12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 127
Capitulo 127


Notas iniciais do capítulo

Tem duas imagens!!



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Vitor acorda na madrugada. Se levanta e vai para a varanda com uns charutos. Enquanto fuma vasculha sua galeria e resolve publicar uma foto do dia anterior.


REC ♥️

Antes mesmo que desligue o celular vê Paula curtir e comentar.

@paulafernandes:

Ri dela e resolve responder.

@victorchaves: Te esperando! @paulafernandes ♥️

Vai para o WHATS e visualiza ela digitando.

WHATS ON

— Que homão, hein!? Estou bem servida!
— KKKKKKKKKKKK
— O que está fazendo acordado? Kkkk
— Estou na varanda, apreciando meus charutos!
— Hummm
— Está chegando?
— Quase! Falta pouquinho... Elias está nos levando.
— Sim, falei com ele para te pegar aí.
— Não precisava ter anunciado a gravidez...
— Não vamos falar disso!
— Tudo bem... Vamos falar de que?
— Que estou acordado... Te esperando!
— Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
— Uai kkkkkkk
— Já entendi querido! Mas vá tirando suas coisinhas da chuva... Estou cansada!
— Você que sabe!
— Sei sim! Seus filhos estão me esgotando toda e qualquer energia.
— Agora são só meus!?
— Não kkk adorei fazer com você...
— Estou com saudade...
— Vitor, deixa de ser safado! Kkkkk
— Viu o look de Vitória?
— Vi sim! Amei kkkk escolheu com ela?
— Sim! Sequei o cabelo dela e tudo...
— Isso que é um pai prendado! Kkkkkk


Conversam ainda por um bom tempo até ela adentrar a fazenda. Entra em casa e ele está a aguardando na sala.


— Oi! - sorri.
— Olá moças bonitas...- se aproxima.
— Tudo bem? - o abraça.
— Tudo! - beija-a.
— Vou me deitar...- pega sua mala.. Boa noite! - segue para o quarto.
— Boa noite Cíntia!
— Pega minha mala e vamos para o quarto... Quero descansar.
— Vamos!

Vitor coloca a mala dela no closet enquanto ela segue para o banho.

— Vocês estão lindos! - senta sobre o balcão do banheiro.
— Agradecemos! - prende o cabelo. O que fez ontem depois que sai?
— Fui na minha mãe... Jantamos lá e retornamos para cá!
— Como ela está?
— Bem! Mandou um beijo para você...
— Coloca no quente aqui... Tenho medo de mudar isso aqui! Você sempre tira e esquece de voltar.
— Esqueci mesmo! - muda para ela. Pronto! - retorna onde estava. Paula... Você já pensou nos nomes?
— Não...- mente. Você já?
— Já...
— Sério? Então diga...
— Bom... Pensei que a menina poderia ser Antônia.
— Antônia? - pensa. É... Não é um nome feio e representa muito para você.
— Sim... Sempre quis que um dos meus filhos tivessem o nome do meu avô, mas Leo fez antes.
— Sim! - ri. Então o menino eu escolho?
— Sim... Pode escolher, mas queria te pedir uma coisa...
— Que não se chame Joaquim...
— É... Não acho que seja bom para gente.
— Compreendo!
— Como foi o show?
— Excelente! Gostei bastante...
— Que bom...- a observa. Já podemos tirar algumas fotos da sua barriga.
— Você acha? - se olha. Está grandinha mesmo... Na gravidez da Vitória nem tirei tantas fotos!
— Dessa vez vamos tirar... Fique despreocupada! - desce da bancada.
— Onde vai!?
— Colocar Vitória no berço dela para nos deitarmos!
— Certo!


Vitor pega a filha de sua cama e leva para o quarto dela. Cobre a filha e prepara o quarto para que ela durma. Retorna ao seu e Paula está no closet penteando o cabelo.

— Vamos tentar fazer uma foto!
— Como? - ri.
— Termina de arrumar seu cabelo...
— Tudo bem...- se penteia e o vê pegar um lençol.
— Para que isso!? - ri.
— Calma que você saberá! - fecha as portas dos armários do closet. Vem aqui...- ela vai até ele. Retira o roupão...
— Pronto! - tira.
— Coloca esse lençol...- coloca nela.
— Vitor, estou nua... Você só vai por isso aqui para me cobrir? - ri.
— Não vai aparecer nada!

