12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 116
Capítulo 116




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Pega na mão dele e saem até o restaurante japonês onde são recepcionados e encaminhado para uma mesa particular e reservada. Fazem os pedidos e conversam enquanto não são servidos.

— E nosso casamento?
— Ainda não sei... Não pensei em um lugar! Vamos reformar a casa e depois vemos isso novamente.
— Tudo bem, como você preferir! Vai ser fora do país?
— Eu queria! Você não?
— Não sei... Queria que todos pudessem estar, como levaremos?
— Não sei... Vamos pensar nisso depois!
— Tudo bem...- olha o celular. Pulinha, queriam jogar poker hoje lá em casa...
— Hum...- encara ele.
— Que?
— Nada né... Eu sei que você vai querer jogar.
— Mas é o pessoal de casa...
— Quem?
— Alguns sobrinhos da minha mãe estão aí e perguntaram se dá para irem lá para casa!
— Ahhh... Tudo bem! Estava pensando que eram aqueles caras.
— Não...
— Podemos comprar alguns frios para fazer uma mesa...
— Ok! Vamos comer e compramos.

A refeição chega e eles comem, Paula pede sobremesa e enquanto aguarda seu telefone toca.
— Oi mãe!
— Oi! Tudo bem?
— Tudo...
— Está em casa?
— Não, estou no shopping com Vitor, viemos ver a reforma da fazenda.
— E Vitória como está?
— Está bem! Ficou com Cíntia.
— Queria ir hoje ver ela...
— Vamos! Se quiser ir com a gente passamos aí e pegamos você. - Vitor índica com o dedo negativamente e Paula ri.
— Que?
— Nada! - ri. Vai querer?
— Essa desgrama do Vítor está fazendo alguma coisa?
— Não está querendo passar aí, não!
— Pois agora eu quero que ele passe! Vou dizer o não para ele pessoalmente...
— Está certo! - riem.
— Estou brincando filha... Amanhã eu vou, porque hoje ainda vou resolver algumas coisas. Curta seu almoço e até mais, ligo depois...
— Ok então... Amanhã vai lá para conversarmos, até mais! - desligam.
— Sua sobremesa está vindo...
— Oba! - se arruma na cadeira.

Enquanto ela come Vitor mexe no celular e vai no grupo da família.

WHATS ON

— Boa tarde! Com esse desfile de elegância para ir e voltar do banheiro... ❤


— Sacanagem Vitor! Kkkkkkkkkkkkkk - visualiza Tati.

— Onde estão?
— No shopping! Vão vir hoje para casa também?
— Não sei... Leo não está aqui.
— Vou ligar para ele, venha sim!
— Ok... E Vitória?
— Ficou em casa.

WHATS OFF

— Leo como sempre, sumindo...
— Por que?
— Perguntei para Tati se ela vem hoje e ela disse que não sabe, Leo não está lá.
— Hum... E como eles estão? Não consegui falar com ela mais.
— Não sei...
— É... Complicado. Mas acredito que se não estiver suportável para ela, ela precisa se separar mesmo.
— Concordo!
— Terminei! - bebe a água. Vamos!? - pega a bolsa.
— Vou pagar e já vamos...- se levanta.

Vitor paga a conta e ela o aguarda. Saem do restaurante para uma loja de frios e compram tudo que precisam. Vitor busca um carrinho para levar as coisas até o carro e Paula o espera no hall do shopping. Ao se aproximar ele a vê observando as opções de viagem de uma agência.

— Paula...- ela não responde. Paula?
— Oi...
— Ajuda aqui...
— Tá...- vai até ele e o ajuda com as sacolas.
— O que estava vendo?
— Nada...Estava olhando as viagens naquela agência...
— Sim, para onde queria ir?
— Eu? - ri. Lugar nenhum...
— Hum...- coloca a última sacola no carrinho. Vamos...

Levam as compras até o carro e seguem para a fazenda. Paula liga o som do carro e sintoniza com seu celular para tocar Almir Sater.

