12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 109
Capítulo 108




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Algum tempo depois Paula já está em Uberlândia. Estaciona no condomínio de Tatianna e Leo e entra.

— TIA PAULA! - corre.
— OI! - sorri, abrindo os braços para Antônio. Tudo bem!? - o abraça.
— Tia, estava com saudades! Quero ir na sua casa.
— Eu também estava! - passa a mão nos cabelos dele. Já te falei que é só ligar que eu venho te buscar!
— Eu sempre esqueço tia!
— Então não tem como a tia saber! Precisa me ligar...
— Vou pedir para mamãe da proxima vez!
— Isso! - sorri.
— Tiaa! - vem vê-la.
— Oi Tato! - o beija.
— Cadê Vitória?
— Ficou com tio Vitor!
— Que pena...
— Sim! - o olha. Cadê sua mãe?
— Estão lá dentro!
— Vamos!?
— Vamos...

Ao entrar Marisa se levanta para recebê-la.

— Oi! - a abraça. Feliz aniversário atrasado! Você sabe o quanto te amo, o quanto quero ver você feliz, fazendo o meu filho feliz.
— Eu sei! - sorri. Obrigada pela mensagem linda que deixou! - segura as mãos dela. Você acreditou na nossa história quando muita gente não acreditava...
— Cunha?
— Oi Tati! - a olha chegar.
— Que bom que veio! - a abraça. E Vitor e Vitória!?
— Estão em casa! Ficaram de castigo hoje!
— Entendo bem! - riem.
— Ele ia jogar com uns amigos e Vitória ficou com Lucy!
— Como foi a viagem?
— Bem! - se sentam. Não tive festa para o aniversário, mas quando ele chegou trouxe um bolo e comemos! - sorri.
— E a outra viagem?
— Você sabia? - fica supresa.
— Claro! - ri.
— Foi maravilhosa! Fiquei muito feliz em voltar na Serra do Cipó e ainda mais com ele.
— Ele planejou da melhor forma!
— Eu imagino! Foi lindo. - sorri.
— Que anel lindo! - pega a mão dela.
— Ah... Foi ele quem me deu também!
— É perfeito! - observa.

Se envolvem em conversas casuais até irem chegando mais convidadas para o jantar. Na fazenda Vitor busca controlar seu nervosismo de todas as maneiras.

— Vitor...
— O que Diva!? - coloca uma dose de uísque no copo.
— Já vou indo!
— Ah sim! Claro...- bebe.
— Não vá fazer nenhuma besteira!
— Do que está falando?
— De nada! Tchau... - sai. Mas...- retorna. Tem certeza que não quer que eu ligue para ela?
— TENHO!
— Vitor!
— Desculpa! Mas é que já falei.
— Tchau! - se retira da sala.

Lucy o chama para ajudá-la a cuidar de Vitória enquanto ela faz a mamadeira. Ao terminar ela pega a bebê de volta e vai para o quarto de Vitória.

— Lucy, vou estar na adega... Bata na porta quando quiser algo.
— Tudo bem! - sorri.
— Até mais! - fecha a porta do quarto da filha e vai para seu quarto tomar um banho.

Prepare-se pra recepcionar os amigos que não demoram chegar. Vão até a adega onde um deles prepara algo para comerem.

— E Paula?
— Paula?
— Sua esposa.
— Ah... Está bem!
— Você está meio aéreo Vitor! - ri. É bom assim que ganho de você!
— Vamos ver! - pisca para ele.

Na casa de Tatianna, Paula não consegue se enturmar com as amigas de Marisa, permanecendo em seu canto apenas respondendo o que lhe perguntam e participando de algumas conversas. Se retira para ir ao banheiro e não percebe que a sogra a segue.

