Assim que cai no chão, me estremeci todo... Fiquei com os olhos arregalados, Boris pegou em meu braço e me puxou inutilmente. Me rastejei um pouco, ainda olhando aquela multidão vindo para cima de nos. Me levantei rapidamente e me virei para correr... Assim que virei meu corpo vi um boneco. Um boneco um pouco maior que eu com um rosto estranho, bem magro...

- Por aqui!

 Fiquei meio desconfiado, olhei aquele boneco por um tempo... Ele correu um pouco e se virou olhando para mim, parou e ficou nos esperando. Olhei para trás e vi aquela multidão bem próxima de nos. Comecei a correr sem demora. Boris fez o mesmo... Começamos a seguir aquele boneco estranho...

Seguimo-lo por algumas ruas, passando por alguns desses zumbis que continuavam a se matar. Achei isso estranho, mas eles não davam a mínima para agente, eram muito lerdos e estavam ocupados de mais se matando novamente... Ficamos cansados e começamos a caminhar. Avistei uma casa... Era bem grande. Caminhamos até a mesma, indo bem lentamente. Assim que nos aproximamos o boneco pegou sua chave e abriu a porta. Logo depois pediu para que entrássemos... Ele entrou e logo em seguida fechou a porta... Olhei a casa por todos os lados. Era bonita, bem arrumada e iluminada, com moveis bonitos era um belo lugar... O boneco era meio desajeitado, andava estranho e fazia alguns sons quando pisava, vivia de cabeça baixa... Deve ser por que ele era um pouco grande, ele devia ter uns 2 metros... Ele caminhou até a sala onde era enorme e bonita com um tapete vermelho, uma mesa de centro, sofás verdes em volta, armários antigos e bem limpos, e um lustre de cristal enorme no teto. Ele se sentou em uma poltrona e eu e Boris nos sentamos no sofá. Boris ficou todo espatifado no sofá, com seus olhos fechados... Descansando. Logo o boneco bem sorridente e educado ele disse.

- Olá

- O-Olá.

- Não tenha medo não lhe farei mal.

- Não estou com medo de você!! Qual o seu nome?

- Meu nome? Meu nome é Roman e o seu?

- Meu nome é Dean.

- Dean?

- Dean.

- Olá Dean.

- Oi... Estou meio confuso.

- Você parece ser novo por aqui.

- Como sabe?

- Você ainda usa roupas da terra e ainda tem aparência humana.

- Sim cheguei a 2 dias. O que faz aqui num lugar desses? Não tem medo dos zumbis la fora?

- Eu moro aqui. Esta casa é minha. E não, eu não tenho medo deles.

- Ainda estou confuso não entendo este lugar.

- Aqui é a cidade de Darkas Vale... Esta cidade já foi uma boa cidade. A maioria das criaturas que viviam neste mundo ficavam aqui. Um dia soubemos dos três exilados. Nosso povo ficou feliz e animado para ajudá-los a sair daqui. Mas não ocorreu isso. Nosso povo foi amaldiçoado por planejar contra a rainha... Eu era bem pequeno quando isso aconteceu, o mas novo da cidade... A rainha me poupou e disse que o meu sofrimento seria ver o sofrimento de meu povo... Dês de então fico aqui. Todos os dias meu povo repete suas mortes. Enforcados, queimados, Cortados, decapitados, todos os dias eles morrem novamente. Do jeito que morreram da primeira vez... É o sofrimento eterno deles... E meu também...

- Nossa... E porque não vai embora daqui?

- Não tenho para onde ir, vocês são as únicas pessoas que conheci dês do ocorrido.

- Caramba... Que solitário você... Vem embora com agente!

- Hã?

- É, é, é... Lostown é uma cidade um pouco longe daqui lá é bem povoado.

- Lostown?

- É!

- Não sei é longe, eu não tenho roupas para me vestir formalmentee eu...

- Não importa, sai daqui desse sofrimento... vem com agente. Nos três juntos!

- COMO OS SETE MOSQUETEIROS!!

- Três.

- Atá... COMO OS TRÊS MOSQUETEIROS!!?

- É, é, é isso ai... Parecido.

- Tudo bem eu topo. Eu irei com vocês.

- Então vamos!!!

Cutuquei Boris para que ele acordasse, me levantei ajeitando minha roupa, olhando para Roman. Ele foi até seu quarto e começou a fazer sua mala. Fui até ele e o disse que não era necessário, que só iria ser um atraso para nossa viajem... Ele concordou e voltamos a sala. Boris se levantou e se espreguiçou. Roman foi até a porta e a abriu, saímos todos e ele fechou a porta. Lá fora estava um vento forte e frio. Começamos a caminhar um ao lado do outro, e em volta nos cantos e pelo chão, havia vários corpos de gente morta e algumas pessoas ainda se matando pelo caminho. Demorou um pouco, mas depois me acostumei. Era a coisa mais normal da cidade...

