12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 110
Capitulo 109




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Retorna ao quarto e se aconchega em Paula que segura no braço dele sobre ela. Ele desliga a televisão e descansam por algumas horas.

SEMANAS DEPOIS.

— Não esquece! - coloca na mala.
— Do que? - se vira para ela enquanto coloca o relógio.
— Você estava ouvindo o que falei? - o encara.
— Desculpa, amor! Estou...- se aproxima dela. Queria tanto que você fosse comigo!
— Tenho show, tenho entrevistas, tenho reunião na Universal! A Paula Fernandes não me deixa ir.
— Eu sei! - sorri. Tenho muito orgulho dessa tal Paula Fernandes, mas confesso que ás vezes...
— Olha lá o que vai dizer! - riem. Vai passar rápido!
— Eu espero! Porque não estou mais acostumado a viver longe...
— Meu Deus! - o abraça. Consegui fazer o mestre da vida de solteiro sentir saudades da esposa!
— Pare com isso! - ri. Sempre senti sua falta!
— Paula? - entram no quarto.
— Oi! - responde se afastando de Vitor. No closet...
— Olá! - Cíntia entra. Elias está te chamando para irem... Já está na hora!
— Já irei! - sorri.
— Ok! - sai.
— Achei que ia dar tempo de namorarmos um pouquinho! - a beija.
— Maluco! - ri. Vamos, não quero correr no caminho.

Pegam as malas e levam até a sala. Ele se despede da filha já chorando e de todos os outros ali presentes. Paula iria acompanhá-lo até o aeroporto. No caminho ela explica tudo que tem na mala e em que lugar está enquanto Elias ri dos dois que discutem o porquê ela colocou tanta roupa. Chegam no aeroporto de Uberlândia e encontram Marisa e Tatianna junto de Leo.

— Vamos lá! - segura na mão dela e saem carregando as malas enquanto Elias à espera.
— Oi! - sorri.

Se cumprimentam e conversam até o voo deles ser chamado.

— Não esquece do protetor! Mesmo que esteja nublado você precisa passar. - arruma a camiseta dele. E coloquei dois para os lábios! Não perca.
— Eu vou sentir sua falta! - acaricia o rosto dela.
— Eu também! - se emociona. Não demora! - abraça-o apertado.
— Eu não vou, amor! - a segura em si.
— Ah...- se afasta limpando os olhos. Tem remédios na sua bolsinha... Coloquei para tudo! Não coma nada que tenha leite, pelo amor de Deus... Se você passar mal lá, como vão fazer?
— Tudo bem Pulinha! - ri.
— Toma! - coloca na mão dele. Não ande sem...
— Obrigado! - olha o pequeno rosário na sua mão.
— Meu menino...- passa a mão sobre o rosto dele.
— Só está faltando eu...- sussurra. E estão todos olhando!
— Não tem problema! - ri. Você é meu menino, meu amor...- coloca os braços sobre o pescoço dele. Não se apaixone por ninguém lá, por favorzinho...
— Paula! - ri.

Se beijam vagarosamente, sem se importarem com nada ao redor. Marisa se aproxima e pede desculpas por interromper, avisando que fizeram a última chamada.

— Vai lá! - arruma a blusa dele novamente. Aí meu Deus! - olha a calça. Fecha a braguilha!
— Vou guardar! - fecha. É só seu!
— Vitor! - fica sem graça pela Marisa que ri.
— Preciso ir! Cadê meu celular? - coloca a mão no bolso.
— Aqui! - entrega. E seu passaporte também!
— Tchau! - segura o choro e a beija. Eu te amo! - se afasta mandando beijo.
— ME LIGA QUANDO CHEGAR! - acena. Não queria que ele fosse para tão longe! - coloca a mão no coração.
— Já ele volta! - Marisa a abraça e ela faz o mesmo com a sogra. Por que amo tanto esse homem? Se ele se apaixonar por alguém lá eu mato ele. De verdade.
— Tudo bem! - riem.

Ela resolve sair para tomar um café da tarde com Tatianna e Marisa. Liga para casa para avisar e sentam-se em uma doceria conhecida de Uberlândia.

— Como você está Tati? - pergunta enquanto Marisa vai ao banheiro.
— Bem... - sorri. Eu não sei dizer na verdade! - olha para trás.
— Você e Leo...
— Sim! Não sei o que está havendo com ele.
— Pode ser que seja um stress por conta do trabalho.
— Vitor quem ficava assim e não Leo!
— Mas Tati...
— Paula, quero pedir o divórcio mas preciso preparar as crianças porque Antônio e Matheus já entendem.
— Você tem certeza?
— Sim! Pensei muito nos últimos dias. Tenho estado sozinha todo esse tempo... Se ele precisa de um tempo, é melhor darmos. Mas tenho medo dele encontrar alguém!
— Tati! - segura na mão dela. Pense em você! Não em filhos, não no Leo. Mas em você! Só consegui Vitor quando eu pensei em mim... Ninguém vai querer a gente se não quisermos nós mesmas primeiro.
— Você está certa... Farei isso! Eu só acho que...
— Marisa vem vindo! - se arruma na mesa.