— Está tudo bem!?
— Oi? - vira-se assustada. Está! - sorri.
— Paula...- se aproxima dela. Você não está nos seus melhores dias! É Vitor?
— Sim... Saímos brigados. Ele na verdade não me deixou vir, mas eu vim mesmo assim!
— Ele está acostumado a controlar as pessoas.
— Eu sei! E se eu deixar que ele me controle vamos acabar divorciados.
— Nem diga isso.
— Mas é a verdade!
— Vá para casa se for se sentir melhor!
— Não! Vou ficar. Vou jantar com vocês... Vou só telefonar para Lucy para saber de Vitória. - sorri.
— Isso! Vou voltar para lá... Te espero! - sai.

Ela disca o número da funcionária que atende de prontidão.

— Ela está bem!
— Que bom Lucy! Vou para casa daqui a pouco.
— Tudo bem.
— Vitor está na adega?
— Sim! Os amigos chegaram e ele foi...
— Hum... E está bem?
— Paula... Eu... Eu não sei!
— É! Desculpa... Maluquice minha! Cuide bem de Vivi... Já vou para te liberar.
— Ok!

Ela desliga e retorna para a sala de jantar sorrindo. Senta-se e conversa com todas elas; jantam em risos e ela se despede, se desculpando por ter que ir tão cedo. Marisa a leva até a entrada.

— Maria deu notícias!?
— Não! - pega a chave do carro na bolsa. E estou preocupada! - olha para ela.
— Por que?
— Marisa, Camila não é uma flor... Ela quer colocar Maria contra mim. Disse a ela que sou chata e etc...
— Meu deus!
— Não quero Vitor longe da filha por minha culpa. Não posso competir com uma criança.
— Você não está! E Vitor sabe disso. Nós sabemos disso. Você trata Maria tão bem quanto Vitória... Você ama quem Vitor ama. Paula... Ele nunca encontrou alguém assim. Já te deixou ir embora demais e não vai mais!
— É...
— Retorne para casa e se entendam! Faça ele entender que você é quem ele ama...
— Marisa, o que você acha de fazermos uma terapia de casal? No início combinei que só voltaria com ele se ele retornasse para a terapia. Mas ele ficou tão bem que...
— Ele é um pouco perdido quando vocês não estão juntos. Mas eu acredito que seja uma ideia incrível vocês fazerem isso... Vou te enviar pelo WHATS o número de uma amiga. Fale com ela! Marque uma consulta. Ela é super confiável.
— Farei isso! Obrigada...- sorri a abraçando. Deixa eu ir... Vá para casa amanhã! Vitória quer te ver também.
— Vou me organizar para ir sim! Posso levar umas amigas?
— Claro! Leve quem quiser. Me ligue avisando para arrumar tudo.
— Tudo bem!
— Tchau! - entra no carro.

Paula dirige até a fazenda e ao chegar já é tarde. Guarda o carro e é recepcionada por Flokinho.

— Cadê a Lilika, meu amor? - o pega no colo. Safadinho!

Fecha a porta de entrada e vai até o quarto de Vitória que está dormindo. Libera Lucy e ajeita a temperatura do ar do quarto da filha, saindo de mansinho para não despertá-la. Retira os sapatos e deita-se em sua cama, respirando fundo.

— Que dia! - olha para o teto.

Sua cabeça se inunda de pensamentos, incluindo um que ela se levanta, mas exita mil vezes até definitivamente tomar coragem e ir.

— Oi? - bate na porta a abrindo.
— Paula Fernandes! - se levanta.
— Olá! - entra. Como vai? - aperta a mão dele.
— Vou bem e você?
— Bem também! - sorri. Oi...- olha os outros. Como vão?
— Ganhando do seu marido de lavada!
— Então serei obrigada a dizer que vocês estão tendo apenas um dia de sorte! Porque não é fácil ganhar dele.
— Sabemos disso! - riem.
— Quer algo Paula? - Vitor o encara intocável.
— Não! Vim ver se estavam bem e precisando de alguma coisa.
— Vitor não nos ofereceu sobremesa!
— E eu tenho que fazer isso João? Você vem para jogar, já estou dando água que é muito...
— Eu vou buscar sobremesa para vocês garotos! Já volto. - sai.

