Literalmente eu não esperava por esse beijo!! Ainda estava em estado de choque, para mim tudo isso não passava de um sonho muito bom, provavelmente eu estava em transe.

Separamos nossos lábios quando o ar nos faltou.

— Eu não esperava por isso... — Falei ofegante.

— Me desculpe, eu não deveria ter tido uma atitude tão inesperada como essa! — Jacob falou envergonhado.

— Relaxa! Se você soubesse o quanto eu estava esperando por esse beijo. — Deixei escapar essa declaração boba.

— Eu ainda te devo um milhão de desculpas. — Ele falou mordendo os lábios.

— Depois desse beijo... Não há nada a ser perdoado!

— Nossa! Agora me deu uma fome, você quer da uma volta comigo para comer alguma coisa? — Jacob perguntou colocando a mão na barriga.

— Claro que sim, mas meu pai terá que vir junto. — Falei enquanto meu pai se aproximava todo animado com várias sacolas do time.

— E ai Jake, pronto para ver seu time perdendo feio para os Lakers? — Emmet debochou.

— Podemos perder esse jogo, mas não o campeonato. — Jake revidou.

— Pai nós vamos para a praça de alimentação, você vai vir junto também? — Perguntei torcendo que ele não viesse atrás.

— Mais é claro, até porque precisamos esclarecer algumas coisas... — Ele falou caminhando em direção da praça.

A praça de alimentação não estava muito cheia, Jacob fez nossos pedidos rapidamente enquanto meu pai aguardava na mesa.

— Espero que esses hambúrgueres saciem minha fome. — Jacob falou se sentando de frente para ele com duas bandejas carregadas de hambúrgueres, refrigerantes e batatas fritas.

Sentei do lado do meu pai, de frente para o gato.

Eu deveria comer com educação, mas se tratando de comidas eu meio que perdia toda a educação que possuía.

— Nossa Ana Cris, onde foi parar sua educação? Se Rose estivesse aqui agora ela não iria gostar nada. — Emmet falou fingindo estar surpreso com meu comportamento.

— Acho que aprendi isso com alguém em casa. — Pisquei para ele, enquanto devorava o lanche.

—  A última vez que saímos para comer foi naquele jantar desastroso, mas sabe que eu gostei. — Jacob falou lambendo os dedos.

— O que houve lá? — Meu pai perguntou curioso.

— Renesmee e Nahuel nos levaram em um restaurante caríssimo para tirar sarro da gente, sabe? — Falei terminando de comer o hambúrguer. — Ai quando chegaram lá quem se arrependeu de ter ido jantar com a gente foram eles.

Meu pai olhava de uma maneira surpresa, quando Jacob deu uma gargalhada alta.

— Eu lembro... Você pediu um monte de comida e depois a gente parou de dar atenção para eles que  ficaram morrendo de raiva. — Ele continuou rindo.

— O que? Não acredito que fez isso. — Meu pai começou a rir.

— Sim... Ai depois eu comecei a conversar com o Jake sobre música, e a conversa foi ficando tão empolgante que a monstrinha quis até ir embora porque estava com ciúmes de mim... — Falei rindo junto com eles.

— Ela me deu o maior sermão, estava morrendo de raiva de você. — Jake falou bebendo o refrigerante.

— Que isso hein, tudo por culpa da Ana! — Emmet falou rindo escandalosamente.

— Mais aquilo foi algo que eu não tinha planejado, apenas queria tirar sarro da situação que eles mesmos criaram.

Enquanto estávamos rindo num clima super agradável o celular do meu tocou e pelo visto não era nada bom.

— Sim ursinha já estamos indo para ir, tchau beijos. — Meu pai falou desanimado no telefone.

— O que houve? — Perguntei.

— Sua mãe disse para irmos embora logo, porque haverá uma reunião de família. — Ele respondeu desanimado.

— Ahh... — Respondi desanimada.