Elas entram em outro assunto e acabam passando o resto da tarde juntas. Foram ao shopping, a floricultura até cada um seguir seu destino. Já em casa Paula resolve fazer uma ligação.

— Oi! - sorri.
— Tia!
— Oi, meu amor.. Como você está?
— Bem! E você?
— Estou com saudades Maria... O papai também está.
— Eu sei... Mas estou estudando.
— Entendo pequena! Mas você não vai deixar de vir aqui, né?
— Não... Eu não quero deixar de ir aí, já estou com saudades também.
— Olha...- senta-se. Quando você vier nós iremos para Angra!
— Na praia?
— Sim! Gostou da ideia?
— Amei tia! Quero ir logo.
— Então estude direitinho para poder vir...
— Estou fazendo isso!

Maria conta para Paula sobre os professores e tudo que está aprendendo até ser interrompida por uma voz a mandando desligar.

— Está tudo bem Maria?
— Eu preciso desligar, tia...- diz triste.
— Por que?
— Depois a gente se fala...
— Maria! Não desliga, espera... Preciso te pedir algo... Maria? - a garota desliga. Ué! Maria? - desliga o telefone.
— O que foi? - Cintia se aproxima.
— Alguém mandou Maria desligar o telefone.
— Você tem certeza?
— Sim! Claro que tenho...- se levanta e pega o telefone fixo. Vou ligar de novo desse aqui! - digita.

Alguns segundos depois uma funcionária da casa atende.

— Oi! Posso falar com Maria?
— Só um instante...

Paula escuta algumas vozes ao fundo e Maria atende.

— Quem é?
— Maria... Sou eu, tia Paula! O que houve?
— Ah...- olha para a mãe. Oi amiguinha, não posso ir brincar.
— Maria alguém está proibindo você de falar comigo? - sente o coração apertar.
— Aham!
— Quem está fazendo isso?
— Não posso...
— Tudo bem! Me mande mensagem de noite... Ou quando estiver sozinha. Maria, papai está viajando em um lugar bem longe daqui e quer muito falar com você. Está com saudades!
— Eu também!
— Ligue para ele!
— Eu já pedi isso, mas não fazem...
— Então papai vai te visitar assim que chegar! Mas não diga a ninguém.
— Tá bom!
— Maria, desligue o telefone! - Camila diz.
— Preciso desligar! Tchau...- desliga.
— Tchau...

Cíntia a observa com uma feição triste colocar o telefone na base. Tenta falar algo, mas resolve não dizer nada quando a vê indo para o quarto.
O dia passa depressa enquanto ela brinca com a filha que começa pedir o pai.

— Papai foi trabalhar...- amarra o cabelo dela. Jaja ele volta!
— Hei...- se joga na cama. Por que saiu daquele jeito após o telefonema?
— Maria me contou...
— Mamá... - a filha a interrompe.
— Isso, a Mamá amor...- ri. Ela contou que não estão deixando ela falar comigo e nem ligar para o pai.
— Está brincando?
— Não! Não sei o que fazer... Não vou contar isso para o Vitor. Cíntia, tenta descobrir se Camila ainda está atendendo na clínica do Ricardo... Porque se estiver eu vou até lá.
— Mas eles não estão em Campinas?
— Os pais dela sim! Mas ela estava trabalhando aqui ainda e se está com Maria como ouvi no telefone, elas devem estar aqui em Uberlândia.
— Farei isso para você! Mas não arrume confusão...- sai do quarto para telefonar para a clínica que atende a noite também.

Arruma Vitória para o jantar e vai até a cozinha.

— Fala para Diva que você deu um baile para tomar banho! - a coloca na cadeirinha.
— Ela está assim agora! Só quer saber de gritar! - coloca uma panela na mesa.
— Precisa de umas palmadas! - pega um copo com água.
— Faça isso e você que ganhará palmadas do seu marido!
— O que não seria mal, né!? - riem.
— Atrevida! - ri dela. Se ele for mole na cama como é para vida, não seria mal mesmo...
— Hum...- coloca o copo de água no balcão. Bem Diva, sobre isso eu terei que dizer que ele é irreconhecível na cama! - riem. Mas chega desse assunto! - senta-se ao lado da filha.

