Juntos Por Ela escrita por Little Flower


Capítulo 4
Um fim para um novo começo


Notas iniciais do capítulo

Gente! Estou encantada por cada uma de vocês. Sério! ^^ vocês são maravilhosas. E fiéis. Estou emocionada :')
Vamos ao capítulo.
*Reescrevi várias vezes.
CAPÍTULO EDITADO!
Espero que gostem.
Nos vemos lá em baixo! ↓



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[Tobias]

Manifesto na mente milhares de formas para contar a minha namorada Lynn que eu meio que “adotei” um bebê deixado em frente à minha casa. Por reflexo caminho alguns passos e paro diante da minha casa com uma ideia em mente. Olho para cima, para a janela do corredor do segundo andar, eu posso me jogar dali para me esquivar do confronto com ela.  

Que covardia! Minha mente acusa. Para alguém que aceitou cuidar de um bebê que não seja seu, isso é fácil. Ou nem tanto. E obviamente eu não seria capaz de tal ato. Eu rio do pensamento idiota que tive enquanto balanço a cabeça. Eu tremo de leve e sinto minha cabeça girar. Tenho medo de altura.

Volto para a varanda à espera de Lynn, retornando à posição de antes ficando de braços cruzados. Olho para nada específico, a rua se encontra praticamente deserta, as casas silenciosas e as luzes do poste. Está calmo. A brisa é gelada e sopra em meu rosto.

— Eu sinto como se ela já fosse parte da família! Amanhã eu venho aqui te pegar ok? — ouço vozes e a porta frontal é aberta revelando uma menina morena, um garoto branco de cabelos curtos e escuros ao lado de Beatrice. Me sobressalto com o susto.

— Até amanhã Tris. — diz Will dando um beijo em sua bochecha. — ela é linda! — sorri ele. E então eles se viram para sair e percebem minha presença.

— Oh! Oi Quatro! — diz Christina. Eu aceno com a cabeça. — vocês são uns loucos sabia?

Eu solto uma risada.

— Eu aposto que viu por si mesma como ela pode fazer alguém amá-la tão rápido! — eu dou uma piscadela me recordando de seu comentário de segundos atrás. A morena sorri consentindo.   

— Chris — Beatrice rola os olhos.

— Eu tenho uma ideia! — ergue o dedo indicador com uma expressão radiante.  

— Eu também, irmos embora. — conclui Will. — desculpe qualquer coisa. Você sabe como é Christina! — explica Will, ela dá de ombros concordando, ele sai rebocando a menina que abraça Beatrice desajeitadamente em questão de segundos.

Christina acena com uma expressão murcha e retribuo o aceno.

Quando eles desaparecem com o carro, Beatrice se vira para mim, ela é muito mais baixa que eu. Sua cabeça é na altura abaixo os meus ombros, suas mechas douradas estão soltas e ela está com círculos roxos abaixo dos olhos.

— Você parece horrível! — brinco. Ela é bonita apesar das olheiras. Ainda é estranho o clima leve que está estendido sobre nós agora. Mas é algo bom. Tudo pelo bem do bebê.

Ela semicerra os olhos.

— Obrigada. Incrivelmente só você notou. — diz com ironia. Eu sorrio um pouco. Antes que eu consiga dizer alguma outra coisa avisto o carro vermelho de Lynn dobrando a esquina.

Beatrice faz uma carranca e diz:

— É melhor eu ir lá para cima. Nita está sozinha... eu adoraria presenciar... — ela pausa pensando em dizer algo agradável — isso. Mas enfim... Até depois.

Ergo as sobrancelhas. Mas não digo nada. Ela se vira para entrar, mas então roda os calcanhares e me encara de novo. Hesitante estende sua mão. Sem compreender realmente, eu também estendo a minha, unindo-as. Sua mão delicada é quente.

— Boa sorte. — diz relutante. Recolhendo sua mão rapidamente, se virando e avançando dois passos para dentro apressadamente. Minha mão formiga mesmo depois que ela desconectou nossas mãos.

— Maluca! — comento alto propositalmente.

— Eu ouvi isso! — grita ela lá de dentro.

Eu rio. Estou agradecido por seu ato.