Paula vai até a cozinha e minutos depois Vitor chega atrás.

— O que está fazendo?
— Arrumando a sobremesa para seus amigos!
— Não! Estou perguntando o porque está fazendo isso.
— Vitor...
— Não apareça lá!
— Vitor, pare com isso! - vai até ele.
— Você me tirou do sério...
— Você se tirou do sério! - coloca as mãos sobre o peito dele. E sabe porque? Porque você quer controlar tudo! Quer me controlar. Eu não posso deixar.
— Você passou o dia desconfiando de mim! E sabe porque? Porque descobriu que já sai com sua cunhada. Você sempre me pune, se afasta quando descobre algo assim.
— E você precisa querer mandar em mim para reconquistar seu espaço?
— Você sabe o porque te amo!
— Sei! Se você pede seu almoço ás 19, eu te ofereço as 21... Por isso você me ama, porque não faço o que você quer! - retorna para a bancada onde coloca as sobremesas.
— Você vai lá não é!?
— Você sabe que vou! Pega uma bandeja para mim... - ele pega e a entrega. Por que está perdendo? Você não perde no jogo.
— Porque estou com a cabeça a mil! Não consigo me concentrar.
— Pegue as colheres! - sai com a bandeja até a adega. Cheguei! Espero que gostem. - coloca sobre a mesa do poker. Pelo amor de Deus, parem de jogar isso um pouco e comam! - pega as colheres da mão de Vitor e coloca junto na bandeja.
— Não derrubem doce na minha mesa!
— Paula, você deveria ser homem!
— Por que? - riem.
— Por seu esposo é uma mariquinha!
— Hum! - olha para Vitor.
— Está perdendo feito uma criança que não sabe brincar de ciranda! - diz outro.
— Sério? - senta-se. Mas eu acho que sei o que é...- olha para eles. Pedi para ele me ensinar jogar isso mais cedo aqui...- coloca a mão na mesa. Mas achamos melhor fazer outra coisa! Se é que me entendem...- pisca para eles.
— Eca! - retira os braços da mesa.
— Agora você que está sendo uma mariquinha João!
— Vitor! - um amigo olha para ele. Como você estraga nossa mesa?
— Outra marica! - Paula o acusa. Credo! Vocês são todos mariquinhas. - se levanta. Fiquem aí brincando de casinha que vou tomar meu banho! - vai até a porta. Vitor! - olha para ele.
— O que?
— Estou te esperando! Ande logo...- sorri e sai.

Ao fechar a porta cai na gargalhada. Entra em um seu quarto e vai até o banheiro ver com mais calma a jacuzi que compraram.

— Uau! - olha o papel que veio junto, lendo. Blá-blá-blá...- joga o papel de lado. Vamos experimentar! - liga as torneiras.

Coloca os sais na água e vai para o quarto. Olha o relógio e se lembra de fazer a mamadeira de Vitória. Corre para cozinha e quando está preparando escuta Vitor e os amigos saírem da adega.

— Ué... Já vão? - segura a mamadeira e os observa.
— Já sim! Já está tarde... Vamos deixar vocês brincarem!
— Hum...- ri alto. Se Vitor deu azar no jogo, com certeza dará sorte do amor! - vai até ele e o beija. Tchau crianças! - sai para o quarto de sua filha.

Vitor os leva até a entrada e fecha a fazenda retornando a adega para organizar as coisas. Paula amamenta Vitória que dorme novamente. Liga um aplicativo em seu celular, para saber o momento em que ela irá acordar e vai para o banheiro do seu quarto. Entra na jacuzzi e liga um som portátil, relaxando. Vinte minutos se passam e Vitor não retornou ao quarto ainda e ela resolve ir atrás dele. Veste um roupão e sai.