Cíntia retorna do escritório e avisa Paula que Camila está em Uberlândia. Jantam e logo em seguida vão para sala assistirem um filme enquanto tomam sorvete.

— Vitória...- olha para filha brincando com um enfeite da mesa de centro. Dê para mamãe? - estende a mão. Não pode brincar com isso.
— "Nã" - a bebê esconde atrás das costas.
— Vitória! - a encara, mas o telefone a interrompe. É o papai! - atende. Oi!
— Oi! - sorri. Cheguei a pouco!
— Que bom! Estava aguardando você ligar...
— Como estão as coisas? - abre a porta.
— Bem! E por aí?
— Também! Maria ligou? - leva a mala para dentro do quarto.
— Maria? - pensa. Ligou sim! Está com saudades da gente.
— Que bom! - sorri. Fico aliviado! Tentei ligar para ela e não consegui.
— O celular que ela atende quebrou...
— Então compre outro e envie para ela!
— Farei isso...
— Como você está?
— Estou com saudades de você!
— Isso é bom! - ri. Também estou! - deita-se na cama.
— Vá tomar um banho e descansar, mais tarde nos falamos...
— Estou bem! Que dia é sua reunião?
— Acho que amanhã! Cíntia que sabe. E tenho que ir conhecer um figurinista novo...
— Entendi!
— Tudo bem eu usar seu cartão? Preciso desbloquear a senha do meu.
— É nosso cartão! Pode usar sim e nem precisa desbloquear a senha do seu, já conversamos tanto sobre isso.
— Exatamente! Conversamos e você não muda.
— Vamos parar antes que briguemos...
— Mais um ponto para levarmos para terapeuta.
— Ótimo! Começaremos a compartilhar nossas intimidades com uma estranha.
— Vitor! - o repreende. Ela é amiga da sua mãe.
— Piorou, né Paula? Se minha mãe fica sabendo dos nossos problemas ela mesma quer resolver!
— Você concordou em irmos! Não coloque empecilho agora.
— Concordei em um momento de fragilidade minha...
— Aí meu Deus, como ele é frágil! - debocha.
— Eu adoraria estar frágil daquela forma nesse momento...- se levanta e olha a janela. Está um friozinho gostoso aqui... Vou ter que procurar algo ou alguém para me esquentar.
— Procure sim! Beba chá, vai até o Leo que ele te abraça e dorme quentinho com você...
— Deus que me livre! - riem. Olha...- vai até o banheiro. Tem uma banheira linda aqui! Eu e Leo não cabemos nela, vou conversar com a moça da recepção... Ela cabe!
— Vitor! - riem. Pode chamar ela, quem você quiser... Ninguém vai te fazer o que eu faço.
— Auto confiança!
— Sempre!
— Não sei porque, mas não paro de pensar na Maria... Acho que tem algo ocorrendo, Pulinha! E não consigo saber o que.
— Vitor...- sente o coração doer. Preciso te falar algo...
— Eu sabia! Algo ocorreu a ela? Por favor Paula...
— Não é nada ver com a saúde dela! Calma... Ela está bem.
— O que foi então? - senta-se.
— Tem alguém a impedindo de telefonar para você!
— O que? Não... Isso só pode ser mentira!
— Vitor, porque eu mentiria? Nao acredito que você esteja desconfiando de mim!
— Não, amor! Não... Desculpa! - se levanta. É que estou...- se emociona. Como podem fazer isso? - chora.
— Vitor...- se arrepende. Meu amor, tenha paciência... Vou tentar saber o que está havendo direito e vamos resolver isso.
— Paula, eu pensei na Camila todo esse tempo... Porque eu poderia tirar a guarda dela pelas coisas que ela fez! E ela faz isso comigo?
— Eu sei que é revoltante, mas tenha calma... Vou resolver isso!
— Quem te falou Paula? - seca as lágrimas.
— A Maria! Eu liguei para ela e ela estava estranha... Alguém a mandou desligar. Tornei ligar e ela acabou contando... Teve que fingir no telefone que eu era uma amiguinha dela para poder falar comigo.
— Isso é um absurdo!
— Pedi para ela te ligar! Ela quer fazer isso... Tenha calma. Amanhã mesmo vou tentar resolver isso...
— O que vai fazer? Não se envolva! Isso é assunto meu.
— Assunto seu Vitor? Você fala como se eu não me importasse. Ela passou a ser parte da minha vida também! Isso também é assunto meu.
— Não quis dizer isso...
— Esqueça!
— Paula...
— Preciso dar banho em Vitória! Vou desligar...- desliga.

Deixa o celular na cama e busca Vitória na sala. Banha a filha e a coloca para dormir em seu quarto. Cíntia dormiria junto com ela já que estavam só as três.

