhas, minhas angústias, minha felicidade. Meu amigo, meu amor, meu branquinho… Nem tenho palavras para descrever o tamanho do meu orgulho e do meu amor por você. Amo quando você sorri e também quando chora de alegria, amo sua sensibilidade, sua delicadeza e seu respeito com nossa vida, com nossos filhos, com a nossa família. Amo nossas poesias, nossas noites mal dormidas, nossos dias repletos de beijos e desafios. Nunca me dei tão bem com alguém quanto com você. E você sabe disso. Nossa parceria é além da vida, nosso amor é transformador e tudo vence! Te amo infinito, ida e volta ♥️

Feliz aniversário, meu Vitorino! ♥️

 

Publica sua homenagem e segue para o banheiro. 

m- Que cheiroso! - ri.

— Onde estava?

— Fui dispensar as meninas…

— Temos a casa só para nós?

— Temos! - riem. Sem risco de alguém nos flagrar, sem risco de machucados!

— Paula! - ri.

— Me aguarda na cozinha, vou tomar banho e já vou preparar nosso jantar!

— Tudo bem! - beija-a e sai. 

 

Ele ajeita-se e vai para a adega, separa um vinho e segue para a cozinha. Arruma as taças sobre a ilha e começa e a mexer no celular, olhando as publicações até se deparar com a dela, sorrindo automaticamente. Curte e agradece, deixando o celular de lado. Coloca o som para tocar Angus e Julia Stone. Algum tempo depois ela chega. 

— Uau! - pega o vinho sobre a mesa. Um argentino!

— Merecemos! - serve a taça dela.

— Sim! - pega, brindando. Uma delicia! - bebe. Vai me ajudar? - olha-o.

— Será um imenso prazer! - riem. Você está linda, pequena…

— Obrigada! - dá uma volta para que ele veja sua roupa. 

 

Enquanto bebem começam a preparar o jantar, cantarolando volta e meia. 

— Coloca aqui Vi!

m- Certo! - despeja os tomates sobre o peixe.

— Agora vou colocar para assar e preparar os legumes.

— Deixa eu abrir aqui…- abre o forno.

— Obrigada! - coloca. 

 

Vítor serve mais uma rodada de vinho e a observa saltear os legumes na frigideira. 

— Leo está bem? - olha-o.

— Está! Tatianna também, falei com ela hoje.

— Sim… Tenho conversado com ela. Fica uma situação estranha… Percebi que sua mãe estava meio chateada, mas não toquei no assunto.

—Ela está muito chateada! Ela ama a Tatianna, não está sendo fácil para ela.

— As crianças não disseram nada?

— Matheus conversou comigo hoje… Diz que sente falta dos pais juntos. Tentei explicar para ele que as coisas são assim e que os pais continuam pais.

 

— Fico triste com isso… Mas precisam fazer o melhor por eles mesmos. Me passa a travessa.

— Aqui! - entrega. Ricardo me enviou mensagem também…

— Te parabenizando?

— Também! Mas era sobre os resultados dos exames.

— Deu tudo certo né? Já fazem três semanas e um dia da cirurgia!

— Você estava contando? - ri.

— Ah…- fica sem graça. Você não? - encara.

— Estava…- riem. Deu tudo certo sim…

— Que ótimo! - ri. Nosso acompanhamento está pronto. Agora só esperar o peixe assar… E, enquanto isso podemos jogar!

— Jogar? - bebe o vinho.

— Sim… - sorri. Vem! - chama-o. 

 

Seguem até a sala. Paula acende a luz do abajur e pega o tabuleiro de xadrez. 

m- Sério que você vai querer competir comigo?

— Seríssimo! - riem.

— Vamos lá então…- sentam-se.

— Branco ou preto?

— Tanto faz! - coloca a taça sobre a mesa.

— Quem perder uma peça, paga algo!

— Isso é interessante! - sorri.

— Vamos lá! - separa as peças. 