Eu espero Lynn estacionar em frente e vejo sua figura morena, suas pernas são longas devido ao pouco comprimento da saia da torcida, por mais que eu seja homem eu não vivo pensando em malícia todo o tempo, ainda que eu tenha desejos. Não me incomodo com seu modo de se vestir, até porque ela sempre foi assim desde que a conheci. Os meninos que a apreciam não são uma ameaça embora me irrite muito.  

Sem esperar mais ela envolve seus braços ao redor do meu pescoço e uni nossos lábios.

— Oi Quatro! — diz contra meus lábios.

— Oi Lynn — retribuo o beijo novamente com uma fome incontrolável.

— Calminha aí! — arruma o cabelo e se vê num espelho rapidamente. E rir guardando-o. — porque não foi a aula hoje? — pergunta já entrando na casa e se jogando no sofá. Eu a sigo e me sento ao seu lado. Ela se enlaça a mim. — senti sua falta meu amorzinho! — ela faz beicinho.

— Eu tive alguns problemas! — eu digo tenso. Meu batimento cardíaco a ficar instável.

— Ah é? E que problemas são esses? — ela pede brincando com a gola da minha camisa.

Não sei realmente o que proferir, como explicar ou o principal como começar. Eu costumo ser demasiadamente direto em geral, porém me sinto travado. Depois de um silencio dramático.   

— Eu preciso que me escute, que me deixe explicar!  — digo gesticulando com as mãos.

Lynn me encara desconfiada.

— O que houve? — diz com os olhos semicerrados, ajustando a postura, se afastando de mim. — o que você fez?

— Não trai você, eu juro!

Ela respira aliviada. Embora nosso relacionamento não esteja no patamar que eu gostaria, há confiança.

— Há alguém chamada Nita que...

— Mas o que? Quem é essa? Será que dá para me explicar direito? — ela me interrompe com uma carranca.

Lynn se levanta e cruza os braços. Já enciumada.

— Ei! Não é o que está pensando! Eu já falei a você.

— Ah não? Então me diz quem é essa Nita! — ela pega o jarro marrom na mão e mira em mim. Estremeço.

— Ela é um... bebê. — digo cautelosamente.

Os olhos de Lynn se arregalam ao máximo.

— O que? — ri ela.

— Nós a encontramos na noite passada em frente de casa.

— E quer que eu acredite nisso? — cospe e eu dou um pulo quando penso que vai jogar o jarro em mim.

Respiro fundo.

— Sim. Porque é a verdade. Se eu estivesse com outra garota você acha que eu diria? — eu pergunto retoricamente. E quanto a parte da confiança? Isso me encuca. Fico a mirar sua face meio desnorteado. Mas então eu me ponho em seu lugar, se eu escutasse o nome de outro homem eu também não reagiria bem.

Lynn balança a cabeça em negativa.

— E onde esse bebê está?

— No quarto acima. Vem! — eu a convido e a sigo pelo caminho até o corredor de cima. Ela está hesitante e não parece nenhum pouco confusa. Está furiosa também. Tenta esconder.

No momento em que minha mão está na maçaneta lembro de que Beatrice está lá dentro, me recordo da careta dela... Me arrependo no mesmo momento, porém não há volta. As duas não se dão bem. Ou a palavra mais viável seja “suportar’’.  Parece ser a palavra que Beatrice diria. E se já estava complicado com Lynn, com ambas no mesmo ambiente seria pior.

— E aí? Não vai abrir a porta? — bufa Lynn impaciente. — ou está enrolado em sua mentira?

— Já disse que estou falando a verdade!

Lynn bufa.

Agora eu que estou colérico. Abro a porta e temos a visão de Beatrice com a bebê nos braços a ninando, ela gosta de tê-la ali. Ela se espanta ao nos ver ali. E sei que ela odiou a ideia.

Ignoro sua expressão.

— Veja você mesma! — Lynn gela no lugar, depois alterna os olhos em Nita e em mim.

— Me diz que essa criança não é sua filha! — diz entre dentes e mexendo as mãos com a jarra.

— Porque todos pensam isso? — eu bufo. — Nós só a acolhemos porque ela não tem ninguém!