— Olha...- pega o celular de Paula. Tem alguém mandando mensagem!
— Quem é!? - solta o cabelo.
— Vitor!
— Depois vejo...- vai para o banheiro.

Paula toma banho enquanto Cíntia lê um livro sobre a cama. Não demora terminar e se deita, pedindo o celular.

— Aqui! - entrega. Ele continuou mandando mensagens! O que houve?
— Nada...- abre o WhatsApp.

WHATS ON

— Paula... Para que isso? Não quis dizer aquilo. Pensa um pouco também! Estou preocupado com Maria há semanas e não consigo ter notícias dela e então descubro que a impediram de me telefonar. Eu não aguento mais isso, não aguento fazerem isso comigo depois de tudo que já houve eu só quero minha filha... Me desculpa!
— Vitor...- responde triste por ele. Já conversamos! Vamos resolver isso.
WHATS OFF

— Ás vezes penso se as pessoas continuariam amando Vitor se soubessem como ele! - joga o celular na cama.
— Como ele é? - fecha o livro.
— Complicado! Um porre...
— Que você adora se embebedar! Então não fale... Porque se você que já sofreu na mão dele ainda ama ele, imagina os outros?
— Ele está mal! Mas ele é um imbecil... Tenho raiva quando ele fala desse jeito.
— De que jeito!?
— Não queira saber! - deita-se arrumando para dormir.
— Não quer ver nenhuma série? Filme?
— Liga aí... Se eu conseguir chegar até o final, tudo bem...
— Ok! - liga a televisão.

Assistem um filme até altas horas da madrugada. Paula dá a mamadeira para Vitória que deita na cama com Cíntia e ela abre a varanda, sentando-se. Pensa em Vitor, repensa se não foi muito rude com ele. Pega o celular e vê que ele visualizou a mensagem, mas não respondeu.

WHATS ON
— Vitor? Está aí!? - ele visualiza.
— O que houve? - responde.
— Nada... Está tudo bem com você?
— O que você acha?
— Vitor, para!

— Não consigo dormir...
— Hum...
— Vai só responder assim?
— ✌
— Tchau! - fecha o aplicativo.

Alguns segundos depois...

— Quando eu falei que o problema era meu e que eu iria resolver é porque Camila está fazendo isso para me afrontar e não porque não é parte da sua vida. Pelo amor de Deus! As coisas já estão difíceis e você complica ainda Paula.
— Eu complico? - aparece. Não precisava ser grosso!
— Tanto faz! Pense como você quiser. Estou cansado e preciso dormir.
— Não quer saber de Vitória?
— Já conversei com a Diva! Sei que está tudo bem. Boa noite! - sai.

WHATS off

— Droga!

Retorna para o quarto, mas não consegue dormir direito, acordando uma hora depois. Pega o celular novamente e envia mensagem para ele.

WHATS ON
— Vitor??? Por favor, me responde!
— O que quer?
— Não consegue dormir também?
— Não.
— Nem eu. Me desculpe!
— Pelo que dessa vez?
— Ah Vitor! Por favor... Chega

— Não consigo dormir!
— Vou deixar que você resolva... Vou confiar em você.
— Ela vai te ligar... Confia em mim.
— Ligue a televisão...
— Não dá, Cíntia está dormindo aqui com Vitória.
— Então vá para o outro quarto...
— Tá...- se levanta e vai. O que quer que eu veja?
— Na HBO!
— Pronto... Vou colocar aqui! - senta-se e o telefone toca.

WHATS OFF

Ela atende.

— Oi...
— Não sei o final desse...
— Nem eu...- deita-se.
— Eu te amo! - respira fundo.
— Vitor... Eu também te amo! Muito. E você sabe.
— Vamos assistir o filme...
— Você vai desligar?
— Não... Vamos assistir comentando o filme.
— Ok...- sorri, ajeitando-se na cama. Eu amo esse ator!
— Ele é genial mesmo, tem um outro filme dele que vou tentar achar no meio dos meus dvds para vermos. É antigo, não vai ter na TV...

Conversam sobre o filme até Paula dormir no telefone. Vitor ri do outro lado ao ouvir ela roncar.

— Boa noite, Pulinha...- desliga.

O dia chega e Paula é acordada por uma pessoa batendo na porta.

— Chama a mamãe...
— Mãmã..." - Vitória bate e Cíntia ri.
— Vem! - abre a porta e vê a televisão ligada e Paula capotada na cama. Vitória... Acorda sua mãe preguiçosa! - coloca-a na cama.

Vitória sobe nas costas de Paula e deita-se sobre ela que desperta rindo.

