12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 125
Capítulo 125




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Ela se perde nos pensamentos enquanto observa Vitória rir sendo rodada por Cíntia. Olha tudo em volta, sente falta dos primeiros meses de casada, do aconchego que Vitor fornece e dos momentos bons, sem brigas, discussões e desentendimentos. Ficam algum tempo ali fora, distraindo Vitória até que ela resolve entrar.

— Não a deixe chegar perto da piscina!
— Eu sei Paula, daqui a pouco já entramos!
— Ok! - sai.


Ao chegar na casa vai direto para seu quarto e escuta Vitor no closet. Ao entrar se depara com duas malas dele arrumadas.

— São de shows? Por que não avisou que eu teria feito? - pega uma camiseta.
— Não...
— Onde é o show? - dobra.
— Não são de show!
— E são do que então? - o olha.
— Estou indo para a cidade...- fecha uma mala. Vou passar uns dia na casa da minha mãe. Tempo suficiente para você saber o que quer...
— Que besteira é essa Vitor? - senta-se atônita. Você não pode sair de casa, isso é maluquice...
— Maluco vou ficar se continuar aqui dentro sendo encarado assim!
— Vitor...- vai até ele. Não faz isso! - começa chorar. Amo você! Eu amo muito você...- coloca as mãos sobre ele. Só estava nervosa! Não saia de casa... A Cíntia me abriu os olhos, sei que tenho errado com você meu amor...- o abraça. Por favor! - chora. Você já saiu de casa uma vez, foi a pior experiência que já tivemos!
— Você acha que não sei? Que não me dói pensar que devo fazer isso?
— Você não deve fazer! Estou aqui e te amo... A gente sempre se acerta! Não faz isso! Desfaz essas malas e fica aqui. Essa é sua casa.
— Não desconfie do quanto eu...
— Eu sei! - o interrompe. Eu sei que me ama! - o beija.

Se beijam como há muito tempo já não faziam. Vitor a abraça, apertando-a sobre seu peito.


— Não quero ficar mal com você! - olha para ele.
— Está tudo bem! - acaricia o rosto dela. Vem...- saem do closet. Já tomou café?
— Não! Estava vindo te chamar...
— Então vamos lá... Cadê Vitória? - se retiram do quarto rumo a cozinha.
— Estava lá fora com Cíntia. Rodopiando! - sorri.
— Olá...- Diva os vê. Querem tomar café?
— Sim! - sentam-se.
— O que querem?
— Vou querer café sem açúcar, um pão integral com nata e iogurte desnatado para fechar depois! - pisca para ela.
— E você Paulinha? - coloca o café do Vítor na mesa.
— Acho que só café... Com açúcar!
— Nada disso, você precisa alimentar os bebês! Vou colocar um pãozinho de frutas que fiz com requeijão quentinho que a sol acabou de trazer...
— Aí Diva! Não faz isso...- ri.

Ela traz as coisas e eles conversam enquanto comem. Diva sai da cozinha para deixá-los mais a vontade e Vitória chega gritando.

— Minha filha... Não grite! - a pega no colo.
— O que foi? - olha para Cíntia.
— Nada! Vitória quis comer, a trouxe... Cadê tia Dulce?
— Não sei... Deve estar andando por aí! Senta para tomar café...
— Não, estou sem fome... Já volto! - sai.
— A dindin...- aponta.
— Sim, ela foi atrás da vovó! Coma seu pãozinho aqui...- dá um pedaço a ela.
— Obrigada! - pega.
— De nada! - riem. Quer leite ou suco?
— Toti!
— Não é hora de toti ainda...- coloca leite para ela. Beba só o leitinho! Vitor, vai ter aniversário da Clara mais tarde, vou mandar Vitória com Diva e Lucy.
— Tudo bem...- come.
— Não sei que horas vai acabar...
— Onde vai ser?
— Na casa dela mesmo! Diva vai deixar nosso jantar pronto...
— Sua mãe e Cíntia irão?
— Sim!
— Então vamos pedir algo da cidade para comer... Diva não precisa se preocupar!
— Ok! - sorri.
— Vitória, papai vai pegar uma coisa...- a tira do colo e coloca na cadeira.
— Onde vai?
— Já volto...- sai da cozinha.