— Estava pensando em uma coisa...
— O que?
— Em vez de irmos para Angra com Maria, poderíamos viajar só nós dois...
— Vitor, não faça isso porque eu estava olhando viagens! Estava vendo por ver, estava na minha frente a placa e eu estava lendo.
— Não é por isso... Mas precisamos de um momento nosso! Acho que está na hora disso acontecer...
— Já falei que não quero que faça isso por...
— Paula! - olha para ela. Não estou fazendo isso por conta do que vi, estou querendo fazer isso por nós!
— Tudo bem...
— Para onde gostaria de ir?
— Gosto de praia... Você não gosta, então não sei...
— Não é que não gosto... Só não sei me sentir bem em um local assim... Mas olha, tem uma ilha privada em Angra e podemos ir para lá. Precisamos organizar e ver com quem Vitória ficará!
— Não... A gente vê isso depois! Procuramos um outro local e vamos.
— Por que você não está animada?
— Vitor...
— Desisto!
— Pare com isso...- encara ele. Quero viajar com você, mas não é assim! Precisamos nos organizar melhor, escolher melhor um local, preparar tudo para deixar Vitória bem.
— Tudo bem!
— Não vai ficar com cara emburrada a noite toda!
— Uai...- continua dirigindo.
— Estou falando sério, amor! Vamos viajar... Deixa eu planejar dessa vez.

Ele não responde e assim vão até a fazenda. Ao chegarem descem as compras e entram em casa e já são surpreendidos por Vitória carregando uma mala.

— O que é isso filha? - ri. Onde vai com a mala do papai? - se abaixa para falar com ela. Vitória...
— Filha! - Vitor ri. Você quer viajar com o papai!?

Ela pede para eles abrirem a mala para ela. Vitor abre e ela entro dentro falando que vai passear.

— Não aguento isso! - riem. Vou tirar uma foto...- pega o celular. Deita aí filha...

A bebê se deita na mala e Paula a fotografa. Algodão chega na sala e vai para cima de Vitória que já sai da mala para brincar com ele. O dia passa com muita correria, Cíntia retorna para a cidade e os parentes de Vitor vão chegando enquanto Paula está na cozinha cortando os frios com Diva.

— Paula, pode ir... Termino aqui e já levo na mesa!
— Ok, Diva! Tenho que tomar banho ainda...- seca a mão em um pano. Vou ver quem chegou! - sai.

Ao chegar na sala Marisa está com Vitória no colo rindo enquanto Vitor cumprimenta alguns primos.

— Boa noite! - sorri.
— Paulinha! - se aproxima. Tudo bem? - a abraça.
— Tudo! E você? Sumiu esses tempos...
— Trabalhando muito!
— Cadê as meninas?
— Estão em BH... Irão vir outro dia!
— Que bom!

Ela os acomoda da melhor forma e se retira pra tomar banho. Enquanto se arruma no closet, Vitor chega.

— O que foi? - o vê pelo espelho.
— Nada...
— Ajudou Diva ajeitar a mesa?
— Minha mãe ajudou...
— Ok! - se perfuma.
— Não vou ficar emburrado...- se aproxima dela. Prometo...- acaricia os ombros dela, beijando.
— Se ficar o problema será só seu! - fecha o creme e coloca na bancada.
— Eu te amo...- segura-se na cintura dela, se enrolando em seu cabelo.
— Eu sei! - acaricia as mãos dele que a segura. Eu também! Só não faremos as coisas como você quer... Faremos como devemos fazer e no momento certo para os dois.
— Tudo bem...- se olham pelo espelho.
— Vitória vai dormir no quarto dela hoje...- sorri e ele ri.
— Que bom! - pisca para ela. Vamos!?
— Vamos...

Paula vira-se para ele que se aproxima mais ainda a beijando. Ela se segura quando ele a coloca sobre a bancada do closet. As mãos deslizam pelos corpos, se saciam de um carinho simples, boca com boca, ar com ar dividindo o mesmo pequeno espaço entre um rosto e rosto. Vitória entra no quarto batendo a boneca sobre os moveis até ir ao closet e assustar os pais.

— Vitória! - desce da bancada se recompondo.
— "Vem mamãe..." - puxa a mão de Paula.
— Vamos! - ri. Chama o papai...
— "Vem" - chama Vitor com a mão.
— Papai já vai...- ergue os cremes de Paula que estavam caídos.

Chegam na sala e Vitória mostra para Paula que a avó Marisa amarrou o cabelo das outras bonequinhas. Os primos de Vitor o chamam para começarem a jogar e ele vai.

— Não joguem muito tempo, temos que comer...
— Tá bem! - a beija e sai.
— Está tudo bem? - Marisa a olha.
— Sim! - sorri. Por que?
— Nada... Tem falado com Tati?
— Não consegui essa semana conversar com ela... E você?
— Falei... Ela quer se separar de Leo.
— É... Eu já sabia! Eu e Vitor.
— Não sei o que está havendo, ela não sabe explicar!
— É melhor deixarmos as coisas acontecerem e apoiar ela... Seja qual for a decisão dela.
— Eu sei... Por mais que eu me entristeça muito por isso.
— Eu imagino! - segura a mão da sogra. Mas tenta não pensar nisso... Sei que mãe se preocupa muito com os filhos, o tempo todo! - riem. Mas precisamos deixar as coisas acontecerem... Você sabe disso mais do que eu!
— É... Me preocupo muito com os dois. Principalmente com Vítor, mas agora ele está bem né...- ri.
— Está! - sorri. Espero que esteja! Por falar nisso... Vou buscar uma coisa para te mostrar! Já volto...