- Roman?

- Sim?

- Eu e o Boris estamos procurando um iten...

- Que iten?

- Um coração para falar a verdade.

- Coração?

- Não é qualquer coração... É o coração do terceiro exilado.

- Sim, sim eu sei onde está.

- Serio!? Onde?

- Está no cemitério de Darkas Vale.

- Por que logo em um cemitério?

Roman sorriu me olhando.

- Pode nos levar até lá. Precisamos daquele coração.

- Para que querem?

- Para levar ao terceiro exilado.

- Nossa... Juram?

- Sim, sim vamos levar até ele para salva-lo.

- Que emoção. Eu os ajudarei.

- Então vamos lá guia! Mostre-nos o caminho.

Roman foi nos guiando pela cidade, caminhando por ela toda, eu Boris e ele, olhando tudo em volta... Boris se aproximou de Roman, puxou lentamente sua calça, pedindo a atenção dele, Roman olhou para baixo, sorriu e disse.

- Olá pequeno Boris.

- Hã... Oi. Ramon você tem cigarros?

- Hã... Pequeno Boris meu nome é Roman.

- Tem cigarros Ramon?

- Não pequeno Boris meu nome é Roman e não Ramon.

- Ramon você tem ou não tem?

- Não, não é Roman.

- Ô Ramon para de ser ruim responde logo.

- É Roman.

- Ramon.

- Meu nome tem o no lugar do a... É trocado. É Roman em vez de ser Ramon.

- Ramon da logo.

- Não você não entendeu pequenino meu nome é...

Assim que Roman iria novamente responder a Boris eu o interrompi. Disse a ele para não ligar para Boris, ele era só uma distração... Ele sorriu e continuou a caminhar... Lá bem longe avistamos o cemitério... Caminhamos até o portão. Era enorme... Entramos no cemitério e começamos caminhar por ele todo. Andamos bastante até chegarmos a uma casa que havia no meio do cemitério. Roman abriu a porta, bem seguro de si e entrou. Logo em seguida eu e Boris entramos. Começamos a caminhar pelo corredor enorme. Depois de um tempo o corredor não era mas o corredor de uma casa, e sim de uma caverna. No final desse corredor havia uma luz... Fomos até ela... Assim que chegamos encontramos um rio de lava, tinha um caminho a frente. Continuamos seguindo por ele. Bem no final havia um rapaz parado, cutucando alguma coisa com uma faca... Roman chegou um pouco próximo a ele e disse.

- Olá Chan.

- OLÁ!!!! ROMAN!!! QUANTO TEMPO!!!!

- Olá. Chan precisamos passar por você...

- SIM, SIM!! FAREI ALGO LEGAL PARA VOCÊS!

- O que?

- DAREI 3 CHARADAS A VOCÊS, CADA UM RESPONDE UMA. SE ACERTAREM ELAS VOCÊS PASSAM, SE ERRAREM NÃO PASSAM... OK?

- Sim. Justo.

- POS BEM... LÁ SE VAI A PRIMEIRA CHARADA! Há uma banheira cheia de água... Você tem uma colher, um copo e um balde. Qual o jeito mais rápido de tirar a água da banheira?

Ficamos pensando... Todos quietos pensando por bastante tempo em quanto o homenzinho sorria. Logo Roman respondeu.

- Tirando a tampa do ralo!!

- CERTA RESPOSTA!! BRAVO ROMAN!!!! VAMOS PARA A SEGUNDA... O que é que cai de pé e corre deitado?

Continuamos pensando... Demoramos um bom tempo com essa charada mas logo respondi.

- As gotas da chuva!!!

- OTIMO!! AGORA SÓ FALTA MAS UMA... O PEQUENINO QUE IRA RESPONDER... Como se diz pedreiro em japonês?

Sinceramente... Por que esse cara tinha que fazer a mais difícil para o Boris? ... Boris não pensou muito... Olhou para um lado e para o outro e respondeu com certeza!

- Pledelu-San

- NHAAA!! QUE PENA!! A RESPOSTA CERTA ERA... Takamassanomuro... LAMENTO MAS EU NÃO VOU PERMI...

Boris rapidamente empurrou ele na lava, fazendo com que o tal do Chan caísse na lava e afundasse nela... Só deu para ver a mão dele afundando.

- Seu metido!

Roman ficou assustado olhando para a lava onde Chan caiu.

- CHAN!!?

- Tudo bem o Chan ta legal!

- É?

- Claro ele ta em um lugar melhor agora.

- A que bom...

Bom eu acho que o Boris matou ele né... Mas ele disse para o Roman que ele estava bem, que estava em um lugar melhor e etc.

Não demos muita importância para o fato. Logo continuamos a caminhar... Até chegarmos em uma sala enorme onde bem na parede do meio estava la... Um colar pequeno...

O coração do terceiro exilado.