12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 113
Capítulo 112




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/465962/chapter/113

Em alguns dias Vitor consegue organizar todas as questões após a viagem, tanto no escritório quanto com a filha Maria. Está na casa da mãe quando Paula telefona.

— Oi Paula... Já vou para casa!
— Nossa, não é nada disso!
— Então você não quer que eu vá para casa?
— Sem drama! É o seguinte... Nossa consulta é agora de tarde.
— Consulta de que?
— A terapia!
— Eu não vou!
— Você não decide isso! Até porque você já falou que iria... Esteja em casa até as duas da tarde.
— Paula, se vai ser aqui na cidade venha para cá.
— Não! Será na nossa casa...
— O que? Nada disso... Já te falei que não queria nada aí.
— Vitória não estará aqui... Ela vai na fazenda vizinha brincar com o sobrinho do Dino que tem a idade dela, vai ter uma festinha...
— Nada disso! Nem pensar... Vitória não irá para lugar algum.
— Vitor, não comece... Não estamos criando um presidiário.
— Estou indo para casa e espero que Vitória esteja aí! - desliga já se levantando.
— O que foi Vitor?
— Paula vai mandar Vitória para brincar na fazenda vizinha! - pega a chave do carro.
— E o que tem? - se levanta atras dele.
— E o que tem mãe? Ué...
— Pelo amor de Deus Vitor... Que maluquice é essa, meu filho? - o segue. Sua filha está crescendo e tem que ter contato com outras crianças.
— Não conhecemos tanto o vizinho assim para deixar Vitória lá!
— Tenho certeza que Lucy ficará com ela!
— Não importa! Tchau...- se despede e sai.
— Meu Deus! Me pergunto todo dia o que errei na criação de Vitor...- observa ele sair.

Volta para dentro de casa enquanto ele corta a cidade rumo à fazenda chegando alguns longos minutos depois. Desce do carro e corre para casa onde vê a filha fantasiada.

— "Papai..." - vai até o pai.
— Oi amor! - se abaixa para abraçá-la. Que fantasia é essa? - ri, a pegando no colo.
— Ele chegou Dino! - aparece com o vizinho na porta da cozinha.
— Vitor! - se aproxima. Como vai? - o cumprimenta.
— Tudo bem Dino! - sorri. Que milagre você aqui...
— Vim me certificar que sua filha irá na festinha!
— Por isso ela está fantasiada! - sorri olhando para Paula.
— Sim! De Joaninha...- pega a filha do colo dele. Ela irá sim Dino... A Lucy irá acompanhar ela.
— Claro!
— Dulce, se você quiser ir...
— Dino, muito obrigada pelo convite...
— Dulce vai sim! - Vitor interrompe indo até a sogra. Ela vai! Dulce ama crianças, vai adorar a festa. - olha para a sogra que queima ele com os olhos.
— Então vamos?
— Dino, Elias vai levá-las... Acho melhor porque caso Vitória queira vir embora você não precisará se incomodar.
— Como quiserem... Eu vou indo então!


O vizinho termina de cumprimentá-los e Paula e Vitor o acompanha até a porta.

— Vitor! Posso saber desde quando você manda em mim?
— Quero mais alguém lá para olhar Vitória... Por favor!
— Você é patético! Se você não quiser ir mãe, não precisa.
— Se ela não for Vitória não vai.
— VITOR, VOCÊ...
— Chega gente! - interrompe eles. Eu vou! Vou pegar minha bolsa e já vamos.
— Eu odeio você com isso! - sai furiosa da sala.
— Problema seu!
— CALA BOCA! - responde do corredor.
— Ah pronto... VAI COMEÇAR?
— Vitor...- Diva o chama para eles não brigarem. Vem aqui... Fiz um bolo!
— Não quero bolo!
— Tome um café então...

Vitor respira fundo e vai para a cozinha. Alguns minutos depois se despede da filha que sai com a avó e a babá para a festa. Assim que saem da fazenda outro carro estaciona; Diva observa e avisa ele que se retira até a entrada.

— Boa tarde! - cumprimenta. Sou a terapeuta!
— Ah sim... Claro! - sorri. Entra, por favor... Pode ficar a vontade! Vou chamar a Paula...- vai até o quarto. Paula?
— O que você quer? - aparece na porta do banheiro. Se for para brigar já estou avisando que estou bem nervosa e vou te falar muita merda!
— Só não fico para ouvir porque a terapeuta chegou! Não foi você quem a quis? Vem receber. Temos que fingir que somos normais ou brigamos na frente dela?
— Licença! - passa por ele indo para fora.