 

Começam jogar e se esquecem do resto do mundo, concentrando-se no jogo. 

— Não, espera! - pensa.

— Nada disso! - ri. Já foi amor… Pode deixar a peça ai!

— Que droga! - riem.

— Aiai… Comi seu bispo!

— Poxa… - olha o jogo. O que vai querer?

— Uma peça da sua roupa!

— O que? - ri.

— Sim! - sorri. Quero que tire e me entregue!

— Hum…- bebe mais um pouco de vinho. Entendi! - retira o chinelo e entrega a ela.

m- Vitor! - ri. Não! Não vale.

— Vale sim!

— Eu falei roupa!

— Vamos devagar! Volte ao jogo. Agora é questão de honra.

— Vamos lá então…- move uma peça e aguarda ele. Bom…- observa ele mover. E eu…- pega o peão. Vou aqui! - move.

— Ótimo! - “come” a torre dela.

— Não! Como assim? - observa.

— Eu falei que ia jogar para valer! - ri.

— Então tá! Para sua má sorte estou sem chinelo.

— Sei…- a observa.

— Pronto! - retira o robe. 

 

Continuam jogando e Vitor segue perdendo. No meio da partida começam a sentir um cheiro estranho. 

—Cheiro esquisito! Está sentindo?

—É o peixe! - se levanta correndo.

— Pulinha! - vai atrás rindo.

— Aí que droga! - retira do forno. Queimou! - joga na pia.

— Está tu…

— NÃO FALA QUE ESTÁ TUDO BEM! Poxa… Eu deixei esse peixe marinando desde ontem, igual eu vi no vídeo e olha o que acontece…

— Paula…

— Não! Não venha ser compreensivo. Era nosso jantar! - olha para ele.

— Sente aí! Já venho…- vai até a adega e retorna com mais um vinho. Nos sirva! - entrega a ela.

— Vitor…

— Vou preparar algo e vamos jantar! - vai até a dispensa. 

 

Ele separa alguns alimentos e retorna a cozinha. Paula começa beber observando-o. 

— Está lindo cozinhando só de cueca!

m- A culpa é sua!

— Minha!? Você que desaprendeu jogar xadrez. - ri. Pensei que ia te mostrar minha marca de biquíni hoje. - ele a encara. O que está fazendo?

m- Calma! Já você verá.

— Era para ser um jantar especial!

— Está sendo, Pulinha!

— Eu queimei nosso peixe.

— E não tem problema! Pare de coisa.

 

Ela pega o celular e começa fotografar ele. 

m- O que está fazendo? - a vê.

m- Fotografando essa bundinha linda!
— Pare com isso!

— Não! - continua. Tão branquinho… - ri.

— Você não tem jeito!

— Olha aqui! - ele olha. Pronto! - tira mais uma. Se Diva ver você na cozinha dela só de cueca cozinhando, ela enlouquece!

— Nem ouse mostrar isso a ela! - riem.

— Vou pensar! Se comporte bem e não mostrarei nada.

— Você não presta!

— Sério? - vai até ele.

— Sério! - beija-a. E eu gosto disso! - volta mexer a panela.

— Macarrão! - olha rindo.

— Era o que dava para fazer! - riem. Mas vai ficar maravilhoso, eu vou colocar um tempero especial.

— Tudo bem! Eu aguardo.

— Quando foi que você comprou essa camisola?

— Achei que não ia perceber em momento algum que era nova! - ri.

— Eu percebi desde o início! - pisca para ela.

— Comprei na minha viagem aquela vez ainda para a Itália.

— Nunca vestiu antes!

— Usei um dia que você não estava!

— Um desperdício!

— Sei! - ri. Quer mais vinho?

— Sim! - pega a taça e ela serve. 

 

Algum tempo depois ele coloca o macarrão junto aos legumes em um refratário e serve. 

— Mais?

m- Não! Está bom…- pega os talheres. Vamos ver né! - come.

— Se tiver bom ganho um prêmio! - senta-se.