— Vivi...- coloca a mão na filha a tirando das costas. Você já acordou? Meu Deus! Você não dorme. - a beija.
— Por que dormiu aqui?
— Estava sem sono... Vim ver um filme e dormi.
— Vamos tomar café! - pega Vitória.
— Vai indo que já vou! - sorri para a filha.

Elas se retiram do quarto e Paula vai para o seu se arrumar enquanto Cíntia leva a bebê para tomar café. O dia passa e ela dispensa Lucy para aproveitar com a filha, mesmo tendo que trabalhar. Recebe produtores da Universal, agenciadores da sua agência de imagem com Vitória no colo.

— Sentem, por favor! - os leva para sala de jantar. Hoje teremos a presença de uma pessoinha ilustre junto! - eles riem.

Conversas vão e vem, contratos são assinados, acordos são firmados e eles vão embora para Paula receber o novo figurinista.

— Seja bem vindo! - o observa na sala. Me desculpa te deixar esperando! Estava dando banho nela...- sorri se aproximando. Tudo bem? - aperta a mão dele. Qual seu nome?
— Eduardo!
— Prazer enorme te conhecer Eduardo! Sente, por favor...- ela se senta com Vitória.
— Que moça mais linda! - vê Vitória abraçada na mãe.
— Até parece que tem vergonha! Daqui alguns segundos ela já pulando na sua cabeça se você deixar...- riem.
— 2 anos?
— Ainda não! Mas falta pouco. - sorri.
— Paula... Eu te trouxe o catálogo! Estou muito feliz em trabalhar com você... Sempre gostei tanto do seu trabalho!
— Muito obrigada! - pega o catálogo. Preciso de uma nova identidade! Na verdade eu preciso me descobrir nesse meio... Você já deve saber o que falam de mim a respeito das minhas roupas.
— O importante é você imprimir sua essência! Nós vamos encontrar o ponto certo para você. - sorri.
— Ótimo! - se alegra. Sol? - chama a funcionária.
— Oi! - se aproxima.
— Você prepara a mesa de jantar para gente?
— Claro!
— Eduardo, você janta conosco hoje!
— Será uma honra.
— Mas já vou avisando, é todo mundo meio maluco aqui! - ri. Começando por essa coisinha...- faz cócegas na filha.

Ele começa mostrar as produções para Paula. Vitória sai do colo e retorna para sala com uma boneca em mãos, mostrando ao Eduardo que se diverte.

— Busca as outras Vivi... Para darmos papá para elas! - ela sai correndo.
— Ela não para?
— Não! E nem dorme... Acostumou a ir dormir muito tarde por conta do Vitor, mas acorda duas, três vezes na madrugada e desperta de vez as 6,7 da manhã e passa o resto do dia assim... Correndo!
— Que pique!
— Nem me fale! - ri.

Sol os chama para jantar e Eduardo ajuda Vitória levar as bonecas para a mesa. Coloca-as perto da menina enquanto Paula arruma a comida dela.

— Cadê Cíntia?
— Aqui! - aparece. Oi Eduardo! - o cumprimenta. Paula, precisamos decidir os arranjos de amanhã! Vitor deixou a assinatura digital e precisamos fechar a produção.
— Depois tenho que procurar no escritório a pasta!
— Paulinha! - Diva se aproxima.
— Sim!?
— Olá! - cumprimenta a visita. O rapaz das porcelanas vem amanhã de manhã! Você precisa escolher quais vai ficar...
— Está com as amostras aí?
— Vou buscar! - se retira.

Se servem, mas Paula não consegue comer sem ser interrompida por algo ou alguém. Vitória não para com as tentativas de fala e Eduardo se diverte enquanto ajuda ela alimentar as bonecas.

— Qual o nome dessa Vitória? - finge colocar comida na boca da boneca.
— Manú!
— Manu? Meu Deus... Que nome lindo!
— Diva! Essas aqui...- mostra marcado com caneta. Vou querer essas! Vamos usar o cartão do Vítor, por isso me chama na hora que o rapaz chegar! - fecha o catálogo e entrega.
— Ok! - sai.
— As bonecas estão comendo mais do que você, dona Vitória! Pode comer...- observa filha.
— É esse ritmo todos os dias?
— Não! É um pouco mais calmo...- ri. Vitor me ajuda muito e Lucy também...- come.
— Paulinha, vai querer entrar ao vivo hoje?
— Aonde? - limpa a boca.
— No Instagram!
— Pode ser... Mas tem que ser depois que Vitória dormir.
— Sim...

Comem e conversam sobre as roupas ao mesmo tempo. Eduardo ainda fica até à 1H00 da madrugada, decidindo looks com Paula. Ela coloca a filha para dormir, depois de muito custo e birra e deita-se na sala com Cíntia. Conecta o Instagram na Live e espera as pessoas irem aparecendo.