Ele a arruma como quer e pega sua máquina em seu closet. Vai falando as poses para ela e a fotografa.

— Me mostra! - vai até ele animada.
— Aqui! - mostra.
— Vitor do céu! - pega a máquina. Nem parece que fizemos essa foto aqui! Olha essa! - fica surpresa. Que incrível! - sorri para ele. Amei, amor! Você é meu fotógrafo predileto! - o beija.
— Vou mandar para você! - a acaricia.
— Mande, já quero postar essa!


Vitor envia para o celular deles. Abre no seu e edita a foto, reenviando para ela novamente.

— Pulinha, te mandei...- para na porta do closet.
— Vou postar depois! - se levanta.
— Venha dormir! - estende a mão para ela.

Paula segura na mão dele, se aproximando. Desliza as mãos sobre o peito dele, puxando a camiseta para cima.

— Também estou saudades! - riem enquanto beijam-se.
— Vamos matar! - a coloca no colo, encostando na parede.
— Vitor, não! - segura a cabeça dele. Precisamos ter cuidado com isso... É melhor irmos para cama!
— Certo! - a leva para cama, deitando-a. Nem parece a gente...- a observa.
— Mas somos! - ri. Não dá para ficar mais se jogando em parede, em mesa, no chão... Ao menos não por um tempinho...
— Não me importo! - sorri. Isso me faz retornar aos velhos tempos...- desliza sobre o corpo dela.
— Com calma...- fecha os olhos.

Relembram os primeiros tempos de namoro. A sensibilidade, sutileza comandando a ardência de dois corpos que gritam para serem um. Inundam a madrugada, incendiando com sussurros apertos, gemidos travados em um espaço pequeno.

— Tudo bem ser o nome que escolhi? Podemos escolher outro sem problemas, não vou me chatear.
— Não! Adorei o nome... Gostei da sonoridade dele.
— Sabe o que significa?
— Não! - olha para ele.
— Valiosa, de valor inestimável, sem preço.
— E assim é realmente nossa baby...- sorri. Durante a viagem estive pensando em tudo... Ainda não consigo acreditar nessa vida, em tudo que estamos vivendo desde o segundo que decidimos tentar de novo. Juro que nunca imaginei que seria assim!
— E isso é ruim?
— Não, pelo contrário! Superou tudo que eu pudesse planejar para nós dois!
— Exatamente porque não se pode planejar nada... As coisas acontecem, no seu tempo, naturalmente!
— Sim...
— Descanse...- a puxa sobre seus braços. Vitória está com saudades de você e não vai te deixar sossegada.
— Sim! - ri. Boa noite! - beija-o.


Acordam pela manhã com Vitória brincando com Diva na cozinha.

— Vitória! - a chama. Bom dia!
— Mamãe...- corre até Paula.
— Oi! - a pega, abraçando-a. Que saudade! - a aperta. Do que você está brincando, meu amor?
— De corre, corre!
— Eita! De corre, corre com a Diva...- riem.
— Cuidado com a Diva, filha... Ela pode cair! Esta idosa já...- senta-se.
— Vai cagar Vitor!
— Bom dia! Paulinha, Marisa telefonou que queria que você mandasse Vitória para ir com ela em um casamento agora à tarde e depois já voltam...
— Casamento de quem? Ela falou?
— Sobrinho da Silvia... É algo simples, na chácara da família.
— Hum...
— Vitor quem decide... Se Vitória quiser ir...
— Por mim tudo bem... Inclusive enviarei um presente a eles, Silvia, Rosalina e Paula são umas queridas! Será um prazer que Vitória vá...
— Então tudo bem... Pode pedir para ela vir buscar Vitória então...


Paula aproveita a manhã com a filha. Pela tarde Marisa chega na Fazenda, a ajuda arrumar a neta.

— Ainda bem que tem esse sapato branco aqui! - se abaixa e pega. Coloca nela Marisa! - entrega para a sogra. Aí...- se apoia no armário para levantar.
— Paula! Você não devia estar fazendo isso.
— Estou bem! É que ás vezes dói um pouquinho.
— Vem...- ajuda ela a se levantar.
— Mamãe tá dodói? - Vitória chega perto.
— Não, amor! - riem. Mamãe só está carregando seus irmãos!
— Vem aqui Vivi...- a puxa. Vamos colocar os sapatos! - coloca na neta.
— Todos irão de branco?
— Sim, todos! Não entendi muito, né!? Mas...
— Boas energias! - riem.
— Só pode!
— Se tivesse falado mais cedo eu teria comprado outro vestido para Vitória... Esse aí é um antigo...
— Mas está lindo! É um casamento simples...
— Quer que Elias leve vocês?
— Não! Imagina... Vou dirigindo mesmo e a trago assim que acabar. José também vai comigo!
— E António e Mateus?
— Ah... Estão crescidos, não querem saber mais!
— Entendi! - riem.
— Vamos Vitória?
— Sim! - sorri.
— A bolsa dela...- entrega para a sogra.