— Está razoável!- limpa a boca rindo. 

 

Comem exaltando o talento de Almir Satter que agora tocava no som. Paula recolhe os pratos e Vítor a auxilia levando-os para a máquina de lavar louça. 

— Que horas sai seu voo amanhã?

— Às 14…

— Vou sentir saudades!

— Eu sei que vai! Eu também irei.

— No meu aniversário poderíamos viajar?
— Para onde?

— Não sei… Vamos pensar em um lugar.

— Tudo bem! Tenho tempo de sobra agora. - sorri.

— Sim! - ri. Quer voltar ao jogo?

— Ainda tenho a samba canção para tirar!

— Não vejo a hora! - riem.

— Você sabe que a gente não precisa de jogo, né? - se aproxima dela.

— Pensei que podia ficar interessante…- olha-o.

— Você é interessante por si só! - segura em sua cintura.

— Eu sei que eu sou! - ri, sentindo a respiração ficar acelerada. 



    Encosta os lábios aos dele, roçando de leve, sorrindo entre eles. Pediu passagem para a língua explorar a boca de Vitor, ele cedeu e juntos, entregaram-se a um beijo intenso, as mãos já passeavam livremente pelos corpos.

— Quer sair daqui? - acaricia o rosto dela.

— Não. - sussurra. 



Com um sorriso de que adorou a resposta, a beija, descendo os lábios para o pescoço com as mãos ágeis puxando a alça da camisola que Paula usava. Coloca-a sobre a ilha da cozinha, com os lábios fazendo um percurso até o colo, descendo mais e abocanhando um dos seios, fazendo-a arfar e entrelaçar as mãos na nuca dele. Vitor desceu uma das mãos, apertando a coxa de Paula, logo subindo e achando o caminho do prazer, explorando com seus dedos ainda por cima da lingerie. A essa altura ela já estava gemendo baixinho, suplicando para ele ir mais além. Paula entrelaça suas pernas sobre o quadril dele que a segura levando até o sofá mais próximo. Despe-se sob os olhos sedentos dela, que o aguarda colar sua pele na dela. E assim ele faz. Entre carícias, ofegantes e sem qualquer preocupação…

— Espera! - se afasta respirando fundo.

— O que foi? - o observa.

— Eu…

— Você está com dor? - se preocupa, indo até ele.

— Não! - olha para ela. É que… Não… - coloca uma almofada sobre si. Não dá!

m- Vítor, não estou entendendo! - coloca o robe que estava no chão. O que aconteceu?

— O que você acha que aconteceu?

— Você…- aponta para a parte intima dele.

— É! - se escora no sofá.

— Mas nunca aconteceu antes…- fica sem saber o que dizer. Ou já?

— Não.

— Deve ser por conta da cirurgia… A gente pode tentar depois. Né?

— Não sei!

— Você vai ficar chateado?

— Eu não sei. É estranho isso.

— É… Se bem que nossa vida sexual tem sido bem estranha! - pensa. Foi algo que eu fiz?

— Claro que não Paula! - pega a samba canção do chão e veste. Não foi nada com você; o problema é em mim.

—  Acho que foi algo da cirurgia… Você deveria conversar com Ricardo!

— Primeiro fui até ele com um penis fraturado, agora vou voltar dizendo que brochei.

— Ué… É normal! Não faça disso uma situação chata. Está tudo bem!

— Estou bem…- vai até a cozinha.

— Vitor…- o segue.

— Devo estar ficando velho. - pega um copo de água. E você deve se acostumar com isso.

— Começou! - revira os olhos. Pelo amor de Deus! Você brochou pela primeira vez comigo. Não começa!

— Primeira vez de muitas que pode vir!

— Vítor… Deixa de história!

— Nossa noite foi… - começa rir. Primeiro o peixe queima, a gente janta macarrão e agora isso…- ri.

— Você…

— Estou rindo! - ri.

— Mas está rindo… Está tudo bem? - vai até ele, preocupada.