LIVE
— Oi!!! - sorri. Quem está aí? - ri enquanto lê os comentários. Hum... Tem bastante gente! O que querem saber?

• O que faz acordada agora? Manda bjs
— Gente... - ri. Eu estou na ativa desde as 7 da manhã! Trabalhando duro hoje para muita coisa legal que vai vir...- sorri. Bjs Gabriel.
• Cadê a Vivi?
— Vivi está dormindo! Dormiu agorinha...
• Paula eu acabei de chegar do show do Vítor aqui na Argentina! Seu marido é lindoooooooo
— Ele é lindo mesmo! Já estou com saudades...- ri.
• Paula, manda beijooo
— Beijos!!!! - sorri. Gente, passa muito rápido... Dai não vejo tudo! Alguém é mamãe? Vitor estava lendo um livro sobre o sono das crianças... Alguma mamãe para me indicar a melhor maneira de modificar o horário de sono das nossas crias? - ri. Vitória está em um pico de desenvolvimento incrível! Mas ela não dorme. Não sei o que faço...- ri. Oi? - olha para Cíntia. Quero! Me dê aí... Cíntia está me oferecendo doce! Hehehe. Beijo Claudia! Beijo Júlia! Beijo Carol! - vai lendo e pega o doce de Cíntia.
• Paula, vem para Belém e traga o Vítor!!!! - ela ri.
— É só me chamar que vou mesmo e levo ele sim!
• Vai dormirrrrrr cunha! Kkkkkkk
— Tati! - ri. Já vou! Nos vimos ontem mas já estou com saudades...- come. Será que tem bolo lá dentro? - olha para Cíntia. Pega lá! Aquele de fubá... Do café da manhã! Põe leite condensado...- ri.
• vai engordar assim!
• Paula manda beijo...
• Manda beijo!
• Paulinhaaaaa mostra a Vitória!!!
— Vitória está dormindo! - sorri.
• ❤ saudade!
— Amor! - ri. Cíntia, Vitor na Live! - riem. Saudades também! Volta logo... Beijo!!!
• Paula, sou mamãe! É bem complicado isso... Quando minha bebê tinha 2 aninhos eu fiz isso e foi bem dolorido para mim no início ter que deixar ela acordada quando queria dormir. Vai tirando os horários errados...
— Obrigada, Ana! Pois é... Vitória está elétrica e ela não dorme! Mas volta e meia ela puxa umas sonecas pela tarde, vou tentar tirar isso então... Para ela dormir mais cedo e etc.
• Paula você está linda!!!
— Obrigada! - sorri. Mas estou toda suja de leite, com a roupa ensopada...- ri. Vitória me deu um banho e uma canseira hoje. Mas, valeu muito a pena. É sempre bom e saudável passarmos um dia inteiro com nossos filhos na ativa! Trabalhando, gerenciando a casa e sendo pais. Volta e meia libero a Lucy que me ajuda desde que Vivi nasceu, para mim ficar o dia com ela! Principalmente quando Vitor viaja e eu fico... Estamos sempre nos desdobrando para ficar o máximo de tempo possível agarradinhos nela.
• Ela já fala com vocês??
— Já sim! - ri. Já fala o nome das bonecas, chama mãmã, papai, mamá que é a maninha! Ela já interage muito com nós e eu estou comprando aqueles livrinhos de som e ela está adorando... Pessoal, vou precisar sair! Vou tomar um banho que mais tarde tem mais... Amanhã tento entrar para gente conversar sobre mais coisas. Como desliga esse trem? Ah sim... Já achei! Beijinhussssss!!!! - desliga.
LIVE OFF