Paula as leva até a saída e se despede da filha. Retorna para dentro de casa e Diva a chama para tomar café.

— Sua mãe não virá?
— Não... Disse que precisa resolver algumas coisas no apartamento dela.
— Entendi!
— Cadê Vitor?
— No escritório!
— Vou chamar ele então...

Diva vai até o escritório e o encontra concentrado.

— Estou servindo o café!
— Já irei! Vitória já foi?
— Já sim!
— Ok! - vai até a cozinha acompanhando Diva.
— Vi... Queria falar com você! - deposita a xícara sobre a mesa.
— Sobre o que? - senta-se.
— Para ligar para o seu amigo arquiteto para fazermos os quartos...
— Ah sim! Ligo depois, amor...- coloca café em uma xícara. Estive pensando em uma coisa...- fecha a garrafa.
— No que?
— Vamos fazer um chá de bebê? Não precisa ser exatamente um chá de bebê... Pode ser uma comemoração. Reunimos as famílias em um dia bonito para comemorarmos os bebês, a Vitória que não teve nada disso.
— Acho uma ideia ótima! - sorri animada. Mas precisa ser logo... Porque se minha barriga crescer não vou aguentar ficar em pé.

Conversam sobre os preparativos da festa e as ideias do quarto dos bebês. Cíntia se junta a eles e decidem já a data e os convidados. Vitor retorna ao que estava fazendo e Paula vai desfazer as malas.

— Nossa! - coloca a mão na barriga.
— O que foi? - dobra uma camiseta dela.
— Senti uma pontada! - senta-se.
— Como assim Paula? - se preocupa.
— Não sei! Está doendo...- olha para a prima. Cíntia chama o Vítor, por favor!
— Já volto, grita se começar a doer mais! - sai correndo até o escritório. Vitor! - abre a porta e ele está no telefone. Desculpa! Mas é urgente. Paula está sentindo dor...
— O que!? - tira o celular do ouvido se levantando. Ela está no quarto? - vai correndo. Pulinha!? - entra com pressa.
— Aqui!
— O que está havendo? - se aproxima dela aflito.
— Está doendo, Vitor! - começa chorar. Pelo amor de Deus, a gente não pode perder nossos filhos de novo!
— Calma! Não pensa isso, não vai acontecer nada. Cíntia, vá pedir para Elias preparar o carro agora.
— Farei isso! - sai desesperada.
— Você consegue se levantar?
— Não! - olha para ele em lágrimas.
— Vou te pegar no colo e vamos para o hospital, não será nada grave! Tente não se exaltar...

Vitor guarda seu celular no bolso e buscando se controlar se aproxima dela, a pegando no colo. Paula reclama de dor, mas segura-se firme nele que caminha para saída da fazenda. Elias já os aguardava com o carro. Ajuda Vitor com Paula e seguem direto para a clínica de Ricardo.

— Não será nada, não é? - olha para o marido.
— Não será, amor! Você é pequena, são dois bebês... Seu corpo está mudando de novo, provavelmente será isso! - a acaricia. Fique calma!
— Tive dores na gravidez da Vitória...
— Sim! E ela está aí firme e forte.

Ela aperta a mão dele e alguns minutos depois chegam a clinica. Vitor desce ela do carro, levando-a no colo até a recepção. Carolina os vê e corre em direção a eles.

— Aconteceu alguma coisa? - pega o aparelho de pressão e coloca em Paula.
— Uma dor muito forte, igual cólica...
— Em que local da barriga Paula?
— Aqui! - coloca a mão.
— Vitor a ajude vir até meu consultório!

Ele leva-a até a sala de Carolina.