Ele a acompanha e juntos vão para uma sala reservada da casa.

— Sentam-se um em cada canto do sofá, por favor... - senta-se na poltrona. Bem, sei que não deva ser algo comum ficar falando sobre a vida de vocês para um estranho! Mas estou aqui como profissional para ouvir vocês e ajudar vocês. Vou fazer algumas perguntas e vocês vão me respondendo com toda a verdade... Ok?
— Ok! - respondem.
— Vitor, vamos começar com você... Quando foi que você conheceu a Paula?
— Foi há quase 16 anos atrás...- olha para ela que o evita. Em uma pequena viagem dentro de São Paulo mesmo. Trabalhávamos para um mesmo selo musical e nos conhecemos durante um trabalho...
— O que sentiu quando a viu?
— Não sei explicar! Ela era muito jovem, uma menina, tinha só 17 anos. Eu já era um pouco mais velho...
— E não se interessava por meninas, só cantava elas mesmo! - interrompe.
— Paula... Não é sua vez ainda! Vamos respeitar um a vez do outro...
— Ok, me desculpe! - olha para a terapeuta.
— Continue Vitor...
— Eu já era um pouco mais velho, então o que eu sentia por ela nem eu sabia dizer. Nos aproximamos com o tempo e foi assim que fui descobrindo que eu tinha me apaixonado por alguém que eu acreditava ser igual a mim.
— Acreditava?
— Paula e eu tínhamos muitas afinidades, isso me fez ficar encantado mais ainda.
— Quando descobriu que não eram tão iguais quanto você imaginava?
— Depois que começamos a namorar...
— E estão até hoje? - faz algumas anotações.
— Não! Nos separamos depois de quatro anos e meio de namoro. Tivemos algumas recaídas depois de um tempo até nos casarmos de verdade...- olha para ela.
— O que levou vocês a se separarem e depois casarem anos depois?
— O amor! Ela é a única mulher que já amei na vida.
— Mas não foi seu primeiro casamento...
— Não! Não foi meu primeiro casamento...- se sente desconfortável.
— E porque?
— Porque...- pensa. Porque eu sempre tive medo de assumir algum relacionamento com Paula e a dispensei da minha vida há alguns anos. Ela arrumou um outro alguém e eu...- pensa.
— Você?

Vitor olha para Paula que continua o evitando. A terapeuta observa os dois em silêncio e aguarda ele estar pronto para responder.

— Tenho um ciúmes doentio por ela! Não quis aceitar de forma alguma que ela estivesse com outra pessoa. Quis que ela sofresse como eu estava sofrendo e me envolvi com outra mulher sem pensar nas consequências.
— E você Paula? - olha para ela. Como encarou tudo que houve?
— Normal...
— Ah...- Vitor a encara. Normal? Ela está mentindo porque está brava comigo.
— Me poupe Vitor!
— Eu preciso que vocês falem a verdade!
— Eu estou falando a verdade, ela que não está!
— Vocês querem uma pausa?
— Se você não quer fazer a terapia, porque inventou Paula? Hein? Estou fazendo tudo que ela me pede! - olha para a terapeuta. E ela é assim!
— Tudo que eu peço? Você é um grosso, cabeça pequena!
— Estou cansado já de você me chamar de grosso só porque quero proteger minha filha!
— Não é proteção mais, é loucura! É doença!
— Já chega! - se levanta. Não vou fazer mais nada!
— Volta aqui Vitor! - o segue. Você prometeu!
— Quem não está cumprindo é você! - se vira para ela.
— Gente, por favor... Não vamos conseguir chegar a lugar algum se vocês continuarem brigando e não me ouvirem!
— Ela não sabe o que é ouvir! Ela não ouve ninguém, só a ela mesma.
— Olha quem fala! - ri.
— Acho melhor eu ir embora...
— Não! - vai até a terapeuta. Nós somos assim... Só quero ajuda para lidar com ele!
— Para lidar comigo? - vai até elas. Então eu sou o problema?
— Vitor...
— Eu sou o problemático, o doente, o louco! Devo ser mesmo! Um idiota! - a encara.
— Pare com isso Vitor, não quis dizer isso! AIIIII! - fica nervosa. Meus nervos fervem quando você quer mandar na Vitória mais do que eu! Pelo amor de Deus, também sei cuidar da nossa filha. Você me tira do sério! - olha para ele. Isso é um problema, seu ciúmes é um problema... Admita isso!
— Sentem novamente... Por favor! - pede.

