12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 11
Um novo começo




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Depois da Fazenda, em que eu e Vitor tentamos não transparecer um maior envolvimento, retornei para Belo Horizonte. Ficamos combinados de esperar um tempo e anunciar e uma ocasião apropriada que estávamos novamente juntos. De certa forma não me agradava essa atitude, mas, para Vitor era uma maneira de preservar nosso relacionamento complicado. Alguns dias passam, já faz mais de 30 dias que estamos juntos, estamos no final de ano, a agenda diminui o ritmo de shows e cresce os eventos. Por este motivo, praticamente não nos vimos mais e isso não me deixa nem um pouco feliz. Por outro lado, faz com que ele me garanta que dessa vez ele vem até BH.

“E assim é feito dias depois. Com um show aqui ele me avisa que ficará na cidade para passarmos o inicio de semana juntos.”

Estou me aprontando quando minha mãe entra:- Você acha uma boa ir até o show?

Verifico o batom:- Sim, e Monteiro e Bia irão comigo.

Dulce:- Para onde irão depois?

Me viro pra ela:- Isso eu não sei, mas ligo pra avisar.

Calço os sapatos no instante em que Cintia entra para avisar que Monteiro, Bia e as filhas chegaram:- Como estou?

Dulce:- Fantástica!

Cintia:- Ficou linda. Você vai ver o show aonde?

Pego minha bolsa e vamos saindo do quarto:- De uma mesa que comprei. Vitor não me espera lá.

Dulce:- Por isso perguntei se era bom você ir. Talvez ele não goste que você vá.

Reflito sobre o que ela pensou, mas já havia combinado tudo, estava pronta:- Bem, se não gostar será problema dele.

Cumprimento Monteiro e a família e partimos. No caminho conversamos sobre o novo disco que lançaram, Monteira ressalta sobre a pouca participação de Vitor dessa vez:- A minha predileta é Tudo Bem.

Monteiro:- Você sabe pra quem ele compôs?

Eu e Vitor tivemos tão pouco tempo pra falar sobre o disco, alias sobre tudo:- Não sei Monteiro.

Minutos depois chegamos ao local. É uma casa de shows conhecida, mas o show será calmo, sem tantas surpresas. Resolvo não telefonar para Vitor, se ele não aprovar que eu tenha vindo? Quando a produção me vê percebo que logo comunicam a eles que estou na platéia. E em questão de segundo um segurança surge e avisa que estão me chamando no camarim:- Ok, já estarei lá.

Monteiro ri:- Você pode levar minhas filhas?

Bia:- Mas assim eu também quero ir.

Me levanto:- Iremos todos.

Saímos rumo ao camarim e logo de cara somos recebidos por Leo:- Hoje rola...

Rio pra ele. É impossível não se contagiar pela alegria desse cara:- É só querer...

Vitor estava comendo e logo se aproxima. Quando o vejo temo a reação.

Monteiro vai até ele:- Como vai Vitor?

Vitor:- Tudo bem? Sejam bem vindos.

Bia se encanta logo de cara, as meninas então:- Queriam conhecer vocês...

Vou até Vitor que sorri piscando pra mim:- Senti saudades.

Aquele abraço apertado me fazendo tão bem:- Eu também.

E sem que eu espere ele me beija enquanto estão entretidos conversando:-Pensei que ficaria bravo por eu ter vindo.

Vitor:- Não. É claro que preferiria que você tivesse me avisado.

Passo a mão nos braços dele:- Eu queria ver você cantar.

Vitor:- Você está linda.

Sorrio:- Você não fica atrás.

Pedro:- Meninos vamos começa atender o pessoal.

Nos aproximamos de Leo e os demais que já se despedem.

Vitor:- Depois daqui podemos ir jantar se quiserem. O show acaba cedo hoje.

Leo:- Ótima ideia.

Monteiro:- Vamos sim.

Nos despedimos e partimos para a mesa. O show come aproximadamente uns 45 minutos depois. Sou chamada ao palco para cantar Não Precisa e Meu Eu Em Você.

Leo:- Posso dizer que ser influenciado por estes dois grandes compositores contribuiu muito para essa minha nova fase.

Sorrio pra ele:- Obrigado pelo convite, por poder estar aqui mais uma vez com vocês. Obrigado BH!