— Pode deitar aqui! - puxa a maca.
— Vou deitar Pulinha. - a avisa para se segurar. Tudo bem? - a coloca. Pronto...
— Ainda dói Paula?
— Muito!
— Sua pressão está um pouco alta, provavelmente do susto.
— Carolina, não vou perder meus filhos, né?
— Se acalme querida... Isso não está acontecendo! Vou te examinar e vamos confirmar o motivo da dor. Não houve sangramento?
— Não!
— Ótimo! Licença...- levanta o vestido dela.

A obstetra a exima e em seguida leva para a ultrassom.

— Eles estão bem! - liga o aparelho. O coração está forte! - sorri.
— Graças a Deus! - respira aliviada.
— E o que é essa dor?
— Hormonal! O corpo está se adaptando a uma nova gravidez, o útero está expandindo cada vez mais. Mas sempre que sentir algo venha a clinica... Ainda dói?
— Um pouco!
— Vou aplicar um remédio...- sai para buscar.
— Está tudo bem!
— Sim! Graças a Deus...- aperta a mão dele.
— Já vamos embora! - beija a mão dela.

Carolina chega e aplica a medicação em Paula. Aguardam Ainda algum tempo no hospital em observação e depois retornam para casa.

— Quer sentar aqui?
— Sim!


Vitor a ajuda se sentar no sofá. Diva se aproxima nervosa.

— Está tudo bem! - a acalma. São dores hormonais!
— Graças a Deus! - ergue as mãos para o céu.
— Prepare um chá para ela Diva... Vou buscar nossos travesseiros que são mais confortáveis. - sai.


Diva segue para a cozinha preparar o chá e Cíntia senta-se com Paula.

— Está tudo bem mesmo?
— Sim! - sorri. Já passou um pouco da dor, estou melhor.... Levei um susto!
— Sim! Mas estamos aqui... Firmes e fortes! - coloca a mão na barriga dela.
— Saber que eles estão bem me conforta!
— Aqui! - chega na sala com os travesseiros.

Vitor aconchega ela nos travesseiros.

— Amor, eu queria algumas bolachinhas...- olha para ele.
— Você vai comer novamente?
— Por favor...
— Pulinha, cuidado!
— Vitor... São só umas bolachinhas!
— Você quem sabe...

Ele busca as bolachas para ela e o chá que Diva preparou.

— Vitória está demorando chegar, né!?
— Um pouco! Liga para sua mãe para saber se está tudo bem... José também ia!
— Meu Deus! Mamãe é maluca...- pega o telefone e disca. Mãe? Tudo bem!?
— Já está atrás da sua cria?
— Exato! - riem. Como ela está?
— Brincando! Se você souber o quanto essa menina já aprontou... Mais do que José!
— Posso imaginar! - olha para Paula.
— Vou mandar algumas fotos depois.
— Por favor, não quero fotos dela em perfis...
— Vitor, deixa de babaquice! Estamos todos aqui em família...
— Enfim... Não demore trazê-la para casa já está anoitecendo!
— E ela está com estranhos né!? Que dó...- ironiza.
— Mãe...
— Ela está se divertindo! Vamos após o jantar. Beijos! - desliga.
— Por isso muitas vezes não concordo que Vitória saia de casa...- coloca o telefone no gancho.
— O que houve?
— Minha mãe pensa que Vitória é filha dela!
— Vitor.... Deixe de coisa.
— Estou falando sério!
— Ela está bem?
— Diz minha mãe que está se divertindo! - senta-se. Mas já deveria estar em casa! - olha no relógio.
— Você não vai controlar...
— Enquanto eu for vivo eu irei sim! - a interrompe. Sou o pai dela e irei mantê-la pelo resto da vida.
— Vitor, que coisa... Que coisa mais horrível que você acabou de dizer! Seus filhos vão te amar ao saber que você pensa que só porque os sustenta tem a vida deles na mão!
— Eu não disse isso!
— E você não os sustenta sozinho! Eu sou a MÃE deles, trabalho, tenho meu próprio dinheiro e a partir de hoje você não compra um grão de arroz para eles! - tenta se levantar.
— Paula! Por favor... Não foi isso que eu quis dizer. - se levanta indo até ela. Pare, por favor, você não pode se levantar assim!
— Sai! - o empurra. Você está sendo um retrógrado em falar isso. Não vou criar essas crianças para ouvirem esse tipo de coisa da pessoa que eu pensei que era tão sensível para ser pai delas.
— Pelo amor de Deus! - a encara. Me expressei mal, me perdoe... Paula, você sabe o quanto fico preocupado com Vitória fora de casa! Ela não é filha de estranhos. Sequestrar uma criança como Vitória é como ganhar na Mega-Sena.
— Ninguém irá sequestrar nossa filha!
— Não sabemos! Nesse mundo não confiamos em ninguém. Só quero que ela esteja em casa e esteja bem! - a senta novamente.
— Ela está com sua mãe...
— E minha mãe muitas vezes esquece os limites. - senta-se ao lado dela. Paula, Vitória é nossa filha. Já somos uma família desde o momento em que decidimos tentar de novo. Não existe minha mãe ou sua mãe querer ter certo domínio sobre nossos filhos. Não estaremos em casa sempre, mas eles precisam saber que é a nós que devem obediência. Você sempre foi e é dependente demais da sua mãe, da Cíntia... Mas agora é uma mulher, tem três filhos e precisa saber encarar as coisas. Não é porque é nossa mãe que pode fazer o que bem entender!
— Ás vezes me acho infantil demais para você!
— Ás vezes você é infantil demais para mim! - se levanta e vai para a cozinha.
— Bom...- engole seco. Eu vou... Acho que vou tomar um ar! Quer algo?
— Sumir!
— Qualquer coisa me chama! - Cíntia sai.