— Infelizmente teremos que ir embora. — Meu pai falou se levantando e pegando as sacolas.

— Tudo bem então... — Respondi imitando o movimento dele.

Jacob se levantou para se despedir.

— Nos vemos depois cachorrão. — Meu pai falou trocando um aperto de mão com Jake.

— Emmet obrigado de novo, pela ajuda que você me deu! — Jacob falou lançando um tapa em seu ombro.

— Não há de que, só não quero que magoe minha ursinha. — Ele falou me encarando.

— Eu prometo!

Aproximei de Jacob, e trocamos outro beijo dessa vez mais rápido.

— A gente vai se ver novamente? — Ele pergunta.

— Claro, assim que alguns problemas se resolverem. — Respondi lhe dando um forte abraço.

         (...)

Assim que saímos do shopping o tempo resolveu dar uma fechada e uma leve chuva começou, meu pai guardou as compras no carro para partimos de volta para Forks.

— Pai obrigada pelo que você fez hoje! — Falei enquanto ajeitava o cinto de segurança.

— Não precisa agradecer, lembre se que sempre poderá contar com o ursão aqui. — Ele falou animadamente. — Agora é melhor acelerarmos, antes que sua mãe venha nos buscar. — Ele falou dando partida no carro.

Não demorou muito e logo chegamos em casa, ajudei meu pai a levar as compras ( já que tínhamos dado a desculpa para sair e também para minha mãe não suspeitar de nada).

— Vocês demoraram muito! — Minha mãe reclamou.

— A loja estava muito cheia amor. — Meu pai mentiu. — Você sabe como eu sou, em relação aos Lakers né. — Ele falou entrando e colocando as sacolas no chão.

— Já que agora a família está toda reunida, Nahuel tem um aviso importante para dar. — Meu avô falou.

Eu não estava entendendo absolutamente nada, porque depois que ele deu esse comunicado Renesmee surgiu no topo das escadas com um vestido Rosê e Bella estava com uma cara bem tapada atrás da filha.

Nessie desceu as escadas, enquanto se aproximava de Nahuel.

— Queridos Cullen! Nesse dia tão especial gostaria de pedir a mão de Renesmee Carlie Cullen, em casamento. — Nahuel falou tirando uma caixinha de veludo preta de dentro do bolso.

— Oh!! Meu querido é claro que eu aceito! — Ele colocou a jóia no dedo dela e todos bateram palma.

E depois um a um foi cumprimentar os noivos, primeiro meus avôs depois tio Edward e Bella, tia Alice e Jasper e por ultimo eu e meus pais.

Dei um abraço bem falso nos noivinhos que retribuíram na mesma falsidade.

Depois disso Alice se juntou a minha mãe, Esme e Bella e começaram a fazer mil planos com decoração/ festa/ lua de mel.

Eu e meu pai ficamos falando do tão aguardado jogo enquanto o restante da família ficava falando sobre o casamento, Edward foi tocar uma música clássica no piano e tio Jasper conversava com meu avô.

— Espero que esse híbrido faça minha garotinha feliz. — Edward falou.

     ***

No restante da tarde minha família continuou falando do novo casamento que iria ter, depois saímos para caçar já que a chuva tinha estiado um pouco e Nahuel voltou para sua mansão.

Assim que chegamos arrumei meus materiais escolares e fui dormir, tentei dormir mais sempre ficava pensando no beijo que rolou entre eu e Jacob... Parecia até mentira tudo isso. Quando eu finalmente peguei no sono, deu a impressão que já estava na hora de levantar.

Levantei fiz minhas higienes matinais e desci para tomar o café.

— Bom dia vovó. — Cumprimentei alegremente, sentando na mesa.

— Bom dia querida, sua mãe pediu para avisar que ela irá te levar hoje no colégio.

Ninguém merece! Já estou vendo a pagação de mico que vai ser quando eu chegar e as pessoas comentando daquela festa.

