12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 131
Capítulo 131




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UMA SEMANA DEPOIS

Ainda dormem enquanto Dulce e Vitor colocam as malas no carro.
Lucy chega a fazenda mais cedo para ficar com Vitória e Diva coloca o café na mesa para cometem antes de seguirem para o hospital.

— Vá acordar ela Vitor!
— Já irei! Está tudo aí?
— Sim! Já está tudo pronto.
— O bebê conforto do Vitor...- olha ao redor. Você pegou?
— Sim! Já coloquei no porta mala e o da Antônia está no banco de trás junto da mala da Paula.
Vou acordá-la. - entra em casa.

Ele vai até o quarto e não encontra Paula na cama.

— Paulinha? - fecha a porta. Paula? - vai ao banheiro.
— Oi! - pega o pincel. Não vou ter meus filhos feia...
— Você nunca é feia! - sorri. Não se atrase! Você interna as 9:30...- olha no relógio.
— Ok! Estou terminando...

Aguarda Paula se arrumar e a ajuda levar outras malas que faltam.

— Parece que ficarei uma vida inteira lá dentro!
— Não! Espero que em pouquíssimo tempo possamos retornar.

Sentam-se para tomar café todos juntos. Ao terminarem se despedem de Vitória, já em lágrimas. Seguem para o carro e partem rumo ao hospital. No caminho Vítor telefona para Carolina e confirma que estão chegando.

— Você será internada daqui a pouco e assim que terminarem de organizar a equipe farão a cesárea.
— Que Deus nos proteja! - acaricia a barriga.
— Vai dar tudo certo, meu amor! - segura a mão dela.


Algum tempo depois chegam ao hospital. Paula dá entrada no quarto com uma equipe de enfermeiros que a prepara. Dulce e Cíntia aguardam na sala de espera reservada enquanto Vítor acompanha a esposa.


— Bom dia! - entra. Como estão? Ansiosos? - riem.
— Muito!
— Imagino! Mas se acalmem que de agora em diante é só alegria...
— Eles ficarão bem? Parece tão cedo tirar eles daqui...
— Você está entrando no oitavo mês de gestação e um dos bebês já está na posição para nascer, eles sairão bem daqui! Confie. - sorri.
— Carolina, Paula será sedada? Como funciona?
— Não! Vamos anestesiar local para ela poder acompanhar os bebês.
— Ótimo! - segura a mão de Paula.
— Estão terminando de preparar a sala... Você comeu?
— Não!
— Anderson? - chama um enfermeiro. Prepare a Paula... Faça os exames, coloque a sonda... Daqui a pouco vamos para a sala de cirurgia.
— Certo!
— Anderson é meu enfermeiro de confiança, ele vai cuidar de você! Preciso falar algo com vocês, deixá-los preparados... É normal em partos gemelares que os bebês ao nascerem tenham que ficar alguns dias na UTI. Isso não é uma regra, é só uma hipótese, caso realmente precisem. Não se desesperem, pode ser que Antônia e Vítor não precisem, só vou poder dizer após o nascimento deles.
— Já havíamos lido sobre...
— Ótimo! Vou me preparar... Nos vemos em algumas horas! - sorri.

Carolina se retira e o enfermeiro, juntamente com outra equipe, finalizam a preparação de Paula. Vítor a entretém enquanto tiram sangue, colocam sonda, fazem limpeza e todos os outros procedimentos necessários. Duas horas se passam e ela começa ficar nervosa.

— Calma! É normal...
— Está demorando muito!
— Calma Paulinha! Você não pode se irritar!
— Minha mãe está lá fora?
— Sim... Quer que ela entre?
— Não! Está tudo bem. Estou preocupada com Vivi... Ela estava ficando gripadinha.
— Falei com Lucy! Ela está cuidando dela. Depois telefono para ela.

São interrompidos por Carolina que junto da equipe levam Paula para a sala de parto. Vítor veste a roupa apropriada e é levado por um enfermeiro até Paula.
Na sala se concentram.

— Estou aqui! - sorri. Jaja vai acabar, meu amor...- beija-a.
— Me mostre eles quando nascerem!
— Vão nos mostrar!

Carolina passa o sinal para começarem o parto. Vitor percebe e começa conversar com Paula sobre tudo para que ela não perceba.