— Oi! - abre a porta.
— Oi! - coloca o charuto no cinzeiro.
— Tudo bem? - se aproxima.
— Por que falou aquelas coisas?
— Uma vez você me disse que era difícil estar no meio de homens mais jovens e tratar disso... E eu te disse que gostaria de ter uma conversa com eles, então eu tive! - se senta em uma cadeira na frente dele.
— Você é maluca! - fuma o charuto novamente.
— Posso ser! - sorri.
— Doida!
— Também. Por que está aqui ainda?
— Precisava de um momento...
— Ah...- se levanta. Me desculpe interromper, vou te deixar sozinho...
— Não! - olha para ela. Fica aqui!
— Fazendo o que?
— O que você veio fazer aqui...- apaga o charuto e se levanta, aproximando-se dela. Estragar minha mesa! - a envolve.
— Estragar? - o encara. Você fez eu estragar minha mesa de jantar e você se importa com uma mesa de jogo?

Ele ri e abre o roupão dela, a levantando até a mesa de poker. Paula retira a camiseta dele e o observa se livrar de todo o resto.
Vitor coloca as mãos sobre as pernas dela, abrindo espaço em seus lábios e seu corpo já nu. A ama sem pressa e sem dor, respirando o ar dela e deixando seu gosto junto do dela. Se misturam entre risadas baixas e gritos de muito amor. Paula segura-se no corpo suado e febril de Vitor que cai sobre o dela na mesa.

— Não vou conseguir viajar sem você! - respira fundo, enlaçando-se sobre o corpo dela.
— Não vai! - beija a cabeça dele. Fica aqui!
— Quando foi que começamos ser tão dependentes?
— Não faço ideia! - sorri. Só sei que é bom...
— Eu te amo! - a encara.
— Eu sei! - beija-o. Precisamos ir! - o empurra. Vitória está sozinha e deixei a jacuzzi enchendo!
— Hum...- sai de cima dela. Vamos para lá então...- pega a calça no chão e veste.
— Sua mesa está intacta! - coloca o roupão.
— Que jamais estará intacto jogando poker nela sou eu!
— Vai se lembrar de mim? - se aproxima dele.
— Sim! - segura a cintura dela. Do quanto você é linda, cheirosa, gostosa... E minha! - riem.

Paula segura na mão dele e saem abraçados até o quarto de Vitória. Ela observa a filha e depois vão para seu quarto.

— Vem...- sorri maliciosamente o empurrando até o banheiro.
— Uau! - olha a jacuzzi. Estamos muito bem! - retira a calça novamente.
— Não é? - puxa o cinto do roupão.
— A água está quente? - a abraça por trás, beijando seu pescoço.
— Feito nós dois! - fecha os olhos.

Se contorce nos braços dele que não perdoam seu corpo, subindo e descendo a fazer gemer baixinho de amor.

— Me faz uma massagem...- retira o roupão dela.
— Entre! - sorri observando ele entrar.
— Vem! - estende a mão para ajudá-la. O que fez na Tatianna?
— Então...- senta no colo dele, enlaçando suas pernas sobre o quadril ele. Tinham varias amigas dela lá...- passa um óleo na mão.
— Ela está bem? - fecha os olhos quando ela coloca as mãos sobre o ombro dele.
— Não consegui conversar com ela! Mas conversei com sua mãe...
— Sobre? - se remexe por conta da massagem.
— Fazermos terapia!
— O que? - abre os olhos.
— Perguntei a ela se seria bom fazermos uma terapia de casal!
— Mas a gente tem se dado tão bem!
— Eu sei! - coloca a mão sobre o peito dele. Mas a terapia é para gente se conhecer melhor...
— Paula... Mais do que já nos conhecemos é impossível.
— Só uma sessão, por favor! Nós temos coisas para resolver, não custa tentar.
— Depois pensamos nisso!
— Não... Tem que ser agora! - se aconchega mais ainda sobre o colo dele. Porque preciso ligar para terapeuta que sua mãe indicou. - escorre a mão sobre o corpo dele.
— Tá...- fecha os olhos.
— Vamos fazer? Não pode voltar atrás.
— Sim! Vamos fazer.
— Ótimo! - se afasta.
— Você estava fazendo isso só para conseguir...
— Cada um usa suas artimanhas! - ri.
— Não terminou minha massagem ainda!
— Estou pegando um outro óleo aqui! Calma...- se vira para pegar uns produtos no chão.