— Já saiu?
— Senhor encrenca vai me ligar... Em 3,2,1...- o celular chama. Não falei! - atende. Oi amor!
— Oi...
— Vi que o show foi lindo!
— E foi mesmo! As pessoas daqui são muito atenciosas.
— Eu imagino! - sorri.
— Dispensou Lucy?
— Sim! Pensa em uma canseira? - ri. Fiz reunião com ela no colo, recebi figurinista com ela junto...- riem. Por falar nisso, Vitor ele é incrível! Me entendeu tão bem... Nunca vi igual.
— Que maravilha! Não deixe jamais te dizerem como você deve se vestir...
— Sim! E ele está me ajudando muito a organizar tudo, a ornar as coisas... Amei! Ele jantou aqui, brincou com Vitória... Ela levou todas as bonecas para a mesa de jantar! - ele ri. Quando é seu próximo show?
— Amanhã!
— Queria você em casa, logo!
— Não diga isso que fico mal! Também queria muito estar aí...
— Hoje eu irei à clínica... Vou falar com Camila.
— Tome cuidado!
— Tomarei! Confia em mim.
— Fiquei tentando falar com Maria hoje... Mas não atende! Cai na caixa de mensagem.
— Espere eu conversar com Camila... É melhor!
— Tudo bem!
— Já foi visitar algum lugar aí?
— Não! Vou mais tarde...
— Me trata uns doces!
— Vou levar! - riem. E você, não vai comprar nada para minha chegada? - deita-se.
— Ainda estou pensando sobre isso...
— Pense com carinho, com muito carinho porque você não imagina o quanto estou doidinho para entr...
— HEI! - riem. Olhe o que vai dizer...
— Eu ia dizer para entrar em casa e me surpreender! - ri.
— Preciso tomar um banho... Vitória já desperta daqui a pouquinho para mamar.
— Tudo bem! Vá descansar...
— Me liga mais tarde?
— Não! Porque você precisa dormir...
— Se eu não conseguir eu te ligo! - vai para o quarto.
— Sim...
— Te amo! Durma bem...
— Igualmente! Beijos...- desligam.

Ela toma seu banho e já prepara a mamadeira de Vitória. Ao retornar para o quarto a filha já está esperando, deita-se no colo da mãe e adormece mamando. Paula a coloca no berço e não demora pegar no sono...
Pela manhã Cíntia a acorda. Ela se arruma e antes mesmo de Vitória acordar já sai de casa sozinha.

— Cíntia...- liga o celular pelo carro.
— Oi! Está dirigindo?
— Estou, mas liguei pelo carro...
— Ah sim...
— Quando Vitória acordar dê aquele iogurte que chegou agora de manhã. Encomendei ontem do mercado e trouxeram só hoje! Aff.
— Está bem!
— E ah... Sai e me esqueci de uma coisa! Tem algumas roupas do Vítor no cesto do banheiro, retira para mim e leva na lavanderia, fala com a Diva porque ela vai colocar o produto que ele não é alérgico. Peçam para retirar todos os forros de cama hoje!
— Mais alguma coisa?
— Por enquanto só... Qualquer coisa eu ligo! Beijos. - desliga. Vamos ouvir um som...- liga a rádio e está tocando Jota Quest.

"Você chegou, quase me matou, foi daquele jeito todo o baile parou, quase me levou, me levou todo o ar, ar...
Foi fulminante..."

— Sou provocante! - canta. Rolou blecaute, esse meu forte, tô para te falar... Você chegou, quase me matou!

" Foi daquele jeito todo o baile parou..."

— Quase me levou, me levou todo o ar, ar... - canta e observa o painel apitar que o celular está chamando. Opa! - aperta o botão. Oi mãe! - sorri.
— Tudo bem Paula?
— Tudo... Já está em Uberlândia?
— Já sim... Cheguei ontem! Vamos almoçar juntas?
— Vamos... Mas, estou indo para cidade.
— Melhor ainda! Que horas você passa aqui?
— Pode ser às 13H? Vou a alguns coquetéis agora de manhã...
— Pode sim! Como está a Vitória?
— Mãe, toda elétrica! Não sei o que faço para ela dormir...
— No almoço conversamos...
— Está bem! Vou desligar que estou cruzando a rodovia...
— Está bem! Tchau. - desliga.
— Estragou minha música!!! - liga o rádio novamente.

Vai o restante do caminho cantando. Ao chegar na clínica de Ricardo em que Camila trabalha, aguarda algumas pessoas descerem no elevador enquanto toma café. Ao saírem, ela entra e sobe até o andar da mãe de Maria. Entra na ala sem falar com a recepcionista que a segue.

— Já sei o caminho, está tudo bem! - sorri.
— Mas, a senhora tem algum horário marcado?
— Tenho sim! Com a doutora Camila...
— Vou conferir...

Enquanto a recepcionista retorna a mesa, Paula aproveita e entra na sala de Camila sem permissão e a vê assinando uns papéis.