Enquanto aplaudem minha participação vou me despedir deles:- Obrigado Leleo.

Leo:- Eu que agradeço, nos vemos depois cunha...

Saio rindo, ele já sabe então. Quando vou chegando perto de Vitor que já se prepara pro abraço meu coração fica acelerado:- Até daqui a pouco.

Vitor:- Não vejo a hora. Te amo!

Saio do palco realizada. Mais uns 50 minutos de show e todos começam a sair. E, para não te tumulto vamos saindo por último. Assim que acaba Vitor vem até mim:- Vem no carro comigo.

Combinamos o local pro jantar e partimos. Na saída alguns fãs o cerca, e sem saber pra onde correr atendemos todos, que evitam perguntas mas já deduzem e nos desejam felicidades com exclamações “Até que fim...”.

Vitor:- Gostou do show?

Ele segura minha mão:- Muito. Você na guitarra... o que era aquilo?

Ele ri:- Depois a gente troca uns truques.

Me aproximo dele e o beijo:- Você não é vicio bom.

Ele me olha:- Nem você. E...

Percebo que algo está o incomodando:- O que foi?

Vitor:- Vou ter que trabalhar estes dias. Eu sei que prometi que iríamos ficar juntos, até pensei em um jantar pra falarmos com seus amigos...

Quando ele diz isso meu coração quebra:- Vitor...

Vitor:- Vem comigo. Não vou poder te dar tanta atenção, mas você fica no estúdio comigo.

Penso na proposta e, estou aceitando qualquer coisa:- Tudo bem. É o único jeito, não é?

Ele parece desapontado:- Vou correr pra tudo terminar o mais rápido possível.

Ele me puxa pra mais perto dele enquanto dá informações ao motorista sobre o restaurante.

Percebo que Paula fica calada o jantar todo:- Não gostou do lugar?

Ele e olha enquanto todos da mesa olham pra ela:- Sim, é ótimo. Não é Monteiro?

Monteiro:- Claro.

Bia:- Eu que o diga, ótima escolha. E sua esposa Leo?

Leo:- Raramente ela vem aos show de BH Bia. Mas está bem.

Bia sorri em resposta e continuamos a conversar sobre música, lugares para se conhecer. Na deixa acabamos entrando no assunto do meu casamento e eu explico como aconteceu, não a verdade propriamente dita. Mas, o que levou ao fim, como estava encarando.

Monteiro:- Realmente é complicado, mas agora está bem, não é?

Olho pra Paula e sorrio:- Melhor impossível. Tenho certeza plena que fiz a coisa certa dessa vez.

Leo:- E você Paulinha?

Paula:- Faço das palavras de Vitor, as minhas.

Todos riem e fechamos o jantar em ótimo astral. Na saída do restaurante eu e Paula conversamos à caminha do apartamento dela:- Você vendeu a chácara?

Paula:- Não. Mas pra mim é mais fácil o apê na cidade. Mas sempre que posso vou pra lá.

Consenso com a cabeça:- Pegue o que for preciso, estão esperando a gente pra ir.

Não consigo ler a reação da Paula:- Vitor eu não sei se irei.

Me viro pra ela:- Como não!? Paula...

Ela me interrompe antes que eu termine meu pensamento:- Planejei você ficar aqui. Você me prometeu!

CONTINUO olhando para ela:- Não posso deixar a produção pela metade. Estou produzindo o CD da Nice, preciso finalizar...

Paula volta a me interromper:- Sei dos seus compromissos, como espero que saiba dos meus. Faz quase um mês que não nos vemos, hoje, mal nos tocamos, na verdade, nem conversamos o essencial...Esperava que ao menos você pudesse ter um tempo pra isso. Mas não!

Desvio dela:- Não sou o Henrique!

Ela parece não acreditar no que ouviu:- Não mesmo! Ela tinha tempo pra mim.

Bufo de raiva e não respondo durante o caminho todo. Quando chegamos a entrada do condomínio, percebo que ela tenta falar mas movo minha cabeça em reprovação.

Paula:- Até mais!

Me vejo ela descer, ficar mais tempo longe é dolorido, mas ele deve entender que as coisas não acontecerão da maneira que ela pensa em acontecer. Falar como se eu não me importasse com ela me tirou do sério.


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