Paula ajuda a filha a comer enquanto Vitor pega algumas correspondências que guardou na gaveta e retorna a cozinha.

— Chegou isso ontem...- senta-se. Olha...- dá para ela ver.
— De onde é?
— Da Talismã!
— Uai, o que querem comigo depois de anos? - abre e começa ler.
— O que é? - volta comer.
— É um processo...- olha para ele. Contra mim!
— Como assim Paula? - limpa as mãos e pega o papel dela. Nossa! - lê. É cada uma! - fecha o papel. Não se preocupe! - guarda no bolso.
— O que vai fazer?
— Fique tranquila, nossos advogados vão resolver.
— Ficar tranquila é difícil!
— Mas você precisa... Pelos bebês!
— É...
— Que horas é o aniversário?
— Começa às 18h30min!
— Ótimo! O que você comprou para ela?
— Uma bicicleta! Ela queria...
— Legal! Vitória pare...- olha a filha esfregar o pão na mesa. Se você não quer, não brinque!

Ela entrega o pão para ele e desce da mesa indo atrás de algodão.

— Ela não para um segundo! - pega o iogurte. Vou comer seu iogurte, posso?
— Eu que não negarei nada a uma grávida!
— Ótimo! - ri. Você está bem?
— O chá melhorou bastante... Mas ainda estou um pouco dolorido. Vou me deitar daqui a pouco, tentar dormir...
— Sim, faça isso...
— Lucy já está na festa?
— Está ajudando Sol arrumar...
— Posso dar banho em Vitória.
— Não precisa, pode descansar! Cíntia fará isso...
— Ok então...- se levanta. Vou me deitar mais um pouco...
— Já irei ao quarto, vou descansar um pouco também...
— Antes de ir, tire foto do lustre na sala de jantar para agradecer a Bia... Ela enviou tão gentilmente e nessa correria não agradecemos.
— Sim! Ainda bem que deu tempo de fazerem a reforma, colocarem os vidros, arrumarem a cozinha e o quarto da Maria...
— Pois é... Só falta o quarto dos bebês!
— Ah... Preciso falar com você sobre isso depois.
— Depois falaremos! Vou me deitar...- sai para o quarto.

Dulce chega na cozinha com Vitória e algodão no colo.

— Estavam correndo!
— Sim... Saíram daqui agora...
— Você está bem?
— Estou...- limpa a boca.
— Vitor pediu pro Elias arrumar o carro dele e depois... - solta Vitória e o cachorro e senta-se.
— Avise que ele não sairá mais!
— E onde ele ia!? - coloca um pouco de café para si.
— Para casa da mãe dele...
— Por que?
— O que você sabe mãe? Fica rondando...
— Ué...- bebe o café.
— Fica perguntando porque já sabe.
— E fico feliz que ele não vá mais!
— Como soube?
— Os funcionários! Tomem cuidado em tudo que fazem... Conversas se espalham assim.
— Não sabia que já estavam fofocando...
— Pois estão! Vitória já comeu?
— Ficou brincando com o pão na mesa!
— Vou arrumar ela pro aniversário, Vitor já sabe?
— Já!
— Não ficou bravo?
— Não... Ele gosta muito da Clara, não ia impedir Vitória de ir.
— Vocês vão ficar bem?
— Sim! Ficaremos bem.
— Não force nada Paula...
— Não estou forçando! - se levanta. Já mandei entregar o presente de Vitória para Clara, vou separar a roupinha dela e você a arruma depois.
— Onde você vai?
— Vou me deitar um pouco com Vitor!
— Tudo bem... Pode ir que tiro a mesa!
— Obrigada!

Passa no quarto da filha e separa um vestido para que ela vá ao aniversário. Segue para seu quarto e ao entrar Vitor já está dormindo. Desliga a televisão e deita-se com ele. Do lado de fora Cíntia traz Vitória novamente para dentro de casa.

— Tia, porque estão falando que Vitor está indo embora?
— Quem está falando isso?
— Estava passando pelo estábulo e dois funcionários estavam comentando!
— Queria saber como descobrem isso!
— Então é verdade!
— Era verdade... Não é mais. Ele arrumou as coisas para ir embora, mas não foi mais.
— Paula te falou?
— Não! Elias me contou depois que forcei ele... Já tinha uma mala do Vitor no carro.
— Entendi... Devem ter visto.
— Provavelmente!
— E ele e Paula estão bem?
— Não sei... Mas parece que estão, ela foi se deitar com ele.
— Menos mal!