Paula se levanta até seu quarto e retorna com uma caixa em mãos. Senta-se ao lado de Marisa no sofá e abre a caixa.

— Aí meu Deus! - Marisa pega uma foto. Que saudade do meu menininho!
— Lindo, né? - sorri. Olha aqui filha...- mostra uma foto para Vitória. É o papai!
— "Papai?" - Vitória se levanta do chão e pega a foto. Û papai...- ri.
— Isso! - riem. O papai quando era bebezinho...
— Û bebezinho... - ela sai da sala com a foto na mão.
— Vai lá mostrar para Vitor! - observa a filha sair.
— Olha essa...- pega outra foto. Onde estavam essas fotos?
— Comigo! Sempre as guardei...
— Que coisa mais linda! Aí Paula, eu quero...
— Nada disso! - ri. São minhas! Mas posso tirar uma cópia para você. É meu menininho...- pega uma foto também. Tão lindo desde bebê...- se emociona. Guardei essas fotos todos esses anos com muito carinho.
— Olha essa aqui! - mostra para nora rindo.
— Sim! - riem. Pelado! Vê se pode...
— Antigamente era tão comum fazer foto assim! - lembra. E Vitor odiava ficar de shorts... Corria quando íamos colocar. Depois de uns anos ele odiava ficar é sem!
— Vê essa aqui...- mostra.
— Own...- sorri. Ele estava gripadinho nesse dia...
— E essa? - entrega para sogra.
— Paula! - pega. Minha nossa...- se emociona. Vitor era o neto mais apegado ao meu pai...

Paula a observa Marisa admirar a imagem de Vitor abraçado ao avô com ela no fundo. Pega um porta retrato que está na mesa central e retira a foto de dentro.

— Me dê...- pega a foto da sogra. Essa...- coloca a foto no porta retrato - eu vou dar para você...- entrega para ela.
— Obrigada! - chora, abraçando a foto. Sinto muita falta desse tempo!
— Eu sei! - sorri.
— Obrigada, de verdade! - abraça Paula.

Enquanto na sala a emoção toma conta, na adega Vitória mostra a foto para o pai que não para de rir.

— Onde você arrumou isso? - riem.
— "Ú colo..." - se vira para ele pegar ela.
— Aí mocinha...- a pega. Você quer mexer nas cartas!

E era isso mesmo! Vitória mexe nas fichas do pai e nas cartas do jogo, mas ainda sim Vitor tenta jogar com ela em seu colo, explicando que não pode mexer quando ele não deixar.
Não demora muito Paula percebe que a filha não voltou e vai atras dela.

— Uai! - ri quando vê ela.
— "Aqui mamãe, ó" - mostra a carta do Vítor.
— Não filha! - vira a carta. Não pode mostrar!
— Ah!!! - um primo ri. Vitória, continue aqui!
— Gente, vamos comer?
— Está terminando a rodada já... Daqui a pouco vamos!
— Ok então... Mas, não demorem! - vai até Vitor. Vem Vivi...

Paula a pega na marra, chorando e pedindo e o pai.

— Jaja o papai vem, meu amor! - saem da adega. Vamos ver o que tem para comer? - brinca com ela.

Na cozinha Diva prepara a comida de Vitória, já havia passado da hora dela comer. Paula alimenta a filha e a deixa brincar um pouco enquanto termina de organizar a mesa com os frios.

— Nossa! Ficou show...
— Ficou, né!? Marisa, chama eles para comerem... Eu já chamei uma vez e não vem!
— Vou lá...- sai.

Paula tira uma foto e resolve publicar.


Oi amores!
Dia de família aqui em casa hoje... ❤
#meubranquinhotajogando #muitaalegria #familia #comilança

Não demora e Vitor chega com o restante para se sentarem à mesa enquanto isso Paula leva Vitória para o quarto e a banha com a ajuda de Marisa. A colocam para dormir, o que não demora acontecer e retornam para a sala da adega em que Paula montou a mesa. Ela se senta ao lado de Vitor e ele a oferece um vinho para experimentar. A madrugada chega sem que percebam entre muitas risadas e histórias antigas. Se despedem com o dia já amanhecendo; Paula e Vitor levam a bagunça para a cozinha e fecham a casa.