— Quem será que vai nascer primeiro?
— Não sei! - ri. Acho que será Antônia!
— Por que?
— Porque Vítor sempre foi mais calmo...
— Hum...- riem.
— É tão estranho isso! Não sentir nada... Cante para mim? - olha para ele.
— Claro! - sorri. Qual quer ouvir?
— A que você fez ontem enquanto trabalhava... Eu ouvi!
— Hum... Sabidinha! - riem. Vamos lá...- se abaixa para ficar mais próximo dela. E então, você solta aquele sorriso seu... e se desperta para...


Vítor é interrompido por um choro que ativa todos os seus sentidos. Paula abre os olhos e se emociona.

— Nasceu! Cadê ele amor?
— Calma! - sorri secando as lágrimas.
— Papai... Vem pegar um...- riem.
— Ôh meu bebê...- pega no colo. Como você é lindo, meu filho! - se emociona.
— Vitor! - chora.
— Aqui... - leva até ela. Ele nasceu primeiro! - sorriem.

Outro choro os interrompe e Paula ri, chorando mais ainda. Um enfermeiro se aproxima com Antônia nos braços e mostra a filha para eles.

— Minha princesinha! - Vitor a acaricia.
— Precisamos levá-los papais! - pega o bebê do colo de Vítor. Logo o traremos de volta!

Saem com os gêmeos e eles ficam na sala enquanto a equipe ainda termina a cesárea de Paula.

— São lindos! - chora.
— São! - a acaricia.
— Vivi vai ficar tão feliz que os nenéns nasceram! - riem.

Conversam até encerrarem os cortes e a limparem, levando em seguida para o quarto. Ricardo acompanha Paula e Vítor segue para o berçário saber se os filhos estão bem ou precisarão de UTI.

— Carolina...- entra.
— Papai veio lamber vocês! - avalia a bebê.
— Sim! - riem. Eles estão bem? - se aproxima.
— Estão sim! - sorri. Não precisarão de UTI... Mas teve gente que se alimentou mais que o outro dentro da barriga. - ri. Vítor é mais gordinho, nasceu com 2,980kg e Antônia 2,960kg... Vou levá-los para comer!
— Certo!
— Quer levar até a vidraça para os familiares verem? Porque chegou mais e está todo mundo esperando! - riem.
— Sim! - sorri.
— Pegue seu chará! - entrega. Vem princesa...- pega Antônia. Vamos lá! - saem.

Levam os gêmeos até o vidro do berçário onde já estão Leo, Dulce, Marisa, Cíntia e Tatianna aguardando. Vítor mostra o bebê e Carolina mostra Antônia.

— São lindos! - chora.
— Muito, muito! - sorri.
— Ê Vitor, agora é que não dorme! - riem.
— Como Paula está?
— Está no quarto! Vamos levar os gêmeos para mamarem...
— Entraremos depois para visitar...
— Ok!

Vítor e Carolina chegam com os bebês no quarto em que Paula está.

— Mamãe está acordada! - sorri.
— Muito acordada! Quero ver meus pequenos...
— Vitor...- entrega para ela o filho.
— E Antônia... Tem como pegar? - ri.
— Sim! Coloca aqui do outro lado...- Carolina a ajuda.
— Meu Deus...- os observa. São tão lindos! - se emociona. Eles estão bem?
— Sim! Não precisaram de UTI... Só querem comer mesmo! - ri.
— Ah sim...- sorri. Ajuda aqui amor...
— Vitor é mais gordinho, Pulinha!
— Sério? - ri.
— Nasceu com 2980kg e Antônia com 2960kg! - pega o bebê.
— Agora funciona assim... Vamos ver se você terá leite para sustentar os dois! Caso não tenha sempre que eles forem mamar você vai precisar de ajuda... Você vai amamentar um e quando acabar vai dar o suplemento.
— Certo...
— Coloque um para mamar...- a observa. Isso! - a ajuda ajeitar a bebê.
— E se não der o leite de Paula?
— Já temos um suplemento aqui... Iremos dar! Mas precisamos insistir no peito...
— Ela não está querendo...- se preocupa.
— Quer sim! Insista... Encaixe ela assim...- coloca a bebê na posição certa.

Carolina auxilia Paula a amamentar os dois bebês que precisarão do complemento. A família vai entrando aos poucos e se encantam pelos mais novos bebês. Na noite Paula fica sozinha com Vítor e as crianças.