As horas passam e Dulce arruma a neta para a festa de aniversário. Saem de casa sem falarem nada para Paula e Vitor que continuam no quarto.

— Que horas são!?
— Sete!
— Vitória já deve ter ido...
— Acho que sim...
— Está claro ainda...- se senta na cama.

Vitor fica olhando pela janela, perdido em pensamentos, disperso e nem percebe que Paula o fotografa.



Só tinha 17 anos. O mundo já tinha sido cruel demais para mim. Pancadas. Feridas. Muitos "nãos" que reverberavam ninha cabeça, me machucando, me instigando a desistir. Era tarde, não lembro ao certo a estação, mas ventava muito. Eu que já tinha conhecido das palavras, do som das cordas do violão e pensava que poderia saber sobre sentimentos, perdi totalmente a noção de tudo quando ele apareceu sorridente, educado, distraído e tímido entre toda aquela gente. Seus cabelos ainda castanhos, sua pele clara, sua calça alta e camisa que para ele nunca saiu de moda. Juro que senti que nossos olhos se reencontraram depois de anos e vidas. Senti que minha alma estava tão feliz que nem eu mesma sabia explicar o que estava havendo. E quando ele se aproximou, me tomou o ar e todo o resto de razão que eu poderia ter e depois daquele momento nada mais foi simples, era tudo tão real, mas nada normal... E continua sendo. É real nossas diferenças. Real nossos temperamentos que se chocam. É real nossas incertezas. E é mais do que real nosso amor além da vida, nada normal. Amo tanto você... @victorchaves, que depois que te conheci não consegui mais encarar a vida sem a cor, sem o som, sem o sentido que você trouxe. Caminhamos por tantas estradas, erramos tanto no meio do caminho, mas agora estamos aqui... Um para o outro, como uma promessa de Deus que se cumpriu em nossas vidas, no tempo certo. Enquanto você olha lá fora os pássaros voando, eu te observo daqui e continuo te amando, te protegendo e te querendo mais perto de mim, assim como você faz comigo.
#meubranquinho #umamoralemdavida #paz #nosreencontramos #somosumafamilia #sóeueMariamorenas #kkkkkkk

— O que está fazendo? - se vira para ela.
— Nada! - guarda o celular. Ainda com sono?
— Não...- deita-se sobre a barriga dela. Só preguiça...
— Hum...- acaricia-o. O que vai pedir para comermos?
— O que quer comer? Japonês, Italiano, Mediterrâneo, frutos do mar, pizza?
— Pizza? - ri. Na verdade quero comer ovo no microondas... Só você sabe deixar ele molinho dentro!
— Mas você não pode jantar só isso...
— Não é só isso... Vou querer três.
— Só isso?
— Não... Arroz com feijão também. Tudo bem se eu engordar um pouco mais?
— Pode virar uma bolinha, não me importo! - riem.
— Chegou mensagem! - escuta seu celular apitar. É Cintia!- visualiza.
— O que houve?
— Nada! Está falando que Vitória saiu cumprimentando todo mundo...- sorri.
— Nosso oposto Paula! - se levanta.
— Nosso oposto!


Saem para a cozinha. Vitor prepara o ovo para ela que liga para a uma pizzaria na cidade e encomenda algumas pizzas.

— Pronto!
— Vão entregar?
— Sim! Ué... O que será? - escuta o telefone da casa. Fazenda Hortense, boa noite...- atende.
— Paula, é o Daniel!
— Oi Dani! Tudo bem?
— Sim...
— Aconteceu algum problema?
— Não! Na verdade me perdoe por ligar a essa hora, é que você fez uma publicação e começaram a me telefonar.
— Por que?
— Para saber se você está grávida, se Vitor será pai novamente!
— Daniel...- lembra dos emojis que colocou. Não responda nada! Diga apenas que não fala da vida pessoal do Vítor.
— Certo! Me desculpe qualquer coisa...
— Imagina! Está tudo bem... Pode ligar no celular quando precisar de algo.
— Ok Paula! Até mais...
— Até! - desliga.
— O que era? Aqui seu ovo...- entrega.
— Fiz uma coisa que você não vai gostar...- pega.
— Paula, Paula... O que foi dessa vez?
— Tirei uma foto sua agora pouco e publiquei... Só que no final eu nem me toquei e acabei colocando um emoji para cada filho...
— Paula!
— Desculpa! Eu me empolguei... Mas vou apagar.
— Não! Deixe...
— Daniel ligou dizendo que já estão falando...
— Deixa falarem! Na hora certa confirmamos...
— Tudo bem!
— Só preste atenção da próxima vez! - beija a cabeça dela.
— Onde vai?
— Tomar banho... Já volto! - segue para o quarto.