— Simplesmente porque ela é parecida com você! — cospe novamente como se fosse óbvio e continua — e de quem foi a brilhante ideia? — deixa o jarro em cima de uma mesa. O alivio é enorme para mim.

— Dos dois. — Beatrice se intromete. — e fale mais baixo!

— Ninguém me diz o que eu faço, garota! Muito menos você! Estou enlouquecendo com tudo isso! — ela esfrega o rosto com as mãos.

As duas se encaram com um olhar homicida.

— Lynn... Beatrice. Por favor. — censuro as duas.

— Argh! Porque você aceitou isso Quatro? Você não vê que o seu futuro está em jogo?

— Eu sei, e entendo o risco, mas...

— Eu não dou uma semana para você desistir, não se iluda Careta! — aponta para Beatrice.

— Alguém alguma vez já disse que você é desprezível? — Beatrice solta tranquila depositando Nita no berço — como se já fosse algo natural para si — ela faz com o que a ofensa se transfigure num elogio pelo tom de voz. 

Subitamente com sangue nos olhos Lynn avança alguns passos para atingi-la dando tempo de Beatrice olhar e se desviar do ataque. E eu assimilar o que aconteceu. Foi questão de segundos.

— Ficou louca? Por pouco não acerta o bebê! — Beatrice grita e é ela que se joga para cima de Lynn agora. Puxando seu cabelo completamente irritada. Ela sorri com satisfação quando ouve um grito de Lynn.

Eu caminho com pressa separando as duas. Com muita dificuldade, elas se atracam, uma alternando para espancar a outra. Por mais que eu seja forte.

— Isso não vai levar a nada! — eu digo. Respirando num arfar. E Lynn que estava em meus braços se desvencilha arrumando sua roupa e cabelo.

— Ninguém nunca me insulta!

— Oh. Eu devo dizer a você que estou honrada por ser a primeira pessoa, Lynn — diz Beatrice com uma mão no peito. Sarcasticamente.

Lynn grunhi e aperta a ponta do nariz enquanto suspira. Beatrice checa Nita.

— Como pôde fazer isso comigo? — Lynn diz com a voz embargada, mas seus olhos não marejam.

— Eu achei que entenderia...

— Ah, claro. Você se torna pai de uma criança de uma hora para a outra e a Lynn bobinha concorda com tudo não é mesmo? Mas eu digo que não, não é bem assim... Eu preferia mil vezes ser chifrada do que ser trocada por um bebê e nem é seu! Você não pensou nas consequências desse seu ato genuíno? Oh o “nobre” Tobias! — ela diz o meu nome com uma fúria enorme.

Fico mirando-a, cético pelo seu discurso. Não parecia ser a Lynn que eu conhecia. Ela tinha um toque sombrio.

— Eu espero que você encontre alguém que ature suas decisões estúpidas, Quatro. Porque eu não! — diz ela. Demoro para assimilar. Ela está rompendo comigo?

— O que você está querendo dizer com isso?

— Eu não quero isso, não afeta somente a sua vida, mas a minha também.

— Está terminando comigo?

— Oh é claro — rola os olhos, que estão molhados, mas não caí lágrima alguma — Eu tenho um futuro bom pela frente, eu pensei que gostasse de mim! Mas você é tão egoísta!

— Nisso concordamos! — diz Beatrice.

Eu a olho irritado. E me volto para Lynn. Se eu tinha algum fio de esperança ele acabara de se romper. Ajudei uma criança sem ninguém, abandonada e eu sou egoísta?

— Você tem certeza disso Lynn? — eu digo realmente chocado.

— Completamente certa. Deveria ter pensado antes! E boa sorte a você, — vira jogando o cabelo — você também Careta!

E saí. Eu fico por um tempo parado olhando a porta. Em minha mente durante cada segundo tenho um flash. Algo como um ' replay ' da saída de Lynn. Minha ex namorada agora.

Ouço um nossa vindo de Beatrice.

— Eu, er... eu vou deixar você sozinho... — diz ela. E faz menção em pegar Nita. Eu a impeço.

— Não, deixe ela...

Beatrice assente prontamente e sem delongas se vai...