— Parecem tão pequenos, né!? - chega perto deles.
— São sim! - sorri. Mas são lindos! - ri emocionado.
— Você está chorando! - acaricia o rosto dele.
— Paula, você não pode ficar andando assim... Ouviu o que Carolina disse.
— Eu sei... Mas estou bem! Você está cansado...
— Estou ótimo e vou cuidar de vocês!
— Amor, Vitoria poderia vir aqui vê-los?
— Falei com sua mãe para trazê-la... Talvez amanhã ela venha ver os nenéns! - riem. Lembro que falei sobre não termos mais filhos, mas quando vivi isso de novo a vontade é de ter mais e mais...
— Eita! - riem.
— Mas vamos parar por aqui mesmo, né!? - a abraça rindo.
— Quem sabe...? - sorri.
— Você está bem? - a acaricia.
— Estou! - respira fundo. Muitas sensações já foram embora de mim... Ver meus filhos bem mudou muita coisa dentro de mim.
— E vai mudar ainda mais! Aliás, você merece uma mudança externa que represente sua mudança constante movida por sua força interior.
— Meu poetinha lindo...- sorri e ele ri.

Vítor se aproxima dela, a beijando calmamente sem interrupções, como já muito tempo atrás não acontecia.

— Faz tanto tempo que não nos beijamos assim... Que não sinto seu cheiro, seu toque em mim! - olha para ele. Tanto, tanto tempo... Desde que tudo começou, que as coisas...
— Xiu...- coloca o dedo na boca dela. Estamos bem e temos o resto da vida para viver tudo.
— Mas não estou mentindo... Esse tipo de doença tira a gente do eixo - volta para a cama - me perdi no meu papel de mãe, de filha, de profissional, de esposa...
— Você estava vivendo um momento difícil! - a ajuda.
— E você viveu junto... Se doeu junto, porque também foi privado de muita coisa.
— Não me senti privado de nada... A gente acaba meio que enlouquecendo por ver você daquele jeito e nem consegue pensar em mais nada.
— Bom... De qualquer forma, recuperaremos o tempo perdido!
— Sim! - riem. Que horas vão mamar novamente?
— Vamos ver se acordam, se não acordarem devemos acordá-los para mamar daqui a pouco.
— Certo! Pode descansar que vou resolver algumas coisas pelo celular...
— Estou com dor de cabeça!
— Eles deixaram o remédio aqui. - pega. Tome um! - entrega para ela.
— Disseram que eu sentiria bastante dor de cabeça!
— Sim... Mas em uma semana todos os sintomas passam.

Conversam mais um pouco e ela adormece. Vítor telefona para o Leo e resolvem algumas coisas a respeito do disco. Na madrugada Antônia acorda primeiro e choraminga. Ele a pega no colo e acalma.


— Xiu...- segura a mãozinha dela. Você é linda! - sorri. Parece tanto sua mamãe...- a cheira. Está com fome, né filha? Pulinha...- se aproxima dela. Pulinha?
— Oi! - acorda.
— Antônia acordou... Acho que quer mamar!
— Ah sim... - pega a bebê. Já faz o suplemento amor...
— Vou fazer!
— E Vitor? - olha para o bebê dormindo. Não vai querer mamar? - se preocupa.
— Ele dormiu depois... Deve acordar mais tarde!
— Pois é...- ri. Filhinha...- a coloca no peito. Mama meu amor...- insiste. Ela demora tanto para sugar...
— É normal...
— Meus seios estão doendo para caramba!
— Será que é leite?
— Sim... Estou com muito leite, mas mesmo assim não é suficiente para os dois!
— Vamos levando com o suplemento por enquanto...- prepara.
— Isso filha... Só mais um pouquinho!
— Está sugando?
— Sim! Aiaiai...- reclama de dor.
— O que foi?
— Dói...
— Se doer muito, começamos a dar só o suplemento!
— Não! Preciso insistir...

Amamentam Antônia e quinze minutos depois Vítor acorda querendo comer também. No dia seguinte recebem mais visitas e Dulce se oferece para ficar com Paula para que Vítor possa ir um pouco para casa pois Vitória estava muito resfriada e queria os pais. Os bebês fazem todos os exames necessários e em quatro dias, após atingirem maior peso, são liberados do hospital. Em casa Diva e Sol os recepciona com Vitória, ansiosa para ver os irmãos.

— Minha pequena! - sorri ao vê-la. Oi filha! - emociona-se. Vem aqui...- senta-se para abraçar Vitória.
— Mamãe, cadê os nenens?
— Estão ali! - ri. Você quer ver eles? - beija a filha.
— Sim!
— Aqui, filha...- Vítor se abaixa com os dois no colo.
— Papai, é dois nenéns? - mostra dois nos dedos.
— Sim! - todos riem. São dois irmãozinhos!

Vitória acaricia os bebês e acompanha os pais os levarem para o quarto.