Paula come os ovos que ele preparou e vai para a sala ver os vídeos que Cíntia está enviando da filha na festa. Fecha a conversa e resolve ir até o quarto.

— Vitor? Já tomou banho? - vai ao banheiro e não o encontra. Onde você está? - vai para o closet. Por que não responde?
— Oi... Não ouvi! - limpa o rosto.
— Nossa Vitor, você nunca vai aprender...- vai até ele. Me deixe limpar! - pega o algodão da mão dele. Se corta todo...
— A lâmina não é nova!
— Mesmo assim, deveria ter um pouco cuidado! Sua pele é sensível demais...
— Hum...
— Vou colocar um pouco de água...- molha o algodão. Vai arder um pouquinho...- coloca sobre o rosto dele que se retrai.
— Arde mesmo! - fecha os olhos.
— Sim! - seca a pele dele. Pronto!
— Não vai tomar banho?
— Vou!
— Então vai porque a pizza vai chegar!
— Pena que você já foi...
— É uma pena mesmo! - coloca as mãos sobre o ombro dela. Mas posso te ajudar! - sorri.


Vitor enche a banheira para Paula e a aguarda entrar.


— Relaxe!
— Você não vai entrar comigo?
— Não! - sorri.
— Vitor...
— A noite só está começando! Te espero na sala...- sai do banheiro.

Ela termina seu banho e vai para a sala de jantar. O encontra colocando a mesa. O encontra colocando a mesa

— Ficou linda! - sorri.
— Obrigada! Peguei vinho mas você não pode beber, né!?
— Abri uma exceção hoje... Só um golinho...- se aproxima dele.
— Você está...- a olha.
— O que?
— Está bonita! - sorri. É que pijama de carneirinho não era o que eu esperava!
— Claro! - ri. Mas o que você não está se lembrando é que nossa filha vai chegar a qualquer momento e não posso estar aqui com uma das suas camisolas...
— Entendo... Mas tem muitas comportadas, convenhamos!
— Não se preocupe... O que tem debaixo desse pijama também é interessante! As pizzas chegaram?
— Sim! Coloquei no forno... Vamos comer?
— Vamos! - senta-se.
— Vou buscar!

Vitor traz a pizza para a sala de jantar. Serve Paula e se serve. Começam a comer e a conversar sobre as coisas do dia a dia. Sobre os filhos. A casa. E principalmente sobre eles.


— O que foi?
— Nada... Não posso te olhar?
— Pode! - sorri. Estava com saudades de me olhar assim...- segura a mão dele sobre a mesa. Queria te falar uma coisa... Na verdade te pedir desculpas por ter forçado isso da terapia e ficar insistindo em uma coisa que eu sei que você não gosta. Só quero te ajudar, te ver bem e faria qualquer coisa para te proteger, só não queria te desrespeitar.
— Paula, sei que não sou fácil... Que as coisas sempre complicam, mas podemos resolver isso, nós dois. Amo muito você! Amo nossos filhos, nossa casa, nossa vida juntos. Não quero e nem vou perder isso!
— Nem eu! - beija a mão dele.
— Vi sua publicação para mim... Também acho que nos reencontramos! - pisca para ela.
— Sim... E demorou tanto para ficarmos juntos!
— Mas estamos Paula! Pare de lembrar do passado.
— É! - se levanta. Me deixa sentar aqui...- senta-se no colo dele. Daqui algum tempo seu colo vai estar tão ocupado!
— Shiu...- coloca o dedo na boca dela. Sem falar de filhos agora! Deixe as crianças um pouquinho. A responsabilidade que a gente tem.
— Tudo bem! - sorri, acariciando-o.
— Vou trabalhar bastante pelos próximos dias, vou estar pouco com você porque preciso trabalhar daqui também. Espero que entenda...
— Fazer o que né? Tudo bem... Vamos aproveitar enquanto isso! - retira a camiseta dele.