Caminho devagar até o berço de Nita. Ela está quieta, mordendo um brinquedo de borracha vermelho e fico a encará-la em silêncio. Ela olha para mim e balbucia. Como se dissesse: Oi!

Suspiro.

Meus olhos não marejam. Não sinto nada. Era para eu sentir? Na verdade eu acho que estou me bloqueando para sentimentalismo no momento.

Eu gosto de Lynn e todos os dias fiz de tudo para demonstrar isso a ela, eu acho que não obtive êxito. Eu tinha a completa certeza que amava Lynn, muito, mas agora eu não tenho realmente. A ideia de que eu estivesse enganado durante tanto tempo me frustra.

Rio sem humor.

Tudo por causa desse bebê. Ponho minha mão e balanço delicadamente a barriga de Nita. Ela solta um gritinho algo perto de uma risada. Eu sorrio um pouco.

— Somos dois abandonados Nita. — eu digo a ela que se agita com minha voz — só que você por sua mãe e eu por causa de você. Mas quem se importa não é? Eu acho que não daria mesmo certo.

Ela balbucia novamente. Como se realmente estivéssemos conversando.

— E você tem a mim e eu tenho a você. — eu digo com uma docilidade que não sabia que eu possuía. Lembro-me da loira. — também não podemos esquecer de Tris. — reviro os olhos — ela daria um tapa em mim se tivesse visto isso! Na verdade nem sei o porquê nos tornamos assim. Éramos como irmãos sabia?

Limpo a garganta e paro de pensar naquilo. Até porque o assunto devia ser outro. O fim de meu relacionamento com Lynn.

Eu realmente me importo?

Não sei.

Eu cheguei a pensar algumas vezes na hipótese disso se suceder algum dia e na minha mente eu ficava devastado. Entretanto, aqui estou depois de terminar o namoro com ela e eu não me encontro da forma que achei que ficaria.   

Eu lembro de suas palavras e elas surtem um impacto maior agora, quando posso pensar com clareza. Cada sílaba é como uma farpa. Eu me indago a respeito de seus sentimentos. Ela realmente gostava de mim? Pois não estava explícito enquanto suas " doces " palavras chegaram aos meus ouvidos.

Ela tentou reverter a situação e se fazer de vítima e abandonar a mim... Tobias você é idiota ou o que? Não seja tolo! Grito em pensamento. Eu tenho a resposta, um ' NÃO ' bem grande.

Eu quero achar que não vai ser difícil, mas vai ser. A final foram dois anos de namoro, não dois dias. E eu achei que estávamos bem. Dois entre quatro relacionamentos de colegial dão certo. Uma porcentagem mínima.

Mas apesar disso, agora não consigo sentir nenhum pouco de arrependimento a respeito de aceitar Nita. Sinto apenas remorso por ter pensando em me “desfazer” dela naquele orfanato. Sinto-me um monstro, mas para mim ela ficaria melhor longe, com pessoas que saibam cuidar bem dela. Eu pensei mesmo isso. Sinto algo diferente quando estou perto dela. Eu tenho a sensação de que eu posso perder tudo por ela e não ligar tanto. Ainda não consigo entender o que é. Mas definitivamente é algo maravilhoso... Ainda mais agora enquanto os seus olhos azuis estranhamente iguais aos meus me encaram com atenção e doçura. É demasiada coincidência ela parecer tanto comigo.

Eu a pego nos braços, ela estava agitada esperando o momento em que eu fizesse exatamente isso. Ela parece gostar de mim. Eu ainda tenho comigo o receio de derrubá-la, porém das outras vezes não foi difícil e surpreendentemente nunca aconteceu. Eu percebo que enquanto eu a nino ela presta atenção em meu rosto. Guardando-o em sua memória. E eu entendo o porquê Tris ama tê-la ali.

Tris.

Seu apelido é doce em meu pensamento. Eu a compreendo seu espanto quando eu o digo. Pois não é mais comum eu proferi-lo. Eu não o falo porque me lembra nossa infância, pré-adolescência e nossos momentos juntos. A separação crucial foi no ensino médio, onde cada um seguiu seu rumo. E eu não tive como me aproximar de novo. Não depois do que eu havia me tornado. Foi quando os insultos começaram. Os diálogos cobertos de ofensas. Os tapas. A raiva de mim.