— Por enquanto vão dormirem com a mamãe e o papai! - coloca Vítor no berço.
— Sim! - coloca Antônia.
— Vitor... E sua mãe? Não vir?
— Vai...- cobre a bebê.
— Onde vou mimir? - olha para eles.
— Ôh meu amor...- a pega no colo. Você já está dormindo no seu quartinho...
— Mas é eu que durmo ali! - aponta para o berço.
— Sim... Mas agora seu irmãozinho vai dormir ali também, ok?
— Não! - desce do colo dele. Tira ele papai! - aponta.
— Filha, vem aqui com a mamãe! - a chama.
— Não! - sai do quarto brava.
— Vitor...- olha para ele. Pensei que ela ficaria tão feliz pelos irmãos!
— Pulinha, não faz nem um hora que estamos com eles aqui! Calma... Ela vai se acostumar.
— Não sei...- se preocupa. Vou ficar um pouquinho com ela!
— Não se esforce!
— Sim! - vai atrás da filha. Vitória? Filha...- entra no quarto dela e não a encontra. Vitória? - a vê na sala com a avó. O que está fazendo? - sorri. Deixa a mamãe ler para você, vem aqui! - senta-se pegando um dos livros dela sobre a mesa.
— E os bebês?
— Dormindo! Vitor está com eles...
— Precisamos anunciar que eles nasceram Paula!
— Deixa Vítor fazer isso... Nem vou comentar nada!
— A psicóloga chega amanhã de viagem! Ficou muito preocupada por não ter conseguido acompanhar o parto como deveria...
— Ocorreu tudo bem, deveria ter acalmado ela! Vivi...- senta-a em seu colo. Quer ler esse? - aponta. Então vamos ler...

Paula lê para a filha que logo quer que a mãe vá com ela para o quarto. Ao chegarem Vítor já tomou banho e fica com a bebê para que Paula faça o mesmo. Ao terminar senta-se com ela na cama, colocando a mesma meia que ela.

— Estamos combinandinhas! - riem. Deita aqui com a mamãe!
— Eles não vão acordar?
— Sim filha... Daqui a pouco para mamarem!
— E eu?
— Você também vai mamar sua Toti!
— Eles também têm toti?
— Não! - ri. Eles mamam na mamãe...
— Eu também quero!
— Você já é uma mocinha! - a abraça. Eles são bem pequenininhos...
— Vou deixar os suplementos prontos...
— Pode ser... Logo acordam!
— Sim! - sai para preparar.


Na cozinha Cíntia organiza flores que Paula recebeu pelo nascimento das crianças.

— Quem mandou?
— Sua mãe, os escritórios, as empresas de imóveis que vocês têm e as empresas do Leo!
— Entendi! - olha as flores.
— Vítor, quando você vai anunciar que nasceram....
— Faço isso depois.
— Certo...

Prepara os suplementos e leva ao quarto. Vítor acorda primeiro e o pai o leva para Paula amamentar.

— Vem ver seu irmãozinho Vivi...- sorri.
— O Vitu? Igual do papai? - sobe na cama.
— Sim! - riem. Devagar, amor...- segura a mãozinha dela. Lindo né!?
Sim! - sorri.

Paula amamenta o filho com Vitória cantarolando para ele. Antônia acorda algum tempo depois e ela a amamenta também. As funcionárias os visitam aos poucos no quarto deles. Marisa chega na fazenda e ajuda a nora nos cuidados com os bebês enquanto Vitor trabalha no escritório.


— Oi...
— Xiu...- balança o bebê no colo. Ele está com cólica! - sussurra. Pegue Antônia para sua mãe poder tomar banho!
— Certo!


Vítor busca a filha no quarto que está sendo arrumado por Cíntia e Dulce enquanto Marisa segura a neta e conversa com Vitória.

— Vou pegar Antônia para você poder tomar banho! - pega a filha.
— Precisa dar banho na Vitória!
— Daqui a pouco eu dou...
— Ok!

Retorna a sala e senta-se na poltrona observando Paula conversar com o filho. A fotógrafa e decide anunciar o nascimento dos filhos.

 

 

 

 

Vitor Fernandes Zapalá, chegou, iluminando com seu semblante angelical toda nossa vida minutos antes que sua tão amada irmã Antônia Fernandes Zapalá, há quatro dias! Já em casa, nossa família vive momentos felizes e de muito aprendizado! Obrigada a todas as orações e energias positivas, agradecemos de todo nosso coração, agora único e completo... ❤️❤️ (foto: Vítor Chaves, minutos antes de nosso renascimento)

 


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