Eles retornam ao sofá. Vitor bebe um copo de água que Diva deixou na sala para eles antes de entrarem. A terapeuta os aguarda se acalmarem, observando atentando os dois.

— Paula, como encarou tudo que houve?
— Eu...- pensa. Eu perdi meu chão! Perdi meu chão quando ele me pediu para seguir minha vida sem ele. Me perdi quando ele se casou e destruiu tudo que havia entre a gente!
— Você já falou que me perdoou!
— Respeita minha vez! - olha para ele.
— Vitor...- a terapeuta pondera.
— Falei que perdoei mas não falei que esqueci! Pelo amor de Deus, te amava mais que qualquer coisa... Como pode pensar que não doeria em mim?
— Eu nunca pensei isso Paula! Por que estamos voltando nesse assunto? Se já conversamos sobre isso...
— Vitor, você martelou meu coração! E por que venha agora retirar os pregos, você o deixou cheio de marcas...
— O fato é que ela nunca acreditou que eu a amasse! - se volta para a terapeuta.
— Eu vou...
— Eu acredito que você me ama! Que mania de falar isso! - interrompe a terapeuta que ia falar.
— Espera! - coloca a mão na frente antes que Vitor fale. Me ouçam! Por favor. Poderia simplesmente largar tudo que já anotei e indicar um divórcio para vocês. Vocês estão se ferindo gratuitamente e isso é desnecessário é desumano. Então agora, por favor, se concentrem! Pensem na vida de vocês dois sem um e o outro. - eles abaixam a cabeça involuntariamente. Paula... Imagine que você está divorciada de Vitor. Como é sua vida?
— Ele pode responder primeiro?
— Não! Quero que você responda primeiro. Se quiser ele pode sair da sala...
— Não...- olha para ele. Pode ficar... Ele sabe a resposta.
— Então diga! Olha para ele e diz o que é sua vida sem ele... Vire-se para ele e fale.

Ela hesita algum tempo, mas acaba fazendo o que a terapeuta pede. Vira-se para Vitor que a observa calmamente.