— Clara, não autorizei...- olha. O que está fazendo aqui? - se levanta.
— Pode sentar! - senta-se. Vim conversar...
— Não acredito que eu tenha algo...
— Tem sim! Camila... Vou ser muito sincera... Você acha justo privar Maria de falar com o pai? Comigo?
— Eu não sei do que você está falando!
— A própria Maria me contou!
— Ela é uma criança! - se senta.
— Por isso mesmo, ela não mente!
— Ela não quer falar com o pai...
— Você não a deixa!
— Paula...
— Sabe a amiguinha que sua filha estava conversando? Era eu! Você pensa o que? Eu te avisei que você jamais conseguiria afastar Vitor da filha... Por que está fazendo isso? Diga Camila... Ou vamos precisar recorrer à justiça para termos direito de ver a Maria.
— Só queria um tempo! Maria não viver com vocês é preciso levar ela para Campinas definitivamente. Se eu deixar ela ter contato com vocês toda vez, ela nunca irá querer ir.
— Vitor já conversou com Maria... Ela vai para Campinas, mas isso não significa que ele não vai ver ela quando ela quiser ou ele quiser. Então pare de impedí-los!
— Cadê ele?
— Vitor está na Argentina...
— Gostaria de falar pessoalmente com ele!
— Camila...
— Ele é o pai! Vai ter que saber quais são as minhas condições como mãe...
— Você acha mesmo que é mãe? Que tudo que fez até hoje foi o melhor pra sua filha?
— Não vou aguentar desaforo de você...
— Camila, Vitor vive para as filhas dele. Se você tem amor pela sua filha não afasta ele, por favor. Você sabe que ele é um bom pai... E sabe também que ele pode ser muito ruim com você, brigando até no inferno se for preciso para ter a filha para ele. E eu vou apoiá-lo! Vou onde ele for para termos Maria. Então pare de nós afastar... Ela tem uma irmã que chama por ela e eu não sei o que explicar... Para que tudo isso Camila? Se não fazemos mal algum a sua filha, pelo contrário!
— O que vocês querem? Fala... O que querem que eu faça?
— O que? - se surpreende.
— Me fale o que vocês querem... Para me deixar em paz!
— Para te deixar em paz...- respira fundo. Nos deixe em paz! Você não me terá invadindo sua sala e nem Vitor na justiça se nos deixar ver e falar com Maria quando quisermos. Se você nos impedir e acabar com nossa paz, nós vamos acabar com a sua...
— Saia da minha sala! - se levanta indo até a porta. Ela vai vê-los na próxima semana!
— E por via das dúvidas você e Vitor vão formular um acordo de visita, vou falar com a advogada hoje e em breve entram em contato com você para não termos mais problemas como esses. - vai até ela. E tem mais... Se você continuar inventando histórias sobre mim para Maria, eu vou contar para Vitor e o resto você já sabe...
— Mande quem quiser... - abre a porta. Sai! - não olha para Paula.
— Vitor vai telefonar para ela hoje...
— Que seja!
— E se eu ouvir...
— Saia daqui, Paula! Já entendi tudo.
— Ótimo! - sorri. Até mais! - pega o trinco e fecha a porta.

Sai da clínica direto para uma loja de Uberlândia que a convidou para inauguração. No caminho telefona para Laura, prima de Vitor advogada.

— Oi Laura!
— Olá Paulinha! Tudo bem?
— Quase! Preciso que você agilize o acordo de visitas do Vítor....
— Estão tendo problemas?
— Sim! Ela quer nos afastar...
— Típico! Mas fique bem... Irei arrumar tudo ainda hoje.
— Muito obrigada! Preciso desligar que estou dirigindo...
— Ok! Dê um beijo em Vitória...
— Pode deixar. Tchau! - desliga.

Chega a loja e é recepcionada pela proprietária. Confere algumas entrevistas para veículos de comunicação locais, ganha presentes dos produtos da loja e pousa para algumas fotos. Quarenta minutos depois está no escritório Vida Boa para organizar alguns documentos do Vítor.

— Paula!?
— Sim, Ju! - sorri.
— Estou com algumas fotos aqui e gostaria que você escolhesse...- coloca a pasta na mesa dela. É para um álbum que colocaremos na biografia do site.
— Que bacana! - folheia o álbum. Vou escolher e deixar separadas aqui, ok?
— Ok! - sai.
— Meu Deus! - ri de uma foto. Como era lindo! - retira da pasta.

Escolhe algumas fotos e separa, mas guarda uma para levar para casa. Desliga o computador, pega na impressora as folhas dos documentos que imprimiu, coloca em um envelope e sai da sala.

— Ju, aqui está as fotos! - entrega a pasta. Estou levando uma para mim! Não tenho ainda...- ri.
— Tudo bem! Tinham várias aqui...
— Eu tenho inúmeras pastas com fotos dele... Se quiser posso mandar algumas.
— Seria bom, porque aqui só temos fotos antigas deles como profissionais.
— Vou mandar então...
— Ok!

Se despedem e ela sai para o apartamento da mãe. Já no elevador do prédio tira uma foto e resolve mandar para Vitor que não enviou nem uma mensagem ainda.

WHATS ON

— Oi gatinho! dia tá corrido, já fiz o que você pediu no escritório. E ah... Ligue para Maria assim que quiser! Te amo. Mande notícias.

O elevador abre e ela toca a campainha.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora!!!!! Não conseguia postar. Mas está aí! Brjos



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