Ele se aproxima dela e a puxa para si, beijando seu corpo.

— Vitor! - segura-se nele rindo. Você definitivamente não presta...- o acaricia. Mas eu te amo!

Ele a coloca em seu colo, cavalgando sobre seu desejo, seu amor, sua alma. O corpo pequeno misturado ao seu, o banha de prazer e medo por perder um segundo desse momento, um sorriso, um murmúrio, uma troca de olhar.

— Tudo bem? - a deita em seu peito.
— Sim! - sorri ofegante. Será que Vitória está bem?
— Deve estar sim! Depois vou vê-la.
— Vitor...- se levanta, o olhando. Posso marcar nossa consulta?
— Consulta?
— Na terapia!
— Ah... Marque! Deita aqui. - a traz para seu colo, acariciando.

Ficam longos minutos conversando baixinho, aproveitando um a presença e o carinho do outro. Paula pega o celular e se espanta com a hora.

— Já são 6h30 da manhã! Diva já deve estar aí...
— Já!? Nem vi a hora passar.
— Vitória acorda daqui a pouco! - se levanta. E eu nem dormi!
— Calma... - a observa sair.
— Estou cansada! - vai para a ducha E nossa filha não merece passar o dia inteiro com a babá porque não dormimos - riem.
— Preciso organizar minha mala para viajar na semana que vem! Você faz isso? - sai da jacuzzi e vai até onde ela está.
— Para a turnê fora do país? - liga a ducha.
— Sim! Não sei se estará frio ou calor, depois pesquiso e te mostro.
— Tudo bem!
— Vou na cidade hoje...- passa shampoo nos cabelos. Preciso falar com Tatianna!
— Sim! É uma pena tudo isso... E se sua mãe conversar com Leo?
— Não! Nem vá falar disso para minha mãe. Ele ficará com muito mais raiva de nós.

Terminam de tomar banho e Paula veste-se para ver Vitória enquanto ele se deita. Ao entrar no quarto da filha ela já está acordada, brincando com a girafa.

— Bom dia! - sorri e a bebê sorri para ela. Como você está, meu amor? - a observa. Mamãe nem dormiu e você já está na ativa! - segura a girafa para ela brincar. Quer mamá? - Vitória balança a cabeça que sim, se levantando dentro do berço. Vamos lá com o papai...- a pega.

Ao ver o pai deitado ela ri. Paula a coloca na cama perto dele e liga a TV.

— Papai, me olha aqui! - mexe em Vitor. Hei, Vitor! - ele desperta. Olhe Vitória! Vou fazer o mamá dela e já volto. - ele concorda e ela sai.

Na cozinha se depara com Diva e Sol conversando sobre uma novela.

— Bom dia, meninas! - sorri.
— Bom dia...- respondem.
— Já Paula?
— Sim, Sol! - faz cara de cansada. Mas estou morrendo de sono porque nem dormi...
— Paula, hoje é dia de faxinar seu quarto!
— Sério Diva? Preciso tirar Vitor de lá. - vai até a geladeira e pega o leite de Vitória. Peça para não esfregarem os móveis!
— Ok! Vai querer que monte o café na mesa?
— Não! Vitor está dormindo, eu vou alimentar Vitória e vou dormir também.
— Tudo bem! Cíntia chega hoje?
— Sim! - prepara a mamadeira.
— Vitória já está acordada?
— Elétrica!

Ela termina de arrumar e vai levar a mamadeira a filha. Chega no quarto e não encontra Vitória na cama.