— Amor, a gente não tem outra opção a não ser rir!

— Não entendo você! - ri dele.

— Vou ligar para o Ricardo…- deixa o copo na pia. Vou ver se tem algo haver com a cirurgia.

m- Mas você sentiu dor?

— Não…

— Certo! Deixa para ligar outro momento…- se aproxima mais dele, acariciando-o.

— Pulinha, não acho que vá…- sinaliza.

— Eu não quero isso…- sorri. A gente pode ir para a banheira e esquecer do mundo naquela água quentinha!

— Sei que está tentando não deixar tudo isso constrangedor, mas é que… É constrangedor. Não vai deixar de ser.

— Não estou tentando fazer isso… Só estou tentando te mostrar que isso não é tão importante quanto todo mundo pensa. A gente ficar juntinho que para é!

— Tudo bem…- sorri. Vamos para o quarto…

 

Seguem para o quarto, ajeitam a jacuzzi e entram. 

— Você está bem? - se aconchega no colo dele.

— Estou! Só preocupado.

— Vitor…- acaricia-o.

— Já aconteceu uma vez…

— Faz muito tempo?

— Sim!

m- E como foi?

m- Foi estranho como foi agora. - olha para ela.

— Sei…

— Mas naquela época eu não tinha a idade que tenho hoje então não me preocupei.

— Você precisa esquecer isso de idade.

— Não tenho problema com ela, só sei Que fisiologicamente algumas coisas começam a mudar.

— Você está falando como se tivesse oitenta anos! - começa a massageá-lo. Uma vez eu li que isso acontece mesmo… Principalmente se o homem estiver ansioso, nervoso com algo. Não tem haver com idade.

m- Por que estava lendo essas coisas?

— Curiosidade! - riem.

— Pode ser que no meu caso seja isso…

— Isso o que?

— Ansiedade… Sei lá… Já fazia um bom tempo que nós dois não fazíamos isso. Fiquei um pouco… De não dar certo e realmente não deu.

— Por que ficou nervoso?

m- Senti muita dor Paula… Fiquei receoso de voltar acontecer algo.

— Entendi… Eu entendo você. - beija-o. Está tudo bem!

m- Está tudo bem eu ir viajar também?

— Sim! - ri. É seu presente!

— Mas você não vai.

— Você tem que aproveitar um pouco com seus amigos também…

— Você também! Podia chamar eles para virem até aqui.

— Quase nem tenho mais amigos! Só você.

— Isso é preocupante então!

— Sei! - ri.

— Estou falando sério…

— Não deve ser assim.

— Vamos mudar de assunto?

— Do que quer falar? - sorri.

— Não quero falar nada, na verdade. Quero ficar de beijinhos! - riem. 

 

Permanecem na banheira um longo tempo, deitando-se na madrugada. Paula logo adormece, mas Vitor custa dormir, pensativo. Pela manhã ela acorda e não o encontra na cama. 

— Bom dia!

— Onde estava? - senta sonolenta.

m- Tomando um banho!

— Que horas foi dormir?

— Estou indo agora.

— Meu Deus! Por que não dormiu?

— Nada! - seca o cabelo.

— Vem deitar aqui… - coloca a mão na cama. Penteio seu cabelo!

— Certo! - vai até ela, deitando-se sobre seu colo.

— Você está bem? - pega o pente.

— Estou! - ri.

— Por que está rindo?

— Porque acho legal você estar preocupada se estou bem por conta do que houve ontem.

— É… Fico triste se você ficar chateado com isso. Também achei muito bonitinho você ficar preocupado com a nossa noite.

— Ao ponto de brochar!

— Aí Vítor! - riem.

— Essa palavra é deprimente né!? - ri.

— Um pouco! - ri.

— Estou bem…- se senta de frente para ela. Confia em mim! Só fiquei nervoso mesmo.

— Eu sei! - acaricia ele. Só que você nem dormiu direito.

— Sem sono como sempre, pequena!