— Okay... — Falei comendo um pedaço de bolo de chocolate.

Terminei de comer me despedi da minha avó e fui para garagem onde minha mãe estava me esperando.

Entrei no carro e fomos para a escola, à viagem seguiu silenciosa e rápida.

— Boa aula! — Minha mãe falou estacionando e tirando o cinto de segurança.

— Obrigada... — Respondi desanimada saindo do carro.

Assim que ela saiu eu encontrei minhas amigas que estavam chegando também, assim que elas chegaram dei um forte abraço em cada uma delas.

— Ana nós estávamos com saudade de você. — Claire falou me abraçando.

— Eu também estava meninas, mas minha mãe quer que eu fique longe de vocês por um tempo. — Falei enquanto caminhávamos para os armários.

Quando eu falei isso às meninas não reagiram muito bem.

— Aff! — Amanda reclamou, enquanto pegava um livro no armário. — Pelo menos aqui na escola ainda podemos andar juntas. — Ela falou trancando o armário.

— Pensando por esse lado... — Falei enquanto colocava minhas coisas dentro do armário também. — Afinal nós temos algumas aulas juntas e ela não pode me proibir de conversar com vocês aqui. — Respondi fechando meu armário.

— Então pronto! — Kim falou sorridente.

O sinal logo bateu indicando que já era para ir pra sala, quando começamos a subir as escadas eu percebi que algumas pessoas não paravam de me encarar.

— Gente o que está acontecendo afinal? — Perguntei enquanto recebia olhares curiosos.

Logo uma garota se aproximou de mim.

— Oi você é Ana Cris não é? — Ela perguntou fitando o chão.

— Sim! — Respondi confusa.

— Eu vi o vídeo em que você faz uma declaração de amor para seu crush e... — Ela começou a gaguejar. — E... Resolvi fazer o mesmo com um garoto, e deu certo! — Ela falou animada. — Gostaria de te agradecer e eu trouxe um presente para minha conselheira amorosa. — Ela me entregou uma caixa de bombons e saiu correndo.

— Nossa! Não sabia que tudo isso tinha ido tão longe. — Falei enquanto as meninas me encaravam. — Até conselheira amorosa eu virei. — Rimos enquanto nos direcionávamos para nossa sala.

Assim que chegamos à sala estava bem quieta, o diretor iria fazer uma visita e por isso tudo estava em ordem.

— Será que vamos ter horário vago? — Kim perguntou, enquanto nos sentávamos.

— Podia... Eu acabei de quebrar uma unha e tenho que dar um jeito nisso. — Mandy falou.

O diretor chegou com um semblante bem animado.

— Bom dia a todos devido ao falta da professora de vocês ter entrando de licença maternidade, a escola se viu na necessidade de colocar outro professor de Literatura no lugar dela. — Quando ele disse algumas pessoas reclamaram. — Nós conseguimos arrumar um bom professor capacitado para substitui- lá pode entrar senhor Salvatore.

Quando ele disse isso, surgiu um homem com aparência de uns 25 anos, ele era alto, tinha olhos verdes e cabelos castanho claro.

— Bom dia pessoal, meu nome é Stefan Salvatore eu vou ficar aqui um tempo com vocês e espero que possamos ter uma boa convivência. — Ele falou colocando seus livros em cima da mesa.

Assim que ele entrou a maioria das meninas ficaram de queixo caído, ele tinha um olhar indecifrável. Imagina se esse cara é algum espião dos Volturi ou coisa do tipo? Provavelmente não... Até porque nenhum vampiro sairia da Itália para ficar dando aulas em uma escolinha no estado de Washington. E esse cara tem um jeito de ser meio tapado para esse tipo de coisa também, para ele ser um vampirão deveria ter uma cara mais de mal.

— Para a aula de hoje eu quero começar com o livro “O Morro dos Ventos Uivantes”. — O professor falou escrevendo na lousa.

Continua...