Ele ri e se beijam, levantando-se em direção ao quarto. Aproveitam o tempo a sós, cada detalhe, cada parte dos corpos que imploram um pelo outro.

— Pensei que a gente não ia mais se acertar! - se deita sobre o peito dele.
— Esquece tudo... Por favor!
— Tudo bem! Mas não saia mais do quarto quando algo não estiver legal em você... Fale para mim!
— Se você ouvir, falarei... Porque tentei conversar mas você já saiu pensando que eu queria que você abortasse nossos filhos.
— Foi um absurdo o que eu disse, reconheço... Mas você sabe como sou! - olha para ele. Ás vezes sou infantil!
— Ainda bem que reconhece! - a encara.
— Vitor! - riem.
— Mas eu te amo! - a beija. Estive aqui pensando...
— No que?
— Vamos comprar um jato para você...
— O que?
— É...
— Vitor! - o interrompe. Um jato custa milhões! Nunca comprei por não achar necessário.
— Mas você está grávida! Daqui algum tempo as crianças irão precisar muito de você. Não dá para ficar em aeroporto!
— Eu sei, mas é muito dinheiro! Não temos o...
— Paula...- a acaricia. Nós temos esse dinheiro e vamos comprar o seu jato.
— Você tem! Victor e Leo tem esse dinheiro. Suas empresas. Meu escritório ainda é pequeno... Podemos até ter a quantia, mas há outras coisas mais relevantes...
— Pulinha, nós, eu e você temos esse dinheiro! Nossas empresas, nossos negócios. Para de falar como se tudo fosse só meu.
— Vitor...
— E mais... Isso é relevante sim. Meu amor, tem dois bebês aqui...- coloca a mão na barriga dela. E uma lá fora que já chega! Precisam de você e você se sentirá melhor também em ter algo que te ajude a estar em casa mais rápido, mais segura!
— Vitor, não é só o jato... É piloto, é um hangar, é...
— Já temos o hangar! Você pode colocar no meu. O piloto você poderia convidar o pai da sua cunhada ou o irmão dele que já deve ser. Lembro que na época ele estava estudando...
— Você já pensou em tudo, né!? E aposto que até já viu um jato.
— Já sim! - pega o celular. Igual o meu, só que esse fabricado aqui no Brasil. O que é melhor caso dê algum problema... - mostra para ela.
— E o preço?
— Tem sete lugares, quero que Monteiro vá com você sempre além de Cíntia e o seu segurança que pensei em contratarmos mais um.
— E o preço Vitor?
— 10 milhões...
— O que? - se assusta. Não! De jeito nenhum.
— Sim!
— Você...- se levanta.
— Onde você vai? - a puxa. Pare! Respire. Meu amor, estou pensando no que é melhor para você. Você precisa pensar e aceitar isso... Estou te pedindo como seu marido e como pai dos seus filhos. É pelo bem das crianças!
— Tudo bem...- respira fundo. Vou aceitar! Mas não vou conseguir pegar esses 10 milhões assim... Preciso de um tempo para movimentar o dinheiro.
— Está tudo bem... Temos esse dinheiro.
— Não! Vou pagar isso com o dinheiro do escritório.
— Fique tranquila! Colocamos nosso dinheiro e depois...
— Vitor!
— Paula! Você aceitou!
— Você já comprou né?
— Não... Não comprei, comprei.
— Vitor Chaves Fernandes Zapalá Pimentel!
— Já negociei! - a observa. Mas ainda não confirmei...
— Sei!
— Desfaça essa cara! - sorri. Você não vai se arrepender! E sobre o segurança você pode contratar outro que quiser.
— Já que você se meteu a arrumar tudo isso, que agora termine... Me contrate o segurança, o piloto, tudo certinho...
— Ótimo! - sorri. Vou providenciar! - pisca. Agora deite aqui, daqui a pouco Vitória chega. - ri.

Aproveitam juntos até que Vitória chega batendo na porta deles.

— Chegou! - riem. Mamãe já vai! - se levanta. Você vai ficar aqui?
— Não... Irei para a sala também.
— Então vamos! - se veste.
— MAMÃE! - bate.
— Já vou! - ri. Hei...- abre a porta. Como foi o aniversário?