Paula pega o celular e vê um e-mail que chegou de uma campanha de alimentação infantil. Marca como importante para ler depois e busca pela foto que Vitor tirou.


My sweet twins pelos olhos do papai... (sim, Vitor quem tirou e editou) - Nem sei como descrever esse momento. Meus amados e tão desejados bebês estão bem, crescendo fortes dentro de mim. Carregar três corações é uma dádiva que não cabe em palavras! É incrível como tudo muda, por dentro e por fora. Obrigada pelas orações, pela torcida, pelas boas vibrações para meus pequenos tão amados. Aqui tem um mamãe mega feliz que ama suas crias #amados #familiacrescendo #felicidadedefine #myboy #mygirls #meusfilhotes ❤️❤️

Publica a mensagem e telefona para Dulce, contando sobre o que ocorreu mais cedo.


— Por que não me ligou? Meu Deus! Teria ido no hospital.
— Não foi nada grave!
— Mesmo assim! Deveria ter me avisado. Onde estava Vitor?
— Comigo, mãe!
— Por isso não me avisou! Ele me quer longe de vocês.
— Mãe que besteira é essa!? Ainda assim!? Por favor.
— Mas é o que ele quer... Sei que não ficou nada feliz quando você contou sobre eu ir morar com vocês.
— Quem falou isso para senhora? Mãe, ele só não quer perder a autonomia e a privacidade, como acredita que a senhora também não merece perder isso. Não é simples...
— Não vou discutir!
— Queria tanto que vocês parassem com isso! Havia um tempo que eram tão unidos. E agora esse tipo de coisa... Isso me destrói mãe.
— Não fique assim filha... Eu e Vitor nos gostamos muito... É que eu não quero admitir que você deixou de ser uma menina que precisa da minha ajuda. Ele só quer cortar esse cordão umbilical e eu acho ruim... Mas ele não está errado! - admite. Quer que eu vá para sua casa amanhã?
— Sim... Por favor!
— Cade Vitória?
— Está em uma festa com Marisa.
— E ele deixou?
— Deixou, mas pelo visto se arrependeu. Pediu para ela trazer Vitória e ela disse que não trará agora. Está furioso! Já brigou comigo, me chamou de infantil...
— Se fosse comigo...
— Mãe!
— Desculpa! Não podia perder a oportunidade. - ri.
— Não acho graça!
— Desculpa! Que coisa! Você também está... Não se pode falar nada.
— Claro, estou grávida! Nervosa, irritada com tudo isso.
— Sei.... Gravidez não é desculpa!
— Aí mãe...- se irrita. Tenho que desligar! Beijos...- desliga. Onde vai? - vê Vitor passando.
— Buscar Vitória!
— Vitor! - o chama. VITOR!
— O que é? - volta.
— Não faça isso! Deixe sua mãe trazer ela...
— Vou buscar Vitória na casa da minha mãe...- sai.
— Vitor...- respira fundo.

Disca para Marisa que logo atende.