— Quer lavar a louça? Podemos lavar...
— Não, pode deixar... Estou cansada e você também. Vamos dormir...
— Tudo bem...- segura na mão dela e vão para o quarto. Vou tomar um banho! Você vem?
— Sim! - sorri. Vai indo, vou lá levar essa cobertinha para Vitória.
— Pulinha...- encara ela.
— Não vou trazer ela! Eu juro... Já volto! - vai até o quarto da filha.

Entra no quarto cautelosamente, confere o ar condicionado, a vela que deixa acesa e vai até o berço. Observa a filha enquanto a cobre.

— Meu amorzinho...- a beija. Dorme bem, mamãe está aqui do lado...

A acaricia um tempinho e sai do quarto. Ao entrar no seu arruma a cama e vai para o banheiro.

— Hum...- sorri. Na banheira...- retira a roupa.
— Sim! Para relaxar...- a observa.
— Estou precisando disso mesmo! - entra com a ajuda dele.
— Vire-se! Vou fazer uma massagem...
— Que delicia! - vira-se animada.

Vitor passa um óleo relaxante nas mãos e a massageia vagarosamente. Paula fecha os olhos e aproveita o momento.

— Uma pena Leo e Tati não terem vindo...
— Sim!
— Vitor, ele está traindo ela?
— Até onde sei, não!
— E porque isso?
— Não sei Pulinha... Mas quero respeitar o momento dele. Já vi que ele não está fazendo coisa errada, então vou apoiar ele no que for preciso.
— Eu sei...- respira fundo. Sua mãe está muito preocupada!
— Eu imagino! Logo ela.
— É muito ruim estar no meio dessa situação como mãe e não poder fazer nada. Ela quer vocês dois felizes, bem, com suas esposas, seus filhos... Os três!! Quer os três tendo uma vida calma e feliz.
— É...!? - sorri, a virando para si. Comigo ela não precisa se preocupar mais! Pode aposentar a preocupação!
— Sério!? - se aproxima ainda mais dele. Não teria tanta certeza!
— Por que!? - riem. Vai me deixar, Paula?
— Vou! - o encara. Vou te deixar mais doido por mim, para sempre...- beija-o.
— Nem precisa de esforço para isso!

Se acariciam, conversam, namoram como dois despreocupados com todo o restante do mundo. Se resumem naquele quarto, um ao corpo do outro. Saem da banheira e se arrumam para dormir.

— Amor, vai ver Vitória...
— Ok...

Vitor vai até o quarto da filha e a vê acordada.

— Vitória...- se aproxima sorrindo. Vamos mimir...- sussurra a virando de lado. Lá em casa toda festa ia para cozinha, dispensa cheia, mel, feijão, milho e farinha... E no calor do fogão a lenha e da viola, ninguém que ali tivesse tão cedo ia embora... Quando nascia o sol lá no sertão mineiro, café com broa, queijo e requeijão caseiro! - canta.

Ainda canta por alguns minutos até a filha dormir de vez. Retorna ao seu quarto e Paula já está dormindo. Retira a samba canção e deita-se aconchegado nela, a cobrindo com seus braços.
Às 7H30min Diva escuta Vitória chorar. Corre para o quarto e a pega.

— "mama Didi..." - aponta para o quarto dos pais chorando.
— Eles estão dormindo meu amor! - passa a mão no rosto dela.
— "Nam..." - chora desesperadamente.

No quarto Paula escuta a filha chorar. Se levanta assustada, corre para o banheiro é veste o roupão, retornando para o quarto para abrir a porta.

— Oi...- vai até Diva que está no corredor tentando acalmar a bebê. Vem com a mamãe! - a pega. Bom dia Diva!
— Bom dia!
— Ela acordou agora?
— Sim! Escutei chorando e vim...
— Meu Deus...- acaricia a filha. Vamos mimir, meu amor... Você está com sono ainda! - retorna para o quarto e Diva para a cozinha. O papai está dormindo...- sussurra. Deita aqui...- a coloca na cama e retira seu roupão, deitando junto.

Vitória se enfia nos braços da mãe e dorme. Algumas horas mais tarde Vitor quem acorda, vê a filha dormindo com Paula e se levanta. Arruma-se e segue pela casa.

— Bom dia! - encontra Dulce na sala. Mas logo cedo na minha casa?
— Bom dia! Também amo te ver...- se cumprimentam rindo. Cadê Paula e Vitória?
— Dormindo... Já tomou café?
— Não...
— Vamos lá...- seguem para a cozinha. Bom dia meninas!
— Bom dia Vitor!

Dulce conversa com o genro sobre a reforma da casa, a viagem que quer fazer e assuntos do escritório.


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