Ela entra e vai direto para a cama deles contando aos pais o que teve no aniversário de um jeito que só eles entendiam mesmo.

— Você comeu né?
— Sim... A dindin pegou doce.
— Minha nossa! Sua madrinha traz doce de festa?
— Vitor...- riem.
— Vamos para a sala! - se levantam.

Cíntia e Dulce estão na sala de jantar comendo a pizza que restou.

— Tem mais lá dentro do forno... Vou pegar!
— Não comeram no aniversário?
— Comemos engraçadinho! Mas cheguei com fome...
— Vitória falou que você trouxe doces da festa!
— Vitória! - olha para a afilhada que ri. Estou falando para vocês, essa menina é demais. Ela mesma foi até a mesa pegar doces e me mandou guardar!
— Minha filha...- Vitor olha para ela.
— Pois é! - riem.

Se divertem com Vitória que busca os doces e come.

— Filhotinha, vamos tomar banho e dormir! Vem...- pega na mão dela. Onde você vai Vitor? - o vê saindo da sala.
— Atender o celular...- mostra. Já volto! - sai para fora.
— Desde quando Vitor atende celular longe de mim...? - o olha.
— Ê! Olha a besteira... Pare! - se levanta. Vá dar banho em Vitória, ela está cansadinha.
— Vamos filha! - saem.

Paula banha Vitória que logo dorme. Vai até seu quarto e Vitor está na varanda.

— Quem era no telefone? - fecha a porta.
— Um amigo.
— Hum... Que amigo?
— O JP... Me convidando para jogar poker.
— Hoje?
— Sim!
— Nossa... Mas já está tarde.
— Nem tão tarde ainda...
— Você vai...?
— Estava pensando em ir se estiver tudo bem com você...
— Sim... Pode ir! Tome cuidado...- o beija e vai para o banheiro.
— Pulinha - segue - acho que não irei...
— Por que? Estou bem! - retira o pijama.
— Mas podemos ficar melhores! - retira a camiseta.
— Vitor...- riem.

Enchem a banheira e entram.

— Por que atendeu o celular lá fora?
— Hã? - massageia os ombros. Eu estava indo lá fora ver se Elias guardou os carros e na hora JP ligou.
— Hum...- passa aos mãos sobre a água. Será melhor trocarmos de carro?
— Estou acreditando que sim! Precisamos de um que caiba nós, as quatro crianças e sua mãe, a Cíntia...
— Uma van você quer dizer!
— Não exagera! - riem. Vou ver um modelo...
— Como os bebês ficarão em casa sob os cuidados das nossas mães, você poderia me deixar levar Vitória quando os gêmeos nascerem.
— Está longe isso...
— Mas já devemos pensar!
— Pulinha, não vou te proibir de levar a Vivi para shows próximos uma vez ou outra. Mas regularmente, não! Vitória começará estudar ano que vem, ela não pode ter nosso ritmo.
— Ano que vem? - olha para ele. Começa só aos 4!
— Mas acho melhor Vitória entrar ano que vem.
— E isso pode?
— Pode! No colégio daqui sim... É o mesmo Colégio que Antônio e Matheus estudam.
— Entendi! Mas é só ano que vem isso... Não vamos quebrar a cabeça. Sobre os bebês precisamos ver o quarto ou os quartos, os carrinhos... Não dá para aproveitar o da Vitória porque doei tudo.
— Sim! Estava vendo o carrinho esses dias.. Tem aqueles de três lugares, acho que seria o ideal já que Vitória é tão pequena ainda.
— Sim...- pensa. Tanta coisa! - se deita sobre o peito dele.
— Muita coisa ainda! - riem. Mas vai dar certo!
— Quando vamos contar?
— Para quem?
— Para as pessoas!
— Hum... Não sei! Melhor guardamos isso por um bom tempo... Ao menos até a barriga começar a aparecer.
— Que seja né...
— Só se segura para não ficar dando pista!
— Tá Vitor! - revira os olhos.
— Estou vendo isso!
— Que bom! - encara ele. Mas reviro de novo e de novo quantas vezes eu quiser!- se vira para ele.

Vitor ri dela a abraçando. Se curtem por longas horas até decidirem ir para a cama se deitarem.


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