— Você está em casa?
— Sim! Vitor vem buscar Vivi. Achei melhor não dirigir à noite.
— Pensei que ele estivesse dando ataque!
— Imagino! - ri. Vou ouvir quando ele chegar aqui... Não a levei quando ele pediu.
— Marisa não se preocupe... Vitor está nervoso nos últimos tempos, preocupado ao extremo com Vitória.
— Sim... Mas é normal!
— Não sei se é! E não sei até onde vou suportar isso.
— Paulinha... Tenha calma, ignore as coisas que ele diz. Pense nos seus filhos.
— É o que irei fazer! O que Vivi está fazendo?
— Comendo! - riem. Tiraram fotos tão lindas... Te envio por WhatsApp.
— Ok!
— Você está bem? Vitor me contou do hospital...
— Pois é, mas foi só um susto! Já estou bem, graças a Deus!
— Que bom querida!
— Vou tomar um banho... Mais tarde nos falamos.
— Tudo bem! Descanse... Jaja sua cria chega aí.
— Certo! - riem. Beijos! - desliga. CÍNTIA? - a chama.
— Oi...- vem até ela.
— Me ajuda a ir para o quarto, quero tomar um banho!
— Vamos...- a ajuda.

Cíntia auxilia Paula no banho, para que ela não faça muito esforço. Algumas horas depois Vitória chega com o pai e uma bolsinha nas mãos.

— Oi amor! - sorri. O que é isso filha? Coloca ela no meu colo Cíntia...
— Vem! - pega ela e coloca no colo de Paula.
— Doce! - abre a bolsa e entrega para a mãe.
— Minha nossa Vitória! - olha para Vitor. Você não pode ficar trazendo doces das festas! - olha para ela.
— A vovó deu! - pula do colo da mãe comendo.
— E chega de comer! - Vitor pega dela. Vamos tomar banho! - a pega no colo levando até o quarto.

A noite chega mansa. Vitor arruma a filha e já a coloca para dormir. Paula senta-se à mesa com Cíntia para o jantar.

— Por que tia Dulce não veio?
— Vem amanhã! - come.
— Você está comendo de novo? - chega na sala de jantar.
— Ué Vitor! Vou ficar sem jantar?
— Você comeu não tem 3 horas...
— E dai? Agora eu vi mesmo! Ficar me controlando.
— Não estou te controlando! E olha sua comida... Só tem comido besteiras, Paula. Isso te faz mal!
— Depois de séculos que pedi a Diva para fazer batata frita para mim...
— Cadê ela?
— Já foi!
— Vou ver se tem comida de verdade aqui...- entra na cozinha.
— Insuportável! - volta a comer.
— Eu ouvi!
— E eu menti?
— Sim! - retorna.Estou pensando na sua saúde, no bem estar das crianças... Mas se você não está; tudo bem! Só não coloque a vida dos meus filhos em risco, porque aí sim eu serei insuportável para você! - volta para a cozinha.

Paula afasta o prato e se retira da mesa atrás dele.

— O que está havendo? Em um dia você me trata super bem e no outro não consegue segurar sua fúria! O que foi que te fiz? Você precisa aprender a controlar seu nervosismo quando alguém te contraria, porque não sou obrigada a suportar isso, Vitor! - se retira.
— Não vai comer? - Cíntia a vê passar.
— Perdi a fome!

Paula segue para o quarto de Vitória. Arruma a cama que tem no quarto da filha e se deita. Na cozinha Cíntia deixa seu prato na pia enquanto Vitor esquenta uma sopa que Diva havia feito no almoço.

— Cíntia...
— Sim?
— Como foi o passeio aquele dia com Elias?
— Bom...- sorri. Vou ver como Paula está! - vai saindo.
— Fiz alguma coisa?
— O que?
— Eu te fiz alguma coisa? Sei que as vezes sou meio... Mas...
— Elias sacou o que você fez!
— O que? - não entende.
— E destruiu qualquer chance de ficarmos juntos!
— Cíntia, não entendo... O que posso ter feito?
— Aumentar o salário dele para sair comigo?
— Não fiz isso! Eu aumentei o salário dele porque ele merece... Pelo amor de Deus! Foi até antes de você me pedir para liberar ele.
— Mas não foi antes de você saber que eu gostava dele!
— Cíntia...
— Está tudo bem Vitor! Já entendi que é você quem manda...
— Não! Cintia me escuta...

Cintia sai e ele não consegue se explicar. Resolve não ir atras e termina seu jantar.


Continua...


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