— Meu Deus! VITOR! - coloca a mamadeira no balcão e sai procurando a filha. Vitória!? - corre para o banheiro temendo que ela tenha entrado na água. VITÓRIA! - a pega. Pelo amor de Deus minha filha... - a seca com uma toalha e retorna ao quarto. Você é um imbecil! - joga a toalha nele. Vitória quase entra na jacuzzi! Estava na beirada passando água no cabelo...
— Que? - senta-se assustado.
— Que!? - imita ele. Você é um...- respira fundo. Que susto! - deita a filha na cama. Se algo ocorresse com ela eu te mataria!
— Não aconteceu nada! - acaricia a filha. Ela está bem!
— Porque eu cheguei a tempo!
— Paula, chega...- deita-se novamente abraçado da filha. Dê a mamadeira dela ai...
— Pode levantar! Vão faxinar nosso quarto...
— Peçam para fazer isso amanhã!
— Vão fazer hoje! - recolhe as roupas dele do chão. Vitor, porque você bagunça tanto? Por favor... Não custa me ajudar. - entra no banheiro.
— Vem Vitória! - se levanta pisando alto e sai do quarto.
— Eu tento organizar tudo, estou cansada também! Mas tento...- retorna ao quarto e não o vê. Sem educação! - joga as roupas no cesto e vai atras dele.
— Bom dia Vitor! - o observa passar.
— Oi...- retorna. Bom dia! - sorri. Estou indo me deitar do outro lado.
— Sim! Quer algo?
— Não! Obrigada. - sai.

Ele sai e minutos depois Paula surge na cozinha com várias roupas de Vitória nos braços.

— Paula, porque não deixou? - Lucy deixa o pão na mesa e se levanta. Eu ia pegar agora...
— Termine de comer Lucy! - coloca na mesa. Está tudo bem! É que eu estava passando e já resolvi trazer para lavar.
— Ok...- senta-se novamente. Ela vai dormir?
— Acho que não! Está ativa... Acreditam que ela quase entrou na jacuzzi? Eu falei pro imbecil do meu marido olhar ela, mas claro que ele não faria isso!
— Vitória está impossível!
— Vou ter que começar a colocar um proteção em tudo!
— Faça isso!
— Vai descansar...
— Eu vou! Ele passou por aqui?
— Sim! Foi do outro lado.
— Certo... Vou lá!

Entra no quarto de hóspedes e ele está deitado vendo televisão enquanto a filha ainda mama. Ela retira o robe e deita-se também, se aconchegando na cama para dormir.

— Pode dormir! - Vitor a observa abrir os olhos sempre que eles se fecham sozinhos. Levo Vitória para Lucy!
— Obrigada! - vira-se aliviada e dorme em segundos.

Ele aguarda a filha mamar e quando percebe que ela não vai dormir a leva para Lucy. É surpreendido ao chegar na cozinha.

— Mãe! - sorri.
— Oi! - se levanta. Minha pequena! - pega a neta. Que saudade! - Vitória a abraça e ela aperta a bebê. Meu Deus, quanto amor! - sorri. Desculpa vir cedo! Queria almoçar com vocês.
— Sem problema, mãe! Pode vir quando quiser...
— E eu queria plantar uma árvore no viveiro! Tudo bem?
— Claro! Pode plantar.
— Paula não vai se incomodar?
— Não!
— Ela está dormindo?
— Está sim...
— Ok... Vou levar Vitória comigo nas árvores.
— Coloque um boné nela por conta do sol!
— Vou colocar...
— Eu vou dormir, mãe! Eu e Paula não dormimos essa noite ainda...
— Aconteceu algo? - se preocupa.
— Não! - pensa. Nada! Vou indo...

Retorna ao quarto e se aconchega em Paula que segura no braço dele sobre ela. Ele desliga a televisão e descansam por algumas horas.


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Notas finais do capítulo

Continua!



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