— Jura?

— Juro! - sorri. E também estava pensando em alguns negócios que preciso fazer!

— Você já viaja daqui a pouco…

— Sim! Não posso esquecer de colocar mais um protetor.

— Eu já havia colocado dois ontem.

— Colocou? Achei que tinha só um lá.

— Não!

— Vem aqui…- se ajeita na cama, a chamando para seu colo. Vamos ficar juntinhos enquanto não viajo…- ela vai e ele a acaricia. Vou sentir muitas saudades! Fique bem… Aceite a ajuda da Lucy, da Diva com as crianças. Aceite a ajuda da minha mãe, da sua mãe com tudo. Não vá se sobrecarregar.

— Você vai ficar cinco dias longe…- acaricia o rosto dele.

— Vou! Vai ser dolorido para mim. - sorri.
— Para nós também! 

 

Se encaram por um tempo, perdidos naquele momento tão íntimo e aconchegante. Paula aproxima-se dele, beijando lentamente, sentindo as mãos dele, quentes, viajar pelo seu corpo. Não interrompe o beijo enquanto tenta se livrar da camisola. Ele segura suas mãos e a deita na cama, deslizando sobre o corpo ardente dela. Puxa a camisola até os pés, beijando-os enquantos as mãos já sobem. Retira a roupa íntima e acaricia-a como se não houvesse qualquer outro amanhã. Paula o procura até pousar seus lábios sobre os dele, entorpecidos de tesão e amor. 

Ela se recorda do acontecido da noite passada, e o segura. 

— Vítor… Espera…- olha para ele. Está tudo bem?

— Se…

— É…

— Subiu! - sorri.

— Seu palhaço! 

 

Riem, enrolando-se sobre a cama, fazendo dela mais um palco para os momentos mais fervorosos. Se beijam, se arranham, se reviram do avesso; indo e voltando de lugares inimagináveis. 

 

— Não sei se quero ir! - diz ofegante, entrelaçado ainda nela.

— Quer sim! - riem. Vou estar aqui quando voltar…- segura o braço dele sobre seu corpo.

— Eu te amo! - sussurra.

— Infinito?

— Ida e volta! - sorri. Quem será? - escuta o telefone tocar.

— Vamos ver! - pega. Sua mãe! - aceita a ligação. Oi sogra, tudo bem?

— Tudo! Só estou ligando para saber se os gêmeos já estão comendo doce? Eu esqueci de perguntar.

— Sei! - ri. Ainda não… Por que?

— Nada! Só isso mesmo. Está tudo bem?

m- Está sim! Você deu doce a eles, né!?

m- Foi só um…

m- Marisa! - ri. Está tudo bem… Só não dê mais. - riem.

— Certo! Estamos no shopping… Eles estão enlouquecidos.

— Que bom que estão contentes! Não deixem para vir muito tarde. Vitor já vai daqui a pouco, não quero ficar sozinha.

— Tudo bem!

m- Beijos… Se cuidem!

— Beijos!! - desligam.

m- Ela deu doces as crianças!?

— Deu! - olha para ele rindo.

m- Minha mãe não tem jeito!

— Ela fica com dó, não fique bravo.

— Sei! - se senta.

m- O que foi?

— Preciso levantar! - olha no relógio. O voo sai daqui a pouco...

— Elias vai te levar!

— Sim! - levanta.

— Que bundinha linda…- sorri.

— Paula! - riem.

— Vou separar sua roupa! - levanta-se.

m- Que bundinha linda!

m- Idiota! - riem. 

 

Se organizam e seguem para a sala principal carregando as bagagens. 

— Elias, bom dia! - vê o funcionário. Pode ir colocando no carro.

m- Bom dia! Farei isso.

— Diva? - chama.

— Oi! - vem até ele.

— Tem café pronto?

— Sim!

— Me serve no escritório!

— Tudo bem!

m- Eu vou preparar meu suco…- segue para a cozinha junto com Diva. 