Eu não me lembro o que ocasionou sua reação em relação a mim... é como se houvesse uma espécie de neblina encobrindo minhas memórias antigas. Entretanto agora é outra história. E eu acho que o novo começo da nova amizade deve ser pelo apelido.

Nita me trás a realidade.

— Sabe Nita? Poderíamos mudar seu nome, ele é bonito, mas... Vida nova, nome novo! — eu digo andando pelo quarto — eu acho que Tris não se incomodaria se eu colocasse outro não é?

— Muito me incomodaria se quer saber! — diz Beatrice adentrando o quarto. Meus olhos se arregalam. E se ela tiver ouvido alguma coisa antes? — e a parte do “estamos juntos nessa”?

Caminha até mim e aperta os olhos.

— Desde quando está aí?

— Hum. Alguns segundos.

Isso me alivia.

— Acho que poderíamos sabe? Mudar o nome. Para começar.

Tris grunhi.

— Você não é o único! Se você e Christina fossem amigos eu diria que planejaram isso.

Eu rio dando de ombros.

Depois de muito pensar ela por fim concorda.

— Ok. Não é uma ideia ruim. Mas veremos isso amanhã ok? Estou morta! — diz ela colocando as mãos na cabeça.

— Tudo bem, obrigado.

Nita adormeceu nos meus braços é uma sensação esplendida. E eu a coloco no berço, embrulhando-a.

Tris balança a cabeça e pega alguns produtos de higiene. Me manda tirar a coberta de cima do bebê e segurar os produtos enquanto ela tira seu macacão.

Ajudo Tris a trocá-la.

— Não acredito nisso! — Tris diz suavemente concentrada no trabalho. Seu tom me surpreende.

— Sobre o que em especial?

— No que Lynn disse. Eu acho que você é capaz sim. Você sabe. Dar conta.

— Ah! — digo surpreso. — Obrigado. Apesar de sermos o casal “perfeito” — faço aspas com os dedos — ela e eu discordávamos de muita coisa.

— Ela tem cérebro de minhoca.

— Tris...

— Já sei! — rola os olhos. — mas não vou pedir desculpa por falar a verdade.

— Obrigado novamente. — digo ignorando suas últimas palavras. — vindo de você é... — fico sem palavras.

Ela assente e dá de ombros.

Ficamos em silêncio por um minuto. O aroma floral da colônia de Nita enche minhas narinas. É bom. Tem um cheirinho agradável que irei associar sempre à ela.

— Para alguém que acabou de terminar um relacionamento, você parece bem. — Tris quebra-o e termina de colocar o pijama no bebê.

Rolo os olhos. Mas não é ofensivo.

— Às vezes não é bom demonstrar. E Nita é ótima em consolar as pessoas.

Tris enruga a testa. Mas sorri.

— Sim. Ela é maravilhosa não é?

Concordo com a cabeça.

— E também não acho que foi uma decisão estúpida... foi a atitude mais altruísta que você já fez.

— Você finalmente anda lendo as recomendações que seus pais deixaram por escrito? Como em ser gentil e consoladora?

Tris me encara e aperta os olhos, mas há humor em suas orbes cinza.

— Talvez.

Eu rio.

— Obrigado Tris. Sério!

Ela assente e sorrir encolhendo os ombros. Também acredito em suas palavras. E eu gosto de como elas são acolhedoras.

Eu já sinto a ausência de Lynn. Mas é bem no fundo, é suportável. Por alguma razão eu não consigo mais me ver com ela. Talvez esteja certo. 'Não' era para ser.

Tris ajusta a babá eletrônica e está com uma na mão para levar, terminamos com Nita e cada um foi para seu respectivo quarto. O momento que eu mais temo, pois serei assombrado pelos fantasmas dos acontecimentos do dia de hoje.


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Notas finais do capítulo

Então? Quem quis dar um tapao na cara da Lynn o/ ^^
Espero que tenham gostado. Comentem muitooo ta bom?
*Sugestões de nomes para Nita. Bem bonitos e fofos como ela é!
BEIJOS