— Eu...- respira fundo. Não existe mais uma vida sem ele. Nunca existiu! Sempre o quis perto de mim, para cuidar dele, para que ele me protegesse. Não existe a menor hipótese de um divórcio... Já tivemos essa experiência e eu jamais ficaria longe dele novamente. - volta para seu lugar.
— Vitor... Sua vez! Você está divorciado dela... Conta o que é sua vida.
— Um mar turbulento todos os dias. Paula é meu ponto de equilíbrio, meu píer, meu bálsamo. É assustador me ver assim... Tão dependente da vida dela.
— Vocês querem o divórcio?
— Não! - respondem.
— Prestaram atenção que todos os motivos pelos quais vocês brigam são pequenos? Que perdem preciosos momentos discutindo por coisas que não levarão a vocês a lugar algum! Pelo que percebi a criação da filha e o ciúmes é o que vamos ter que trabalhar de agora em diante, estou errada?
— Não...
— Ótimo! Aos poucos vamos fazendo dinâmicas como essas, vamos fazendo vocês entrarem um na vida do outro. Podemos continuar?
— Sim...
— Vitor, o que Paula faz durante todo o dia? Você sabe?
— Uhum...- se ajeita no sofá. Paula organiza todas as finanças da nossas vidas, cuida das coisas relacionadas a nossa casa, a fazenda como um todo. Trabalha a distancia no próprio escritório e me ajuda nas minhas responsabilidades no meu e cuida de Vitória. Ela não relaxa nem quando não tem nada para fazer!
— O que Vitor faz, Paula?
— Ele administra os negócios dele, escreve, compõe, lê, dorme, cuida da nossa filha, me ajuda em todos os afazeres...
— Vocês mentiram ou esqueceram de algo?
— Não! - respondem.
— Vitor, o que você gostaria de modificar na Paula?
— Talvez não seria modificar... Mas, gostaria que ela fosse menos perfeccionista.
— Paula?
— Que ele não fosse tão autoritário!
— E o que vocês acrescentariam um no outro?
— Confiança! - responde Paula.
— Vitor?
— Nada...
— Você não acrescentaria nada a Paula?
— Não.
— Vou entrar em um assunto que vocês têm direito de não querer responder, mas reforço que estou aqui como profissional! Posso prosseguir? - eles concordam. O sexo! Algum momento invadiram ou adentraram limites não permitidos um do outro?
— Não!
— Alguma vez foi para satisfação do outro e não para si?
— Não!
— Vocês querem falar sobre isso ou querem apensas irem respondendo?
— A gente pode falar, sem problemas!
— Estou ouvindo...
— Não temos problemas com o sexo, pelo contrário! A gente se ama e se entende bem nisso. Vitor nunca invadiu meu espaço, nunca me desrespeitou, nunca adentrou qualquer limite não permitido. Quando as coisas começam esfriar, nós mesmos revemos nossas atitudes e acendemos a chama novamente! Somos apaixonados, por mais que talvez não pareça agora...
— Não se preocupe com o que parece ou não! - a terapeuta a tranquiliza.
— Ok...
— Vitor?
— Faço dela as minhas palavras!
— Quantas vezes por semana se veem?
— No máximo 4 dias, fora férias.
— Quantas vezes se relacionam?
— 2,3 dias...
— Quantas vezes saem para jantar, se divertir fora daqui?
— Nem uma vez.
— Vocês não saem? - olha para eles.
— Não... São raríssimas as vezes que saímos para algum lugar.
— E com a filha?
— Não saímos.
— Ok...- termina sua anotação. Por que me procuraram? - os encara.
— Porque...- pensa. Porque estávamos brigando constantemente por coisas desnecessárias.
— Na verdade foi por causa do meu ciúmes! De um episódio que aconteceu já tem algum tempinho...
— Vitor, não foi...
— Sei que aquilo não foi normal! - olha para ela. Me senti muito mal!
— Eu sei, amor...- pensa no que disse. Eu sei, Vitor... Mas...
— Não tem mas!
— O que ocorreu?
— Ela se reencontrou com um antigo conhecido aqui na fazenda por acaso. Ele veio indicado por uma empresa para fazer um teste como médico veterinário... Eu os vi se aproximar e...- ele para e encara o teto. Eu a machuquei!
— Você a agrediu?
— Não, eu a puxei do cavalo em que estava com ele.
— Ele não me machucou... Vitor aumenta as coisas.
— Ela precisa saber de tudo, não precisa?
— Mas você está falando como se tivesse me batido!
— Eu tive vontade de bater nele! - encara ela. De quebrar todos os vasos da casa na cabeça dele!
— Como você a machucou?
— Puxei ela muito forte! E depois nos relacionamos...
— Eu...- a terapeuta encara os dois. Não entendi! Vocês brigaram...
— A gente brigou e transou depois! Sim, foi isso...
— Entendi! E qual o problema disso?
— Ele perde o controle, ele muda de humor muito rápido!
— Você me tira do sério!
— Está vendo? - aponta para ele. Sou sempre eu o problema!
— Não é que seja você! Mas você me provoca... Ela faz coisas que sabe que não gosto só para me deixar irritado. Até comida acredita? Manda fazer comida que não gosto quando briga comigo... Sai de casa como se fosse solteira, tem aulas particulares com outros homens, mas eu não posso fazer nem uma massagem com uma mulher até no mesmo quarto que ela.
— Não mesmo! E sabe porque? Até com a cunhada ele já saiu.
— Paula! - se levanta. Você já está exagerando!
— Não estou, não! - faz o mesmo.
— Eu estou com você!
— MAS JÁ ESTEVE COM OUTRAS!
— Assim como você já esteve com outros homens! E não grite...

Enquanto discutem o passado a terapeuta os acompanha com os olhos até se darem conta de que ela está ali e pararem.