 

Paula toma seu café na cozinha, junto das funcionárias, enquanto Vítor toma o seu no escritório organizando algumas coisas. Chega o momento de ir, se despede de todos e sai rumo ao aeroporto. Pouco tempo depois Dulce e Marisa chegam com os netos. 

— Bom dia! - sorri ao ver os filhos. Vem aqui! - se abaixa, abraçando Antônia. Você dormiu com a vovó, amor?

— Oi mããããeee!

m- Oi! - ri. Como foi dormir na vovó? - pergunta para Vitória.

— Foi bom! A gente foi nas lojonas.

— Lojonas!?

— No shopping! - responde Dulce rindo.

— Ah sim! - riem.

m- Cadê o papai? - procura.

m- Filha, vem aqui! Papai não está em casa. Ele foi viajar.

m- Sem levar a gente?

m- Sim…- se surpreende com a pergunta. Mas já ele volta, amor!

m- Tô de mal dele! - pega sua bolsa e vai para o quarto.

— Vitória! - a chama, mas ela não volta. Ah pronto… Mais essa agora!

— Deixa ela!

— Aprontaram muito no shopping?

— Vou te mandar as fotos! - ri. 



Passam o resto do dia com as crianças. Alguns dias depois Paula viaja para São Paulo, para gravar um programa com Mazzafera, deixando os filhos com a sogra, já que Dulce a acompanhou. 

— Pode sentar desse lado Paulinha… Acho que fica melhor na tela!

— Ok! - senta-se. Estou feliz de estar de volta! - ri.

— Eu também! - sorri. Vamos começar?

— Vamos sim! - se arruma. Estou bonita aí na câmera? - riem. 

 

Aguardam o “ok” da produção e começam. Entre um assunto e outro, entram em relacionamentos.

— Você lembra que há alguns anos atrás você veio aqui e comentou sobre seu marido ter sido seu primeiro grande amor? Fiquei besta quando vi vocês se casarem! - riem.

— É o poder da palavra! - riem. “Cê” acredita que volta e meia penso nisso? É de outro mundo essas coisas. Muita sintonia.

— Sim!

— Ele foi meu primeiro grande amor, na verdade o único, porque por mais que estivéssemos com outras pessoas, nunca nos desligamos… Até que chegou um momento em que nos permitimos viver algo mais profundo e deu no que deu! - ri.

— Já são 03 filhos… Duas meninas e um menininho, né!?

— Sim! Tem a Vitória, a Antônia e o Vítor que são gêmeos! - sorri. Meus filhotinhos lindos. Brincamos que são nossas melhores composições juntos! - ri.

— E é bom compor?

— Em qual sentido? - riem.

— Ah…

— Com ele é maravilhoso!

— Você já teve algum relacionamento em que na hora da composição não fosse…

— Ah já! - faz careta. Não rolava!

— Pelo menos não tem mais problema!

— Não! Graças a Deus! - ri. Somos muito bem resolvidos quanto a isso… Eu penso que quando a gente ama Matheus, é diferente. Você vive aquele momento único de uma forma muito mais intensa.

— Isso é…! Como é ser mãe de gêmeos? Acho tão legal alguém ter gêmeos! - ri. Eles são parecidos?

— É uma experiência única! - sorri. E eles não são parecidos, nem fisicamente, nem em personalidade… É como ter dois filhos em tempos diferentes! Antônia é calma, a gente chama ela de borboletinha… Toda delicada, toda quietinha. Já Vítor é pimenta! - ri. É mais ranzinza, arruma confusão com Vitória!

— Não acredito! - ri.

m- Pois é! Ele ama a Elsa, do filme da Frozen, e em casa quando compramos brinquedos, compramos para algo que dê para os três brincarem! E aí como Vitória também gosta, compramos a coleção de bonequinhos e eles vivem se estranhando porque um pega do outro…

— Com vocês não tem problema o menino brincar com boneca?