— Por hoje já deu! Não farei mais nada...- sai da sala.
— Não sei o que faço com ele! Me desculpa...
— Você sabe que ele precisa mais do que você.
— Eu sei...
— Senta Paula, vamos conversar...
— Quando voltamos a namorar ele me prometeu que voltaria para terapia, mas não voltou! Ele já sofreu demais... Tem muito medo, é muito confuso.
— Por que você o provoca?
— Para ele acordar que tem uma esposa! Eu na verdade fui injusta... Ele tem uma outra filha, se chama Maria. Ele teve que dar muita atenção a ela durante um tempo e ficamos eu e Vitória em segundo plano. Me sentia um objeto em um ciclo vicioso, mas a culpa ao era dele e mesmo assim eu o culpei. Sei que errei...
— Não gostaria de encerrar a sessão com vocês dois brigados...
— Vamos nos resolver! Não se preocupe.
— Volto na semana que vem! - se levanta. Ou me ligue quando precisar.
— Certo!
— Na próxima terapia vamos pontuar os problemas e vamos começar a trabalhar neles!
— Ótimo! - a acompanha até a porta. Me desculpe qualquer coisa...
— Paula, vocês são um casal normal! Não se preocupe com nada. Até a semana que vem! - se cumprimentam e ela sai.

Paula a observa se retirar da fazenda e retorna para a casa a procura de Vitor. Encontra-o na cozinha junto de Diva tomando café.

— Muito bonito o que você fez! Parecíamos dois descontrolados.
— Pensei que terapeuta ia ajudar e não deixar vocês dois mais nervosos!

Vitor olha para a Diva que se retira.

— Agora todo mundo vai se intrometer na nossa vida? - olha pra Paula.
— Ela só está preocupada com a gente...
— Não estou falando da Diva! Estou falando da terapeuta.
— Vitor... Estou cansada! De verdade...! Se você não quer mais eu telefono e desmarco e ela não vem mais. Mas eu realmente estou cansada de toda essa história e de toda essa confusão por pouca coisa. Você decide... Desisto de você! - sai da cozinha.

Ele termina seu café e vai para o jardim.

— Norberto...
— Oi Vitor! - vai até ele.
— As flores já foram aguadas?
— Não! Vou fazer isso assim que terminar aqui... Aproveitar que o sol baixou.
— Pode deixar que eu faço isso!
— Tudo bem! Está ali a mangueira...- mostra.
— Pode deixar!

Ele busca a mangueira e começa aguar as plantas do jardim. Observa um carro se aproximar da sede e reconhece ser Elias trazendo Dulce, Lucy e Vitória que desce já correndo.

— VEM AQUI FILHA! - sorri quando ela vem. Sua joaninha linda! - ri. Estava festando sua sapeca! Quer mexer na água? - a filha tenta pegar a mangueira dele. Vai ali que papai vai jogar água em você...- Vitor joga nela que corre rindo. Cuidado! - ri.

Ele corre atrás dela e a pega. Tira a fantasia da filha e continua jogando água nela que sai gritando e rindo.

— Que barulho é esse? - vai para a janela ver. Vitor está jogando água na Vitória! Ela vai pegar um resfriado...
— Paula, deixe eles brincarem! Ela não pegará resfriado algum...- coloca a bolsa da neta no sofá. Como foi a terapia?
— Não deixa a bolsa aí mãe...
— Nossa Paula! Porque você está tão chata?
— Não estou sendo chata! - pega a bolsa. Só não quero a casa desorganizada...- leva a bolsa até o quarto e Dulce a segue. A terapia foi um fiasco... Parecíamos dois malucos na frente da terapeuta. Aí mãe! Não quero falar disso! - coloca a bolsa no guarda roupa da filha e sai.
— Vou voltar para cidade... Posso pedir que Elias me leve?
— Pode!
— Obrigada!

Paula vai para seu quarto e abre a varanda, observando Vitor brincar com a bebê no jardim novamente. Vitória a vê e sorri, ela dá tchau e a filha corresponde. O restante do dia passa de uma maneira muito estranha para eles. Diva e Sol preparam o jantar para os três, depois do banho sentam-se a mesa e comem apenas conversando com a filha. As funcionárias retiram a mesa e organizam tudo, indo embora logo em seguida. Vitor cuida de Vitória até ela adormecer enquanto Paula fica na sala lendo um livro sobre educação de crianças e acaba dormindo também.

— Paula! - a chama da porta da cozinha. Paula!
— Que!? - desperta.
— Vá para a cama, Vitória já dormiu. - retorna para a cozinha para pegar a água e segue para o quarto.

Ela vai para o quarto, banha-se e deita, desligando o abajur de seu lado.

— Boa noite!
— Boa...- se ajeita na cama.

Vitor se levanta e sai do quarto, ela percebe que ele saiu mas o deixa quieto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Continua!!!!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "12 anos em 12" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.