— De forma alguma! Não criamos nossos filhos com rótulos, dizendo que isso é de homem, isso é de mulher… Em casa não tem isso! Tudo pode ser de todo mundo. As meninas não deixam de ter as coisinhas delas cor de rosa, mas se Vítor quer uma roupa cor de rosa, ele tem! Não enquadramos nada nesse sentido, estamos criando seres humanos para serem livres e respeitar toda opinião!

— Isso é muito incrível, Paula! Fica uma lição para todo casal na criação dos filhos, aí! Agora vamos jogar eu nunca… Pega sua taça aí…

— Ai meu Deus! - ri.

— Já passou por alguma cirurgia?

m- Como assim!? Plástica?

— Acho que qualquer cirurgia, né?

— Ah sim! Já! - bebe. Cesárea não deixa de ser cirurgia! - ri. Mas também já passei por uma quando fiz a doação do meu rim…

m- Como assim? - se espanta.

m- É! - olha para ele. Doei meu rim para Vítor.

— Meu Deus!

m- Já passamos por muita coisa! - ri. Sequestro, acidente, transplante… Já perdemos nosso filho.

m- Você me contou… É uma dor imensurável, né!?

— Muito! Até hoje não consigo explicar o que sinto. Ouvir o coração do bebê, sentir ele mexer, planejar tudo e perder de uma hora para outra sem conseguir fazer nada… É uma dor que lateja. Mas a vida segue e me vi muito mais forte depois disso…

m- Com certeza!! Vamos para próxima?

— Vamos! - sorri.

m- Essas são picantes!

— Aí meu Deus! - ri.

— Sexo no carro…

— Claro! - bebe. Com meu marido ainda! - riem.

m- Adoro! - riem. Vale em qualquer lugar?

m- Ah… Acho que cada um tem seus desejos, suas vontades e tal… Mas enfim; no meu relacionamento vale! - ri. A gente não tem muito isso, não… Até porque não dá! São três crianças, não dá para escolher muito.

— Ser flagrado na hora H!

m- Eita! - bebe.

— Não creio! - ri. Foi pelos filhos!?

— Pior que não…- ri. Mãe, sogra, funcionária…

— Sogra? To passado! - ri.

— Ela vai me matar! - ri. Já fomos pela sogra… Bem na hora mesmo, sabe? - riem.

— Mas isso na época do namoro?

— Não! Já estávamos casados e enfim… Já falei demais! - ri. 

 

Algumas perguntas a mais e finalizam a entrevista. Paula sequer passa no hotel, indo direto para o aero, pousando em Uberlândia algumas horas depois. Já em casa, Vítor telefona. 

m- Oi amor! Como você está?

m- Pescando muito, mas morrendo de saudades!

— Nós também! - sorri. Está se divertindo?

— Muito! Estou amando.

— Que ótimo! Acertamos no presente.

m- Sim! Acertaram. - ri. Como estão as crianças? Vitória já me desculpou por não trazer vocês? - ri.

m- Já! - riem. Estão bem, acabaram de dormir. Você está bem mesmo?

m- Claro que estou, pequena! Por que não estaria?

m- Nada! E aquele probleminha?

— Qual?

m- O do… Você sabe!

— Paula, como vou saber se aqui não coloco nada para subir? Estou pescando e não transando com os peixes!

— Vítor! - riem. Eu me esqueci… Mas é que né…

— Não, não estou fazendo nada sozinho, não! Em casa a gente faz.

m- Aí que idiotice!! - riem.

— Da sua parte, ne!?

m- Sei!

— Vou desligar porque já vamos sair aqui…

— Se cuida, amor… Por favor! Passou o protetor?

— Passei sim!

— Certo! Coloca o salva vidas, enfim… Se cuida!

m- Estou me cuidando, Pulinha! Beijos, te amo.

— Beijos, de língua!

— Agora acho que vai subir!

— Ôh Vítor, deixa de ser besta!

— Tchau! - ri. 

 

Desliga o celular e vai desfazer as malas. 

 


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